quarta-feira, 12 de outubro de 2011

l Molkhím

l Molkhím

1 Molkhím 1


Adoni-YÁOHU pretende ser rei

1Sendo o rei Dáoud já muito idoso, tinha enorme dificuldade em se aquecer. Mas, por mais mantas com que
o cobrissem, tinha sempre frio. 2"O remédio para isso", disseram-lhe os criados, "é procurar-se uma
rapariga virgem que cuide do rei e se reclina nos seus braços, mantendo-o assim quente." 3-4Então
buscaram em todo o país uma rapariga que fosse formosa; seleccionaram Abisague, sunamita. Trouxeram-
na para junto do rei; ela cuidava dele, mas não tiveram relações sexuais. 5-8Por essa altura, o príncipe
Adoni-YÁOHU, cuja mãe era Hagite, decidiu por si próprio ocupar o trono, em lugar do seu pai. Reuniu
carros, cavaleiros, e recrutou cinqüenta homens a pé. Ele era uma pessoa que o pai nunca tinha sabido
disciplinar; nunca fora contrariado nem repreendido. Era um indivíduo extremamente bem parecido.
Abshalóm fora seu irmão mais velho. Procurou, igualmente, ganhar a confiança do general Yao-ab e de
Abyaoter, o intermediário, os quais concordaram em colaborar nos seus intentos. Mas houve alguns que
permaneceram fiéis ao rei Dáoud e que recusaram apoiar Adoni-YÁOHU, como foi o caso dos
intermediários Tzaodóq e Bina-YÁOHU, o profeta Naokhán, e ainda Simei, Reé e outras altas patentes do
exército do monarca. 9-10Adoni-YÁOHU foi até En-Rogel e lá sacrificou ovelhas, vacas e bodes cevados,
junto à pedra de Zolete. Então convidou todos os irmãos - os outros filhos do rei Dáoud -assim como figuras
de relevo de YAOHÚ-dah, pertencentes à casa real, pedindo-lhes que assistissem à sua coroação. Não
convidou contudo nem o profeta Naokhán, nem Bina-YÁOHU, nem os chefes do exército que tinham
permanecido leais, nem o seu irmão Shua-ólmoh. 11-13Naokhán, o profeta, foi ter com Bathsheba, mãe de
Shua-ólmoh, e perguntou-lhe: "Estás a dar-te conta do que anda a suceder? Adoni-YÁOHU, o filho de
Hagite, vai tornar-se rei sem que Dáoud, o nosso chefe, saiba sequer! Se queres conservar a tua vida e a
do teu filho Shua-ólmoh, faz exactamente o que te vou dizer: Vai já ter com Dáoud e põe-lhe esta questão,
'Meu chefe, não me prometeste tu que o meu filho Shua-ólmoh te sucederia no trono? Por que razão está
então Adoni-YÁOHU a reinar?' 14Enquanto estiveres a falar, chegarei eu e confirmarei o que tiveres dito."
15-16Bathsheba assim fez e entrou nos aposentos do rei. Este estava mesmo muito velho e Abisague
tratava dele. Bathsheba inclinou-se perante ele. "Que pretendes?", perguntou-lhe o soberano. 17-21"Meu
chefe, tu prometeste-me, na presença de YÁOHU UL teu o Criador Eterno, que o meu filho Shua-ólmoh
seria rei a seguir a ti, e que se sentaria no trono. No entanto, é Adoni-YÁOHU que está a ser o rei, e nem
sequer estás informado disso. Até já celebrou a sua coroação, sacrificando vacas, bodes engordados e
muitas ovelhas; convidou também todos os seus irmãos, mais o intermediário Abyaoter e o general Yao-ab,
com a excepção contudo de Shua-ólmoh. Agora, todo Yaoshorúl está à espera da tua decisão, quanto a
saber se Adoni-YÁOHU é mesmo aquele que escolheste para te suceder. Se não fizeres qualquer coisa, o
meu filho Shua-ólmoh e eu própria seremos presos e executados como qualquer criminoso, logo que
venhas a falecer." 22-23Enquanto ela falava, os criados do rei vieram dizer-lhe: "Está ali o profeta Naokhán
que te quer falar" atã entrou e fez uma profunda vénia na frente do soberano, perguntando-lhe: 24-27"Meu
chefe, designaste Adoni-YÁOHU para ser rei em teu lugar? É ele o príncipe que designaste para se sentar
no teu trono? Hoje mesmo celebrou ele a sua coroação, sacrificando vacas, bodes gordos e um sem
número de ovelhas, convidando para além disso o general Yao-ab e o intermediário Abyaoter a assistir a
essas celebrações. Lá estão eles a festejar, a beber e a gritar -'Viva o rei Adoni-YÁOHU!' É bom saberes
contudo que nem Tzaodóq o intermediário, nem Bina-YÁOHU, nem Shua-ólmoh, nem eu próprio fomos
convidados. Terá isto sido feito com o teu conhecimento? Tu ainda não disseste uma palavra quanto a qual
dos teus filhos escolheste para te suceder no trono."

Shua-ólmoh é proclamado rei

28-30"Tornem a chamar Bathsheba", disse Dáoud. Ela tornou a entrar nos aposentos e ali ficou na frente do
monarca. Este prometeu-lhe: "Tão certo como é estar vivo YÁOHU ULHÍM que me salvou de todos os
perigos, assim eu decreto que o teu filho Shua-ólmoh será o rei que me sucederá no trono, tal como o tinha
garantido antes, na presença de YÁOHU ULHÍM o Criador Eterno de Yaoshorúl." 31Bathsheba tornou a
curvar-se perante ele e exclamou: "Estou-te muito grata, chefe. Que o rei, meu chefe, viva para sempre!"
32-35"Agora chamem o intermediário Tzaodóq", ordenou o rei, "mais Bina-YÁOHU. Que o profeta Naokhán
torne a vir cá igualmente." Quando eles chegaram, disse-lhes: "Levem Shua-ólmoh mais a minha guarda
real a Giom. Shua-ólmoh deverá ir montado no meu cavalo pessoal. Ali, Tzaodóq o intermediário e Naokhán
o profeta deverão ungi-lo rei sobre Yaoshorúl. Tocarão a trombeta e gritarão -'Viva o rei Shua-ólmoh!'
Quando regressarem com ele aqui, deverá sentar-se no meu trono, como novo rei; porque foi ele quem eu
ungi rei de Yaoshorúl e de YAOHÚ-dah." 36-37"Que assim seja! Louvado seja YÁOHU ULHÍM!", respondeu
Bina-YÁOHU; e acrescentou: "Que YÁOHU ULHÍM seja com Shua-ólmoh, como foi contigo, e que o seu
reinado seja ainda maior que o teu!" 38-39O intermediário Tzaodóq, o profeta Naokhán, Bina-YÁOHU e o
contingente da guarda pessoal do rei levaram então Shua-ólmoh a Giom, montado no cavalo do soberano.
Ali, Tzaodóq pegou num recipiente contendo o óleo sagrado do tabernáculo e derramou-o sobre Shuaólmoh.
As trombetas tocaram e todo o povo gritou: "Viva o rei Shua-ólmoh!" 40-41Seguidamente
regressaram todos a Yaohúshua-oléym, desfilando no meio de muita alegria e de muita música, tendo isso
durado o dia inteiro. Adoni-YÁOHU e os seus hóspedes começaram a ouvir toda aquela euforia e aquele
baraulho, na altura em que finalizavam o banquete. "Que é que se está a passar?", perguntou Yao-ab. "Que
alvoroço todo é este?" 42Estava ele ainda a pronunciar estas palavras quando aparece, de rompante,
Yaonaokhán, o filho do intermediário Abyaoter. "Podes entrar", disse-lhe Adoni-YÁOHU, "porque és um
homem bom. Deves ter boas notícias a dar." 43"O rei Dáoud constituíu Shua-ólmoh sobre o trono!",
exclamou Yaonaokhán. 44-45"O monarca enviou-o a Giom na companhia de Tzaodóq, o intermediário, do
profeta Naokhán e de Bina-YÁOHU, protegido pela guarda real. Ia montado no próprio cavalo do rei.
Tzaodóq e Naokhán ungiram-no como novo rei! Neste momento já regressaram, e toda a cidade está em
celebração, celebrando o acontecimento. Por isso é que se ouve este barulho. 46-47Shua-ólmoh está já
sentado no trono e o povo felicita o rei Dáoud dizendo: 'Que YÁOHU ULHÍM te abençoe ainda mais através
de Shua-ólmoh do que te abençoou pessoalmente! Que YÁOHU ULHÍM torne o reinado de Shua-ólmoh
ainda maior do que o teu!' O rei está deitado, nos seus aposentos, e aí recebe as felicitações das pessoas,
dizendo também: 48'Bendito seja YÁOHU ULHÍM o Criador Eterno de Yaoshorúl, que escolheu um dos
meus filhos para se sentar sobre o meu trono, mantendo-me em vida ainda para ver isso'." 49-52Então
Adoni-YÁOHU e os seus hóspedes deixaram logo o banquete e fugiram com medo -receavam pela
segurança das suas vida. Adoni-YÁOHU correu para o tabernáculo e pegou nas pontas do altar sagrado.
Quando chegou aos ouvidos de Shua-ólmoh que Adoni-YÁOHU estava no tabernáculo pedindo clemência,
respondeu: "Se se conduzir rectamente, não tem nada a temer; caso contrário morrerá." 53O rei Shuaólmoh
mandou-o vir à sua presença, e fizeram-no descer do altar. Ele veio e prostou-se perante o soberano,
que apenas lhe disse: "Vai para casa."

1 Molkhím 2

Dáoud aconselha Shua-ólmoh

1O rei Dáoud aproximava-se do fim dos seus dias. Sentindo isso, deu a Shua-ólmoh as seguintes
recomendações: 2-4"Em breve irei para onde toda a gente da terra acaba por ir. Espero que sejas um
homem forte e activo. Obedce às leis de YÁOHU ULHÍM e segue os seus caminhos; guarda cada um dos
seus mandamentos escritos na lei de Mehushúa, para que prosperes em tudo o que fizeres e para onde
quer que vás. Se assim fizeres, YÁOHU ULHÍM cumprirá a promessa que me deu, de que, se os meus
filhos e os seus descendentes forem esclarecidos na forma de se conduzirem e se mantiverem fiéis a
YÁOHU ULHÍM, haverá sempre um deles que reine em Yaoshorúl -a minha dinastia não terá fim. 59Portanto
ouve as minhas instruções. Sabes que Yao-ab assassinou os meus dois generais, Abner e
Amosa. Alegou para isso que se tratou de um acto de guerra, mas o certo é que foi feito em tempo de paz.
És um homem sensato e saberás o que hás-de fazer -não o deixes morrer em paz. Mas sê bom com os
filhos de Barzilai, de Gaúliod. Que sejam hóspedes permanentes da casa real, pois cuidaram de mim
quando tive de fugir do teu irmão Abshalóm. Lembras-te certamente de Simei, o filho de Gera, benjamita de
Baurim. Lançou-me tremendas maldições quando eu ia andando para Maanaim; mas posteriormente,
quando desceu ter comigo ao rio Yardayán, prometi-lhe que não o mataria. No entanto essa promessa não
te compromete a ti. És suficientemente sábio para não o deixares morrer sem castigo." 10-12Dáoud faleceu
e foi sepultado em Yaohúshua-oléym. Reinou sobre Yaoshorúl durante quarenta anos, sete dos quais em
Hebron e trinta e três em Yaohúshua-oléym. Shua-ólmoh tornou-se o novo rei, substituindo o pai, e o seu
reinado foi próspero.

O trono de Shua-ólmoh é estabelecido

13-14Um desses dias, Adoni-YÁOHU, o filho de Hagite, veio falar a Bathsheba, mãe de Shua-ólmoh. "Vens
com intenções pacíficas?", perguntou-lhe ela."Sim, as minhas intenções são de paz. Tenho um favor a
pedir-te.""Diz então." 15-16Adoni-YÁOHU respondeu: "Sabes bem que o reino estava para ser meu, e tudo
me corria favoravelmente; toda a gente esperava que eu sucedesse ao meu pai. Mas as coisas alteraram-
se, e o trono acabou por ser do meu irmão, porque era assim que YÁOHU ULHÍM tinha planeado. Mas
agora queria fazer-te um pedido e peço-te que não mo recuses.""O que é?", perguntou Bathsheba. 17"Fala
ao rei Shua-ólmoh a meu favor -pois sei que não recusa nada do que lhe pedires -e pede-lhe que me dê
Abisague, a sunamita, como a minha mulher." 18Ela respondeu: "Está bem; pedir-lhe-ei isso."
19Efectivamente ela foi ter com o rei para lhe apresentar esse pedido. Quando se apresentou, o monarca
levantou-se do trono e inclinou-se perante ela. Ordenou em seguida que fosse colocado outro trono ao lado
do seu para a sua mãe. Ela sentou-se assim ao seu lado direito. 20"Tenho um pequeno pedido a
apresentar-te. Espero que não me digas não", disse ela alomão disse: "De que é que se trata, minha mãe?
Sabes que não to recusarei." 21"Deixa que teu irmão Adoni-YÁOHU case com Abisague." 22"Mas tu sabes
o que estás a pedir-me? Se lhe der Abisague, dar-lhe-ia o reino também, porque ele é meu irmão mais
velho! Tanto ele, como Abyaoter o intermediário, mais o general Yao-ab, tomariam conta do poder!" 23-24O
rei Shua-ólmoh fez então uma jura solene: "Que YÁOHU ULHÍM me mate a mim se Adoni-YÁOHU não
morrer hoje mesmo, por essa conspiração contra a minha pessoa! Juro-o pelo YÁOHU ULHÍM vivo, que me
deu o trono de meu pai Dáoud, e também este reino que me tinha prometido." 25Então rei Shua-ólmoh
mandou Bina-YÁOHU que o matasse; este executou-o com uma espada. 26O soberano disse ao
intermediário Abyaoter: "Regressa à tua terra, a Anatote, e vai para casa porque deverias também morrer,
mas não o quero fazer por agora, devido a teres transportado a arca de YÁOHU UL durante o reinado do
meu pai, e a teres sofrido ao lado dele nas suas angústias." 27Assim foi que Shua-ólmoh forçou Abyaoter a
ceder a sua posição de intermediário de YÁOHU UL, cumprindo-se o decreto de YÁOHU ULHÍM, em Sheló,
respeitante aos descendentes de Uli. 28Quando Yao-ab soube da notícia da morte de Adoni-YÁOHU (Yaoab
tinha apoiado a revolta de Adoni-YÁOHU, ainda que não a de Abshalóm) foi a correr para o Templo, o
tabernáculo de YÁOHU UL, e pegou nas pontas do altar. 29-30Shua-ólmoh, tendo conhecimento disto,
mandou também Bina-YÁOHU que o executasse. Este foi ao tabernáculo e disse para Yao-ab: "O rei
manda-te que desças daí!"Yao-ab respondeu: "Não. Aqui morrerei."Bina-YÁOHU regressou junto do rei
para saber o que haveria de fazer. 31"Faz como ele disse", respondeu-lhe o monarca. "Mata-o ali mesmo, e
depois sepulta-o, para que se tire de sobre mim e da minha família a culpa dos seus assassínios. 32-33
YÁOHU ULHÍM o tornará pessoalmente culpado da responsabilidade do assassínio de dois homens que
eram melhores do que ele. Porque o meu pai não teve a menor participação na morte do general Abner,
comandante do exército de Yaoshorúl, nem na do general Amosa, comandante do exército de YAOHÚ-dah.
Que Yao-ab mais os seus descendentes se tornem culpados para sempre destes assassínios, e que
YÁOHU ULHÍM declare Dáoud e os seus descendentes inocentes dessas mesmas mortes." 34Bina-YÁOHU
voltou ao Templo e matou Yao-ab, mandando-o sepultar depois junto à sua casa no deserto. 35O rei
nomeou Bina-YÁOHU comandante do exército, e Tzaodóq intermediário em lugar de Abyaoter. 3637Mandou
também buscar Simei e disse-lhe: "Terás de vir para Yaohúshua-oléym e cá ficar com residência
fixa. Se saíres daqui, já sabes que é o castigo da morte que te espera; no momento em que ultrapassares o
ribeiro do Cedrom considera-te um homem liquidado, e unicamente por tua própria culpa!" 38Simei
respondeu: "Está bem, aceito o que dizes." E passou a viver em Yaohúshua-oléym, todo o tempo. 3940Três
anos mais tarde, fugiram-lhe dois escravos, que se escaparam para Gate, para junto do rei Aquis.
Quando Simei soube onde estavam, mandou selar a sua montada e foi ter com o rei Aquis. Lá encontrou os
servos e trouxe-os de novo para Yaohúshua-oléym. 41-45Shua-ólmoh teve conhecimento de que Simei
deixara Yaohúshua-oléym, fora a Gate e regressara; mandou-o chamar: "Não te mandei eu, em Shúam
(Nome) de YÁOHU ULHÍM, que não devias deixar Yaohúshua-oléym, sob pena de morte? Até respondeste
que concordavas com essa decisão. Então porque é que não respeitaste a tua palavra, obedecendo à
minha ordem? Sabes bem toda a maldade que fizeste ao meu pai Dáoud, pelo que YÁOHU ULHÍM faz
recair sobre ti toda a culpa disso; e quanto a mim, certamente que receberei as ricas bênçãos de YÁOHU
ULHÍM e sempre haverá um descendente de Dáoud no trono." 46A mandado do soberano, Bina-YÁOHU
trouxe Simei para fora e matou-o. Desta forma se confirmou a autoridade de Shua-ólmoh como rei.

1 Molkhím 3

Shua-ólmoh pede sabedoria

1Shua-ólmoh fez aliança com o Faraóh, o rei do Egipto, e casou com uma das suas filhas, trazendo-a para
Yaohúshua-oléym para viver na cidade de Dáoud até que acabasse de construir o seu palácio, o Templo e a
muralha à volta da cidade. 2Naquele tempo o povo de Yaoshorúl ainda apresentava sacrifícios em altares
sobre as colinas, porque o Templo de YÁOHU UL ainda não fora construído. 3-4Shua-ólmoh amava
YÁOHU ULHÍM e seguia todas as instruções do seu pai Dáoud; no entanto continuava a sacrificar sobre
colinas e a oferecer incenso nesses lugares. A colina mais famosa onde havia um altar era em Gibeão.
Shua-ólmoh então sacrificou aí um milhar de holocaustos. 5-8 YÁOHU ULHÍM apareceu-lhe num sonho, na
noite em que fez esse sacrifício e disse-lhe para pedir o que quisesse, que lho daria. Shua-ólmoh respondeu
assim: "Tu foste extremamente bondoso para com o meu pai Dáoud, visto que ele foi honesto, verdadeiro,
fiel para contigo, e obedeceu aos teus mandamentos. Confirmaste-lhe a tua bondade, dando-lhe um
sucessor no trono. Ó YÁOHU ULHÍM meu Criador Eterno, fizeste-me rei em seu lugar, mas eu sou como
uma criança, que nada sabe da vida. Agora aqui estou, no meio do teu povo escolhido, uma nação tão
grande cuja população quase nem se pode contar! 9Dá-me então sabedoria para que possa governar bem
o teu povo e saiba a diferença entre o que é justo e o que é errado. Pois quem, por si só, poderia carregar
com tão tremenda responsabilidade?" 10-14A resposta de Shua-ólmoh agradou muito a YÁOHU ULHÍM,
porque lhe pediu sabedoria. Então replicou-lhe: "Visto teres pedido sabedoria para governar o meu povo e
não uma longa vida, nem riquezas pessoais, nem sequer a derrota dos teus inimigos, dar-te-ei portanto o
que pediste! Terás uma mente mais sábia do que alguém, nem antes nem depois de ti, já teve. Mas dar-teei
igualmente aquilo que não pediste -fortuna e honra. Ninguém no mundo será tão rico nem tão famoso
como tu, durante toda a tua vida! Terás uma longa vida se me seguires e obedeceres à minha palavra tal
como fez o teu pai Dáoud." 15Shua-ólmoh despertou e deu-se conta de que tinha tido um sonho. Regressou
a Yaohúshua-oléym e foi ao tabernáculo. Aí, pondo-se perante a arca da aliança de YÁOHU UL, sacrificou
holocaustos e fez sacrifícios de paz. Depois convidou toda a sua corte para um grande banquete. 16Um dia
pediram-lhe audiência duas prostitutas, que lhe apresentaram o seguinte caso: 17-21" YÁOHU ULHÍM",
começou uma delas, "nós vivemos na mesma casa, só ela e eu; recentemente tive um bebé. Três dias
depois também ela deu à luz um filho. Mas o menino dela morreu durante a noite porque deitou-o na mesma
cama que ela e, enquanto dormia, ao virar-se, ficou sobre ele e abafou-o. Então a meio da noite levantou-
se, pegou no meu bebé, porque eu estava a dormir, e pôs-me o outro ao lado de mim, indo deitar-se com o
meu. De manhã quando ia para dar de mamar ao meu filho, estava morto! No entanto, à medida que se
fazia mais dia, certifiquei-me de que aquele não era nada o meu!" 22-25A outra interrompeu-a: "Era sim, o
teu filho; o vivo é que é o meu.""Não, o morto era teu, o outro é meu."E assim continuaram a discutir na
frente do monarca. Este por fim disse: "Vamos lá então resumir a questão: ambas reclamam a criança viva,
e cada uma diz que o menino morto pretence à outra. Sendo assim, tragam-me uma espada." E trouxeram-
lha. Depois acrescentou: "Dividam o menino vivo em dois e dêem uma parte a cada uma das mulheres!"
26A mulher que era realmente a mãe do bebé exclamou logo para o rei: "Oh, não, chefe! Dá-lhe antes a
criança, mas não a mates!", porque lhe tinha muito amor outra contudo limitou-se a responder: "Está bem,
que não seja nem teu nem meu; dividam-no entre nós duas!" 27Perante isso o rei decidiu imediatamente:
"Dêem o bebé à mulher que quer que ele viva. Essa é verdadeiramente a mãe dele!" 28Esta decisão do
soberano depressa se espalhou por toda a nação, e o respeito pelo rei aumentou imenso, porque toda a
gente se deu conta da grande sabedoria que YÁOHU ULHÍM lhe dera.
1 Molkhím 4

Os oficiais e governadores de Shua-ólmoh

1-2Esta é a lista dos homens que colaboravam com o rei na administração dos assuntos de Yaoshorúl:
Ozor-YÁOHU (filho de Tzaodóq) era o sumo-intermediário;
3Uliroefo e Aiás (filhos de Sisa) exerciam as funções de secretários; YÁOHU-shuafát (filho de Ailude) era
cronista;
4Bina-YÁOHU (filho de YÁOHU-yaoda) era o comandante do exército; Tzaodóq e Abyaoter eram
intermediários;
5Ozor-YÁOHU (filho de Naokhán) tinha as funções de administrador-geral; Zabude (filho de Naokhán)
era intermediário e o seu conselheiro especial;
6Aisar, chefiava a casa real; Adonirão (filho de Abda) superintendia sobre os trabalhos obrigatórios. 78Havia
ainda na corte de Shua-ólmoh doze administradores -um por cada tribo -responsáveis pela
tributação daquilo que a população devia fornecer para a casa real. Cada um deles administrava esse
aprovisionamento durante um mês do ano. São estes os seus nomes.
Bene-Hur, cuja área de tributação era a região das colinas de Efroím;
9Bene-Dequer, que tinha a área de Macaz, de Saalabim, de Beth-Shemesh, "de Elom e de Beth-Hanã;
10Bene-Hesede, com a área de Arubote, incluindo Socó e toda a terra de Hefer;
11Bene-Abinaodáb (que casou com a filha de Shua-ólmoh, a princesa Tafate), responsável pela área das
serranias de Dor;
12Baaná (filho de Ailude), responsável por Taanaque, Megido, toda a Beth-Sheán perto de Zaretã,
abaixo de Yaozoro-Úl e todo o território desde Beth-Sheán até Abúl-Meolá e até Yocmeão;
13Bene-Geber, cuja área era Ramot-Gaúliod, incluindo as povoações de Yao-éyr (o filho de Menashé)
que estão em Gaúliod; mais a região de Argobe em Basã, incluindo também sessenta cidades muradas e
com portões de bronze;
14Ainadabe (filho de Iddo), cuja área era Maanaim;
15Ahimaóz (que casou com a princesa Basemate, outra filha de Shua-ólmoh), que tinha a área de Neftali;
16Baana (filho de Husai), cujas áreas eram Oshór e Bealote;
17 YÁOHU-shuafát (filho de Paruá), que tinha a área de Ishochar;
18Simei (filho de Ela), com a área de Benyamín;
19Geber (filho de Uri), cuja área era Gaúliod, incluindo os territórios do rei Siom dos amorreus e do rei
Ogue de Basã.
Havia depois um administrador que supervisava todo este trabalho. 20-21Yaoshorúl e YAOHÚ-dah, nesse
tempo, eram uma nação rica, próspera, populosa. O rei Shua-ólmoh governava um extenso território que ia
desde o rio Eufrates até à terra dos Palestinos, descendo até à fronteira com o Egipto. Os povos destas
áreas, que tinham sido conquistados, pagavam impostos a Shua-ólmoh, e estiveram-lhe sujeitos toda a sua
vida. 22-23A provisão alimentar para o palácio real, diariamente, era de 6.825 litros de farinha e de 13.650
litros de cereais, dez vacas engordadas, e outras trazidas dos pastos, cem ovelhas e, de vez em quando,
veados, gazelas, cabras monteses e gordas aves de capoeira. 24O seu domínio alargava-se a todos os
reinos do oriente do rio Eufrates, desde Tifsa até Gaza. E havia paz em toda a terra. 25Durante o tempo do
reinado de Shua-ólmoh, Yaoshorúl e YAOHÚ-dah viveram em paz e segurança; cada família possuia a sua
própria casa com o seu jardim. 26Shua-ólmoh possuía ainda quarenta mil cavalos, para os seus carros de
combate e doze mil cavaleiros. 27Em cada mês, como se viu, os administradores forneciam a casa real de
alimento; 28além de cevada e palha para as estrebarias reais.
A sabedoria de Shua-ólmoh
29-34 YÁOHU ULHÍM deu a Shua-ólmoh grande sabedoria e inteligência, assim como muito conhecimento.
De fato, a sua sabedoria excedia a de qualquer sábio do Oriente, incluindo os do Egipto. Era mais sábio do
que Etã o ezraíta, e do que Hemã, Calcol e Darda, os filhos de Maol; a sua fama estendeu-se a todas as
nações vizinhas. Foi o autor de 3.000 provérbios e escreveu 1.005 cânticos. Interessou-se muito pela
natureza, pela vida dos animais quadrúpedes, das aves, dos répteis, dos peixes, assim como das plantas desde
os grandes cedros do Líbano até ao mais insignificante hissope que cresce nas fendas do muros.
Reis de muitas terras mandaram-lhe embaixadores pedindo-lhe conselhos.

1 Molkhím 5

Aliança com o rei de Tiro

1-2O rei Hirão de Tiro tinha sido sempre um grande admirador de Dáoud; por isso quando soube que Shuaólmoh,
o filho de Dáoud, era o novo rei de Yaoshorúl, mandou embaixadores para lhe apresentarem as suas
felicitações e bons votos. Shua-ólmoh respondeu-lhe com uma proposta sobre o Templo de YÁOHU UL,
que ele tinha intenção de construir. 3-6"O meu pai Dáoud", escreveu Shua-ólmoh a Hirão, "não pôde
construí-lo por causa das inúmeras guerras que se sucediam sempre, até que por fim YÁOHU ULHÍM
trouxe paz ao seu reinado. No entanto, agora, YÁOHU ULHÍM me deu descanso de todos os lados; não
tenho inimigos externos nem rebeliões internas. Por isso estou a planear construir um Templo a YÁOHU
ULHÍM meu Criador Eterno, aliás de acordo com as instruções que deu ao meu pai quanto ao que eu
deveria fazer. YÁOHU ULHÍM disse-lhe: 'Teu filho, que colocarei no teu trono, construir-me-á um Templo.'
Portanto, peço-te que me dês apoio neste projecto. Envia os teus lenhadores às montanhas do Líbano,
que cortem madeira de cedro para me mandares. Da minha parte, homens meus trabalharão com os teus;
pagarei aos teus o salário que exigires. Como sabes, ninguém em Yaoshorúl sabe tão bem cortar madeira
como vocês os sidónios!"

O material para o Templo

7-9Hirão ficou muito contente com a mensagem de Shua-ólmoh: "Louvado seja YÁOHU ULHÍM por ter dado
a Dáoud um filho tão sábio para ser rei da grande nação de Yaoshorúl." Depois mandou a resposta a Shuaólmoh:
"Recebi a tua mensagem e farei como me pediste quanto à madeira. Posso fornecer-te tanto cedro
como cipreste. Os meus homens farão transportar os toros de madeira das montanhas do Líbano até ao
Mediterrâneo, amarrando-os em jangadas. Farei conduzir estas ao longo da costa até ao local que
designares. Aí serão desamarradas e entregues aos teus cuidados. Pagar-me-ás com alimentos para a
minha casa." 10-11Assim Hirão forneceu a Shua-ólmoh toda a madeira de cedro e de cipreste de que ele
precisou; em retorno Shua-ólmoh enviou-lhe um pagamento anual de 4.375.000 litros de trigo para a sua
casa, e ainda 432 litros de azeite puro. 12Desta forma YÁOHU ULHÍM deu a Shua-ólmoh a sabedoria de
que ele necessitava, tal como prometeu. Hirão e Shua-ólmoh fizeram uma aliança formal de paz. 13-18O
monarca recrutou trinta mil operários de todo o Yaoshorúl, e mandou-os para o Líbano, dez mil por mês,
de tal forma que cada homem estava um mês no Líbano e dois em casa. Adonirão superintendeu esse
trabalho de exterior. O rei tinha também mais setenta mil homens que trabalhavam como carregadores, e
oitenta mil outros que trabalhavam nas montanhas, cortando pedra. Além destes, tinha ainda três mil e
trezentos capatazes. Os canteiros na montanha prepararam e talharam grandes blocos de pedra -um
trabalho que custou muito caro -para os alicerces do Templo. Homens de Gebal ajudaram os operários de
Shua-ólmoh e os de Hirão a cortarem os toros de madeira e a prepararem as pranchas, assim como a
talharem a pedra para o Templo.

1 Molkhím 6


Shua-ólmoh edifica o Templo

1Foi na primavera do quarto ano do reinado de Shua-ólmoh que ele começou efectivamente a construção
do Templo; 480 anos depois do povo de Yaoshorúl ter deixado a escravidão do Egipto. 2O Templo tinha
trinta metros de comprimento, dez de largura e quinze de altura. 3A fachada principal tinha um pórtico de
dez metros de comprimento e cinco de fundo. 4Tinha janelas com grades. 5-6Fez também edificar
compartimentos em todo o comprimento de ambos os lados do Templo, contra as paredes exteriores. Estes
quartos eram da altura de três andares, sendo o do primeiro piso de dois metros e meio de largura, o
segundo piso de três metros e o de cima, três e meio. Os compartimentos estavam ligados à parede do
Templo por vigas que se prendiam a blocos no exterior da parede, portanto as vigas não estavam inseridas
mesmo na parede. 7As pedras usadas na construção do Templo foram assentes sem o ruído de martelo
nem de qualquer outro instrumento semelhante. 8Para o andar inferior dos compartimentos laterais entrava-
se pelo lado direito do Templo, e havia umas escadas em caracol até ao segundo andar; um outro lanço de
escadas levava até ao último piso, o terceiro. 9Acabada a edificação, Shua-ólmoh mandou revesti-la toda,
incluindo as traves e os pilares, com cedro. 10Tal como se disse, havia de cada lado da construção,
encostado às paredes laterais, um anexo de quartos, ligado ao edifício com vigas de cedro. Cada andar
desse anexo media dois metros e meio de altura. 11-13Então YÁOHU ULHÍM deu a Shua-ólmoh a seguinte
mensagem respeitante ao Templo que estava a construir: "Se andares de acordo com a minha palavra e
seguires os meus mandamentos e instruções, farei o que disse ao teu pai Dáoud: Viverei no meio do povo
de Yaoshorúl e nunca os desampararei." 14-18Por fim o Templo ficou acabado. Todo o interior foi revestido
de cedro, do chão ao tecto; o sobrado foi feito com pranchas de cipreste. Igual revestimento sofreu a
câmara interior, no fundo do Templo -o lugar santíssimo -também do chão ao tecto, com tábuas de cedro;
só que estas tiveram de ser cortadas à medida do compartimento, portanto, tábuas de dez metros; para o
resto do Templo -para além do lugar santíssimo -empregaram-se tábuas de vinte metros. Por todo o
edifício, o revestimento de cedro que cobria a pedra das paredes tinha incrustados botões de flores e flores
abertas. 19-22O compartimento interior era onde estava a arca da aliança de YÁOHU UL. Este Templo
interior tinha dez metros de comprimento, dez metros de largura e dez metros de altura. As paredes e o
tecto eram cobertos de ouro puro. Shua-ólmoh fez um altar de cedro para esta sala. Depois mandou revestir
o resto do interior do Templo com ouro puro, incluindo o altar de cedro; fez também umas cadeias de ouro
para proteger a entrada do lugar santíssimo. 23-28Para o interior deste, fez as estátuas de dois querubins
de madeira de oliveira, cada uma delas com cinco metros de altura. Foram postos lado a lado de tal forma
que com as asas abertas, as do lado exterior tocassem em ambas as paredes laterais, e as do interior se
tocassem uma à outra, no centro da peça; cada asa media portanto dois metros e meio e cada querubim,
com as asas abertas atingia o dobro dessa medida -os dois anjos eram pois de medidas iguais. Estavam
recobertos de ouro. 29-30Havia figuras de querubins, palmeiras, flores abertas incrustradas nas paredes do
Templo e do Templo interior; o chão de ambos os lugares também estava revestido de ouro. 31-32A entrada
para o lugar santíssimo eram portas com cinco lados, de madeira de oliveira, tinham também querubins
desenhados, palmeiras e flores abertas; e tudo recoberto de ouro. 33Mandou igualmente fazer ombreiras de
madeira de oliveira para a entrada do Templo. 34-35Colocaram-se duas portas duplas, feitas de madeira de
cipreste; cada porta dobrava-se sobre si mesma. Também estas portas tinham os mesmos desenhos
querubins, palmeiras, flores abertas -todas revestidas cuidadosamente de ouro. 36As paredes do átrio
interior tinham três fiadas de pedras lavradas intercaladas com uma de vigas de cedro. 37-38Os alicerces
do Templo foram postos no mês de Maio do quarto ano do reinado de Shua-ólmoh, e todo o edifício ficou
inteiramente completo, com todos os seus acabamentos, em Novembro do décimo primeiro ano do seu
reinado. Levou portanto sete anos a construir.

1 Molkhím 7

O palácio de Shua-ólmoh

1Depois, Shua-ólmoh mandou edificar o seu próprio palácio, que levou treze anos a construir. 2-5Uma das
salas do palácio chamava-se Salão da Floresta do Líbano. Era uma sala enorme, medindo 50 metros de
comprimento por 25 de largo e 15 de altura. Enormes vigas de cedro do tecto repousavam sobre quatro filas
de colunas também de cedro. Tinha três ordens de janelas -quarenta e cinco ao todo -em três das
paredes; cinco janelas em cada fila. As janelas e as portas da sala tinham o mesmo tipo de ombreiras.
6Outro era o Salão dos Pilares. Media 25 metros de comprimento e 15 de largo, com um pórtico à entrada e
uma abóbada suportada por pilares. 7Havia também a Sala do Trono ou Sala de Julgamento, onde o
monarca se sentava para ouvir os processos jurídicos: era revestida com cedro do chão até ao vigamento
do tecto. 8Os seus aposentos pessoais -tudo em cedro, igualmente -dispunham-se à volta de um pátio, na
retaguarda desta última sala. (Alías reservou apartamentos idênticos, com as mesmas medidas, no palácio
que mandou construir para a filha de Faraóh, uma das suas mulheres.) 9-12Todas estas construções foram
feitas inteiramente com enormes blocos de pedra, cortados à medida necessária. O custo de cada um
desses blocos ficou assim muito elevado. As pedras para os alicerces tinham quatro e cinco metros de
largura. Os grandes blocos das paredes, cortados à medida exacta de largura, juntavam-se no alto com as
vigas de cedro. O Grande Pátio tinha três correntezas de pedras lavradas nas paredes, que se acoplavam
com o travejamento de cedro, tal como acontecia no Templo e com o pórtico do palácio.

Mobiliário para o Templo

13-14O rei Shua-ólmoh pediu a um homem de Tiro, chamado Hurão, que viesse trabalhar naquelas obras,
porque era um hábil artista em bronze. Ele era meio YAOHÚ-di, sendo filho de uma viúva de Neftali; seu pai
fora operário de fundição em Tiro. Esse homem veio trabalhar para o rei Shua-ólmoh. 15-22Fez então duas
grandes colunas de bronze, cada uma com nove metros de altura e seis de circunferência, espessas de dez
centímetros. No topo desses pilares fez dois capitéis em forma de lírios, com bronze fundido, cada um com
dois metros e meio de altura de dois metros de largura. Cada capitel era decorado com sete conjuntos de
rosáceas; e quatrocentas romãs, em duas filas, desenhadas, em cadeia, no bronze. Hurão mandou pôr
esses pilares à entrada do Templo. A um deles, no lado do sul, deram o nome de Pilar Yaquim; ao outro
Pilar Bo-Oz. 23-24Hurão preparou também um tanque redondo em bronze com dois metros e meio de
altura, cinco de diâmetro e quinze de circunferência. Por baixo da borda, por fora, havia duas filas de
ornamentos, separadas de alguns centímetros e fundidos juntamente com o tanque. 25-26 Ficava apoiado
sobre doze bois, de pé, juntos pelas caudas, três deles virados para o norte, outros três para o sul, três para
leste e três para oeste. Os lados do tanque mediam dez centímetros de espessura. O seu rebordo era como

o de uma taça. Tinha capacidade para 54.000 litros. 27-31Depois fez dez bases movíveis, com quatro
rodas; cada base era quadrada, de dois metros de lado e metro e meio de altura. Estavam montadas sobre
um trem rodado feito de peças cruzadas, decoradas com leões incrustados, bois e anjos; acima e abaixo
dos leões e dos bois havia decorações de figuras em espiral. Cada uma destas bases movíveis tinha quatro
rodas de bronze e eixos de bronze também; em cada canto das bases havia uns postes de bronze,
decorados com figuras em espiral, de cada lado. O alto destas bases consistia numa peça redonda de
cinqüenta centímetros de altura. O seu centro era côncavo, com setenta e cinco centímetros de fundo,
decorado no exterior com espirais. As suas paredes de revestimento eram quadradas, não redondas. 3237Estas
bases andavam sobre quatro rodas ligadas a eixos que estavam fundidos com as próprias bases.
As rodas tinham setenta e cinco centímetros de altura; eram semelhantes às rodas de um carro. Todas as
partes das bases tinham sido feitas com bronze fundido, incluindo os eixos, os raios, os arcos e o centro.
Havia suportes em cada um dos quatro cantos das bases, os quais também tinham sido fundidos com as
bases. Estas tinham também uma bordadura de vinte e três centímetros na parte superior, a que se ligavam
umas pegas, tudo fundido de uma só peça com a base. Aos lados, nos espaços onde podia haver
decoração, viam-se querubins, leões e palmeiras rodeadas por figuras em espiral. Todas as dez bases eram
do mesmo tamanho e feitas da mesma forma, visto que cada uma delas tinha tido o mesmo molde para a
sua feitura. 38-40Depois mandou fazer dez tinas de cobre e colocou-as sobre as bases. Cada uma delas
era quadrada, de dois metros de lado, com capacidade para 1.080 litros de água. Cinco destas tinas foram
postas dum lado e cinco do outro, do compartimento. O tanque ficava no canto sul, do lado direito da sala.
Hurão fez também o resto dos instrumentos necessários: bacias, pás, tinas. Por fim, a obra para o Templo
de YÁOHU UL, que Shua-ólmoh lhe encomendara, terminou. 41-47Esta é a lista dos trabalhos feitos:
Dois pilares; Um capitel para o cimo de cada pilar; Rosáceas para cobrir as bases dos capitéis de cada
pilar; Quatrocentas romãs, em duas filas, no trabalho das rosáceas, para cobrir as bases dos dois capitéis;
Dez asas movíveis para dez tinas; Um grande tanque e doze bois para o suportar; Recipientes; Pás; Bacias.
Tudo isto foi feito em bronze fundido e preparado nas planícies do rio Yardayán, num sítio entre Sukkós e
Zaretã. O peso total destas peças não se sabe, pois que não havia possibilidade de as pesar! 48-50Todos
os utensílios e mobiliários do Templo foram feitos de ouro puro. Isto incluía o altar, a mesa onde se
encontrava exposto o pão da presença de YÁOHU ULHÍM, o candelabro (com cinco luzes à direita e cinco à
esquerda, em frente do lugar santíssimo), as flores, as lâmpadas, os espevitadores, as taças, os
apagadores, as bacias, os perfumadores, os braseiros, as dobradiças das portas do lugar santíssimo e as
da entrada principal do Templo. Todos estes objetos eram feitos de ouro puro. 51Quando o Templo se
acabou de construir, Shua-ólmoh pôs no tesouro do Templo a prata, o ouro e todos os recipientes
consagrados por seu pai Dáoud.

1 Molkhím 8

A transferência da arca para o Templo

1-3Então o rei fez uma convocação para uma grande assembléia, em Yaohúshua-oléym, de todos os chefes
de Yaoshorúl -cabeças de tribos e de famílias -para assistirem à transferência da arca da aliança de
YÁOHU UL do tabernáculo, em Tzayán, a cidade de Dáoud, para o Templo. Esta celebração ocorreu por
ocasião da celebração do tabernáculo, no mês de Outubro. 4Durante estas festividades os intermediários
transportaram a arca para o Templo, e ainda todos os recipientes sagrados que tinham estado no
tabernáculo. 5O rei Shua-ólmoh e todo o povo se juntou na frente da arca, sacrificando um sem número de
cordeiros e de bois. 6-9Os intermediários pegaram na arca e levaram-na para o interior do Templo para o
lugar santíssimo, colocando-a debaixo das asas dos querubins. Estes tinham sido construídos de tal forma
que as asas se abriam sobre o lugar em que a arca se encontrava; dessa forma as asas faziam sombra
sobre a arca e sobre os varais para o transportar. Estes eram tão compridos que ultrapassavam os anjos e
podiam ser vistos da sala anterior, embora não se vissem do pátio exterior; ali ficaram até ao dia de hoje.
Nessa altura nada havia na arca além das duas tábuas da lei que Mehushúa pôs lá dentro, quando no
Monte Horeb YÁOHU ULHÍM fez a aliança com o povo de Yaoshorúl ao sair do Egipto. 10-11Quando os
intermediários sairam do Templo interior uma nuvem luminosa saiu do Templo! Os intermediários não
podiam cumprir o seu serviço porque a glória de YÁOHU UL enchia o Templo todo! 12-13O rei Shua-ólmoh
fez o seguinte discurso: " YÁOHU ULHÍM disse que habitaria nas trevas; Mas, ó YÁOHU ULHÍM, eu
edifiquei-te uma morada aqui na terra, um lugar para viveres para sempre." 14Depois, o monarca virou-se
para o povo, que se mantinha de pé, e abençoou-o. 15-16"Bendito seja YÁOHU ULHÍM o Criador Eterno de
Yaoshorúl,que fez hoje o que prometeu ao meu pai Dáoud,visto que lhe disse: 'Quando trouxe o meu povo
do Egipto,não indiquei nenhum lugar para edificação do meu Templo,mas nomeei um homem que fosse o
líder do meu povo.'Este foi o meu pai Dáoud. 17-19Ele quis construir um Templo para YÁOHU ULHÍM o
Criador Eterno de Yaoshorúl, mas YÁOHU ULHÍM disse-lhe que não. 'Estou satisfeito que queiras fazê-lo,
mas é o teu filho quem realizará tal coisa.' 20-21Agora YÁOHU ULHÍM cumpriu com o que prometeu,
porque sucedi ao meu pai, como rei em Yaoshorúl e agora este Templo foi construído para YÁOHU ULHÍM
o Criador Eterno de Yaoshorúl. Preparei um lugar no Templo para a arca, que contém a aliança que YÁOHU
ULHÍM fez com os nossos pais, quando os tirou da terra do Egipto."A oração de Shua-ólmoh

22-26Seguidamente Shua-ólmoh, sempre na frente de todo o povo, pôs-se diante do altar de YÁOHU UL,
com as mãos estendidas para os shua-ólmayao, e disse: " YÁOHU ULHÍM o Criador Eterno de Yaoshorúl,
não há outro Criador como tu, no céu nem na terra, tu és misericordioso e bom, e cumpres as promessas
que fazes aos teus filhos se eles fizerem de todo o seu coração a tua vontade. Neste dia cumpriste a
promessa que fizeste ao meu pai Dáoud, que era o teu servo; e agora, ó YÁOHU ULHÍM o Criador Eterno
de Yaoshorúl, cumpre igualmente o resto da tua promessa: de que se os seus descendentes andassem nos
teus caminhos e se esforçassem por cumprir a tua vontade, tal como ele fez, um deles estaria sempre no
trono de Yaoshorúl. Sim, ó YÁOHU ULHÍM de Yaoshorúl, cumpre esta promessa também. 27-30Mas será
realmente possível que YÁOHU ULHÍM viva na terra? Como é que isso pode ser se nem os shua-ólmayao,
os mais altos shua-ólmayao, podem contê-lo? Portanto, muito menos este Templo que mandei construir!
Mesmo assim, ó YÁOHU ULHÍM meu Criador Eterno, tu ouviste e respondeste ao meu pedido eço-te que
noite e dia veles sobre este Templo -este lugar em que prometeste que viverias -e quando me virar para o
Templo e orar, seja de dia ou de noite, ouve-me e responde-me. Ouve qualquer súplica que o povo de
Yaoshorúl te dirigir, sempre que se virarem para este lugar para orarem; sim, ouve, desde os shua-ólmayao,
onde vives; e quando ouvires, perdoa. 31-32Se alguém for acusado de ter praticado qualquer maldade, e se
se puser aqui diante do teu altar jurando que não a praticou, ouve-o desde os shua-ólmayao e exerce a tua
justiça; julga-o conforme tiver ou não praticado o mal. 33-34Quando o teu povo pecar e os seus inimigos o
derrotarem, ouve-os desde os shua-ólmayao e perdoa-lhes, se eles se arrependerem, se voltarem para ti e
confessarem que és o seu YÁOHU ULHÍM. Trá-los de novo a esta terra que deste aos seus pais. 3536Quando
os shua-ólmayao se fecharem e não houver chuva, por eles terem pecado, ouve-os dos shuaólmayao
e perdoa-lhes quando orarem virados para este lugar, e confessarem o teu Shúam (Nome). Depois
de os teres castigado, ajuda-os a seguirem caminhos rectos, nos quais deverão sempre andar, e envia-lhes
chuva sobre a terra que deste ao teu povo. 37-40Se houver fome provocada por doenças nas plantas, por
pragas de insectos ou outros bichos nocivos, se os inimigos de Yaoshorúl atacarem as suas cidades, se o
povo for ferido por alguma praga ou epidemia, ou por outra coisa qualquer, nessa altura, quando o povo se
converter dos seus pecados e orar, voltado para este Templo, ouve-os então desde os shua-ólmayao,
perdoa-lhes e responde a todos os que tiverem sido sinceros na sua confissão; porque tu conheces o
coração de cada pessoa. Desta maneira aprenderão a reverenciar-te sempre, enquanto viverem nesta terra
que deste aos seus pais. 41-43Quando estrangeiros ouvirem falar no teu grande nome e vierem de terras
distantes para te adorar, atraídos pelo prestígio glorioso que tem o teu Shúam (Nome), e pela grandeza dos
teus milagres, se orarem voltados para este Templo, ouve-os desde os shua-ólmayao e responde às suas
orações. Todas as nações da terra te conhecerão e temerão o teu Shúam (Nome), tal como o teu próprio
povo de Yaoshorúl; toda a terra saberá que este é o teu Templo. 44-45Quando enviares o teu povo lutar
contra os seus inimigos e eles orarem a ti, olhando na direcção da cidade que escolheste -Yaohúshuaoléym
-e na deste Templo que fiz construir para honra do teu Shúam (Nome), ouve as suas orações e
socorre-os. 46-51Quando pecarem contra ti -e não há ninguém que não peque -se a tua ira se acender
contra eles permitindo que os seus inimigos os levem como cativos para alguma terra estrangeira, longe ou
mesmo perto, se reconsiderarem nos seus corações e se converterem, suplicando-te dizendo: 'Pecámos;
agimos perversamente', se com toda a sinceridade se voltarem para ti e orarem, na direcção desta terra que
deste aos seus antepassados, e na direcção desta cidade de Yaohúshua-oléym, que escolheste, e na
direcção deste Templo, que fiz construir em honra do teu Shúam (Nome), ouve as suas orações e rogos
desde os shua-ólmayao em que vives, e vem em seu auxílio. Perdoa ao teu povo todas as suas maldades e
torna os seus opressores misericordiosos para com eles; pois são o teu povo -são a tua possessão que
resgataste da fornalha do Egipto. 52-53Que os teus olhos estejam atentos e os teus ouvidos abertos
perante os seus clamores. Ó YÁOHU ULHÍM, escuta e responde quando te invocarem, pois que quando
tiraste os nossos pais da terra do Egipto, disseste ao teu servo Mehushúa que escolheras Yaoshorúl de
entre todas as nações da terra, para serem o teu povo eleito." 54-55Shua-ólmoh tinha-se mantido de joelhos
e com as mãos estendidas para o céu. Ao terminar esta oração, levantou-se de diante do altar de YÁOHU
ULHÍM e lançou, em voz bem alta, esta bênção sobre o povo de Yaoshorúl: 56-61"Bendito seja YÁOHU
ULHÍM que cumpriu a sua promessa de dar repouso ao povo de Yaoshorúl, não falhou nem uma palavra de
todas as maravilhosas promessas transmitidas através do seu servo Mehushúa. Que YÁOHU ULHÍM, nosso
Criador Eterno seja connosco tal como foi com os nossos pais ue nunca nos desampare. Que nos dê
vontade para cumprir toda a sua vontade e obedecer a todos os seus mandamentos e a todas as instruções
que deu aos nossos antepassados. Que as palavras da minha oração lhe sejam sempre presentes, dia e
noite, para que me possa amparar, assim como a todo o Yaoshorúl, de acordo com as nossas necessidades
diárias. Que toda a gente em todo o mundo fique sabendo que YÁOHU ULHÍM é YÁOHU ULHÍM, e que não
há outro. Ó meu povo, que possas viver com rectidão e honestidade perante YÁOHU ULHÍM, nosso Criador
Eterno, e obedecer às suas leis e mandamentos, tal como hoje está a acontecer."

A consagração do Templo

62-64O rei e todo o povo consagraram o Templo, oferecendo sacrifícios de paz a YÁOHU ULHÍM, num total
de vinte duas mil vacas e cento e vinte mil ovelhas. Como medida temporária o monarca santificou o pátio
em frente do Templo, para ali fazer os sacrifícios de holocaustos, as ofertas de cereais, e apresentar a
gordura das ofertas de paz, visto que o altar de bronze era demasiado pequeno para tantos sacrifícios. 6569Toda
aquela celebração durou catorze dias e veio ali uma grande multidão de uma extremidade à outra
da terra. No fim de tudo, Shua-ólmoh despediu a gente, que regressou a casa, feliz por toda a bondade que
YÁOHU ULHÍM tinha demonstrado para com o seu servo Dáoud e o seu povo de Yaoshorúl. E a população
abençoou o rei.



1 Molkhím 9

YÁOHU ULHÍM fala de novo a Shua-ólmoh

1Quando Shua-ólmoh terminou a construção do Templo, do palácio e dos outros edifícios conforme sempre
fora a sua vontade, 2-5 YÁOHU ULHÍM apareceu-lhe uma segunda vez (a primeira tinha sido em Gibeão), e
disse-lhe: "Ouvi a tua oração. Santifiquei este Templo que construiste, e pus nele o meu Shúam (Nome),
para sempre. Vigiarei sobre ele e o meu coração ali estará constantemente. Se andares perante mim como
o teu pai Dáoud, com toda a sinceridade e rectidão, obedecendo aos meus mandamentos, farei com que os
teus descendentes sejam reis de Yaoshorúl para sempre, tal como prometi a Dáoud quando lhe disse: 'Um
dos teus filhos estará sempre sobre o trono de Yaoshorúl.'" 6-9"Contudo, se tu ou os teus filhos me voltarem
as costas e se puserem a adorar outros falsos criadores o estatuas e a desobedecer-me, então levarei o
povo de Yaoshorúl da sua terra, da terra que lhes dei. Tirá-los-ei deste Templo, que santifiquei por causa do
meu Shúam (Nome) e afastá-los-ei da minha vista. Yaoshorúl tornar-se-á num alvo da troça para as nações,
num provérbio que corre de boca em boca como aviso para todos os povos. Este Templo ficará num montão
de ruínas, e qualquer pessoa que por aqui passar ficará espantada e abanará a cabeça dizendo: 'Porque é
que YÁOHU ULHÍM fez tais coisas a esta terra e a este Templo?'E a resposta será: 'O povo de Yaoshorúl
abandonou YÁOHU ULHÍM, seu Criador Eterno que os tirou da terra do Egipto; e agora adoram outros
falsos criadores o estatuas. Foi por essa razão que YÁOHU ULHÍM trouxe sobre eles este grande mal.'"

Outros feitos de Shua-ólmoh

10-12 Ao fim de vinte anos -que foi o tempo que Shua-ólmoh levou a construir o Templo e o palácio -o
soberano deu vinte cidades da terra da Galileia ao rei Hirão de Tiro em pagamento de toda a madeira de
cedro e de faia e de todo o ouro que este último lhe tinha fornecido para as referidas construções. Hirão
deslocou-se desde Tiro para visitar as cidades e não ficou nada contente com elas. 13-14"Que negócio é
este, meu irmão?", perguntou ele. "Estas povoações não passam de montes de areia seca!" (Por isso ainda
hoje são chamadas por o Deserto.) É que Hirão tinha mandado Shua-ólmoh quatro toneladas de ouro!
15Shua-ólmoh tinha imposto o trabalho obrigatório para construir o Templo, o seu palácio, o forte de Milo, a
muralha de Yaohúshua-oléym, e as cidades de Hazor, de Megido e de Gezer. 16-19Esta última, a cidade de
Gezer, tinha sido conquistada e incendiada pelo rei do Egipto, que matou toda a sua população
Yaoshorulíta; mais tarde deu-a em dote a sua filha, a qual se tornou numa das mulheres de Shua-ólmoh.
Assim o monarca reconstruiu Gezer, ao mesmo tempo que outras povoações, tais como Beth-Horom de
Baixo, Baalate e Tamar, a cidade do deserto. Construiu igualmente povoações para o armazenamento de
cereias, outras para arrumação dos carros de combate, para servirem de estrebarias e alojamento dos
cavaleiros e ainda de arrecadação de munições, perto de Yaohúshua-oléym, nas montanhas do Líbano e
um pouco por toda a terra. 20-23O povo recrutado para os trabalhos obrigatórios foi o que sobreviveu dos
países conquistados -dos amorreus, dos heteus, dos perizeus, dos heveus e dos jebuseus. Porque o povo
de Yaoshorúl não tinha sido capaz de os expulsar completamente quando da conquista da terra de
Yaoshorúl, e por isso se mantêm ainda hoje como escravos. Shua-ólmoh não recrutou nenhum Yaoshorulíta
para esta obra; estes eram chamados antes como artífices, soldados, oficiais do exército, comandantes de
companhias de carros de combate e de cavalaria. Além disso havia quinhentos e cinqüenta homens de
Yaoshorúl com a função de fiscais dos trabalhos. 24O monarca fez a filha de Faraóh mudar os seus
aposentos da cidade de Dáoud -o sector antigo de Yaohúshua-oléym -para os novos apartamentos que
construiu para ela no palácio. Depois fez construir o forte de Milo. 25Após a conclusão do Templo, Shuaólmoh
oferecia holocaustos e sacrifícios de paz três vezes ao ano no altar que construíra. Também
queimava incenso sobre ele. 26O soberano tinha também um estaleiro naval em Eziom-Gezer, perto de
Elote no Mar Vermelho na terra de Edom, onde fez construir uma armada de navios. 27-28O rei Hirão
forneceu marinheiros experimentados para acompanharem as tripulações de Shua-ólmoh. Estas faziam
viagens a Ofir, trazendo catorze toneladas e meia de ouro para o rei Shua-ólmoh.

1 Molkhím 10

A visita da rainha de Sheba

1Ouvindo a rainha de Sheba toda a fama de Shua-ólmoh e como YÁOHU ULHÍM lhe tinha dado tantas
qualidades, resolveu vir apresentar-lhe pessoalmente algumas questões especialmente complexas para ver
a resposta que daria. 2Chegou assim a Yaohúshua-oléym com uma grande comitiva e muitos camelos
carregando especiarias, ouro e jóias. Ela pôs-lhe os problemas que entendeu e 3Shua-ólmoh a tudo
respondeu; nada se revelou muito difícil para ele -YÁOHU ULHÍM deu-lhe de cada vez a resposta exacta.
4-5Ela depressa se deu conta de que tudo o que lhe tinham dito quanto à sua grande sabedoria era
verdadeiro. Pôde igualmente constatar a beleza do seu palácio; e quando viu os ricos pratos que vinham à
mesa, o grande número de criados e escravos a servir nos seus belos uniformes, mais os escanções, e os
inúmeros sacrifícios que oferecia pelo fogo a YÁOHU ULHÍM, então ficou como que fora de si, de espanto!
6-9Exclamou a rainha para Shua-ólmoh: "Tudo o que ouvi no meu país acerca da tua sabedoria e das
belíssimas coisas que aqui há é verdade. Antes de cá chegar não podia acreditar em tal, mas agora eu
própria verifiquei tudo com os meus próprios olhos. O que me tinham contado não correspondia sequer a
metade da realidade! A tua sabedoria e a tua riqueza são, de longe, muito maiores do que aquilo que tinha
ouvido! O teu povo é feliz, o pessoal do teu palácio está satisfeito; e como podia ser de outra forma se eles
aqui vivem constantemente ouvindo a tua sabedoria! Bendito seja YÁOHU ULHÍM, teu Criador Eterno que te
escolheu e te colocou sobre o trono de Yaoshorúl. Com YÁOHU ULHÍM deve amar Yaoshorúl -porque lhe
deu um rei como tu! E tu ofereces ao teu povo uma governação justa e boa!" 10Depois, deu ao monarca um
presente de quatro toneladas de ouro e mais uma enorme quantidade de especiarias e de pedras preciosas;
na verdade foi esse o presente mais valioso que o rei Shua-ólmoh jamais recebeu. 11-12(Quando os navios
do rei Hirão trouxeram a Shua-ólmoh ouro de Ofir, também carregaram para ele um grande fornecimento de
pedras preciosas e também de madeira de almugue para fazer balaústres para o Templo e para o palácio, e
para fabricar instrumentos, tais como harpas e liras, que acompanhassem os cantores. Nunca antes nem
depois se viu junta tanta quantidade desta bela madeira.) 13Em troca dos presentes recebidos da rainha de
Sheba, o rei Shua-ólmoh deu-lhe tudo o que ela lhe pediu, além dos presentes que já tinha planeado
ofertar-lhe. Após isso ela regressou, com o seu séquito e os que a serviam, para a sua terra.

O esplendor de Shua-ólmoh

14-15Cada ano Shua-ólmoh recebia ouro que pesava vinte e três toneladas, além das taxas e dos
benefícios dos negócios que fazia com reis da Arábia e de outros territórios daquela região. Shua-ólmoh
mandou fazer, com parte desse ouro, duzentas peças de armadura, pesando cada uma três quilos e meio
de ouro, e mais trezentos escudos, tendo mandado pesar para cada um aproximadamente quilo e meio de
ouro. Conservou-os no Salão da Floresta do Líbano. 16-20Também fez construir um enorme trono de
marfim e fê-lo revestir de ouro puro. Tinha seis degraus e um espaldar com descansos para os braços;
havia um leão de cada lado. Nos degraus igualmente havia dois leões, um de cada lado, portanto doze ao
todo. Não havia no mundo outro trono tão deslumbrante como aquele. 21Todas as taças que o rei Shuaólmoh
usava eram de ouro puro; e no Salão da Floresta do Líbano todo o serviço de jantar era feito em
ouro. Não se usava prata porque nesse tempo não tinha muito valor! 22A frota comercial do rei Shua-ólmoh
era de parceria com o rei Hirão, e uma vez todos os três anos um grande fornecimento de ouro, prata,
marfim e também de macacos e de pavões chegava aos portos de Yaoshorúl. 23Desta forma o rei Shuaólmoh
era o mais rico e o mais sábio de todos os reis da terra. 24-25Grandes homens de muitas terras
vinham conversar com ele e ouvir a sabedoria que YÁOHU ULHÍM lhe dera. Traziam-lhe igualmente
presentes em peças de prata e de ouro, rico vestuário, especiarias, cavalos e mulas. Todos os anos recebia
deles ou uma ou outra coisa dessas. 26-29O monarca construiu um grande estábulo para cavalos atribuídos
a uma vasta quantidade de carros e de cavaleiros -mil e quatrocentos carros ao todo e doze mil cavaleiros
viviam nessas cidades-estábulo e também com o rei Shua-ólmoh em Yaohúshua-oléym. A prata era tão
comum como pedras em Yaohúshua-oléym naqueles dias; também o cedro não era de muito mais valor do
que simples madeira de figueira brava! Os cavalos de Shua-ólmoh vinham-lhe do Egipto e do sul da Turquia
onde os seus agentes os adquiriam por grosso. Um carro egípcio custava sete quilos de prata e um cavalo
quilo e meio. Muitos deles eram depois vendidos de novo aos reis heteus e sírios.

1 Molkhím 11

As mulheres de Shua-ólmoh

1O rei Shua-ólmoh casou com muitas mulheres estrangeiras, além da princesa egípcia. Muitas delas vieram
de nações onde se adoravam ídolos -Moabe, Amom, Edom, Sidom e dos heteus -2apesar de YÁOHU UL
ter dado instruções expressas ao seu povo para que não casasse com pessoas dessas nações, porque as
mulheres com quem eles casassem haviam de os levar adorar os seus falsos criadores o estatuas. Apesar
disso, Shua-ólmoh deixou-se levar pelo amor por essas mulheres. 3-4Teve setecentas mulheres e trezentas
concubinas; elas foram sem dúvida responsáveis por ele ter desviado o seu coração de YÁOHU UL,
especialmente no tempo já da sua velhice. Encorajaram-no a adorar os seus falsos criadores o estatuas em
lugar de confiar inteiramente em YÁOHU ULHÍM, como fazia seu pai Dáoud. 5Shua-ólmoh prestou culto a
Asterote, idolos dos sidónios, e a Milcom, o abominável ídolo dos amonitas. 6-8Dessa forma Shua-ólmoh fez
claramente o que YÁOHU ULHÍM condenava e recusou seguir YÁOHU ULHÍM, ao contrário do seu pai
Dáoud. Chegou mesmo a construir um Templo sobre o Monte das Oliveiras, do outro lado do vale que está
em frente de Yaohúshua-oléym, dedicado a Quemós, o depravado ídolo de Moabe, e um outro a Moloque, o
igualmente abominável ídolo dos amonitas. Shua-ólmoh construiu pois Templos para que as suas mulheres
estrangeiras lá oferecessem incenso e sacrifícios aos seus falsos criadores o estatuas. 9-13 YÁOHU ULHÍM
irou-se muito contra Shua-ólmoh por causa disso, pois que o rei deixou de se interessar pelo YÁOHU
ULHÍM o Criador Eterno de Yaoshorúl, que lhe tinha aparecido duas vezes para o avisar especificamente
contra o perigo de prestar culto a outros falsos criadores o estatuas. E ele fechou os seus ouvidos. Por isso
YÁOHU ULHÍM lhe disse: "Visto que não guardaste o nosso acordo e não obedeceste às minhas leis, tirarei
o reino das tuas mãos e da tua família e dá-lo-ei a outro. Contudo, por amor do teu pai Dáoud não farei isso
enquanto viveres. Tirarei o reino ao teu filho. Mesmo assim permitirei que ele seja rei de uma tribo, por amor
de Dáoud e de Yaohúshua-oléym, a minha cidade escolhida."
Os adversários de Shua-ólmoh
14-18Foi assim que YÁOHU ULHÍM permitiu a ascensão em poder da Hadade, o edomita. Shua-ólmoh
tornou-se apreensivo, porque Hadade era membro da família real de Edom. Anos antes, quando Dáoud
tinha estado em Edom com Yao-ab para tratarem do enterro de alguns soldados Yaoshorulítas que tinham
morrido em combate, o exército Yaoshorulíta tinha morto quase todos os homens de todo o país. Levou seis
meses a fazer isso, mas finalmente conseguiu matá-los a todos com excepção de Hadade e de alguns
membros da corte que o levaram para o Egipto -ele era uma criança pequena nessa altura. Conseguiram
escapar-se de Midiã e foram a Paran, onde outros se juntaram a eles e os acompanharam até ao Egipto
onde Faraóh lhes deu casa e alimentação. 19-22Hadade tornou-se um dos amigos mais íntimos de Faraóh,
o qual lhe deu por mulher a irmã de Tafnes, a rainha. Teve dela um filho, Genubate, que cresceu no palácio
do Faraóh com os próprios filhos deste. Quando Hadade, lá no Egipto, ouviu que Dáoud e Yao-ab tinham
ambos morrido, pediu ao Faraóh licença para voltar para Edom. "Porque?", perguntou-lhe Faraóh. "O que é
que te falta aqui? Em que é que te desapontámos?""Tudo me tem corrido maravilhosamente; mas mesmo
assim preferia voltar para a minha terra." 23-25Um outro dos inimigos de Shua-ólmoh, que YÁOHU ULHÍM
permitiu que crescesse em poderio, foi Rezom, um dos membros da corte do rei Hadadezer de Zobá, o qual
desertara das suas funções e fugira do país. Tornara-se o chefe dum bando de malfeitores -homens que
tinham também fugido de Damasco, onde acabou por se tornar rei, quando Dáoud destruiu Zobá. Durante
toda a vida de Shua-ólmoh, Rezom e Hadade foram seus inimigos, pois que odiavam Yaoshorúl
intensamente.



Yaoro-éboam rebela-se contra Shua-ólmoh

26-28Outro chefe rebelde foi Yaoro-éboam, o filho de Nebate, que veio da cidade de Zereda em Efroím; a
sua mãe era Zeruá, uma viúva. Esta é a história da sua rebelião: Shua-ólmoh estava a reconstruir o forte de
Milo, fazendo reparações na muralha desta cidade que o seu pai tinha mandado edificar. Yaoro-éboam era
muito hábil, e quando Shua-ólmoh constatou as suas aptidões, colocou-o como supervisor de todas as
equipas de trabalho, que eram das tribos de YÁOHU-saf. 29-33Um dia em que Yaoro-éboam estava a
deixar Yaohúshua-oléym, o profeta Aías de Sheló, que até tinha vestido uma roupa nova para essa ocasião,
veio ao seu encontro e chamou-o à parte para conversar com ele. Quando os dois se afastaram no campo,
Aías rasgou o seu fato novo em doze partes, e disse a Yaoro-éboam: "Pega em dez destes bocados, pois
que assim diz YÁOHU ULHÍM o Criador Eterno de Yaoshorúl: 'Rasgarei o reino, tirando-o da mão de Shuaólmoh
e dar-te-ei a ti dez tribos! Mas deixar-lhe-ei a ele uma tribo, por amor do meu servo Dáoud e de
Yaohúshua-oléym, que escolhi de entre todas as povoações de Yaoshorúl. Porque Shua-ólmoh me virou as
costas e presta culto a Astarote, a ídolo dos sidónios; a Quemós, o ídolo de Moabe; e a Milcom, o ídolo dos
amonitas. Não seguiu os meus caminhos e não fez o que eu considero a justiça; não guardou as minhas leis
e instruções tal como fez Dáoud seu pai. 34-39Mas não lhe tirarei agora o reino, por amor do meu servo
Dáoud, meu escolhido, que obedeceu aos meus mandamentos; deixarei que Shua-ólmoh reine todo o resto
da sua vida. Será das mãos do seu filho que o farei e a ti darei dez das tribos. Ele ficará com a restante,
para que os descendentes de Dáoud continuem a reinar em Yaohúshua-oléym, a cidade que escolhi para
que o meu Shúam (Nome) seja honrado. Colocar-te-ei sobre o trono de Yaoshorúl e dar-te-ei poder
absoluto. Se prestares ouvidos às minhas palavras, andares nos meus caminhos e fizeres o que eu
considero justo, obedecendo aos meus mandamentos tal como fez o meu servo Dáoud, então abençoar-teei,
e os teus descendentes governarão sobre Yaoshorúl para sempre. Fiz uma vez esta mesma promessa a
Dáoud. Mas por causa do pecado de Shua-ólmoh castigarei os descendentes de Dáoud -embora não para
sempre.'" 40Shua-ólmoh ainda tentou matar Yaoro-éboam, mas este fugiu para junto do rei Sisaque do
Egipto e lá ficou até à morte do soberano.

A morte de Shua-ólmoh


41-43Quanto ao resto dos feitos de Shua-ólmoh, o que ele fez e o que disse, está escrito no livro das
Crônicas de Shua-ólmoh. Ele governou em Yaohúshua-oléym durante quarenta anos, e morreu, tendo sido
enterrado na cidade do seu pai Dáoud. O seu filho Ro-éboam reinou no seu lugar.

1 Molkhím 12


Yaoshorúl revolta-se contra Ro-éboam

1A coroação de Ro-éboam deu-se em Siquem, e todo o Yaoshorúl veio assistir à cerimónia. 2-4Yaoroéboam,
que ainda se encontrava no Egipto, para onde fugira do rei Shua-ólmoh, ouviu sobre o que
acontecia em Yaoshorúl através dos seus amigos, que o pressionaram a que também viesse assistir à
cerimónia, juntamente com todo o Yaoshorúl em Siquem. Ele assim fez e tornou-se o cabecilha do povo
para apresentar certos pedidos a Ro-éboam: "O teu pai foi um chefe duro", disseram eles a Ro-éboam. "Não
queremos que sejas nosso rei, a menos que prometas tratar-nos melhor do que ele fez." 5"Dêem-me três
dias para pensar nesse assunto", respondeu Ro-éboam. "Voltem depois para ter a resposta." E o povo foi-
se embora. 6Ro-éboam foi discutir o assunto com os velhos conselheiros do seu pai Shua-ólmoh: "O que é
que pensam que devo fazer?" 7"Se lhes deres uma resposta favorável e concordares em ser bom para eles
e servi-los bem, poderás vir a ser o seu rei para sempre." 8Ro-éboam no entanto recusou o conselho
desses anciãos e mandou vir os moços que tinham crescido com ele, e eram os seus amigos: 9"Que acham
vocês que eu devo fazer?" 10-11"Diz-lhes assim: 'Se julgam que o meu pai foi duro com vocês, eu sê-lo-ei
ainda mais! Sim, o meu pai foi severo, mas eu serei ainda mais! Meu pai castigou-vos com chicotes, mas eu
fá-lo-ei com escorpiões!'" 12-15Dessa forma, quando o povo, ao fim dos três dias, veio saber a resposta, o
novo rei respondeu-lhes rudemente. Ignorou pois o conselho dos anciãos e preferiu seguir o dos moços e
recusou o pedido do povo. Mas nisso tudo estava a mão de YÁOHU UL, fazendo com que o novo rei agisse
dessa maneira para cumprir a promessa feita a Yaoro-éboam, pela boca de Aías, o profeta de Sheló. 1619Quando
o povo se deu conta de que o rei tinha realmente a intensão de fazer o que dissera e de não
ouvir o pedido deles, começaram a gritar: "Abaixo com Dáoud e com todos os da sua família! Vão para
casa! Que Ro-éboam seja rei apenas da sua família!"E todos se foram embora excepto a tribo de YAOHÚdah,
que permanceu leal e aceitou Ro-éboam como rei. Quando o monarca enviou Adorão, que era
administrador do serviço obrigatório, para fazer o alistamento dos homens das outras tribos, levantou-se um
grande motim e apedrejaram-no até morrer. O rei Ro-éboam conseguiu escapar num carro e fugiu para
Yaohúshua-oléym. Yaoshorúl tem estado em rebelião contra a dinastia de Dáoud desde esse tempo.
20Quando o povo de Yaoshorúl soube do regresso de Yaoro-éboam do Egipto, pediram-lhe que se
apresentasse perante o povo numa grande reunião, e aí foi feito rei de Yaoshorúl. Apenas a tribo de
YAOHÚ-dah se manteve sob a liderança de um descendente da família de Dáoud. 21-24Quando o rei Roéboam
chegou a Yaohúshua-oléym, convocou o exército -todos os homens aptos para a guerra de
YAOHÚ-dah e de Benyamín: 180.000 tropas especiais -para obrigarem o resto de Yaoshorúl a reconhecêlo
como rei. Mas YÁOHU ULHÍM enviou a seguinte mensagem a Shuam-YÁOHU, o profeta: "Diz a Roéboam,
o filho de Shua-ólmoh, rei de YAOHÚ-dah, e a todo o povo de YAOHÚ-dah e de Benyamín, que não
devem combater contra os seus irmãos, o povo de Yaoshorúl; diz-lhes que se demobilizem e voltem para
suas casas, porque o que aconteceu a Ro-éboam correspondeu à minha vontade." Então o exército desfez-
se, tal como YÁOHU ULHÍM mandara.

Os bezerros de ouro em Bohay-Úl e em Dayán

25-27Yaoro-éboam depois construiu a cidade de Siquem, na região das colinas de Efroím, que ficou sendo
a sua capital. Mais tarde construiu Panu-Ul. Yaoro-éboam pensou da seguinte forma: "Se eu não tiver
cuidado, o povo pode requerer um descendente de Dáoud como seu rei. Quando forem a Yaohúshua-oléym
oferecer sacrifícios no Templo, deixar-se-ão aliciar pelo rei Ro-éboam; depois matar-me-ão e pedir-lhe-ão
que se torne seu rei." 28Assim seguindo a opinião dos seus conselheiros, o rei fez dois bezerros de ouro e
disse para o povo: "Não é preciso mais darem-se ao trabalho de irem a Yaohúshua-oléym para adorar;
daqui em diante, estes serão os vossos falsos criadores o estatuas -foram eles que vos tiraram do cativeiro
do Egipto!" 29-31Um desses bezerros foi posto em Bohay-Úl e outro em Dayán. Na realidade isto foi um
grande pecado, porque o povo pôs-se efectivamente a adorá-los. Mandou igualmente fazer nichos sobre
colinas e ordenou intermediários saídos da gente menos qualificada do povo, sem sequer ter cuidado em
que fossem da tribo sacerdotal de Leví. 32-33 Yaoro-éboam anunciou também que a celebração anual dos
tabernáculos se realizaria em Bohay-Úl, a um de Novembro, uma data inteiramente do seu arbítrio,
semelhante à que se realizaria em Yaohúshua-oléym; ele próprio ofereceu sacrifícios sobre o altar dos
bezerros em Bohay-Úl e queimou incenso nele. Foi aí em Bohay-Úl que ordenou os intermediários para os
nichos sobre as colinas.

1 Molkhím 13

O profeta de YÁOHU ULHÍM de YAOHÚ-dah

1-2Quando Yaoro-éboam se aproximava do altar para queimar incenso ao bezerro-ídolo em ouro, um
profeta de YÁOHU UL, vindo de YAOHÚ-dah, dirigiu-se para ele, e à ordem de YÁOHU UL clamou assim,
em alta voz: "Ó altar, YÁOHU ULHÍM manda dizer que uma criança chamada Yaosa-YÁOHU nascerá na
linha da descendência de Dáoud, o qual há-de sacrificar sobre ti esses intermediários do nichos das colinas
e que aqui vêm queimar incenso; ossos de seres humanos se queimarão sobre ti." 3Seguidamente deu a
seguinte prova em como a sua mensagem fora ditada pelo YÁOHU ULHÍM: "Este altar partir-se-á em dois e
a cinza que nele está se espalhará pelo chão." 4-5O rei ficou furioso pelo profeta ter dito semelhantes
coisas e gritou para os guardas: "Prendam esse homem!", dirigindo o punho fechado contra ele.
Instantaneamente o seu braço ficou paralisado nessa posição, sem o poder recolher. No mesmo momento
apareceu uma larga fenda no altar e as cinzas se derramaram, tal como o profeta tinha dito que havia de
acontecer. Esta foi a prova em como YÁOHU ULHÍM falara pela boca do profeta. 6"Oh, peço-te que rogues
a YÁOHU ULHÍM, teu Criador Eterno", gritou o rei para o profeta, "que me faça recuperar o meu braço."
Então ele orou a YÁOHU ULHÍM, e o braço tornou-se normal. 7O rei disse ao profeta: "Vem comigo
descansar e comer qualquer coisa. Quero recompensar-te." 8-9No entanto o profeta respondeu-lhe: "Ainda
que me desses metade do teu palácio, não entraria nele, nem comeria ou beberia água sequer nessa casa!
YÁOHU ULHÍM deu-me ordens estritas para não comer nem beber o que quer que fosse enquanto aqui me
encontrar, e até para não regressar a YAOHÚ-dah pelo mesmo caminho." 10E assim se foi embora por
outra estrada. 11Acontecia que vivia em Bohay-Úl um velho profeta; seu filho veio para casa contar-lhe o
que o profeta de YAOHÚ-dah fizera e o que dissera ao rei. 12"Por que caminho se foi ele?" E informaram-
no. 13-14"Depressa, selem o meu jumento." E logo correu atrás do profeta, tendo-o encontrado sentado
debaixo dum carvalho: "És tu o profeta que veio de YAOHÚ-dah?""Sim, sou eu." 15"Vem a minha casa e
come comigo." 16-17"Não, não posso. Não me é permitido comer nem beber seja o que for, nem sequer
água, em Bohay-Úl. Foram as ordens estritas que YÁOHU ULHÍM me deu; mandou-me também que não
regressasse pelo mesmo caminho." 18-19Mas o ancião insistiu: "Eu também sou profeta como tu, e um anjo
deu-me uma mensagem da parte de YÁOHU UL. Devo pois levar-te para minha casa e dar-te de comer e
de beber." No entanto o velho profeta estava a mentir. Voltaram assim os dois para trás e o profeta comeu
algum alimento e bebeu água na casa do ancião. 20-22Estavam eles à mesa e veio uma mensagem de
YÁOHU UL ao profeta idoso, o qual exclamou para o profeta de YAOHÚ-dah: " YÁOHU ULHÍM manda
dizer-te que visto teres desobedecido às ordens claras que te tinham sido dadas, e viestes até aqui comer e
beber água num sítio em que isso te tinha sido proibido, o teu corpo morto não será enterrado no túmulo
dos teus pais." 23-25Terminada a refeição, o ancião selou o jumento do profeta; este partiu de novo. Mas
durante a viagem apareceu um leão que o matou. O seu corpo ficou ali no caminho, com o jumento e o leão
ao lado. As pessoas que passaram por ali e viram o corpo jazendo no meio da estrada com o leão ao lado
vieram contá-lo em Bohay-Úl, onde vivia o velho profeta. 26Quando este ouviu o que aconteceu, exclamou:
"É o profeta que desobedeceu à ordens de YÁOHU UL. YÁOHU ULHÍM cumpriu a sua palavra, fazendo
com que o leão o matasse." 27-29Depois disse para os seus filhos: "Selem-me o meu jumento!" Assim
fizeram. Ele foi e achou o corpo do profeta jazendo no caminho com o leão ainda ali ao lado sem ter comido

o corpo nem atacado o jumento. O profeta pôs o corpo sobre o jumento, trouxe-o para a cidade para lhe
fazer o funeral e o enterrar. 30Colocou o corpo no seu próprio sepulcro, chorando por ele: "Ah, meu irmão!"
31-32Depois disse para o filho: "Quando morrer, enterrem-me no sepulcro em que está o profeta. Ponham
os meus ossos ao lado dos seus. Pois que YÁOHU ULHÍM mandou-lhe que clamasse contra o altar de
Bohay-Úl, e as suas maldições contra os nichos das cidades de Shuamor-YÁOHU certamente se
cumprirão." 33-34A despeito dos avisos do profeta, Yaoro-éboam não se converteu dos seus maus
caminhos; em vez disso, ordenou ainda mais intermediários do que antes, saídos da gente menos digna,
para oferecerem sacrifícios aos ídolos nos nichos sobre as colinas. Quem quer que fosse que quisesse ser
intermediário podia sê-lo. Isto foi um grande pecado e foi a causa da destruição do reino de Yaoro-éboam e
da morte de toda a sua família.

1 Molkhím 14

A profecia de Abi-YÁOHU contra Yaoro-éboam

1Abi-YÁOHU, filho de Yaoro-éboam, ficou por esse tempo muito doente. 2O rei disse assim para a sua
mulher: "Disfarça-te de forma a que ninguém te possa reconhecer como sendo a rainha e vai ter com Aías,
o profeta que está em Sheló -o homem que me anunciou que eu me tornaria rei. 3Leva-lhe um presente de
dez pães, uma botija de mel e pergunta-lhe se o rapaz se restabelecerá." 4-5A sua mulher assim fez e foi
até à casa de Aías em Sheló. Este estava agora um homem muito idoso e já não podia ver bem. Mas
YÁOHU ULHÍM avisou-o de que a rainha viria ali, pretendendo fazer-se passar por outra pessoa, e
perguntando-lhe acerca da saúde do filho que estava muito doente. E YÁOHU ULHÍM comunicou-lhe o que
devia dizer-lhe. 6-11Assim quando Aías a ouviu chegar à porta, gritou de dentro: "Podes entrar, mulher de
Yaoro-éboam! Porque pretendes tu disfarçar-te de outra pessoa?" Depois disse-lhe: "Tenho más notícias
para te dar. Leva ao teu marido esta mensagem da parte de YÁOHU ULHÍM o Criador Eterno de Yaoshorúl:
'Fiz-te ascender de entre o povo comum até ao lugar de rei de Yaoshorúl. Arranquei o reino à família de
Dáoud e dei-to a ti; contudo não obedeceste aos meus mandamentos, como fez Dáoud meu servo. Os
desejos do coração deste foram sempre de me obedecer e cumprir a minha vontade. Mas tu, sozinho,
fizeste mais mal do que todos os outros reis antes de ti; arranjaste ídolos e acendeste a minha ira com os
teus bezerros de ouro. Sendo pois que recusaste aceitar-me, trarei a consternação sobre o teu lar e sobre
todos em Yaoshorúl. Varrerei a tua família como se varre o esterco. Garanto-te que aqueles da tua família
que morrerem na cidade serão comidos pelos cães; os que morrerem no campo serão comidos pelas aves.'
" 12-16Depois Aías disse à mulher de Yaoro-éboam: "Vai para casa, e quando entrares na cidade a criança
morrerá. Todo o Yaoshorúl o chorará e o enterrará; mas ele será o único membro da tua família que terá um
fim sossegado. Porque esta criança é a única coisa boa que YÁOHU ULHÍM o Criador Eterno de Yaoshorúl
vê em toda a família de Yaoro-éboam. YÁOHU ULHÍM sacudirá Yaoshorúl tal como uma cana à beira duma
torrente é abanada pela força das águas; arrancará o povo de Yaoshorúl da boa terra dos seus pais e os
espalhará para além do rio Eufrates, pois que suscitaram a ira de YÁOHU UL adorando ídolos. Ele
abandonará Yaoshorúl porque Yaoro-éboam pecou e fez pecar todo o Yaoshorúl com ele." 17-18A mulher
de Yaoro-éboam regressou a Tirza, e a criança faleceu no momento em que ela entrava na sua residência.
Houve lamentações em toda a terra, tal como YÁOHU ULHÍM predissera através de Aías. 19-20O resto dos
feitos de Yaoro-éboam -as guerras que fez e outros acontecimentos do seu reino -estão relatados nas
Crônicas dos Reis de Yaoshorúl. Yaoro-éboam reinou vinte e dois anos. Quando morreu, o seu filho Naodáb
ocupou o trono.

Ro-éboam é rei de YAOHÚ-dah

21-24Entretanto Ro-éboam, o filho de Shua-ólmoh, continuava sendo rei de YAOHÚ-dah. Tinha quarenta e
um anos de idade quando começou a reinar e esteve sobre o trono dezessete anos em Yaohúshua-oléym, a
cidade que, entre todas as cidades de Yaoshorúl, YÁOHU ULHÍM tinha escolhido para estar. (A mãe de Roéboam
chamava-se Naamá, uma mulher amonita.) Durante o seu reinado o povo de YAOHÚ-dah, à
semelhança de Yaoshorúl, fez o que era mal e acendeu a ira de YÁOHU UL por causa do seu pecado, pois
que foi pior do que o dos seus antepassados. Construíram nichos e obeliscos, assim como estátuas e ídolos
sobre todas as colinas e debaixo de cada árvore verde. Espalhou-se a prostituição masculina pela terra e o
povo de YAOHÚ-dah tornou-se tão depravado como as nações pagãs que YÁOHU ULHÍM tinha expulso da
terra para dar lugar ao seu povo. 25-28No quinto ano do reinado de Ro-éboam, o rei Sisaque do Egipto
atacou e conquistou Yaohúshua-oléym. Pilhou o Templo e o palácio real, levando tudo o que podia,
incluindo os escudos de ouro que Shua-ólmoh mandara fazer. Ro-éboam, após isso, mandou fazer uns
escudos de bronze para substituir os outros, e os guardas do palácio passaram a usar esses. Sempre que o
rei ia ao Templo, os guardas formavam em parada perante ele com os escudos e depois punham-nos
novamente na casa da guarda. 29-31Os outros acontecimentos respeitantes ao reinado de Ro-éboam estão
escritos nas Crônicas dos Reis de YAOHÚ-dah. Houve constantemente guerra entre Ro-éboam e Yaoroéboam.
Quando aquele morreu (a sua mãe chamava-se Naamá, e era amonita) foi enterrado juntamente
com os seus antepassados em Yaohúshua-oléym. O seu filho Abiyah tomou lugar no trono.

1 Molkhím 15

Abiyah é rei de YAOHÚ-dah

1-2Abiyah começou o seu reinado de apenas três anos como rei de YAOHÚ-dah, em Yaohúshua-oléym,
dezoito anos após o início do reinado de Yaoro-éboam rei de Yaoshorúl. (A mãe de Abiyah chamava-se
Maacá; era filha de Abshalóm.) 3Pecou ainda mais do que o seu pai; o seu coração não foi reto para com
YÁOHU ULHÍM, como tinha sido o do rei Dáoud. 4Apesar do pecado de Abiyah, YÁOHU ULHÍM lembrou-se
do amor que tinha por Dáoud e não fez terminar a sua linhagem real, 5visto que Dáoud obedecera a
YÁOHU ULHÍM todo o tempo da sua vida, excepto naquele assunto de Uri-YÁOHU, o heteu. 6Durante o
reinado de Abiyah continuou a haver sempre guerra entre os dois reinos de YAOHÚ-dah e de Yaoshorúl. 7O
resto da história deste reinado está relatado nas Crônicas dos Reis de YAOHÚ-dah. 8Quando morreu, foi
enterrado em Yaohúshua-oléym e o seu filho Osa reinou em seu lugar.

Osa é rei de YAOHÚ-dah

9-15Osa tornou-se rei de YAOHÚ-dah em Yaohúshua-oléym vinte anos depois de Yaoro-éboam ter
começado a reinar sobre Yaoshorúl. Reinou quarenta e um anos. (A sua avó era Maacá, filha de Abshalóm.)
Osa agradou a YÁOHU ULHÍM à semelhança do seu antepassado Dáoud. Mandou executar os prostitutos,
e retirar todos os ídolos que o seu pai mandara fazer. Destituíu a sua avó Maacá como rainha-mãe por ela
ter mandado fazer um ídolo, que o monarca deitou abaixo e queimou no ribeiro de Cedrom. Contudo
mantiveram-se os nichos sobre as colinas, apesar do coração de Osa se manter fiel a YÁOHU ULHÍM toda
a sua vida. Fez que estivessem expostos permanentemente no Templo os escudos que o seu pai tinha
mandado fazer e que tinha consagrado, ao mesmo tempo que os objetos de prata e de ouro que ele
próprio dedicou. 16-18Houve guerra permanente entre o rei Osa de YAOHÚ-dah e o rei Basha de
Yaoshorúl. O rei Basha construiu a cidade fortaleza de Roéma numa tentativa de cortar todas as relações
com Yaohúshua-oléym. Então Osa pegou em toda a prata e todo o ouro que ficara no Templo e no palácio
real e entregou-o aos líderes do seu reino para que levassem a Damasco como presente ao rei da Syria,
Ben-Hadad, com esta mensagem: 19"Tornemo-nos aliados tal como os nossos pais foram. Esta mensagem
acompanha um presente de prata e de ouro. Anula, peço-te, a aliança que tens com Basha, o rei de
Yaoshorúl, para que me deixe em paz." 20-22Ben-Hadad concordou e mandou os seus exércitos contra
algumas das povoações de Yaoshorúl; destruiu Ijom, Dayán, Abúl-Beth-Maacá, toda a Quinerete e todas as
povoações de Neftali. Quando Basha recebeu a notícia do ataque, deixou de construir Roéma e voltou para
Tirza. O rei Osa fez circular em toda YAOHÚ-dah uma proclamação pedindo a cada homem fisicamente
apto que viesse ajudar a destruir Roéma e deitassem abaixo todas as construções de pedra e de madeira.
O rei Osa empregou esses materiais para construir Geba, em Benyamín, e a cidade de Mizpá. 23-24O resto
da biografia de Osa -as suas conquistas e feitos, mais os nomes das povoações que mandou construir encontra-
se nas Crônicas dos Reis de YAOHÚ-dah. Na sua velhice o rei começou a padecer dos pés.
Quando morreu foi sepultado no cemitério real em Yaohúshua-oléym. Seu filho YÁOHU-shuafát tornou-se o
novo rei de YAOHÚ-dah.

Naodáb é rei de Yaoshorúl

25-26Entretanto em Yaoshorúl, Naodáb, filho de Yaoro-éboam, tornara-se rei. Reinou dois anos,
começando no segundo ano do reinado de Osa, rei de YAOHÚ-dah. Não foi um bom rei. À semelhança do
seu pai, adorou muito ídolos e levou Yaoshorúl a pecar. 27Foi então que Basha (filho de Aías da tribo de
Ishochar) conspirou contra Naodáb e o assassinou quando, com o exército de Yaoshorúl, estava a sitiar a
cidade Palestina de Gibetom.

Basha é rei de Yaoshorúl

28-31Assim Basha substituiu Naodáb como rei de Yaoshorúl, em Tirza, durante o terceiro ano do reinado de
Osa, rei de YAOHÚ-dah. Imediatamente matou todos os descendentes do rei Yaoro-éboam, de tal forma
que mais ninguém da família real ficou em vida, tal como YÁOHU ULHÍM dissera que havia de acontecer
quando falou por intermédio de Aías, o profeta de Sheló. Isto foi assim porque Yaoro-éboam acendeu a ira
de YÁOHU ULHÍM o Criador Eterno de Yaoshorúl, pecando e levando o resto de Yaoshorúl a pecar. Mais
informações sobre o reinado de Basha estão registados nas Crônicas dos Reis de Yaoshorúl. 32-34Houve
continuamente guerra entre o rei Osa de YAOHÚ-dah e o rei Basha de Yaoshorúl. Basha reinou vinte e
quatro anos, mas em todo esse tempo continuamente desobedeceu a YÁOHU ULHÍM. Seguiu os maus
caminhos de Yaoro-éboam, levando Yaoshorúl ao pecado da adoração de ídolos.

1 Molkhím 16

1O profeta Yáohu entregou ao rei Basha uma mensagem de condenação da parte de YÁOHU UL: 2-7"Tireite
do pó do chão", dizia a mensagem, "para te fazer rei sobre o povo de Yaoshorúl; mas tu preferiste andar
nos maus caminhos de Yaoro-éboam. Fizeste pecar o meu povo e acendeste por isso a minha ira! Portanto
destruir-te-ei e à tua família, tal como fiz com os descendentes de Yaoro-éboam. Aqueles teus familiares
que morrerem na cidade serão comidos por cães, os que morrerem nos campos serão comidos pelas aves."
Esta mensagem foi-lhe enviada, a Basha e aos seus, porque irritou YÁOHU ULHÍM com os seus pecados.
Foi tão mau quanto Yaoro-éboam a despeito do fato de YÁOHU UL ter destruído todos os descendentes
de Yaoro-éboam por causa da sua maldade. O resto da biografia de Basha -os seus actos e conquistas está
nas Crônicas dos Reis de Yaoshorúl.

Elá é rei de Yaoshorúl

8-10Elá, filho de Basha, começou a reinar no vigésimo-sexto ano do reinado do rei Osa de YAOHÚ-dah,
mas reinou apenas dois anos. O general Zimri, que tinha a seu cargo o comando de metade dos carros de
combate reais, conspirou contra ele. Um dia o rei Elá encontrava-se na casa de Arza, o superintendente do
palácio em Tirza; o rei estava já embriagado quando Zimri simplesmente entrou, feriu-o e matou-o. (Isto
ocorreu no vigésimo-sétimo ano do reinado de Osa, de YAOHÚ-dah.) Zimri declarou-se a si mesmo o novo
rei de Yaoshorúl. 11-14Imediatamente matou toda a família real anterior, sem deixar em vida um só
elemento masculino, criança que fosse. Destruiu mesmo os familiares mais afastados e os amigos do rei.
Esta destruição dos descendentes de Basha correspondia ao que YÁOHU ULHÍM tinha predito por
intermédio do profeta Yáohu. A tragédia ocorreu por causa dos pecados de Basha e do seu filho Elá; porque
foram eles quem levou Yaoshorúl à idolatria e YÁOHU ULHÍM ficou muito irado com isso. O resto da história
do reinado de Elá está escrito nas Crônicas dos Reis de Yaoshorúl.

Zimri é rei de Yaoshorúl

15-20Mas Zimri apenas ficou no poder sete dias; porque quando as tropas de Yaoshorúl, que estavam a
atacar a cidade Palestina de Gibetom, souberam que Zimri tinha assassinado o rei, decidiram eleger o
general Omri, comandante das forças militares, como rei. Então Omri levou o exército, desde Gibetom, a
atacar Tirza, capital de Yaoshorúl. Ao ver a cidade tomada, Zimri foi para o palácio, incendiou-o e morreu
entre as chamas. Porque ele também tinha pecado à semelhança de Yaoro-éboam, prestando culto a ídolos
e levando o povo a pecar com ele. O resto dos acontecimentos de Zimri, e a sua traição, estão narrados nas
Crônicas dos Reis de Yaoshorúl.

Omri é rei de Yaoshorúl


21-22Mas agora o próprio reino de Yaoshorúl estava dividido em dois; metade era leal ao general Omri e
outra metade seguia Tibni, filho de Ginate. Contudo o general foi vitorioso e matou Tibni; Omri passou a
reinar sem oposição. 23-28O rei Osa de YAOHÚ-dah tinha estado sobre o trono trinta e um anos quando
Omri começou o seu reinado sobre Yaoshorúl, o qual durou doze anos, seis dos quais em Tirza. Omri
comprou a colina, agora conhecida por Shuamor-YÁOHU, ao seu proprietário Semer, por setenta quilos de
prata, e construiu nela uma cidade, chamando-lhe Shuamor-YÁOHU em honra do seu proprietário Semer.
Omri foi pior do que qualquer dos reis que o precederam; prestou culto aos ídolos tal como Yaoro-éboam e
levou Yaoshorúl ao mesmo pecado. YÁOHU ULHÍM ficou por isso muito irado. O resto da história de Omri
está relatado nas Crônicas dos Reis de Yaoshorúl. Omri morreu e foi enterrado em Shuamor-YÁOHU; seu
filho Acabe reinou em seu lugar.

Acabe torna-se rei de Yaoshorúl

29-33O rei Osa de YAOHÚ-dah tinha estado sobre o trono trinta e oito anos quando Acabe se tornou rei de
Yaoshorúl; Acabe reinou vinte e dois anos. Mas foi pior ainda do que o seu pai Omri e do que qualquer outro
rei de Yaoshorúl! Como se isso não bastasse, casou com Yezebel, filha do rei Etbaal, rei dos sidónios; e
então iniciou o culto a Baal. Começou por construir um Templo e um altar a esse ídolo em Shuamor-
YÁOHU. Depois fez outros ídolos e acendeu ainda mais a ira de YÁOHU ULHÍM o Criador Eterno de
Yaoshorúl do que qualquer dos outros reis de Yaoshorúl antes dele. 34(Foi durante o seu reinado que Hiel,
um homem de Bohay-Úl, reconstruiu Yáricho. Quando pôs os alicerces, morreu-lhe o filho mais velho,
Abirão. Quando completou as construções e pôs as portas à povoação, faleceu-lhe o filho mais novo,
Segube. Porque tinha sido esta a maldição de YÁOHU UL sobre Yáricho, declarada por Yaohúshua, filho de
Nun. )

1 Molkhím 17

Uli-YÁOHU é alimentado por corvos

1Então Uli-YÁOHU, o profeta de Tisbe, que morava em Gaúliod, disse ao rei Acabe: "Tão certo quanto é
YÁOHU ULHÍM o Criador Eterno de Yaoshorúl viver - YÁOHU ULHÍM a quem adoro e que sirvo - te garanto
que não haverá nem chuva nem orvalho durante vários anos, até eu dizer basta!" 2 YÁOHU ULHÍM disse a
Uli-YÁOHU: 3-4"Vai para o oriente e esconde-te junto do ribeiro de Querite, num lugar a leste do sítio onde
ele entra no rio Yardayán. Bebe da água do ribeiro e come o que os corvos te trouxerem, porque mandei
que eles te alimentassem." 5-7Uli-YÁOHU fez assim como YÁOHU ULHÍM lhe mandara e foi viver para
junto do ribeiro. Os corvos traziam-lhe pão e carne de manhã e de tarde; e bebia a água do rio. Mas
passado um tempo o ribeiro secou porque deixou de cair chuva sobre a terra.

A viúva de Zarefate

8-9Então YÁOHU ULHÍM disse-lhe: "Vai viver para a aldeia de Zarefate, perto da cidade de Sidom. Há lá
uma viúva que te alimentará. Já lhe dei as minhas instruções." 10Foi para Zarefate e quando ia entrando na
cidade viu uma mulher, viúva, apanhando lenha; e pediu-lhe de beber. 11Quando ela ia buscar a água, ele
pediu-lhe mais: "Traz-me também um pedaço de pão." 12Mas ela disse: "Garanto-te, pelo YÁOHU ULHÍM,
teu Criador Eterno, que não tenho um só pedaço de pão em casa. Tenho apenas uma mão-cheia de farinha
e uma pequena porção de azeite no fundo dum jarro. Estava justamente a juntar alguns pedaços de lenha
para cozinhar a minha última refeição, e depois deixar-me morrer de fome, com o meu filho." 13-14"Não
estejas com medo! Vai e cozinha aquilo que consideras a tua última refeição, mas faz primeiro para mim um
pequeno pão; depois verás que haverá suficiente alimento para ti e para o teu filho. Porque YÁOHU ULHÍM
o Criador Eterno de Yaoshorúl diz que haverá sempre bastante farinha e azeite nas botijas até que YÁOHU
ULHÍM mande a chuva e as searas tornem a crescer!" 15-16Ela fez como Uli-YÁOHU lhe mandou; e os
três, Uli-YÁOHU, ela e o filho, continuaram a poder comer, tanto quanto lhes foi necessário. Fosse qual
fosse a quantidade necessária de que precisavam, as botijas estavam sempre cheias, tal como YÁOHU
ULHÍM prometera a Uli-YÁOHU. 17Um dia o filho da mulher adoeceu, e de tal maneira que morreu. 18"Ó
homem de YÁOHU ULHÍM", clamou ela, "que foi que me fizeste? Vieste aqui para me castigar pelos meus
pecados e matar-me o meu filho?" 19-20"Dá-me o teu menino", respondeu-lhe Uli-YÁOHU. Depois pegou
no corpo do rapaz, levou-o para cima, para o quarto onde ele vivia e deitou-o na sua cama, clamando a
YÁOHU ULHÍM: "Ó YÁOHU ULHÍM meu Criador Eterno, porque é que mataste o filho desta viúva em casa
de quem estou alojado?" 21E estendeu-se três vezes sobre o corpo do menino, rogando a YÁOHU ULHÍM:
"Ó YÁOHU ULHÍM meu Criador Eterno, imploro-te que o espírito deste menino volte para ele." 22 YÁOHU
ULHÍM ouviu a oração de Uli-YÁOHU; o espírito do rapaz voltou e tornou a viver. 23Uli-YÁOHU pegou nele,
desceu e deu-o à mãe. "Olha! Aqui está ele, vivo!" 24"Agora tenho eu bem a certeza de que és um profeta",
retorquiu a mulher, "e que tudo o que dizes vem de YÁOHU UL!"
1 Molkhím 18

Uli-YÁOHU e Awod-YÁOHU

1Três anos mais tarde YÁOHU ULHÍM disse a Uli-YÁOHU: "Vai dizer ao rei Acabe que em breve enviarei
chuva!" 2Uli-YÁOHU foi dizer-lho. Entretanto a fome tinha-se tornado catastrófica em Shuamor-YÁOHU. 34O
homem que servia de intendente da casa de Acabe era Awod-YÁOHU, que era um devoto crente em
YÁOHU ULHÍM. Certa vez, em que a rainha Yezebel tentara matar todos os profetas de YÁOHU UL, Awod-
YÁOHU escondeu cem deles em duas grutas -cinqüenta em cada uma -alimentado-os com pão e com
água. 5Naquele mesmo dia, em que Uli-YÁOHU estava a caminho para ir encontrar-se com o rei Acabe,
este disse a Awod-YÁOHU: "Temos de ir a todas as correntes e ribeiros para ver se arranjamos erva, para
salvar pelo menos alguns dos meus cavalos e mulas. Eu irei por um lado e tu por outro; percorreremos toda
a terra." 6-7Assim fizeram, indo cada um por seu lado, sozinhos. De repente Awod-YÁOHU viu Uli-YÁOHU
dirigindo-se na sua direcção. Reconheceu-o logo e inclinou-se até ao chão. "És mesmo tu, meu chefe Uli-
YÁOHU?" 8 Sim, sou eu. Vai dizer ao rei que estou aqui." 9-14"Oh, meu chefe", prostestou Awod-YÁOHU,
"que mal te fiz eu para que me condenes dessa forma à morte? Garanto-te, por YÁOHU ULHÍM, que o rei
andou à tua procura de uma extremidade à outra da terra e em todas as nações e reinos. De cada vez que
lhe diziam 'Uli-YÁOHU não está aqui', forçava o rei dessa nação a jurar que falava verdade. Agora vens tu
dizer-me: 'Vai avisar o rei que Uli-YÁOHU está aqui.'Aliás, assim que eu te deixasse, o RÚKHA de YÁOHU
UL poderia transportar-te para longe, sabe-se lá para onde. Quando Acabe viesse e já não te encontrasse,
eu seria um homem morto; e contudo tenho sempre sido um fiel servo de YÁOHU UL em toda a minha vida.
Ninguém te contou, o que eu fiz quando na altura em que a rainha Yezebel tentou matar os profetas de
YÁOHU ULHÍM, escondi uma centena deles em duas grutas, alimentando-os com pão e com água? E agora
vens tu dizer-me: 'Vai avisar o rei que Uli-YÁOHU está aqui'. YÁOHU ULHÍM, se fizer isso, a minha vida
está liquidada!" 15Mas Uli-YÁOHU respondeu-lhe: "Juro-te, pelo YÁOHU UL Tzavulyáo, o Criador Eterno
celestiais, em cuja presença vivo, que me apresentarei, eu próprio, perante Acabe hoje mesmo."

Uli-YÁOHU no monte Carmiúl

16Awod-YÁOHU sempre aceitou ir dizer a Acabe que Uli-YÁOHU tinha regressado. Acabe foi ao seu
encontro: 17"Então és tu -não é verdade? -o homem que trouxe esta desgraça sobre Yaoshorúl!",
exclamou Acabe quando o viu. 18-19"Tu é que tens perturbado Yaoshorúl, não eu", respondeu o profeta.
"Porque tu e a tua família recusaram obedecer a YÁOHU ULHÍM e têm prestado culto a Baal. Agora, faz
todo o povo de Yaoshorúl ir ao monte Carmiúl, com todos os quatrocentos e cinqüenta profetas de Baal,
mais os quatrocentos profetas de Asera, que são mantidos por Yezebel." 20Acabe convocou todo o povo e
os profetas para o monte Carmiúl. 21Uli-YÁOHU falou assim ao povo: "Até quando coxearão entre dois
caminhos? Se YÁOHU ULHÍM é o Criador Eterno, sigam-no! Se Baal é que é YÁOHU ULHÍM, então sigam
antes a esse!" 22-24E depois acrescentou: "Sou o único profeta de YÁOHU UL que ficou vivo; mas Baal tem
450 profetas. Tragam então dois bezerros. Que os profetas de Baal escolham um deles e que o cortem em
peças que hão-de colocar sobre o seu altar, mas sem acender fogo; quanto a mim, preparei o outro bezerro
e o porei sobre a lenha do altar de YÁOHU UL, sem lhe pôr fogo. Depois, orem vocês ao vosso ídolo e eu
orarei ao meu YÁOHU ULHÍM; o ídolo que responder, mandando fogo para acender a lenha, esse é o
verdadeiro o Criador Eterno!" E o povo todo concordou com esse teste. 25Uli-YÁOHU voltou-se para os
profetas de Baal: "Primeiro vocês, porque são muitos; escolham um dos bezerros, preparem-no e clamem
ao vosso ídolo; mas não acendam o fogo." 26Eles preparam um dos animais, puseram-no sobre o seu altar
e clamaram a Baal toda a manhã, gritando: "Ó Baal, ouve-nos!" Mas não se via resposta alguma.
Começaram mesmo a fazer danças em volta do altar. 27Por volta do meio dia, Uli-YÁOHU ria-se deles:
"Têm de gritar ainda mais alto, para chamar a atenção do vosso ídolo! Talvez esteja a conversar com
alguém, ou tenha ido tratar de algum assunto, ou então pode estar a viajar; quem sabe até se não estará a
dormitar um pouco e precise de ser despertado!" 28-29"Eles gritavam cada vez mais alto; segundo o seu
costume, laceravam-se a si próprios com facas e espadas, cobrindo-se de sangue. Assim estiveram,
desesperados, até à altura do sacrifício da tarde, sem que se visse qualquer reacção ou se ouvisse alguma
voz ou se recebesse uma resposta fosse de que tipo fosse." 30-33Então Uli-YÁOHU chamou o povo para
junto de si: "Cheguem-se todos aqui." Toda a gente se concentrou à sua volta, enquanto ele arranjava o
altar de YÁOHU UL, que tinha sido derrubado. Pegou em doze pedras para representarem cada uma das
tribos de Yaoshorúl, e empregou-as para levantar o altar de YÁOHU UL. Depois cavou um rego em volta,
com a largura aproximadamente de um metro. Dispos a lenha sobre o altar e decepou o bezerro em
pedaços que arrumou sobre a lenha. "Encham quatro cântaros de água", mandou ele, "deitem-na sobre as
peças de carne e sobre a lenha." Depois de efectuarem o que ordenara, insistiu: 34-35"Façam outra vez a
mesma coisa." Eles obedeceram. "Agora façam o mesmo uma terceira vez!" E fizeram. A água escorria para
o rego em volta do altar, enchendo-o. 36-37Chegando a altura da oferta do sacrifício da tarde, Uli-YÁOHU
subiu ao altar e orou assim: "Ó YÁOHU ULHÍM o Criador Eterno de Abruhám, de YÁOHUtz-kaq e de
Yaoshorúl, prova hoje que és YÁOHU ULHÍM de Yaoshorúl e que eu sou teu servo; dá a prova em como
tudo isto que eu tenho feito é por ordens tuas. Ó YÁOHU ULHÍM, responde-me! Responde-me, para que
este povo saiba que tu és YÁOHU ULHÍM e que queres que o seu coração se arrependa." 38Então, veio
fogo do céu e queimou a carne do sacrifício, a madeira do altar, as pedras, a terra, a ponto de até fazer
evaporar a água do rego! 39Quando o povo viu aquilo, caiu com os seus rostos em terra, clamando: "
YÁOHU ULHÍM é o Criador Eterno! YÁOHU ULHÍM é o Criador Eterno!" 40Uli-YÁOHU mandou-lhes que
agarrassem nos profetas de Baal: "Não deixem escapar um só!" Apanharam-nos a todos; Uli-YÁOHU levou-
os ao ribeiro de Cedrom e matou-os ali. 41Depois disse a Acabe. "Podes ir tomar uma boa refeição! Porque
estou a ouvir o ruído de uma grande chuvada que se aproxima!" 42-43Acabe foi comer e beber. Uli-YÁOHU
no entanto subiu ao monte Carmiúl e caiu de joelhos e com o rosto em terra, dizendo assim para o seu
criado: "Vai olhar na direcção do mar."O outro obedeceu e voltou dizendo: "Não vejo nada.""Volta de novo;
faz isso sete vezes!" 44Finalmente, à sétima vez, o criado disse-lhe: "Já vejo uma pequena nuvem, do
tamanho da mão de um ser humano, levantando-se sobre o mar."Uli-YÁOHU gritou: "Corre, ter com Acabe;
diz-lhes que se meta no seu carro e que desça já, se não quer ser apanhado pela chuva!" 45Aquela
pequena nuvem em breve se tornou num amontoado de grossas nuvens negras; soprou uma forte ventania
e caíram tremendas bátegas de água. Acabe foi para Yaozoro-Úl. 46 YÁOHU ULHÍM deu a Uli-YÁOHU uma
capacidade especial para conseguir correr e chegar à entrada da cidade à frente do carro de Acabe.

1 Molkhím 19

Uli-YÁOHU foge para Horeb

1-2Quando Acabe contou à rainha Yezebel o que Uli-YÁOHU fizera, que tinha morto todos os profetas de
Baal, ela mandou um recado a Uli-YÁOHU: "Mataste os meus profetas, mas juro-te pelos falsos criadores o
estatuas que àmanhã, por esta altura, te matarei eu." 3-4Uli-YÁOHU resolveu fugir para escapar com vida.
Foi a Beer-Shéva, cidade de YAOHÚ-dah e deixou lá o seu criado. Depois continuou sozinho pelo deserto,
andando o dia inteiro. A certa altura sentou-se debaixo de um zimbro e orou, pedindo que a morte o
levasse: "Já basta, YÁOHU ULHÍM. Toma agora a minha vida. Tenho de morrer um dia, como todos os que
me precederam, e que morreram por te servir. Então que seja já." 5-6Deitou-se e adormeceu ali, debaixo do
zimbro. Enquanto dormia, um anjo chegou-se, tocou-lhe e disse-lhe que se levantasse e comesse. Olhou
em volta e viu pão, que fora cozido sobre brasas, e um jarro de água! Comeu, bebeu e tornou a deitar-se.
7O anjo veio de novo, tocou-lhe e disse-lhe: "Levante-te, come mais alguma coisa, porque tens uma longa
caminhada à tua frente." 8Levantou-se então, comeu, bebeu, e aquele alimento deu-lhe forças bastantes
para uma longa marcha de quarenta dias e quarenta noites, até ao Monte Horeb, a montanha de YÁOHU
ULHÍM, onde passou a noite numa gruta.
YÁOHU ULHÍM aparece a Uli-YÁOHU
9Mas YÁOHU ULHÍM disse-lhe: "Que fazes aqui, Uli-YÁOHU?" 10Uli-YÁOHU respondeu: "Tenho sido muito
zeloso pelo YÁOHU UL Tzavulyáo, o Criador Eterno dos shua-ólmayao mas o povo de Yaoshorúl quebrou a
aliança que fizeste com eles, derrubou os teus altares e matou os teus profetas; apenas fiquei eu com vida,
e agora ainda querem matar-me também." 11-13"Sai daí; põe-te perante mim, nesta montanha."Uli-YÁOHU
assim fez e YÁOHU ULHÍM passou por ele, ao mesmo tempo que soprava um fortíssimo vendaval sobre a
montanha; era de tal intensidade que até as rochas se quebravam. Mas YÁOHU ULHÍM não estava nesse
vento. Depois, houve um tremor de terra; mas também aí não estava YÁOHU ULHÍM. Posteriormente
apareceu um fogo; mas também no fogo não estava YÁOHU ULHÍM. Por fim ouviu-se o ruído de um som
delicado, como um sopro. Ao ouvi-lo, Uli-YÁOHU escondeu o rosto na capa, saíu da gruta e pôs-se à
entrada isse-lhe assim uma voz: "Que estás aqui a fazer, Uli-YÁOHU?" 14Respondeu de novo o profeta:
"Tenho sido muito zeloso pelo YÁOHU UL Tzavulyáo, o Criador Eterno celestiais, mas o povo de Yaoshorúl
quebrou a aliança que fizeste com eles, derrubou os teus altares e matou os teus profetas; apenas fiquei eu
com vida, e agora ainda querem matar-me também." 15-18"Volta pelo caminho do deserto para Damasco;
quando lá chegares unge Hazaúl como rei da Syria. Depois unge também Yáohu (o filho de Ninsi) como rei
de Yaoshorúl, e unge ainda Ulshúa (o filho de Shuafát de Abúl-Meolá) para te substituir como profeta. Quem
escapar de Hazaúl será morto por Yáohu; os que escaparem de Yáohu, serão mortos por Ulshúa! Acontece
ainda que há sete mil pessoas em Yaoshorúl que nunca se inclinaram perante Baal, nem o beijaram!"

A chamada de Ulshúa

19Uli-YÁOHU partiu e encontrou Ulshúa, lavrando um campo com doze juntas de bois; ele encontrava-se
com a última junta. Uli-YÁOHU foi ter com ele, lançou-lhe a capa sobre os ombros e continuou o seu
caminho. 20Ulshúa deixou ali os bois e correu atrás de Uli-YÁOHU dizendo: "Deixa-me ir primeiro dizer
shua-oleym aos meus pais e depois logo vou contigo!"Uli-YÁOHU respondeu-lhe: "Vai lá e volta depois!
Bem viste o que eu te fiz!" 21Ulshúa voltou para os seus bois, matou-os, e empregou a madeira do arado
para fazer fogo para assar a carne. Deu assim a comer a todo o povo. Depois seguiu Uli-YÁOHU como seu
assistente.

1 Molkhím 20

Ben-Hadad ataca Shuamor-YÁOHU

1-2O rei Ben-Hadad da Syria mobilizou o exército e, com mais trinta e duas nações aliadas, com os seus
batalhões de carros de combates e cavalaria, atacaram Shuamor-YÁOHU, a capital Yaoshorulíta. Ben-
Hadad mandou uma mensagem à cidade, para o rei Acabe de Yaoshorúl: 3"A tua prata e o teu ouro são
meus, assim como as tuas mulheres mais bonitas e os melhores dos teus filhos!" 4"Está bem, meu chefe",
respondeu Acabe. "Tudo o que tenho é teu!" 5-6Mas os mensageiros de Ben-Hadad em breve voltaram de
novo com outra mensagem: "Não será apenas o ouro, a prata, as mulheres e os filhos que terás de me dar;
amanhã por esta altura mandarei os meus homens fazer uma busca no teu palácio e nas casas do teu povo
e trazerem tudo o que lhes apetecer!" 7Acabe convocou os seus conselheiros: "Vejam bem o que este
indivíduo está a fazer!", lamentou-se ele. "Está decididamente a provocar-me para a guerra, a despeito de já
lhe ter dito que podia ficar com as minhas mulheres, os meus filhos, o ouro e a prata, como exigira." 8"Então
não lhes dês mais nada", opinaram os conselheiros. 9Ben-Hadad deu esta resposta aos mensageiros:
"Digam ao rei, meu chefe: 'Dar-te-ei tudo o que pediste da primeira vez, mas não deixarei que os teus
homens entrem no meu palácio e nas casas do meu povo'". Os mensageiros regressaram junto de Ben-
Hadad. 10O rei sírio tornou a enviar nova mensagem a Acabe. "Que os falsos criadores o estatuas me
façam a mim pior ainda do que aquilo que te fizer se não tornar Shuamor-YÁOHU num montão de ruínas!"
11O rei de Yaoshorúl retorquiu: "Não contes com vitórias de guerras que ainda não travaste." 12Esta última
resposta recebeu-a Ben-Hadad e os outros reis que estavam com ele, numa altura em que bebiam todos na
sua tenda de campanha. "Preparem o ataque!", ordenou o rei sírio aos oficiais.

Acabe derrota Ben-Hadad

13Então um profeta veio ter com Acabe e deu-lhe esta mensagem da parte de YÁOHU UL: "Vês tu todas
estas forças inimigas? Entregar-tas-ei todas, hoje mesmo. Reconhecerás enfim que Eu sou YÁOHU
ULHÍM." 14Acabe perguntou: "E quem é que vai fazer isso?"O profeta respondeu: 'Serão as tropas das
províncias'.""Quem começará a atacar?""Tu." 15-16Assim contou os soldados das províncias -duzentos e
trinta e dois, e depois o resto do exército Yaoshorulíta -sete mil homens. Cerca do meio-dia, enquanto Ben-
Hadad e os seus trinta e dois reis aliados estavam ainda a beber, já todos embriagados, sairam as primeiras
tropas de Acabe, da cidade. 17Durante a aproximação, as sentinelas de Ben-Hadad vieram dizer-lhe:
"Estão-se a aproximar algumas tropas inimigas!" 18"Tomem-nos vivos", ordenou o rei sírio, "venham elas a
pedir tréguas ou a combater." 19-21Entretanto todo o resto das tropas de Acabe se tinham juntado para
atacar. Assim, cada um deles matou um soldado sírio, e de repente todo o exército de Ben-Hadad desertou
em pânico. Os Yaoshorulítas perseguiram-nos; contudo o rei deles e alguns outros conseguiram escapar a
cavalo. Mas a maior parte dos carros e da cavalaria foi capturada e muitos dos sírios foram mortos. 22O
profeta chegou-se a Acabe. "Prepara-te para novo ataque do rei da Syria." 23-27Porque, após esta derrota,
os oficiais de Ben-Hadad disseram-lhe: "O YÁOHU ULHÍM dos Yaoshorulítas é um ídolo de montanhas; por
isso é que eles ganharam. Mas numa planície, facilmente os batemos. Da próxima vez substitui os reis por
generais! Recruta outro exército semelhante àquele que perdeste; dá-nos o mesmo número de cavalos, de
carros, e de homens; vencê-los-emos se for numa planície; não há sombra de dúvida que os liquidaremos."
Então o rei Ben-Hadad aceitou a sugestão. No ano seguinte mobilizou o exército e marchou contra
Yaoshorúl novamente; desta vez em Afeque. Yaoshorúl então convocou igualmente as suas tropas, que
foram revistas; organizaram-se as linhas de abastecimento e deslocaram-se para a batalha; mas as forças
Yaoshorulítas mais pareciam dois pequenos rebanos de cabritinhos em comparação com as imensas forças
militares dos sírios, que enchiam por completo toda a paisagem! 28Um profeta foi ter com o rei de
Yaoshorúl para lhe dar a seguinte mensagem da parte de YÁOHU UL: "Visto que os sírios declaram que:
'YÁOHU ULHÍM é Omnipotente de colinas e não de planícies', por isso derrotarei todo este imenso exército,
e saberás que, sem dúvida alguma, Eu sou YÁOHU ULHÍM." 29-30Os dois exércitos formaram em linha de
combate um em frente do outro, e assim estiveram sete dias. Por fim começou a peleja. Os Yaoshorulítas
mataram 100.000 homens de infantaria naquele primeiro dia. O resto foi refugiar-se dentro das muralhas de
Afeque; mas estas ruíram sobre eles, matando mais 27.000. Ben-Hadad fugiu também para dentro da
povoação, escondendo-se no interior duma casa. 31" YÁOHU ULHÍM", disseram-lhe os seus oficiais,
"ouvimos dizer que os reis de Yaoshorúl são muito bondosos. Vamos pôr saco sobre nós e cordas ao
pescoço, e apresentemo-nos perante o rei Acabe; pode ser que nos poupe a vida." 32Foram assim ter com
o rei de Yaoshorúl e imploraram: "O teu servo Ben-Hadad roga-te: 'Deixa-nos viver!'"O rei de Yaoshorúl
respondeu: "O quê? Ele ainda está vivo? É meu irmão!" 33Aqueles homens receberam imediatamente
aquelas palavras como um raio de esperança e apressaram-se a exclamar: "Sim, é verdade; é teu
irmão!""Vão já buscá-lo", disse-lhes o rei de Yaoshorúl uando Ben-Hadad chegou, convidou-o a subir para o
seu carro. 34O rei sírio disse-lhe: "Devolver-te-ei as povoações que o meu pai tomou ao teu; poderás
estabelecer postos de comércio em Damasco, tal como o meu pai fez em Shuamor-YÁOHU."Então Acabe
disse: "Vou deixar-te sair sob estas condições." Portanto fizeram um acordo, e Ben-Hadad foi em liberdade.
O profeta reprova Acabe
35Entretant YÁOHU ULHÍM deu instruções a um dos profetas para dizer a outro homem: "Fere-me te peço!"
Mas o homem recusou. 36Então o profeta disse-lhe: "Visto não teres obedecido à voz de YÁOHU UL, um
leão matar-te-á assim que saires daqui." E com efeito, mal ele se foi, apareceu um leão que o matou. 37O
profeta voltou-se para outro homem e disse-lhe: "Fere-me com a tua espada." O outro obedeceu e feriu-o.
38-40O profeta ficou à espera do rei à beira da estrada, tendo vendado os olhos para se disfarçar. Quando
o rei passou, o profeta chamou-o: " YÁOHU ULHÍM, eu estive na batalha; um homem trouxe-me um
prisioneiro e disse: 'Guarda este indivíduo; se ele fugir, terás de morrer, ou então pagas-me trinta e cinco
quilos de prata!'Mas enquanto eu fazia qualquer coisa, o prisioneiro desapareceu!""Pois bem, a culpa é tua",
replicou o rei. "Terás de pagar." 41-42Nessa altura o profeta desvendou os olhos, e o rei reconheceu-o
como sendo um dos profetas. Este, disse-lhe então: "Assim diz YÁOHU ULHÍM: 'Visto que poupaste o
homem de quem eu disse que devia morrer, por isso deverás tu morrer em seu lugar, e o teu povo perecerá
em lugar do dele'." 43O rei de Yaoshorúl regressou a Shuamor-YÁOHU muito irritado e desgostoso.
1 Molkhím 21

A vinha de Nabote

1-2Nabote, um indivíduo de Yaozoro-Úl, tinha uma vinha nos subúrbios da cidade, perto do palácio do rei
Acabe. Um dia o rei propôs-lhe comprar-lhe aquele pedaço de terra. "Quero fazer um jardim dessa terra",
explicou-lhe, "porque está junto ao palácio." Oferecia-lhe pagar em dinheiro ou por troca com outra vinha
melhor. 3Mas Nabote respondeu: "Não, eu nunca poderia vender essa terra porque se trata de uma herança
dos meus antepassados, já de há muitas gerações. YÁOHU ULHÍM não mo permite." 4Acabe foi para casa
abatido e indignado. Não queria comer e meteu-se na cama, com a cara virada para a parede. 5"Que
desgosto tão grande é esse?", perguntou-lhe a mulher, Yezebel. "Por que é que nem sequer queres
comer?" 6"Pedi a Nabote que me vendesse a vinha, ou que ma trocasse, e recusou!", disse-lhe Acabe.
7"Mas afinal, és tu ou não o rei de Yaoshorúl? Trata mas é de te levantares, e de andares normalmente,
porque eu me ocuparei desse assunto -eu hei-de obter essa vinha de Nabote!" 8-10Yezebel pôs-se então a
escrever uma série de cartas, em nome de Acabe, com o selo real, e endereçou-as aos líderes da cidade de
Yaozoro-Úl, onde vivia Nabote. Nelas dava a seguinte ordem: "Façam uma proclamação por toda a cidade,
para que a população jejue e ore. Convoquem Nabote, e arranjem dois marginais que o acusem de ter
amaldiçoade YÁOHU ULHÍM e o rei. Levem-no depois e executem-no." 11-14Os chefes municipais
obedeceram àquelas instruções. Convocaram uma reunião, acarearam Nabote com dois meliantes, os
quais, sendo gente sem consciência, o acusaram de ter amaldiçoade YÁOHU ULHÍM e o rei. Nabote foi
arrastado para fora da cidade e apedrejado até morrer. Depois, os líderes da cidade participaram a Yezebel
que Nabote já estava morto. 15Quando a rainha tomou conhecimento disso, falou a Acabe: "Lembras-te da
vinha que Nabote não te queria ceder? Pois bem, já poderás tê-la. O homem morreu!" 16Então Acabe
desceu para ir tomar posse da terra. 17No entanto YÁOHU ULHÍM disse a Uli-YÁOHU: 18-19"Vai até
Shuamor-YÁOHU para falares a Acabe. Ele há-de estar na vinha de Nabote, tomando posse dela. Dá-lhe
esta mensagem da minha parte: 'Não terá sido bastante que tenhas morto Nabote? Irás ainda roubá-lo?
Visto que fizeste tamanha maldade, o teu sangue virá a ser lambido por cães, fora da cidade, tal como
lamberam o sangue de Nabote!'" 20"Acabas sempre por me encontrar, meu inimigo!", exclamou Acabe para
Uli-YÁOHU."Sim, é verdade", respondeu Uli-YÁOHU. "Vim aqui para te dar a conhecer a maldição que
YÁOHU ULHÍM põe sobre ti, porque te vendeste para fazeres o que é mau perante YÁOHU ULHÍM. 21-24
YÁOHU ULHÍM trará grande mal sobre ti e te varrerá para longe; não deixará que um só dos teus
descendentes masculinos sobreviva! YÁOHU ULHÍM destruirá a tua família, como o fez com a de Yaoroéboam
e a do rei Basha, porque acendeste a sua ira muitíssimo, e levaste todo o Yaoshorúl a pecar.
YÁOHU ULHÍM também me disse que os cães de Yaozoro-Úl despedeçarão o corpo da tua mulher
Yezebel. Os membros da tua família que morrerem na cidade serão comidos pelos cães e os que morrerem
no campo serão devorados pelos abutres." 25-26Não houve ninguém que se tivesse vendido como Acabe,
para fazer o que era mau aos olhos de YÁOHU UL, instigado por Yezebel, sua mulher. A sua culpa era
especialmente agravada porque prestava culto aos ídolos, tal como os amorreus -o povo que YÁOHU
ULHÍM tinha lançado fora da terra para dar lugar ao seu povo de Yaoshorúl. 27Quando Acabe ouviu estas
profecias, rasgou a roupa que trazia vestida, cobriu-se com um saco com que até dormia, jejuou, e andava
profundamente humilhado. 28Mais tarde veio ainda outra mensagem a Uli-YÁOHU: 29"Estás a ver como
Acabe anda humilhado perante mim? Visto que tomou essa atitude, não farei o que lhe prometi durante o
tempo da sua vida; isso dar-se-á com os seus filhos; destruirei os seus descendentes."

1 Molkhím 22

Micha-YÁOHU profetiza contra Acabe

1Durante três anos houve guerra entre a Syria e Yaoshorúl. 2-3Mas durante o terceiro ano, enquanto o rei
YÁOHU-shuafát de YAOHÚ-dah estava a visitar o rei Acabe de Yaoshorúl, Acabe disse aos seus oficiais:
"Vocês estão a dar-se conta como os sírios ainda ocupam Ramot-Gaúliod? E nós aqui estamos, sentados,
sem nada fazer para a recuperar!" 4Depois, voltando-se para YÁOHU-shuafát: "Estarias tu de acordo em
mandar as tuas tropas com as minhas para reaver essa cidade?" 5E YÁOHU-shuafát respondeu a rei
Acabe: "Com certeza que sim! Tu e eu somos irmãos! O meu povo poderá ficar sob o teu comando; os
meus cavalos, ao teu serviço. Mas", acrescentou, "devemos primeiro consultar YÁOHU ULHÍM, para saber
qual a sua vontade." 6O rei Acabe convocou os seus quatrocentos profetas pagãos e perguntou-lhes:
"Atacarei ou não Ramot-Gaúliod?""Sim, porque YÁOHU ULHÍM será contigo." 7Por sua vez YÁOHU-shuafát
perguntou: "Não haverá aqui um profeta de YÁOHU UL? Gostaria de o interrogar também." 8"Sim, há um",
respondeu o rei Acabe, "mas eu odeio-o, porque nunca profetiza nada de bom. Tem sempre algo de
tenebroso a dizer. Chama-se Micha-YÁOHU, e é filho de Inlá.""Estás talvez a exagerar!", retorquiu YÁOHUshuafát. 9 O rei Acabe chamou um dos seus ajudantes: "Vai buscar Micha-YÁOHU. Depressa!" 1011Entretanto todos os profetas pagãos continuavam profetizando perante os dois reis, que estavam vestidos
com os trajes reais e sentados tronos, numa praça, à entrada da cidade. Um dos profetas, Tzaodoq-
YÁOHU, filho de Quenaana, fez uns chifres de ferro e declarou: " YÁOHU ULHÍM promete que empurrarás
na tua frente os sírios com estas hastes, até os teres destruído todos." 12Os outros apoiaram-no: "Levantate
e ataca Ramot-Gaúliod, porque YÁOHU ULHÍM fará com que triunfes!" 13-14O mensageiro encarregado
de ir buscar Micha-YÁOHU disse-lhe o que os profetas pagãos estavam a declarar e pressionou-o para que
dissesse a mesma coisa. Mas Micha-YÁOHU afirmou: "Garanto-te que direi apenas o que YÁOHU ULHÍM
me mandar!" 15Quando chegaram, o rei perguntou-lhe: "Micha-YÁOHU, atacaremos Ramot-Gaúliod ou
não?"E Micha-YÁOHU retorquiu: "Com certeza que sim. Terás uma grande vitória e YÁOHU ULHÍM te
ajudará!" 16"Quantas vezes te tenho de dizer que me digas com seriedade o que YÁOHU ULHÍM te manda
declarar?", disse o rei. 17Então Micha-YÁOHU retomou a palavra: "Vi Yaoshorúl espalhado sobre os
montes, como cordeiros sem apacentador. E YÁOHU ULHÍM disse: 'O seu rei está morto; manda-as para
casa'." 18Voltando-se para YÁOHU-shuafát, Acabe lamentou-se: "Não te disse eu que era isto que iria
acontecer? Ele nunca me diz nada de bom; fala sempre mal." 19-21 Micha-YÁOHU continuou. "Ouve o
resto da palavra de YÁOHU UL. Eu vi YÁOHU ULHÍM sentado sobre o seu trono, com os exércitos
celestiais à sua volta. Disse YÁOHU ULHÍM: 'Quem irá convencer Acabe para que vá e morra em Ramot-
Gaúliod?' Várias sugestões foram feitas, até que um anjo se aproximou de YÁOHU UL e disse: 'Irei eu!' 22
23'Como?', perguntou YÁOHU ULHÍM. E ele respondeu: 'Serei um espírito de mentira na boca dos
profetas.' E YÁOHU ULHÍM retorquiu: 'Isso dará resultado; conseguirás o que pretendes. Podes ir.' Não
estás a ver? YÁOHU ULHÍM pôs um espírito de mentira nas bocas destes profetas; e o que é importante é
que YÁOHU ULHÍM já decretou que a tragédia se abaterá sobre a tua vida'." 24Então Tzaodoq-YÁOHU, o
filho de Quenaana, adiantou-se e deu uma bofetada no rosto de Micha-YÁOHU: "Quando foi que o RÚKHA
de YÁOHU UL me deixou a mim para falar por ti?" 25Micha-YÁOHU respondeu-lhe: "Terás a resposta
quando andares à procura de te esconderes no quarto interior duma casa." 26-27O rei Acabe mandou que
prendessem Micha-YÁOHU: "Levem-no a Amom, o governador da cidade, e a Yao-ósh, o meu filho. Digamlhes:
'O rei manda pôr este indivíduo no cárcere e que o alimentem a pão e água, e apenas o suficiente para
que não morra, até que eu regresse em paz' ". 28"Se voltares em paz", insistiu Micha-YÁOHU, "isso será a
prova de que YÁOHU ULHÍM não falou por mim." Depois, voltando-se para o povo que ali estava a assistir
àquilo: "Tomem bem nota do que eu disse!"

A morte de Acabe

29Assim o rei Acabe de Yaoshorúl e o rei YÁOHU-shuafát de YAOHÚ-dah levaram os seus exércitos contra
Ramot-Gaúliod. 30Acabe disse a YÁOHU-shuafát: "Leva tu o fato real e eu disfarçar-me-ei!" Então Acabe foi
para a batalha trajando como um simples soldado. 31-33O rei da Syria tinha mandado aos capitães dos
trinta e dois carros, que lutassem apenas contra o Acabe. E quando viram o rei YÁOHU-shuafát vestido com
os trajes reais, pensaram: "É este o homem que procuramos." Então rodearam-no para o atacarem. Mas
YÁOHU-shuafát gritou e eles deixaram-no! 34Contudo, alguém atirou uma flecha ao acaso que veio
precisamente ferir Acabe numa juntura da sua armadura. "Levem-me daqui para fora, porque estou ferido",
rouquejou ele ao condutor do carro. 35-38A batalha ia-se tornando cada vez mais intensa à medida que o
dia avançava; e o rei Acabe retirou-se da batalha, deitado no seu carro, com o sangue que saia da ferida
escorrendo-lhe até ao chão. Finalmente, pelo anoitecer, morreu. Estava o sol a pôr-se e começou a correr a
notícia por entre a tropa: "Acabou-se, voltemos para casa! O rei morreu!" O seu corpo foi levado para
Shuamor-YÁOHU e enterrado ali. Quando o carro e a armadura foram lavados juntos de um poço em
Shuamor-YÁOHU, onde as prostitutas se lavavam, os cães vieram e puseram-se a lamber o sangue do rei,
tal como YÁOHU ULHÍM dissera que havia de acontecer. 39-40O resto da história de Acabe, incluindo a
descrição do seu palácio de marfim e as cidades que construiu, está escrito nas Crônicas dos Reis de
Yaoshorúl. Acabe foi sepultado junto dos seus antepassados; e Ahoz-YÁOHU, seu filho, tornou-se o novo
rei de Yaoshorúl.

O reinado de YÁOHU-shuafát

41-45Em YAOHÚ-dah, YÁOHU-shuafát, o filho de Osa, tinha sido coroado rei no quarto ano do reinado de
Acabe de Yaoshorúl. YÁOHU-shuafát tinha trinta e cinco anos quando ascendeu ao trono e reinou em
Yaohúshua-oléym vinte e cinco anos. A sua mãe era Azuba, filha de Sili. Fez o que seu pai Osa tinha feito,
obedecendo a YÁOHU ULHÍM em tudo, menos numa coisa: não destruiu os nichos nos altos das colinas e
continuou a queimar ali incenso. Fez também paz com Acabe, rei de Yaoshorúl. O resto dos feitos de
YÁOHU-shuafát, o poder que revelou, as guerras que fez, estão descritos nas Crônicas dos Reis de
YAOHÚ-dah. 46-47Também mandou fechar todas as casas de prostituição masculina que ainda se
mantinham, depois do tempo do seu pai Osa. Não havia rei em Edom nessa altura mas apenas governador
nomeado pelo rei de YAOHÚ-dah. 48-49O rei YÁOHU-shuafát mandou construiur grandes navios para irem
a Ofir buscar ouro; mas nunca lá chegaram porque naufragaram em Eziom-Geber. Ahoz-YÁOHU, o filho e
sucessor do rei Acabe, tinha proposto a YÁOHU-shuafát que os seus homens fossem também, mas este
recusou a oferta. 50Quando YÁOHU-shuafát morreu, foi enterrado junto dos seus antepassados, em
Yaohúshua-oléym, a cidade do seu antecessor Dáoud. O seu filho Yaroan ocupou o trono em seu lugar. 5153Foi
no décimo sétimo ano do reinado de YÁOHU-shuafát, rei de YAOHÚ-dah, que Ahoz-YÁOHU, filho de
Acabe, começou a reinar sobre Yaoshorúl em Shuamor-YÁOHU; reinou dois anos. Mas não foi um bom rei,
pois seguiu nas pisadas do seu pai e da sua mãe e também de Yaoro-éboam, que levaram Yaoshorúl a
prestar culto a ídolos, pecando assim contra YÁOHU ULHÍM. Por isso Ahoz-YÁOHU muito suscitou a ira de
YÁOHU ULHÍM.



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