quarta-feira, 12 de outubro de 2011

LISTA DE LIVROS

ESCOLHA QUAL LIVRO VOCÊ QUER LER:
  1. Bereshít                     
  2. Shuamós
  3. Viyaokró
  4. Bamidbár
  5. Debarím
  6. Yaohúshua
  7. Shoftím
  8. Shamu-Úl
  9.  ll Shamu-Úl
  10.  l Molkhím
  11.  ll Molkhím
  12.  l Toldóth
  13.  ll Toldóth
  14. Ozór
  15. Naokhem-YÁOHU
  16. Hodshúa
  17. Yaoháv
  18. Tehellim
  19. Maush'léi
  20. Qeholóth
  21. Shir Shua-ólmoh
  22. Yaoshúa-YÁOHU
  23. Yarmi-YÁOHU
  24. Lamentações de Yarmi-YÁOHU
  25. Kozoqiúl
  26. Dayan-Úl
  27. Hoshúa
  28. Yao-Úl
  29. Amóz
  30. Awod-YÁOHU
  31. YAOHÚ-nah
  32. Micha-YAOHU
  33. Naokhém
  34. Habkóak
  35. Zafna-YÁOHU
  36. K-Haggái
  37. Zochar-YÁOHU
  38. Molaokhí
  39. Man-YÁOHU
  40. Marcus
  41. Lucas
  42. YÁOHU-khánam
  43. Atos dos apóstolos
  44. Romanos
  45. Coríntios 1 e 2
  46. Gálatas
  47. Efésios
  48. Felipenses
  49. Colossenses
  50. Tessalonicenses 1 e 2
  51. YÁOHU-tam 1 e 2
  52. Tito
  53. Filemón
  54. YAOHU-caf
  55. Hebreus
  56. Káfos 1 e 2
  57. YÁOHU-khánam 1, 2 e 3
  58. YAOHÚ-dah
  59. K-hanódgaluth
  60. LIVRO DE MOKHTSEDEK E ABRAHAM
  61. KHANODGALUT DAS SEMANAS DE KHANOCH
  62. Cartas e livros menores que não foram liberados para as igrejas
  63. Declaracao de Yaohusaf de Arimatyao
                   

  OS LIVROS ESTÃO NESSA ORDEM PORQUE ESTA É A ORDEM NA MAIORIA DAS BÍBLIAS,MAS AINDA FALTAM MUITOS LIVROS QUE AINDA NÃO FORAM LIBERADOS,DIGO ISTO PORQUE ERAM NA TOTALIDADE  350 LIVROS, MUITOS NÃO ERAM ACEITOS PELOS PRÓPRIOS RESPONSÁVEIS ENTRE OS YÁOHUDIM, E OUTROS FORAM EXCLUÍDOS PELA IGREJA CATÓLICA.

                         TEMOS EM MÃOS ALGUNS DESSES LIVROS MAS SUA TRADUÇÃO NÃO É CONFIÁVEL E SERIA LEVIANDADE POSTAR NESSE BLOG.
                    ENTÃO É SÓ CLICAR  NOS NOMES DOS LIVROS E DESFRUTAR DESSA TRADUÇÃO QUE É A MAIS APROXIMADA DO ORIGINAL QUE NÓS PUDEMOS TER CONTATO ATÉ AGORA.
SEJAM ABENÇOADOS EM YÁOHUH UL.
AMNÁO.

""SERIA BOM OS AMADOS TEREM A MÃO UMA OUTRA TRADUÇÃO PARA IDENTIFICAR OS NOMES QUE FORAM TROCADOS"".

QUERO DEIXAR CLARO QUE: EM HEBRAICO NÃO EXISTE DITONGO, E A FORMA DE ESCREVER  O NOME DO CRIADOR     (יהוה)  ,FOI ADOTADA NESSE BLOG  "YÁOHUH"  PORQUE O "A"   DO NOME DO CRIADOR TEM UM SOM DE "A" LONGO E  "OCO" TENDENDO PARA O "O" E NÃO ABERTO COMO SE PRONUNCIA EM PORTUGUES.  PRONUNCIA-SE   "I-ÁAO-RRU", ENTENDEMOS QUE QUEM ESCREVE YAHUH OU YÂHUH NÃO ESTEJA ERRADO POR SE TRATAR APENAS DE PRONUNCIA POR CAUSA DO  SOTAQUE DE ACORDO COM A LOCALIDADE.
E ULHIM   PRONUNCIA-SE "UL -RRIM".

Bereshít


Bereshít 1
Na cabeça de todas as coisas

1-2 Na cabeça de todas as coisas YÁOHUH ULHÍM começou criando o firmamento e a terra, a terra estava de início um caos, como uma massa amorfa, com o RÚKHA-YÁOHU planando sobre os vapores que enchiam as trevas.
3-4Então YÁOHUH ULHÍM disse: "Acenda luz". E a luz apareceu. YÁOHUH ULHÍM ficou satisfeito e demarcou o aparecimento da luz em relação à escuridão. 5Ao tempo durante o qual a luz brilhou chamou-lhe dia, e à escuridão noite. Essa sequência formou o primeiro dia.6E YÁOHUH ULHÍM disse: "Que os vapores se separem, deixando que haja uma atmosfera acima da terra, e águas na sua superfície". 7-8Foi assim que YÁOHUH ULHÍM formou o firmamento e que separou as águas que estão na terra das que se encontram na atmosfera. Tudo isto aconteceu no segundo dia.
 9-10E disse mais: "Que as águas à superfície da terra se juntem, formando mares e oceanos, deixando aparecer a parte seca". E assim foi. A essa parte seca emergindo de entre as águas chamou-lhe terra, e às águas mar. E YÁOHUH ULHÍM ficou satisfeito.
11-12Disse YÁOHUH ULHÍM: "Que a terra produza toda a espécie de vegetação: plantas que dêem sementes,árvores que produzam frutos, frutos que contenham em si mesmos as sementes de acordo com a espécie donde vêm". E assim foi.
YÁOHUH ULHÍM viu que tudo isso era bom. 13Estas coisas deram-se ao terceiro dia.
14 YÁOHUH ULHÍM disse ainda: "Que no firmamento haja fontes de luz que iluminem a terra e demarquem o dia e a noite. Servirão também para estabelecer a sucessão das estações, e a sequência dos dias e dos anos." 15-18E assim aconteceu. YÁOHUH ULHÍM fez pois duas grandes fontes de luz: o sol e a lua, para iluminarem a terra; o sol, o maior, para dirigir o dia, e a lua mais pequena, para brilhar durante a noite. YÁOHUH ULHÍM fez também os outros corpos celestes. Foi assim que fixou essas fontes de luz no firmamento para iluminarem a terra, para determinarem os dias e as noites, para separarem a luz das trevas. E YÁOHUH ULHÍM ficou satisfeito. 19Isto deu-se no quarto dia.
20E disse mais: "Que as águas se encham de peixes e de várias espécies de vida. Que os shua-ólmayao também sejam atravessados por aves de toda a categoria". 21Foi assim que YÁOHUH ULHÍM criou os grandes animais marinhos, e toda a qualidade de vida aquática, tal como toda a sorte de pássaros, os quais se haviam de reproduzir sempre segundo as suas espécies. E YÁOHUH ULHÍM viu que isso estava bem. 22E abençoou-os: "Multipliquem-se e encham os mares e as águas". E para os pássaros e animais alados: "Que o vosso número aumente mul-tiplicadamente: encham a terra!" 23E aconteceu isto no quinto dia. 24-25YÁOHUH ULHÍM disse: "Que na terra apareça toda a qualidade de vida animal quadrúpedes, rastejantes, animais selvagens de toda a sorte, reproduzindo-se de acordo com os seus tipos". E assim aconteceu. YÁOHUH ULHÍM fez toda a qualidade de animais sobre a terra; cada um segundo a sua espécie diferente. E ficou satisfeito com tudo quanto tinha feito.
26Disse mais YÁOHUH ULHÍM: "Façamos um ser vivente, um ser semelhante a nós, e que domine sobre todas as formas de vida na terra, nos ares e nas águas".
27 YÁOHUH ULHÍM criou então o homem semelhante ao seu Criador; "assim YÁOHUH ULHÍM criou o homem. "Homem e mulher -foi assim que os fez. 28-31 YÁOHUH ULHÍM os abençoou, e disse-lhes: "Multipliquem-se, encham a terra, dominem-na e também toda a vida animal da terra, dos mares e dos ares;dou-vos toda a vida vegetal, toda a espécie de frutos para alimento. A todos os animais dou igualmente como alimento a vida vegetal." E foi assim que aconteceu. YÁOHUH ULHÍM viu que tudo quanto tinha feito era excelente. Assim passou o sexto dia.

Bereshít 2

1Desta forma terminou a criação do firmamento e da terra. 2-3E no sétimo dia, sendo que a sua obra estava terminada,
YÁOHUH ULHÍM declarou que esse dia seria santo, pois que foi quando cessou esta sua obra de criação.




Adám e Khavyáo

4Aqui está um sumário da criação, por YÁOHUH ULHÍM, dos shua-ólmayao e da terra. 5-6Ainda não havia vegetação, nem semente que desabrochasse da terra porque YÁOHUH ULHÍM ainda não mandara chuva, nem tão pouco havia seres humanos que cultivassem a terra. Contudo havia um vapor de água que subia da terra e irrigava o solo. 7Então YÁOHUH ULHÍM o Criador Eterno formou o corpo do homem com o pó da terra e insuflou nele um sopro de vida; e o homem tornou-se um ser vivo. 8Plantou também YÁOHUH ULHÍM o Criador Eterno um jardim, no Éden, para os lados do oriente; e nesse jardim pôs o homem que tinha criado. 9Fez assim brotar daquela terra toda a espécie de belas árvores que davam belíssimos frutos. No centro do jardim estava a árvore da vida, assim como também a Árvore da consciência, que dá a conhecer o bem e o mal. 10-14Havia ali um rio que nascia no Éden e que atravessava o jardim para o regar,
separando-se depois em quatro braços. Um destes era o Pisom, que atravessa toda a terra de Havila. Nessa região há ouro de fina qualidade, assim como pedras preciosas, tais como bdélio e a pedra de ónix.O segundo braço do rio é chamado o Gião, que percorre a terra da Etiópia. O terceiro é o Tigre, que corre para oriente da cidade Asher. O quarto é o Eufrates. 15-17 YÁOHUH ULHÍM o Criador Eterno pôs o homem no jardim do Éden para que o guardasse, o cultivasse e cuidasse dele. E deu-lhe o seguinte aviso: "Podes comer de toda a árvore que está no jardim exceto da árvore da consciência; porque o seu fruto é o do conhecimento do bem e do mal. Se comeres desse fruto ficas condenado a morrer." 18 YÁOHUH ULHÍM achou que não era bom que o homem vivesse sozinho, e decidiu arranjar-lhe uma companheira que vivesse com ele. 19-22 YÁOHUH ULHÍM modelou, também com a terra, toda a espécie de animais e de aves, e trouxe-os ao homem para ver como é que os chamaria. E pelo nome que lhes deu, assim ficaram a ser chamados. Contudo para si próprio o homem não encontrou uma companheira que lhe conviesse. Então YÁOHUH ULHÍM o Criador Eterno fez o homem cair num profundo sono, tomou-lhe um dos lados e tornou a fechar a carne nesse lugar. Dessa costela fez uma mulher e trouxe-a ao homem. 23"Esta sim!", exclamou Adám. ""Esta é parte dos meus ossos e da minha carne. O seu nome será mulher. "Foi tirada do homem!" 24Isto explica a razão pela qual um homem deixa o seu pai e a sua mãe e se junta à sua mulher, de tal forma que os dois se tornam um só. 25Ora acontecia que ambos, o homem e a mulher, estavam nus - não tinham roupas; mas nenhum deles se sentia envergonhado com isso.

Bereshít 3
A queda do homem

1A serpente era a mais ardilosa de todas as criaturas que YÁOHUH ULHÍM o Criador Eterno tinha feito. Então aproximou-se e disse à mulher: "É verdade que YÁOHUH ULHÍM disse que não deviam comer de nenhuma das árvores do jardim?" 2-3"Não. Nós podemos comer a fruta de todas as árvores do jardim. Só da árvore que está no meio é que não devemos comer. Dessa é que YÁOHUH ULHÍM disse que não devíamos comer e nem sequer tocar-lhe, senão morreríamos." 4-5"Não morrem nada!", retorquiu-lhe a serpente. " YÁOHUH ULHÍM sabe muito bem que no mesmo momento em que comerem esse fruto os vossos olhos se hão-de abrir, e serão capazes de distinguir o bem do mal!" 6-7A mulher convenceu-se.Reparando na beleza daquela fruta, fresca e apetecível, que ainda por cima lhe daria entendimento,chegou-se e começou a comê-la. Depois ofereceu ao marido que também comeu. Enquanto comiam,começaram a dar-se conta de que estavam nús, e não se sentiam à vontade. Foram então arrancar folhas de figueira que coseram para se cobrirem à volta da cintura. 8-9Ao cair a tarde daquele dia ouviram YÁOHUH ULHÍM o Criador Eterno a passar através do jardim. Então esconderam-se por entre o arvoredo. YÁOHU
ULHÍM o Criador Eterno chamou por Adám: "Onde estás?" 10"Ouvi-te a passar pelo jardim", respondeu Adám, "e não quis que me visses nu. Então escondi-me." 11"Mas quem te mostrou que estavas nu?Comeste do fruto daquela árvore sobre a qual te avisei?" 12"Sim", admitiu Adám. "Mas foi a mulher que me deste por companheira que me trouxe um pedaço para provar, e eu comi." 13 YÁOHUH ULHÍM o Criador Eterno perguntou à mulher: "Porque é que fizeste isso?""Foi a serpente que me enganou." 14-15 YÁOHUH ULHÍM o Criador Eterno dirigiu-se pois à serpente:
"Este é o teu castigo: de entre todos os animais, serás o único que é amaldiçoado. Terás de rastejar no pó da terra e comê-lo toda a tua vida. De agora em diante tu e a mulher serão inimigas, assim como os descendentes de ambas. O descendente da mulher te esmagará a cabeça, en-quanto que tu lhe ferirás o calcanhar."
 16E à mulher disse:
"Terás de ter filhos com custo e dor. Desejarás muito a afeição do teu marido, e este terá predomínio sobre ti."
17-19E para Adám:
"Porque deste ouvidos à tua mulher e comeste o fruto de que te avisei que não tocasses, o solo da terra será maldito por tua causa. Terás de lutar a vida inteira para tirares da terra a tua subsistência. Dar-te-á muitos espinhos e cardos, mas tu comerás das suas verduras. Terás de suar muito durante a vida toda para teres o sustento, até que morras e voltes para a terra, donde aliás foste tirado. Porque fundamentalmente és terra e para a terra voltarás."
20Portanto Khavyáo foi o nome que Adám chamou à sua mulher, "porque", disse ele, "se tornará a mãe de toda a humanidade". 21 YÁOHUH ULHÍM o Criador Eterno vestiu Adám e Khavyáo com peles de animais. 22E disse então YÁOHUH ULHÍM: 23-24"Agora que o homem adquiriu a mesma capacidade que nós, de conhecer o bem e o mal, é preciso que não venha a
tomar também o fruto da árvore da vida e viva eternamente". Por isso o baniu do jardim do Éden, e o mandou cultivar a terra, a própria terra donde tinha sido tirado. E depois de o ter tirado dali, pôs querubins a oriente do jardim, os quais com uma espada chamejante guardavam o caminho de acesso à árvore da vida.

Bereshít 4
Cain e Abúl

1Então Adám juntou-se à sua mulher; ela concebeu e teve um filho, a que chamou Cain porque disse: "Com a ajuda de YÁOHUH ULHÍM alcancei um homem!" 2Depois teve outro filho, Abúl. 3-5Abúl tornou-se apacentador de rebanho, enquanto que Cain trabalhava na terra. Quando chegou o tempo da colheita Cain trouxe a YÁOHUH ULHÍM uma oferta feita de produtos da terra. Abúl fez o mesmo, mas com o melhor do seu rebanho. E YÁOHUH ULHÍM agradou-se de Abúl e da sua oferta, mas não de Cain nem da sua oferta. Este, em conseqüência, ficou muito decepcionado e irritado. O seu aspecto alterou-se, com a zanga que tinha. 67"Porque é que estás furioso?", perguntou-lhe YÁOHUH ULHÍM. "Porque estás assim alterado? Se fizeres o que deves, serás bem aceito e serás feliz. Mas se agires mal e não obedeceres, toma atenção, porque o pecado está à espera para poder atacar-te, e o seu desejo é destruir-te. Mas está na tua mão o poder dominá-lo." 8Um dia Cain veio ter com o irmão e sugeriu-lhe que fossem andar pelos campos. Quando iam juntos Cain atacou-o e matou-o. 9 YÁOHUH ULHÍM perguntou-lhe: "Onde é que está o teu irmão?""Não sei", respondeu Cain. "Será que sou o guarda dele?" 10-12 YÁOHUH ULHÍM insistiu: "Que foi que lhe fizeste?Porque o sangue do teu irmão clama por mim, desde a terra em que foi derramado! Por isso agora viverás como um banido nessa terra manchada pelo sangue dele. Quando a cultivares, não te dará mais o fruto resultante do teu esforço. Daqui em diante andarás sempre errante e fugido." 13-14Cain replicou: "É um castigo demasiado pesado para o suportar. Se me expulsas desta terra que tenho cultivado, fazes de mim um fugitivo e um vaga-bundo. E qualquer que me encontrar há-de querer matar-me!" 155"Não", respondeu-lhe YÁOHUH ULHÍM. "Não te matarão. Porque quem o fizesse havia de ser castigado sete vezes mais do que tu." E pôs em Cain um sinal identificador, para o impedir de ser morto por quem o encontrasse.
16Assim Cain s e afastou da presença de YÁOHU UL, indo estabelecer-se na terra de Node, a oriente do Éden. 17Entretanto a mulher de Cain concebeu e teve uma criança chamada Kanóch. Cain construiu então uma cidade e deu-lhe o nome do seu filho. 18Kanóch veio a ser pai de Irade, o qual teve por filho Mejuhaul; este gerou Methuselah, que foi pai de Lameque. 19-20Lameque casou com duas mulheres: Ada e Zila. Ada teve um filho por nome Yabal que foi pai de todos os criadores de gado e de todos os nómades, que vivem em tendas. 21O seu irmão chamava-se Jubal, o primeiro músico, o inventor da harpa e da flauta. 22 E Zila, a outra mulher de Lameque, foi mãe de Tubal-Cain, o primeiro a trabalhar com metal fundido, fazendo obras
em cobre e em ferro. Este tinha ainda uma irmã: Naamá. 23-24Um dia Lameque disse às suas mulheres: "Ouçam-me com atenção: Eu matei um homem, um jovem, por me ter atacado e ferido. Se na verdade quem matar Cain será castigado sete vezes mais do que ele foi, então quem me matar a mim, para se vingar, será setenta e sete vezes mais castigado." 25Mais tarde Khavyáo teve outro filho a quem chamou Soth. Soth foi pai de Enósh. E foi a partir de então, durante a vida deste, que se começou a profanar  o nome do Criador Eterno.
(Obs:NO FIM DESSE CAPITULO(ולשת גם הוא ילד בן ויקרא את שמו אנוש אז הוחל לקרא בשם יהוה
A palavra (הוחל) Hûchal significa "profanar, contaminar, poluir e começar'.

Infelizmente as traduções nos privaram desse conhecimento de que já no ínicio os homens começaram abandonar e profanar o Nome Sagrado..)

Bereshít 5
Desde Adám a Noakh

1-2Aqui está uma lista de alguns dos descendentes de Adám. YÁOHUH ULHÍM criou o homem. E fê-lo semelhante a YÁOHUH ULHÍM. Criou um homem e uma mulher; e abençoou-os. A esta sua criação YÁOHUH ULHÍM chamou homem, desde esse dia.
 3-5Adám tinha 130 anos quando seu filho Soth nasceu, um filho que ele reconheceu como semelhante a si próprio em tudo. Depois desse nascimento Adám viveu ainda mais 800 anos, e teve filhos e filhas, morrendo com a idade de 930 anos. 6-8Soth tinha 105 anos quando lhe nasceu Enósh. Depois viveu mais 807 anos, tendo tido filhos e filhas, morrendo com a idade de 912
anos. 9-11Enósh contava 90 anos quando nasceu Quenã, seu filho. E viveu mais 815 anos, tendo filhos e filhas; morreu aos 905 anos. 12-14Quenã contava 70 anos quando do nascimento de Mehaolul, seu filho.Depois viveu mais 840 anos, tendo-lhe nascido filhos e filhas. Ao todo viveu 910 anos e morreu. 1517Mehaolul era de 65 anos quando Yaoród nasceu. Viveu ainda 830 anos, tendo filhos e filhas. Quando morreu contava 895 anos. 18-20 Yaoród viveu 162 anos e teve Kanóch. Após isso viveu 800 anos, durante os quais teve filhos e filhas. Ao todo viveu 962 anos e morreu. 21-24Kanóch era de 65 anos quando lhe nasceu Methuselah. E os 300 anos que viveu depois, passou-os em comunhão com YÁOHUH ULHÍM. E teve filhos e filhas. Então, quando contava 365 anos de uma vida sempre em contacto com YÁOHUH ULHÍM, desapareceu, porque YÁOHUH ULHÍM o tomou para si! 25-27Methuselah era de 187 anos ao nascer-lhe Lameque. Durante os 782 anos que viveu ainda, gerou mais filhos e filhas, vindo a morreu com 969 anos.28-31Lameque tinha 182 anos quando lhe nasceu um filho, a que chamou Noakh porque, disse ele: "Este há-de trazer-nos descanso para o duro trabalho da terra que YÁOHUH ULHÍM amaldiçoou". Lameque viveu mais 595 anos e teve mais filhos e filhas. Ao todo foram 777 os anos de vida que teve, e morreu. 32Noakh, aos 500 anos, tinha tido três filhos: Shúam, Cam e Yafet.

Bereshít 6
O dilúvio

1-2As pessoas começaram a multiplicar-se na terra. Então, os homens espirituais repararam na beleza das mulheres carnais, e tomaram para si as que quiseram. 3E YÁOHUH ULHÍM disse: "O meu RÚKHA não continuará a ser desonrado pelo homem, visto que é todo ele mau. Dou-lhe 120 anos de vida."4Naqueles dias,e mesmo depois, em que aqueles homens espirituais poderosos tiveram relações com as mulheres da terra, os filhos que lhes nasceram tornaram-se gigantes, que foram os heróis de grande fama de que nos falam os relatos da antiguidade. 5-6E YÁOHUH ULHÍM viu que a maldade humana se tinha estendido multiplicadamente, e que a imaginação e os pensamentos dos seres humanos os levavam unicamente para o mal. Então teve pena de os ter criado. 7"Tirarei da face da terra tudo o que tem vida, desde o homem até aos próprios animais, inclusive répteis, aves, tudo. Porque estou bem triste de os ter feito". 8Noakh, contudo, dava prazer a YÁOHUH ULHÍM com a sua vida. 9-10Esta é a história da vida de Noakh: Era o único que vivia com justiça e retidão na terra naquele tempo. Conduzia a sua vida sempre de acordo com a vontade de YÁOHUH ULHÍM. E tinha três filhos: Shúam, Cam e Yafet. 11-13Entretanto a corrupção aumentava em toda a terra. E YÁOHUH ULHÍM via isso. A violência alastrava por toda a parte.Portanto YÁOHUH ULHÍM, ao verificar como todo o gênero humano se tinha deixado arrastar para a depravação e o vício, disse a Noakh: "Decidi acabar com toda a humanidade, porque a terra está cheia de crime e perversão por causa do ser humano. Por isso os destruirei. 14-16Faz então uma embarcação, com madeira resinosa, e que tenha compartimentos no interior. Reveste-a de alcatrão no interior e no exterior.
Terá de ter 150 metros de comprimento, 25 de largura e 15 de altura. Terá uma abertura na parte de cima, meio metro logo abaixo do telhado, e no interior haverá três andares. E coloca uma porta de lado. 17 Porque tenciono cobrir toda a terra com uma imensa cheia que destruirá tudo aquilo em que houver vida. 18 Mas quanto a ti prometo-te que estarás em segurança nessa embarcação, com a tua mulher, os teus filhos e suas respectivas mulheres. 19-21 De todos os animais que existem traz dois, macho e fêmea, para a embarcação, para que sobrevivam contigo, através do dilúvio. De cada espécie de aves, de quadrúpedes,até do mais pequeno bichinho ou verme que rasteja no solo hás-de trazer um par, para que se reproduzam.
Armazena também toda a espécie de comida, para sustento vosso e dos bichos." 22Noakh fez tudo conforme YÁOHUH ULHÍM lhe tinha mandado.

Bereshít 7

1-2Finalmente chegou o dia em que YÁOHUH ULHÍM disse a Noakh: "Entra na embarcação com toda a tua família, porque, de toda a humanidade, tu és o único ser reto que encontrei. Faz também entrar os bichos,dois de cada, macho e fêmea, exceto daquelas espécies que escolhi para serem comidos como sacrifício;desses toma sete pares de cada espécie. 3Das aves farás entrar igualmente sete pares reprodutores. Assim se poderá manter viva cada espécie de vida após a cheia. 4E daqui a uma semana começarei a fazer chover durante quarenta dias e noites, e tudo quanto criei com vida morrerá." 5-9Noakh fez tudo segundo o que YÁOHUH ULHÍM lhe tinha ordenado. Era da idade de 600 anos quando o dilúvio começou. Entrou então
na embarcação com a sua mulher, filhos e noras, para escaparem àquela imensa cheia. Com ele estava lá dentro igualmente toda a variedade de vida animal, tanto os que podiam ser comidos em sacrifício como os que não, tanto de aves como de animais terrestres. Estavam ali pares, macho e fêmea, tal como YÁOHUH ULHÍM mandara. 10-16Portanto, passada aquela semana, quando Noakh tinha precisamente 600 anos, dois meses e dezessete dias de idade, começou a chover com uma abundância nunca vista. Era como se os reservatórios dos abismos se tivessem aberto juntamente com todas as comportas do céu. E assim esteve a chover durante quarenta dias e noites. Mas Noakh, no próprio dia em que isso começou tinha entrado para aquela construção flutuante com a mulher, e os filhos Shúam, Cam e Yafet, e estes com as mulheres. Com eles tinham-se também abrigado todas as espécies de bichos, domésticos e selvagens, desde as aves até aos que rastejam no solo. Estavam dois a dois, casais reprodutores, conforme o que YÁOHUH ULHÍM tinha indicado. Então YÁOHUH ULHÍM fechou, ele mesmo, a porta por fora. 17-20Durante quarenta dias aquela enchente enorme cobriu a terra toda, primeiro as planícies, levantando a construção flutuante. Depois as águas continuaram a subir, sempre cada vez mais, de forma que a embarcação já flutuava em segurança a muitos metros acima da terra. Até que finalmente, como o dilúvio não parava, mesmo as montanhas mais altas ficaram cobertas, não se vendo, debaixo do céu, um só cimo de monte que não estivesse sob as águas, as quais os ultrapassavam em uns 7 metros ou mais. 21-23E morreu todo o que tinha vida sobre a terra -aves, quadrúpedes, répteis, e, é claro, todo o ser humano. Enfim, tudo o que respirava o oxigênio do ar, que voasse ou que vivesse na terra seca -tudo desapareceu. Assim desapareceu tudo o que existia na terra, bichos e seres humanos. Apenas Noakh e os que estavam com ele na embarcação sobreviveram! 24As águas cobriram a terra durante cento e cinqüenta dias.

Bereshít 8

1-2 YÁOHUH ULHÍM não se esqueceu de Noakh e de toda a vida animal que estava na embarcação. Fez soprar um vento forte, e as águas começaram a baixar. Os reservatórios profundos do mundo estancaram-se e aquela chuva torrencial parou. 3A cheia começou gradualmente a baixar de tal forma que 4passadosos cento e cinqüenta dias da sua duração, a embarcação tocou no cimo do monte Ararat, ficando aí. 5Três meses após, as águas continuaram a descer e deixaram aparecer outros cimos de montanhas. 6-9Ao fim de mais quarenta dias Noakh abriu a janela que tinha feito na parte superior da construção, e soltou um corvo que voava e voltava até que a terra se secou. Entretanto enviou também uma pomba para ver se já haveria alguma parte seca. A pomba contudo não achou nada onde poisar e voltou para a embarcação, porque o nível das águas ainda era muito elevado. Noakh estendeu a mão e tomou-a para dentro. 10-12Esperou então sete dias e soltou de novo a pomba. Desta vez ela só voltou ao cair da tarde, e trazia no bico uma folha de oliveira. Noakh concluiu assim que as águas estavam a descer deveras. Deixou passar ainda mais uma semana, soltou de novo a pomba, mas desta vez ela não voltou! 13-14Passaram-se ainda vinte e nove dias depois disso, e Noakh então levantou a cobertura da construção e verificou que as águas tinham descido totalmente. Ao fim de mais oito semanas a terra estava completamente seca. 15Então YÁOHUH ULHÍM disse a Noakh: 16-17"Podem sair todos, tu e a tua família. Deixa sair igualmente os animais todos, por toda a parte, de forma a que se reproduzam abundantemente na terra." 18-19E assim a embarcação em breve ficou vazia dos seus habitantes, tanto da família de Noakh como daqueles animais de toda a espécie. 20-22 Noakh construiu um altar e sacrificou nele alguns dos animais que YÁOHUH ULHÍM lhe tinha indicado para esse fim. YÁOHUH ULHÍM ficou satisfeito com esse sacrifício e disse: "Nunca mais voltarei a amaldiçoar a terra, destruindo assim tudo o que vive, ainda que a inclinação do ser humano seja sempre para o mal,mesmo desde a sua infância, e ainda que ele continue sempre só a praticar o mal. Enquanto a terra durar sempre há-de haver tempo de sementeiras e de colheitas, frio e calor, Inverno e Verão, tal como há dia e noite."

Bereshít 9
A aliança de YÁOHUH ULHÍM com Noakh

1 YÁOHUH ULHÍM abençoou Noakh e os seus filhos. E disse-lhes que se multiplicassem e repovoassem a terra. 2-7"Todos as criaturas da terra, assim como os pássaros e os peixes, terão medo de vocês", disse lhes YÁOHUH ULHÍM. "Porque coloquei-os sob o vosso domínio. Servirão para vosso alimento e subsistência, para além da comida de origem vegetal. Mas nunca comam a carne com a sua vida, isto é,com o sangue. Nunca assassinem um ser humano. Pedir-vos-ei contas do sangue humano que tenham feito derramar. E até aos animais que matarem criaturas humanas pedirei contas do sangue que derramaram, porque era a vida delas. Quem assassinar um ser humano terá de morrer, pois que ele foi feito à imagem de YÁOHUH ULHÍM. Multipliquem-se pois, repovoem a terra e subjuguem-na." 8 YÁOHUH ULHÍM disse mais a Noakh e aos seus filhos: 9-17"Faço a minha aliança contigo, com todos os teus descendentes, e não só em relação a esses mas a todo o ser vivo que trouxeste contigo durante o dilúvio: Nunca mais mandarei à terra uma cheia semelhante que destrua tudo o que existe. E este será o sinal da aliança eterna que faço convosco: aparecerá um arco-íris na atmosfera. Quando o céu se acumular de nuvens e houver chuva há-de aparecer esse arco, como lembrança da minha aliança contigo e com todo o ser vivo de que nunca mais destruirei a vida que existe, por meio de um dilúvio semelhante. O arco-íris lembrará, a todos os seres que existem na terra, a aliança que faço convosco."

Os filhos de Noakh

18-19Os nomes dos três filhos de Noakh eram pois Shúam, Cam e Yafet. (Cam é aquele de quem descendem todos os cananeus.) Destes três vieram todos os povos da terra. 20-23Noakh tornou-se agricultor, plantou vinhas e foi vinicultor. Um dia embriagou-se e despiu-se completamente dentro da sua tenda. Cam, o pai de Canaã, viu o pai despido, saiu e foi chamar os outros dois irmãos. Então Shúam e Yafet pegaram numa capa, chegaram-se de costas com a capa suspensa nos ombros, aproximaram-se do pai no meio da tenda, e assim o cobriram, sem terem visto o seu pai nu. 24-27Quando Noakh se refez dessa embriaguês e soube o que tinha acontecido e a forma como o seu filho mais novo, Cam, tinha agido, amaldiçoou os descendentes de Cam: "Maldito sejam os cananeus. Que se tornem escravos dos descendentes de Shúam e de Yafet." E acrescentou: "Que YÁOHUH ULHÍM abençoe Shúam. Que os cananeus o sirvam. Que YÁOHUH ULHÍM abençoe Yafet e que partilhe da prosperidade de Shúam, e que os cananeus o sirvam igualmente." 28Noakh viveu ainda 350 anos depois do dilúvio. Tinha 950 anos quando morreu.

Bereshít 10
O mapa das nações

1Os descendentes de Noakh são os seguintes: Shúam, Cam e Yafet que lhe nasceram antes do dilúvio. 2Os filhos de Yafet foram: Gomer, Magog, Madai, Yavã, Tubal, Meseque e Tiras. 3-4Os filhos de Gomer:Asquenaz, Rifa e Togarma. E os filhos de Yavã: Elisá, Tarsis, Quintim e Dodanim. 5Os descendentes destes tornarm-se povos marítimos, conquistando terra além mar, formando nações, cada uma com a sua língua diferente. 6Os filhos de Cam foram: Cuche, Mizraim, Pute e Canaã. 7Os filhos de Cuche: Seba,Havila, Sabta, Roemáh e Sabteca. E os filhos de Roemáh: Seba e Dedan. 8-12Um dos descendentes de Cuche foi Nimrode que se tornou um dos chefees mais poderosos da terra. Era um grande caçador diante de YÁOHUH ULHÍM,de tal forma que o povo costumava dizer: "Que YÁOHUH ULHÍM te faça um grande caçador, à maneira de Nimrode". O seu reino incluia grandes cidades como Abúl, Ereque, Acade e Calné, na terra de Sinar. E daqui estendeu-se para a Assíria onde edificou Nineveh, Reobote-Ir, Cala,Resen (entre Nineveh e Cala), que era a maior cidade daquele império. 13-19Mizraim foi pai dos ludim,anamim, leabim, naftuim, patrusim, casluim (de quem descendem os Palestinos) e caftorim. Canaã teve Sidom, o seu filho mais velho, e depois Hete. Enfim, deste descendem todos estes povos: jebuseus,amorreus, girgaseus, heveus, arqueus, sineus, arvadeus, zemareus, hamateus, que se espalharam até Sidom e Gerar, chegando ao limite de Gaza. Foram mesmo a Sodoma e Gomorra e a Adma e Zeboim perto de Lasa. 20Estes são os descendentes de Cam que se espalharam, formando povos e nações com as suas diferentes línguas. 21-30Os filhos de Shúam foram: Olao, Assur, Arfaxade, Lude e Arã. Este último foi pai de: Uz, Hul, Geter e Mas. E Arfaxade teve Sala e este Heber. A Heber nasceram-lhe dois filhos: Poleg(DIVISÃO) (porque
foi durante a SEU NASCIMENTO que os povos de todo o mundo começaram a separar-se e a dispersar-se) e Yoctã,seu irmão. Este foi pai de Almoda, Selefe, Hazarmavett, Yera, Hadorão, Uzal, Dicla, Obal, Abimaul, Seba,Ofir, Havila e Yaobab. Todos estes descendentes de Yoctã viveram entre Messa e Sefar, que é uma montanha do oriente. 31Aqui estão os descendentes de Shúam, segundo os povos e as nações que foram formando, com as suas línguas próprias e a localização geográfica respectiva. 32É esta a relação dos descendentes de Noakh, a partir dos quais se formaram as nações da terra, depois do dilúvio.

Bereshít 11
A torre de Babel

1Naquele tempo toda a humanidade falava uma só língua. 2-4Ora, deslocando-se e espalhando-se em direcção do oriente, os homens descobriram uma planície na terra de Babilónia e depressa a povoaram. E começaram a falar em construir uma grande cidade, para o que fizeram tijolos de terra bem cozida para servir de pedra de construção e usaram alcatrão em vez de argamassa. E nessa cidade projectaram levantar um Templo com a forma de uma torre altíssima que chegasse até aos shua-ólmayao, qualquer coisa que se tornasse um monumento a si próprios. "Isto", disseram, "impedirá que nos espalhemos ao
acaso pela terra toda". 5 YÁOHUH ULHÍM desceu para ver a cidade e a torre que estavam a levantar: 67" Vejamos: se isto é o que eles já são capazes de fazer, sendo um só povo com uma só língua, não haverá limites para tudo o que ousarem fazer. Vamos descer e que a língua deles comece a diferenciar-se noutras línguas, de forma que uns não entendam os outros." 8-9E foi dessa forma que YÁOHUH ULHÍM os espalhou sobre toda a face da terra, tendo cessado a construção daquela cidade. Por isso ficou a chamar-se Babel,porque foi ali que YÁOHUH ULHÍM diferenciou a língua dos homens, e espalhou-os por toda a terra.

Desde Shúam a Abroám

10-11A linha de descendentes de Shúam incluia Arfaxade, nascido dois anos após o dilúvio, quando Shúam tinha 100 anos de idade. E depois ainda viveu mais 500 anos e teve muitos filhos e filhas. 12-13Arfaxade tinha 35 anos quando lhe nasceu Sala. Viveu ainda 403 anos e teve muitos filhos e filhas. 14-15Sala tinha 30 anos quando Eber nasceu. E viveu depois 403 anos, tendo tido muitos filhos e filhas. 16-17Aos 34 anos Eber teve Poleg. Viveu mais 430 anos, com muitos filhos e filhas. 18-19Poleg contava 30 anos ao nascer- lhe Ro-éh. Viveu ainda 209 anos com muitos filhos e filhas. 20-21Ro-éh, aos 32 anos,teve Serugue. Viveu depois disso 207 anos, tendo tido muitos filhos e filhas. 22-23Serugue, quando contava 30 anos, teve Naor.Viveu, com muitos filhos e filhas, 200 anos depois disso. 24-25Com 29 anos Naor foi pai de Túrok. Depois viveu ainda 119 anos, tendo tido muitos filhos e filhas. 26-28Túrok aos 70 anos tinha três filhos: Abroám,Naor e Harán. E Harán tinha, por sua vez, um filho chamado Lot. Mas Harán morreu ainda novo, na terra que tinha nascido, em Ur na Caldeia, e o seu pai Túrok ainda era vivo. 29-30Entretanto Abroám casou com Sorai, enquanto que Naor veio a tomar por esposa a sua sobrinha Milca, que era orfã, a filha do seu irmãoHarán. E Sorai tinha um irmão chamado Isca. Mas Sorai era estéril, não tinha filhos. 31-32Então Túrok pegou em Abroám seu filho e em Lot seu neto mais a sua nora Sorai e deixou Ur da Caldeia para ir para a terra de Canaã. Contudo ficaram-se pela cidade de Harán e estabeleceram-se ali, até que Túrok morreu aos 205 anos.

Bereshít 12
A chamada de Abroám

1-2 YÁOHUH ULHÍM disse a Abroám: "Deixa a tua terra e a tua família, o teu povo, e vai para a terra onde eu te levar.Farei que sejas pai de uma grande nação. Abençoar-te-ei e tornarei o teu Shúam (Nome) famoso.E tu próprio serás uma bênção para muitos outros. 3Abençoarei todos os que te fizerem bem;mas amaldiçoarei os que te fizerem mal.E por teu intermédio serão abençoados todos os povos da terra". 4-6E assim foi que Abroám partiu, como YÁOHUH ULHÍM lhe tinha mandado. E Lot foi também com ele. Tinha então Abroám 75 anos. E na companhia da sua mulher Sorai e de Lot, seu sobrinho, com tudo o que
tinham, gado e criados que obtiveram em Harán, chegaram a Canaã. Lá vieram até um lugar perto de Siquem, e acamparam junto dum carvalho em Moré. Eram os cananeus quem habitava aquela área. 7Então YÁOHUH ULHÍM apareceu a Abroám e disse-lhe: "Darei esta terra aos teus descendentes". E Abroám construiu ali um altar para comemorar a visita que YÁOHUH ULHÍM lhe fizera. 8-9Depois deixou aquele lugar e viajou mais para o sul, para uma terra montanhosa, entre Bohay-Úl a ocidente e Ai a oriente. Parou aí, levantou outro altar a YÁOHUH ULHÍM e orou-lhe. Continuou depois lentamente a deslocar-se em direcção do sul, para o Négev, parando frequentemente.

Abroám no Terra de MITZRAIM

10-13Por essa altura havia uma fome terrível naquela zona; então Abroám desceu ao Terra de MITZRAIM. Ao aproximar-se dessa nova terra, pediu a Sorai, a sua mulher, que dissesse às pessoas que era sua irmã. "Tu és muito bonita", disse-lhe, "e quando os egípcios te virem, calculando que és a minha mulher, matar-me-ão para te ter a ti. Mas se disseres que és a minha irmã, tratar-me-ão bem por interesse por ti, e a minha vida será poupada." 14Com efeito, quando chegaram ao Terra de MITZRAIM, toda a gente começou a falar na beleza dela. 1516As pessoas da corte do rei -do Faraóh -foram gabá-la diante dele, e o Faraóh mandou instalá-la no seu palácio. Ao mesmo tempo, por amor dela, fez muito bem a Abroám, dando-lhe presentes ricos como gado,
animais de carga, e homens e mulheres como criados. 17-19No entant YÁOHUH ULHÍM mandou umas pragas terríveis que caíram sobre Faraóh e os que viviam com ele por causa de Sorai estar ali a viver. Foi então que Faraóh mandou chamar Abroám e o acusou severamente : "Que é isto que me fizeste? Porque não me disseste logo que era tua mulher? Porque é que me ias deixar casar com ela dizendo que era a tua irmã? Pega nela e vai-te daqui!" 20E mandou-o embora do país, sob escolta de soldados que os acompanharam, a ele, a Sorai, e a todos e tudo quanto tinham.

Bereshít 13
Abroám e Lot separam-se

1-2E assim deixaram o Terra de MITZRAIM e dirigiram-se para o norte, em direcção a uma região ao sul de Canaã, o Négev. Ia com Abroám a sua mulher, Lot e tudo o que possuiam. Porque Abroám tinha-se tornado muito rico, não só em gado como em prata e ouro. 3-4E continuou sempre para o norte em direcção a Bohay-Úl,até ao lugar onde tinha acampado primeiramente, entre Bohay-Úl e Ai. Lá prestou novamente culto a YÁOHUH ULHÍM. 5-7Lot também tinha enriquecido muito na companhia de Abroám, possuindo igualmente gado em abundância e muitos criados, de tal forma que aquele sítio se tornava muito acanhado para
viverem juntos; porque era muito o que ambos tinham. E havia disputas entre os zaokanyáo (anciãos) de um e de outro. Os cananeus e os perizeus viviam por ali perto. 8-9Então Abroám decidiu conversar seriamente com Lot sobre o assunto: "Estas querelas entre a nossa gente têm que acabar. Porque a verdade é que somos parentes chegados! Ora é certo que não falta aí terra com espaço bastante para ser ocupada. O melhor portanto é separarmo-nos. Eshkólhe tu; eu saio daqui se quiseres ficar. Caso contrário fico eu e sais tu." 10Lot observou então com atenção a bela e fértil planície do Yardayán, bem regada como
era, antes de YÁOHU UL ter destruído Sodoma e Gomorra. Toda aquela região era tão fértil que parecia o próprio jardim do Éden, ou a bela zona de Zoar, quando se entra no Terra de MITZRAIM! 11Por isso Lot escolheu para si toda aquela planície do Yardayán, que se encontrava a oriente deles. E assim deixou Abroám e foi para lá com tudo o que tinha, passando a viver no meio daqueles cidades da campina, estabelecendo-se perto de Sodoma. 12Enquanto que Abroám continuou a viver onde estava, na terra de Canaã. 13A gente que morava naquela região de Sodoma era particularmente perversa. Eram grandes pecadores contra YÁOHUH ULHÍM. 14-17 YÁOHUH ULHÍM dirigiu-se a Abroám, depois que Lot se separou dele: "Olha tão longe quanto
puderes em todas as direcções. Porque toda essa terra te hei-de dar a ti e aos teus descendentes. E estes virão a ser tão numerosos que, tal como acontece com os grãos de pó da terra, será impossível contá-los. Então, começa a percorrer toda a terra, em todas as direcções; explora-a porque virá a ser tua." 18Abroám mudou-se novamente: foi viver junto dos carvalhais de Mamre, perto de Hebron. E levantou aí um altar a YÁOHUH ULHÍM.

Bereshít 14
Abroám salva Lot

1-2Naquela altura havia guerra nessa terra: Amrafel rei de Sinar, Arioque rei de Elasar, Quedorlaomer rei de Elam e Tidal rei de Goim estavam em guerra contra Bera rei de Sodoma, Birsa rei de Gomorra, Sinabe rei de Admá, Semeber rei de Zeboim, e contra o rei de Bela, que mais tarde passou a chamar-se Zoar. 3-4Esta última coligação de reis (os de Sodoma, Gomorra, Admá, Zeboim e Bela) mobilizou os seus exércitos no vale de Sidim, isto é: no vale do Mar de Sal, porque durante 12 anos tinham estado submetidos a Quedorlaomer, e durante o décimo terceiro ano de sujeição começaram a rebelar-se. 5-7No ano seguinte aconteceu que Quedorlaomer e os seus aliados decidiram começar a castigar duramente várias tribos: os refains em Asterote-Carnaim, os zuzims em Cão, os emins em Savé-Quiriataim e os horeus no monte Seir, alcançando até a planície de Pará, no limite do deserto. Depois continuaram a carnificina, em Enmispate, agora chamada Cades, destruindo os amalequitas, assim como os amorreus que viviam em Hazazomtamar. 8-12Foi então que a tal coligação de reis de Sodoma, Gomorra, Admá, Zeboim e Bela (ou Zoar) se prepararam para a batalha, no vale do Mar de Sal, contra os outros, que eram Quedorlaomer e os seus aliados. Eram portanto 4 reis contra 5. Acontecia aliás que aquele vale estava cheio de poços de alcatrão. E assim, tendo sido derrotados os exércitos dos reis de Sodoma e de Gomorra, muita gente caiu nesses poços, e o resto teve de fugir para as montanhas. As tropas vitoriosas dos outros reis saquearam e pilharam totalmente Sodoma e Gomorra, levaram tudo o que lá havia e deixaram a região. Lot que vivia lá foi também feito prisioneiro e levado, com tudo o que tinha. 13-16Um dos fugitivos, que conseguira escapar, veio contar tudo a Abroám que vivia nos carvalhais que pertenciam a Mamre, o amorreu, irmão de Eshkól e de Aner, ambos aliados de Abroám. Quando Abroám soube que Lot tinha sido capturado, juntou todos os homens
que tinham nascido ao seu serviço, ao todo trezentos e dezoito, e perseguiu as tropas vencedoras mesmo até Dayán. E durante a noite atacou-as e derrotou-as, obrigando-as a fugirem, e perseguiu-as até Hoba, ao norte de Damasco, recuperando tudo que os outros tinham pilhado: as riquezas, e em particular Lot, o seu parente, e os que viviam com ele, incluindo as mulheres e o povo. 17-20Quando Abroám regressava desta vitória contra Quedorlaomer e os reis que lhe estavam associados, no vale de Savé (hoje chamado o vale do Rei), o rei de Sodoma veio encontrar-se com ele. Molkhi-Tzaodóq, rei de Shua-oléym (Yaohúshuaoléym), que era intermediário de YÁOHUH ULHÍM altíssimo, ofereceu-lhe pão e vinho; e abençoou Abroám
dizendo assim: "Que a bênção de YÁOHUH ULHÍM supremo, Criador da terra e de todo o universo, te seja dada, Abroám! E que seja honrade YÁOHUH ULHÍM que te livrou dos teus inimigos!" Então Abroám deu a Molkhi-Tzaodóq o dízimo de tudo o que trouxera. 21O rei de Sodoma disse-lhe: "Dá-me a mim o meu povo,que foi capturado, e fica tu com tudo o que eles me roubaram da cidade." 22-24Contudo Abroám replicou-lhe: "Prometi solenemente a YÁOHUH ULHÍM supremo, Criador do universo e da terra, que não ficarei com coisa nenhuma do que é teu, nem um fio sequer ou uma simples correia de sapato, para que não venhas a dizer: 'Abroám enriqueceu com o que eu lhe deixei', excepto, evidentemente, o que estes jovens comeram,e ainda a parte que é devida aos soldados de Aner, Eshkól e Mamre, meus aliados, que combateram
comigo."

Bereshít 15
A aliança de YÁOHUH ULHÍM com Abroám

1Após isso YÁOHUH ULHÍM falou a Abroám numa visão e disse-lhe: "Não tenhas receio, Abroám, porque eu te defenderei, e terás uma enorme recompensa que te darei!" 2Mas Abroám replicou-lhe: "Oh! YÁOHUH ULHÍM meu Criador Eterno, para que servirão as tuas bênçãos se eu estou sem filhos. 3Porque, sem um filho, terá de ser o gerente da minha casa Úlozor, de Damasco, quem virá a herdar tudo!" 4 YÁOHUH ULHÍM respondeu-lhe: "Não. Nenhum outro será teu herdeiro; porque eu te darei um filho que virá a herdar tudo o que tens!" 5-6 YÁOHUH ULHÍM trouxe-o para fora de casa, sob o céu estrelado, e disse-lhe: "Olha para o firmamento e vê se podes contar as 'cocavím' (est-elas). Pois assim será a tua descendência; serão tantos que nem se poderão contar!" Abroám creu em YÁOHUH ULHÍM. Então YÁOHUH ULHÍM, por causa da fé que ele mostrou ter, considerou-o como justo. 7E disse-lhe mais: "Eu sou YÁOHUH ULHÍM que te tirou da cidade de Ur na Caldeia, para te dar, para sempre, esta terra". 8Abroám replicou-lhe: " YÁOHUH ULHÍM meu Criador Eterno, como hei-de eu ter a certeza que realmente ma dás?" 9-11 YÁOHUH ULHÍM disse-lhe que fosse buscar uma bezerra, uma cabra e um carneiro, todos eles de três anos, mais uma rola e um pombinho, que os partisse ao meio e pusesse as duas partes uma diante da outra; mas as aves que as deixasse inteiras. E foi o que Abroám fez. Quando as aves de rapina desciam sobre a carne dos animais, Abroám afugentava-as. 12Naquela tarde, enquanto o sol se punha, Abroám caiu num sono profundo e teve um pesadelo terrível, no meio de grande escuridão. 13-14Então YÁOHUH ULHÍM disse a Abroám: "Ficas a saber, de forma segura, que os teus descendentes virão a ser oprimidos e explorados como escravos numa terra estrangeira durante 400 anos. Mas eu hei-de castigar a mão que os vai escravizar, e eles acabarão por sair livres, trazendo consigo muita riqueza. 15Quanto a ti, acabarás a tua vida em paz, numa feliz velhice. 16Depois de quatrocentos anos os teus descendentes voltarão a esta terra, porque a maldade do povo amorreu que agora vive aqui, só nessa altura terá chegado ao ponto de saturação, exigindo o castigo." 17E tendo-se posto o sol, começou a fazer uma grande escuridão, e Abroám viu no meio da obscuridade uma espécie de forno fumegante e uma tocha de fogo que passava entre as metades dos animais que tinham sido partidos ao meio. 18-21 YÁOHUH ULHÍM, nesse mesmo dia, fez um acordo com Abroám nos seguintes termos: "É à tua descendência que dou esta terra, desde o rio do Terra de MITZRAIM até ao grande rio Eufrates; e hão-de ficar na dependência deles todos estes povos: os queneus, quenezeus, cadomeus, heteus, perizeus, refains, amorreus, cananeus, girgaseus e os jebuseus."

Bereshít 16
Hagár e Ishmaúl

1Mas Sorai e Abroám não tinham filhos. Então Sorai, pensando que YÁOHUH ULHÍM a tinha impedido de
gerar, chamou uma criada chamada Hagár que era egípcia, 2-3e deu-a a Abroám como segunda mulher: "Se ela tiver filhos serão meus" sto aconteceu dez anos depois de Abroám ter chegado pela primeira vez à terra de Canaã. 4Ele concordou com aquilo, tomou Hagár e ela concebeu. A criada, quando viu que ficou grávida, tornou-se muito arrogante para com a sua chefea. 5Então Sorai disse a Abroám: "A culpa disto tudo é tua; dei eu própria a esta rapariga, minha criada, o previlégio de ser tua mulher e agora despreza-me! Que seja YÁOHUH ULHÍM mesmo a julgar esta questão entre mim e ti!" 6Respondeu-lhe Abroám: "Tens toda a liberdade de castigar a mulher com entenderes." Sorai maltratou-a e ela teve de fugir. 7O anjo de YÁOHU
UL veio até ela perto do deserto, junto duma fonte, no caminho para Sur: 8"Hagár, tu és a criada de Sorai e estás aqui? Donde vens? Para onde vais? Venho fugida da casa de Sorai, a minha chefea", foi a resposta. 9-12"Volta para a tua chefea; porque hei-de fazer de ti uma grande nação, um povo que se multiplicará de forma incontável. O filho que vais ter chamar-se-á Ishmaúl, pois que YÁOHUH ULHÍM ouviu-te na tua aflição. Este teu filho há-de vir a ter um carácter agreste, tão livre e indomável como um jumento selvagem! Será contra todos, e toda a gente será contra ele. Mas viverá perto dos que são da sua raça." 13-14A partir de então Hagár passou a referir-se a YÁOHUH ULHÍM -que era quem falava com ela -como sende YÁOHUH ULHÍM que olha por mim. E pensou para si: "Na verdade eu vi YÁOHUH ULHÍM, mas depois de ele me ter visto primeiro a mim." Mais tarde esse poço ficou a ser chamado o Poço daquele que vive e que me vê. Fica entre Cades e Berede. 15-16E assim Hagár deu um filho a Abroám, e este chamou-lhe Ishmaúl. Tinha então Abroám a idade de 86 anos.

Bereshít 17
A aliança da circuncisão

1E quando Abroám era de 99 anos, YÁOHUH ULHÍM apareceu-lhe: "Eu sou YÁOHUH ULHÍM que tem todo o poder. Caminha na vida em contacto comigo e conduz-te sempre como deves. 2Vou fazer uma aliança contigo, garantindo-te que te hás-de tornar num grande povo." 3Abroám inclinou-se profundamente diante de YÁOHUH ULHÍM, o qual continuou: 4"É esta a minha aliança: serás o pai não só de uma nação, mas de uma grande quantidade de nações. 5-8E mais ainda; vou mudar-te o nome, que não será mais Abroám, mas Ab’ruham, porque é isso mesmo que virás a ser. Dar-te-ei milhões de descendentes que constituirão
muitas nações. Haverá mesmo reis na tua descendência. E este acordo que fica estabelecido entre mim e ti continuará através de todas as gerações futuras, para sempre; porque se aplica não só a ti mas a todos os que hão-de ser teus filhos. É como um contrato em como eu serei teu YÁOHUH ULHÍM e o Criador Eterno de toda a tua posteridade. Dar-te-ei esta terra de Canaã, a ti e a todos eles, para sempre. E serei com efeito o vosso Criador Eterno. 9-14A parte que te diz respeito neste acordo é esta: obedeceres à minha aliança. Tu pessoalmente, assim como toda a tua descendência, terão continuamente este dever -todo o que nascer,do sexo masculino, terá de ser circuncidado. Isto será uma prova em como tu e eles aceitam este acordo.Todo o que for do sexo masculino será circuncidado oito dias depois de ter nascido. E isto aplica-se tanto aos que forem mesmo da vossa família, da vossa raça, como aos estrangeiros que viverem convosco, e aos criados e escravos. É assim um sinal permanente como prova deste acordo, e aplica-se tanto a ti como aos teus descendentes. Todos deverão ser circuncidados. Todos terão desta forma em si mesmos uma marca física da sua participação nesta aliança perpétua. Aqueles que recusarem aceitar os termos deste acordo terão de deixar de fazer parte do seu povo, visto que violam o meu contrato." 15-16E no que diz respeito a Sorai, a tua mulher, acrescentou YÁOHUH ULHÍM, "também o seu nome não será mais Sorai, mas Soroáh,porque hei-de abençoá-la, e terás um filho dela. Sim, abençoá-la-ei ricamente e será mãe de muita gente. Muitos povos, e até reis, constituirão a sua posteridade." 17Ab’ruham inclinou-se em adoração a YÁOHUH ULHÍM. Contudo no seu íntimo não se impediu de achar graça, e de se rir, numa atitude de descrença! "O quê, eu, pai, agora com 100 anos?", pensou. "E Soroáh, nascer-lhe um filho agora aos 90?" 18E replicou a YÁOHUH ULHÍM: "Pois sim, YÁOHUH ULHÍM, abençoa então Ishmaúl." 19-21"Não!", insistiu YÁOHUH ULHÍM. "Não é isso que te estou a dizer. Soroáh, a tua mu-lher, dará à luz um filho. E o nome que lhe vais dar será YÁOHUtz-kaq. E estabelecerei o meu acordo com ele, para sempre, assim como com os seus descendentes. Quanto a Ishmaúl, com certeza que também o abençoarei, tal como me pediste agora. Terá uma abundante descendência e tornar-se-á uma grande nação. Haverá doze príncipes no meio da sua posteridade. Contudo a minha aliança é feita com YÁOHUtz-kaq, que vocês hão-de ter, tu e Soroáh, para o próximo ano, mais ou menos por este tempo." 22-23Após este diálogo, YÁOHUH ULHÍM deixou-o. E naquele mesmo dia Ab’ruham pegou em Ishmaúl, o seu filho, e convocou toda a gente do sexo masculino da sua família, nascidos ou não na sua casa, e circuncidou-os, tal como YÁOHUH ULHÍM lhe dissera. 24-27Ab’ruham tinha nessa altura 99 anos e Ishmaúl 13 quando foram ambos, no mesmo dia, circuncidados, ao mesmo tempo que todos os outros homens da sua família e da sua casa, nascidos lá ou adquiridos como servos.

Bereshít 18
Os três visitantes

1-2Mais tarde YÁOHUH ULHÍM apareceu-lhe outra vez enquanto continuava a viver nos carvalhais de Mamre. E foi desta maneira: Numa tarde quente, quando estava sentado à entrada da tenda, ao erguer os  olhos viu três homens que vinham na sua direção. Apressou-se a ir-lhes ao encontro, acolhendo-os com cordialidade e eles se detiveram no caminho para o interior da terra: 3-5"Peço-vos que não continuem o caminho sem descansarem aqui um pouco à sombra desta árvore. Vou trazer-vos água para refrescarem os pés, e alguma coisa que comam e vos ajude a refazer as forças. Depois poderão prosseguir viagem.""Está bem. Faz assim como disseste",  esponderam-lhe. 68Ab’ruham foi a correr à tenda, e disse a Soroáh: "Depressa! Faz num hora uns bolos de farinha, o bastante para as três pessoas que vamos ter de visita." Depois deu um pulo à vacaria, escolheu a melhor vitela, mais tenrinha, e mandou o criado que a preparasse rapidamente. De seguida foi buscar manteiga, queijo e leite, e com a carne da vitela que tinha mandado preparar, trouxe tudo aos visitantes. Pôs-se então ali de pé, junto da árvore, a vê-los comer. 9Eles perguntaram-lhe: "Onde é que está Soroáh, a tua mulher?""Na tenda", respondeu. E YÁOHUH ULHÍM disse-lhe: 10-12"Fica sabendo que para o ano que vem, dar-vos-ei, a ti e a Soroáh, um filho."Soroáh estava a ouvir à entrada da tenda, por detrás dele. Ab’ruham e Soroáh eram ambos já bastante idosos. E Soroáh até havia já há muito tempo que tinha cessado o costume das mulheres, que tinha passado o tempo em que podia ter filhos. Por isso começou a rir-se para consigo e a pensar: "O quê? Uma mulher da minha idade poder ainda ter a alegria de lhe nascer um menino? Tanto mais com um marido já tão velho como o meu!" 13-14Mas YÁOHUH ULHÍM disse a Ab’ruham: "Porque é que Soroáh se riu? Porque é que ela está a pensar que uma mulher como ela já não pode ter filhos? Para YÁOHUH ULHÍM haverá alguma coisa que seja muito difícil de fazer? Não te esqueças portanto de que no próximo ano, tal como te disse, Soroáh há-de ter um filho." 15Mas Soroáh quis desculpar-se: "Eu não me ri",porque estava com medo. 16Contudo eles insistiram e corrigiram-na: "Sim, é claro que te riste." Depois levantaram-se e continuaram na direcção de Sodoma. E Ab’ruham acompanhou-os uma parte do caminho.


Ab’ruham intercede por Sodoma

17-19 YÁOHUH ULHÍM perguntou: "Deixarei que Ab’ruham ignore aquilo que vou fazer? Porque a verdade é que ele se vai tornar numa poderosa nação, e virá a ser uma fonte de bênção para todas as nações da terra. Eu escolhi-o, por isso sei que há-de mandar os filhos e todos os da sua casa obedecerem a YÁOHUH ULHÍM de forma a serem pessoas que pratiquem o que é justo e recto, e a fim de que eu possa realizar tudo o que lhe prometi." 20-21Então disse a Ab’ruham: "Dou-me conta de que o povo de Sodoma e de Gomorra é extremamente mau, e que tudo o que fazem é perverso. Vou descer lá agora para confirmar
isso. Depois vou agir." 22-25Os homens dirigiram-se então em direcção a Sodoma, mas Ab’ruham continuou ainda na presença de YÁOHU UL. E aproximou-se para perguntar: "Vais destruir bons e maus, juntamente? Supondo que encontras na cidade cinquenta pessoas que andam no caminho de YÁOHUH ULHÍM, irás destruí-la? Não a pouparás, atendendo a que há lá esse punhado de gente que segue a justiça? Não seria justo que fizesses morrer os rectos junto com os pecadores. Tu nunca tratas da mesma maneira uns e outros. O Juiz de toda a terra não haveria de agir com toda a justiça?" 26E YÁOHUH ULHÍM respondeu-lhe: "Se eu encontrar em Sodoma cinquenta pessoas rectas, pouparei a cidade inteira, por causa delas." 2728Mas
Ab’ruham insistiu: "Já que comecei a falar-te neste assunto, permite-me que vá mais longe, ainda que eu não valha mais do que cinza ou pó da terra. Então se houver lá apenas quarenta e cinco desses que seguem a justiça? Destruirás mesmo assim a cidade só por faltarem cinco ao número que te apresentei primeiro? YÁOHUH ULHÍM tornou a responder-lhe: "Se houver lá quarenta e cinco desses, não destruirei a cidade." 29Mas Ab’ruham quis ir mais longe ainda no seu pedido: "E se forem só quarenta?" YÁOHUH ULHÍM disse-lhe de novo: "Também não destruirei a cidade se forem só quarenta." 30"Não te impacientes, YÁOHUH ULHÍM, se eu continuar a insistir! Supondo então que são apenas trinta?""Não a destruirei ainda que sejam só trinta." 31Ab’ruham não desistiu ainda de orar a favor dos rectos: "Já que tenho ido tão longe na minha ousadia, vou continuar: Se lá estiverem só vinte deles"."Mesmo que sejam vinte", disse YÁOHUH ULHÍM, "não destruirei a cidade por causa desses vinte." 32" YÁOHUH ULHÍM, se não te importas, deixa-me falar só uma última vez mais. E se não forem mais de dez?" YÁOHUH ULHÍM respondeu-lhe novamente: "Mesmo só com dez, não a destruirei, se eles lá estiverem." 33E sendo que Ab’ruham acabou de conversar com YÁOHUH ULHÍM, este foi-se embora. Ab’ruham regressou a casa.

Bereshít 19
Sodoma e Gomorra destruídas

1Os dois anjos chegaram nessa tarde a Sodoma. Lot estava ali sentado à entrada quando se aproximaram. Ao vê-los levantou-se, foi-lhes ao encontro para os receber e dar-lhes as boas vindas: 2"Meus chefees, venham para a minha casa. Serão meus hóspedes esta noite. De manhã, à hora que quiserem, podem partir e continuar o caminho.""Não, ficamos mesmo aqui na rua." 3Mas Lot tanto insistiu que aceitaram e foram para casa dele. E deu-lhes uma bela refeição; mandou até fazer bolos sem levedura para comerem. 4-5Quando se preparavam para se deitarem, vieram os sodomitas, os habitantes da cidade, do mais novo ao mais velho, e cercaram a casa, gritando para Lot: "Traz-nos cá fora esses homens que aí tens. Queremos possuí-los!" 6Lot saiu, fechou a porta atrás de si e falou-lhes: 7-8"Meus amigos, imploro-vos que não façam uma coisa dessa, de tal maneira repulsiva! Olhem, tenho duas filhas, virgens. Trago-as cá fora e vocês fazem delas o que quiserem! Mas deixem estes homens em paz, porque estão sob a minha protecção!" 9"Sai daí!", berraram-lhe. "Quem pensas tu que és? Deixamos este indivíduo fixar-se como estrangeiro aqui no meio da gente, e agora vem-se armar em juiz! Vamos mas é fazer-te a ti pior ainda do que a esses outros dois que estão lá dentro; e é já!" E investiram na direcção de Lot, procurando arrombar o portão do gradeamento. 10-11Os dois homens contudo entreabriram a porta da casa, puxaram Lot para dentro e trancaram-se com segurança. E fizeram com que aqueles sodomitas que rodeavam a casa ficassem cegos, do mais pequeno ao mais velho, de tal forma que por fim cansaram-se de andar à procura da porta e desistiram. 12-13"Que parentes tens tu aqui na cidade?", perguntaram os visitantes a Lot. "Tiraos todos deste local: filhos, filhas, genros e mais alguém ainda que tenhas, porque vamos destruir completamente a cidade. O mau cheiro, pestilento, deste sítio chegou ao céu, e YÁOHUH ULHÍM enviou-nos para destruir isto tudo." 14Então Lot foi a correr ter com os seus futuros genros e disse-lhes: "Depressa, saiam já da cidade, porque YÁOHUH ULHÍM vai destruí-la imediatamente!"Mas os rapazes não fizerem mais do que pôr-se a olhar para ele como se tivesse perdido o juízo! 15Começava já a amanhecer, e os anjos iam dando cada vez mais pressa a Lot: "Vamos, quanto antes! Pega já na tua mulher e nas tuas duas filhas que aqui vivem contigo e foge o mais rápido que puderes se não queres ser apanhado na destruição da cidade!" 16Mas mesmo assim Lot hesitava e se demorava. Tiveram pois que pegar nele e na família pelas
mãos e correram todos para fora da cidade; porque YÁOHUH ULHÍM teve misericórdia e deu-lhes ainda tempo suficiente para escaparem. 17"Fujam se querem escapar com vida!", gritaram-lhes os anjos. "E não olhem para trás. Escapem-se para as montanhas. Em todo o caso não se demorem de forma nenhuma por aí a atravessar a campina, porque se não, arriscam-se a morrer!" 18-20E Lot replicou: "Ah! Mas assim não, meus chefees! Já que foram tão bondosos para comigo, salvando-me a vida e tendo tanta piedade de nós, então se não se importassem deixavam-me fugir antes para aquela pequena localidade, ali ao fundo, porque estou com muito medo de ir para as montanhas e de ser apanhado lá em cima por esse mal que vai vir. Além disso é tão pertinho, essa povoação, e não passa dum simples lugarejo; não é verdade? Então deixem-me ir para lá e assim estarei seguro." 21-22"Pois está bem", disse-lhe o anjo. "Estou de acordo com mais esse teu pedido, e será assim maneira de poupar a pequena povoação de que falas. Mas despacha-te! Porque nada poderei fazer enquanto não tiveres lá chegado." Por isso, desde então aquela aldeia ficou a ser chamada Zoar, que quer dizer Pequena Cidade. 23-25O sol já ia subindo quando Lot chegou enfim à tal localidade. Então YÁOHUH ULHÍM fez cair fogo e alcatrão incendiado do céu sobre Sodoma e Gomorra, e
destruiu-as completamente, assim como também as outras cidades daquela planície toda, fazendo desaparecer tudo, tanto os seres humanos como a vida animal e vegetal. 26E a mulher de Lot olhou para trás, enquanto ia a fugir. Por isso ficou convertida numa estátua de sal! 27-28Nessa manhã Ab’ruham levantou-se cedo e foi àquele local onde tinha estado a rogar a YÁOHUH ULHÍM. Olhando então para a  campina de Sodoma e Gomorra só viu fumo que subia da terra, como se tudo fosse um gigantesco forno. 29Foi pois assim que YÁOHUH ULHÍM ouviu o rogo de Ab’ruham e salvou a vida de Lot, tirando-o daquela
destruição mortífera que caiu sobre a região.

Lot e as suas filhas

30Depois disso Lot deixou Zoar, com medo da gente que ali havia, e foi viver para uma caverna na montanha com as duas filhas. 31-32Um dia a mais velha disse à irmã: "Em toda esta região aqui à volta não há um só homem com quem o nosso pai nos deixe casar. E ele próprio em breve estará velho demais para ter filhos. Vamos enchê-lo de vinho, deitamo-nos com ele, e assim faremos com que haja descendentes e  que a nossa família não acabe aqui." 33Assim embriagaram o pai naquela noite, e a mais velha foi deitar-se com ele, que aliás não deu por nada, nem quando ela veio, nem quando se foi embora. 34Na manhã
seguinte disse à irmã: "Pronto! Ontem à noite já me deitei com o pai! Vamos enchê-lo outra vez de vinho  para que a nossa família não acabe." 35-38E assim chegando à noite embriagaram-no de novo e foi a vez da mais nova se deitar com ele, que, tal como na véspera, não deu por nada. As duas raparigas ficaram grávidas. E a mais velha teve um filho a que deu o nome de Moabe, o antecessor dos moabitas. E o nome do filho da segunda foi Benami, o pai de todos os amonitas.

Bereshít 20
Ab’ruham e Abimeleque

1Ab’ruham partira um dia daquela terra, em direcção ao sul, ao Négev, e tinha-se fixado entre Cades e Sur.2-3A certa altura, estando de passagem pela cidade de Gerar, Ab’ruham terá dito a alguém que Soroáh era também a sua irmã. E Abimeleque, rei de Gerar, mandou que a fossem buscar e a trouxessem para o palácio. Nessa mesma noite YÁOHUH ULHÍM pareceu-lhe em sonho e disse-lhe: "Tens de morrer porque essa mulher que mandaste trazer é casada." 4-5Contudo Abimeleque ainda não lhe tinha tocado; por isso respondeu: "Irás tu matar uma pessoa que está inocente, YÁOHUH ULHÍM? Foi ele próprio que me disse que era irmã dele. E ela confirmou que sim, que ele era o seu irmão! Eu não tinha a mínima intenção de forçar ninguém, nem de agir ilegalmente." 6-7"Sim, eu sei", respondeu-lhe. "E foi precisamente por isso que quis impedir-te que fosses mais longe e que pecasses, o que teria acontecido se lhe tivesses tocado. Portanto restitui-a ao marido, e ele mesmo, que é profeta, orará a YÁOHUH ULHÍM por ti para que vivas. Se não o fizeres, fica então a saber que terás de morrer, tu e todos os que são teus." 8-10Abimeleque levantou-se logo muito cedo, mandou reunir rapidamente toda a gente que vivia e trabalhava no palácio e contou-lhes o que tinha acontecido. As pessoas encheram-se de receio. Depois o rei mandou também chamar Ab’ruham:
"Para que é que nos fizeste isto? Que foi que eu fiz que merecesse tal atitude da tua parte, levando-nos, a mim a ao meu reino, a tornarmo-nos culpados de um tão grande pecado? Fizeste uma coisa que nunca devias ter feito! E, no fundo, que tinhas tu em vista agindo desta maneira?" 11-13"Bem", respondeu Ab’ruham, "É que eu pensei que isto seria uma terra onde YÁOHUH ULHÍM não era respeitado. E então tive medo que, para me tirarem a minha mulher, me matassem. Mas ela é na verdade minha irmã. Quer dizer, é filha do meu pai, mas não da minha mãe. E pude casar com ela. Quande YÁOHUH ULHÍM me mandou sair da minha pátria e andar por terras afastadas e que me eram estranhas, pedi a minha mulher que por amor a mim dissesse em toda a parte que era a minha irmã." 14Então o rei Abimeleque pegou em ovelhas, vacas, em criados, tanto homens como mulheres, e deu-os a Ab’ruham. E restitui-lhe Soroáh, a sua mulher. 1516" Tens toda a extensão do meu reino à tua disposição. Eshkólhe o sítio onde queres viver." E dirigindo-se a Soroáh: "Dei ao teu irmão mil moedas de prata para reparação do dano moral que lhe causei, de forma também a que tu própria fiques ao abrigo de qualquer suspeita ou acusação neste assunto, porque é assim que manda a justiça." 17-18Ab’ruham orou pedindo a YÁOHUH ULHÍM que restabelecesse a normalidade nas vidas, tanto do rei, como da sua mulher, da sua família e de toda a gente que trabalhava para ele, porque  YÁOHUH ULHÍM tinha impedido as mulheres de terem filhos, para castigar Abimeleque de ter ficado com a mulher de Ab’ruham.

Bereshít 21
O nascimento de YÁOHUtz-kaq

1-2Portant YÁOHUH ULHÍM fez conforme tinha prometido. Soroáh ainda que fosse já uma mulher idosa ficou  grávida e deu um filho a Ab’ruham, na altura que YÁOHUH ULHÍM lhes tinha indicado. 3Ab’ruham pôs-lhe o Shúam (Nome) de YÁOHUtz-kaq. 4Oito dias após o nascimento circuncidou-o, segundo o que YÁOHUH ULHÍM tinha ordenado. 5Tinha então Ab’ruham 100 anos de idade. 6-7E Soroáh declarou: " YÁOHUH ULHÍM fez com que eu me risse! E todos os que souberem o que me aconteceu hão-de alegrar-se comigo! Porque, quem havia de sonhar sequer que eu podia vir a ter um menino? E a verdade é que acabo de dar um filho a Ab’ruham, já em plena velhice!"

Hagár e Ishmaúl mandados embora

8-10O tempo foi passando, o bebé ia crescendo, e foi desmamado. Ab’ruham deu, nessa altura, uma grande celebração com banquete para comemorar o acontecimento. No entanto Soroáh reparou que Ishmaúl, o filho de Ab’ruham e da sua criada Hagár, se divertia com aquilo tudo, e fazia troça. Então disse a Ab’ruham: "Manda embora essa criada, mais o seu filho; porque este de maneira nenhuma poderá vir a herdar o que temos juntamente com o nosso menino!" 11-13Ab’ruham ficou bastante contrariado, porque, apesar de tudo, Ishmaúl sempre era o seu filho também. Mas YÁOHUH ULHÍM disse-lhe: "Não fiques contrariado quanto ao filho da criada da tua mulher. Faz como Soroáh te disse. Porque realmente só através de YÁOHUtz-kaq é que a minha promessa terá cumprimento. Contudo, sem dúvida que os descendentes do filho da criada formarão também uma grande nação, pois é igualmente teu filho." 14-16Ab’ruham então levantou-se muito cedo na manhã seguinte para os despedir e preparar-lhes alimento para a viagem. Deu assim a Hagár o farnel, mais um recipiente com água; ela pôs tudo aos ombros. E mandou-a embora, com o filho. Ela foi andando e vagueando através do deserto de Beer-Shéva. Quando a água se acabou, pôs o menino à sombra duns arbustos, e afastou-se dali, à distância mais ou menos de um tiro de arco. Então, rompendo em choro, clamava: "Não posso ver morrer o meu menino!" 17-18Mas YÁOHUH ULHÍM respondeu aos apelos da criança, e o anjo de YÁOHUH ULHÍM chamou Hagár, desde o céu: "Que tens tu, Hagár? Nada receeis! Porque YÁOHUH ULHÍM ouviu o pequeno, ali onde ele está. Vai e pega no teu filho e consola-o, porque os seus descendentes hão-de constituir uma grande nação." 19Naquela altura YÁOHUH ULHÍM abriu-lhe os olhos e viu um poço, mesmo ali. Pôde então encher de água a vasilha e foi dar de beber ao filho. 20-21 YÁOHUH ULHÍM acompanhou o rapaz enquanto crescia e vivia no deserto de Paran, onde se tornou atirador de arco. A mãe arranjou-lhe casamento com uma rapariga do Terra de MITZRAIM. O acordo em Beer-Shéva 22-23Por essa altura o rei Abimeleque, e Ficol, comandante das suas tropas, veio ter com Ab’ruham e disse- lhe: "É evidente que YÁOHUH ULHÍM está contigo e te ajuda em tudo. Jura-me então que não me defraudarás, não me enganarás, nem a mim nem aos meus descendentes, e que as tuas relações comigo e com a minha terra serão sempre de boa amizade, aliás tal como eu fui para contigo." 24E Ab’ruham respondeu-lhe: "Pois sim, juro." 25No entanto Ab’ruham  aproveitou para apresentar-lhe uma queixa com respeito a um poço que os criados do rei tinham tomado pela força aos de Ab’ruham. 26"Mas eu é a primeira vez que ouço falar nisso!", exclamou Abimeleque. "E nem faço ideia de quem possa ter a responsabilidade.Porque não mo disseste há mais tempo?" 27-29Então Ab’ruham deu ao rei ovelhas e vacas como sacrifícios que selassem aquela aliança que faziam entre si. Entretanto Ab’ruham pôs de parte sete cordeiros do rebanho, e o rei perguntou-lhe para que fazia aquilo. 30-32E Ab’ruham: "São um presente especial que te dou, como testemunho público de que este poço, que eu próprio abri, me pertence." Por isso, a partir de  então aquele sítio passou a chamar-se Beer-Shéva. Foi pois assim que se realizou aquela aliança entre eles. E o rei Abimeleque, com Ficol, o comandante das suas tropas, foram-se embora. 33-34Ab’ruham plantou um bosque naquele sítio junto ao poço, orando a YÁOHUH ULHÍM e adorando-o. E viveu ali na terra dos Palestinos, ainda por muito tempo.

Bereshít 22
Ab’ruham é provado

1Mais tarde, YÁOHUH ULHÍM quis provar a fé e a obediência de Ab’ruham."Ab’ruham!", chamou YÁOHUH ULHÍM."Diz, YÁOHUH ULHÍM; o que é?" 2"Pega no teu filho, YÁOHUtz-kaq, o teu único filho, a quem tanto amas, vai à terra de Moriá e oferece-o lá em sacrifício, num dos montes que te hei-de indicar." 3-5No dia seguinte, de manhã cedo, preparou o seu jumento para a viagem, assim como a lenha necessária para o sacrifício, e, na companhia do seu filho YÁOHUtz-kaq e de mais dois moços, seus criados, partiu para onde YÁOHUH ULHÍM lhe tinha dito. Ao terceiro dia de viagem Ab’ruham viu de longe o lugar para onde se dirigia;  e disse aos moços que iam com ele: "Fiquem aqui com o animal, porque eu, mais o meu rapaz, vamos até ali para adorar, e logo regressaremos." 6Ab’ruham pôs a lenha do sacrifício às costas de YÁOHUtz-kaq, pegou no sílex para o fogo e no cutelo e prosseguiram juntos. 7"  ABí", disse YÁOHUtz-kaq. "Temos lenha, temos lume para o fogo, mas onde está o cordeiro para o sacrifício?" 8" YÁOHUH ULHÍM já escolheu um cordeiro, meu filho." E continuaram juntos o caminho. 9-11Quando chegaram ao local designado pelo YÁOHUH ULHÍM, Ab’ruham construiu um altar, pôs a lenha em ordem pronta a arder, amarrou YÁOHUtz-kaq, deitou-o no altar em cima da lenha, e pegou no cutelo a fim de sacrificar o seu filho. Mas nesse preciso momento o MENSAGEIRO de YÁOHU UL gritou-lhe, desde o céu: "Ab’ruham! Ab’ruham! Que é YÁOHUH ULHÍM!" 12"Baixa a tua mão, não lhe faças mal algum. Porque já sei agora que respeitas YÁOHUH ULHÍM, a ponto de não me recusares nem sequer o teu único e querido filho!" 13Logo a seguir Ab’ruham reparou num carneiro que estava por detrás deles, preso pelas hastes a um arbusto. Pegou então no animal e sacrificou-o sobre o altar, em lugar do filho. 14Por isso aquele lugar ficou a ser conhecido por YÁOHUH ULHÍM-proverá. E ainda hoje em dia existe entre o povo um ditado que diz: "Lá na montanha, YÁOHUH ULHÍM há-de dar o necessário!" 15Então o MENSAGEIRO de YÁOHU UL chamou de novo Ab’ruham, do céu, e disse-lhe: 16-18"Eu,
YÁOHUH ULHÍM, prometo por mim mesmo que por teres feito o que fizeste, por me teres obedecido, sem sequer me recusares até o teu próprio filho querido, te abençoarei com enormes bênçãos, multiplicarei os teus descendentes, que serão milhões sem conta, tal como as 'cocavím' (est-elas) do céu, como os grãos da areia das praias; além de que virão a ser vitoriosos sobre os seus inimigos. Serão ainda um meio de bênção para todos os outros povos da terra. Tudo isto por me teres obedecido". 19Abrahão voltou para os moços, os criados, que estavam à sua espera, e regressaram todos juntos a casa, a Beer-Shéva.

Os filhos de Naor

20-23Depois destas coisas vieram anunciar a Ab’ruham que Milca, a mulher do seu irmão Naor, tinha tido oito filhos: Uz o mais velho, Buz, Quemel pai de Aram, Quesede, Hazo, Pildas, Yidlafe e Betu-Úl pai de Roévka. 24Teve ainda mais quatro filhos da sua concubina Rheuma: Teba, Gaão, Taás e Maaca. 

Bereshít 23
A morte de Soroáh

1-2Quando Soroáh tinha 127 anos, morreu em Hebron, na terra de Canaã. Ab’ruham sentiu muito a sua perda e chorou. 3E ali mesmo, ao lado do corpo de Soroáh, pôs-se de pé e disse aos homens de Hete. 4"Como sou estrangeiro aqui nesta terra, não tenho um sítio onde sepultar a minha mulher. Vendam-me, por favor, um pedaço de terra para isso." 5-6"Sem dúvida!", responderam-lhe. "Tu, no nosso meio, és como um príncipe de YÁOHUH ULHÍM. Para nós será um privilégio que escolhas nesta terra a melhor das sepulturas, para lá pores a tua falecida mulher." 7-9Ab’ruham inclinou-se profundamente e disse: "Se é
então essa a vossa atitude, façam-me o favor de pedir a Efrom, o filho de Zoar, que me venda a cova de Macpela, que está na extremidade do seu campo. Pagar-lhe-ei o devido preço por isso." 10-11Efrom estava sentado ali, no meio da gente de Hete. Por isso se levantou e publicamente, diante de todos os habitantes da terra e de todos os que circulavam pela cidade, disse: "Ouve-me, eu dou-te não só a cova, mas até o campo todo, sem teres nada a pagar. Aqui, diante dos meus concidadãos afirmo que te dou isso sem te pedir preço algum. Podes lá ir à vontade sepultar a tua mulher." 12- 3Abrahão tornou a inclinar-se diante de todos e respondeu a Efrom, enquanto os outros o ouviam atentamente: "Não, deixa-me que to compre. Dou-  te pelo campo o preço que combinarmos e só então enterrarei a minha mulher." 14-15"Pois bem. A terra vale 4,5 quilos de prata. Mas para dois amigos como nós isso não interessa. Vai sem preocupação enterrar o teu morto." 16No entanto Ab’ruham fez questão de lhe pagar o preço que ele tinha sugerido, e assim pagou-lhe os 4,5 quilos de prata, conforme a moeda corrente entre os mercadores e tal como tinha sido combinado publicamente. 17-18Por esse preço Ab’ruham adquiriu o campo de Efrom, em Macpela, perto de Mamre, e a cova na extremidade da propriedade e mais todas as árvores plantadas no campo. Tornou-se pois dono desse terreno por acordo mútuo e publicamente, diante de todos os cidadãos de Hete, na praça pública da povoação. 19-20Ab’ruham enterrou ali Soroáh, na cova do campo de Macpela, perto de Hebron, na terra de Canaã, conforme acordo feito com o povo de Hete.

Bereshít 24
YÁOHUtz-kaq e Ro-évka

1-2Ab’ruham era agora já muito idoso, e YÁOHUH ULHÍM o tinha abençoado em tudo. Um dia mandou chamar o encarregado da administração da sua casa e que era quem havia mais tempo trabalhava para ele. 3-4"Põe a tua mão debaixo de mim e jura-me solenemente por YÁOHUH ULHÍM, YÁOHUH ULHÍM do céu e da terra, que não deixarás que o meu filho se case com uma das raparigas desta terra em que habito, mas que irás antes à minha terra de origem e que procurarás uma mulher para ele lá, entre os meus parentes." 5"Mas supõe que eu não consigo encontrar uma moça que esteja disposta a vir de tão longe até aqui?
Deverei, se assim acontecer, fazer voltar o teu filho para lá, para viver com os seus familiares?" 6-8"Não! Nunca faças uma tal coisa! Porque YÁOHUH ULHÍM, o Criador Eterno dos shua-ólmayao, disse-me que deixasse essa terra e o meu povo, e prometeu que me daria esta terra, a mim e aos meus descendentes. Ele enviará o seu anjo à tua frente, e fará que encontres ali uma rapariga para mulher do meu filho. Se ela não quiser vir, ficarás livre deste juramento. Mas em caso nenhum farás com que o meu filho volte para lá." 9Então o mordomo, administrador da fazenda de Ab’ruham, jurou solenemente que seguiria à risca todas as suas instruções. 10-11Preparou dez dos camelos do seu patrão, carregou-os com amostras do que de melhor havia na casa de Ab’ruham (porque tudo estava nas suas mãos) e partiu para a Mesopotâmia, para a localidade em que vive Naor. Quando ali chegou fez ajoelhar os camelos fora da cidade, junto de uma fonte. Era já o fim da tarde, altura em que as moças da povoação vinham tirar água. 12"Ó YÁOHUH ULHÍM, tu que és o Criador Eterno do meu patrão Ab’ruham", orou ele, "mostra agora a tua bondade para com ele, ajudando-me a alcançar o objectivo para o qual aqui venho. 13-14Portanto, como vês, YÁOHUH ULHÍM, eu estou aqui ao pé desta fonte, enquanto as raparigas da localidade vêm buscar água. E o pedido que te faço é que quando pedir a uma delas que me dê de beber, se ela disser, 'Sim, com certeza; e posso até tirar também água para os teus camelos!' -que seja essa a que tu designaste como mulher de YÁOHUtz-kaq. Assim ficarei a saber que estás a agir para o bem de Ab’ruham." 15-17Enquanto estava a falar com YÁOHUH ULHÍM sobre isto, chegou-se uma rapariga muito formosa chamada Ro-évka, com o seu cântaro de água sobre o ombro. Era a filha de Betu-Úl, um dos filhos de Naor e Milca. Ele apressou-se a ir ao seu encontro e  pediu que lhe desse a beber um pouco de água do seu cântaro. 18-19"Sim, certamente!", e logo baixou a vazilha para que bebesse. Quando acabou de beber acrescentou: "Vou também tirar água para os teus camelos, tanta quanto precisarem." 20Vazou o resto da água da bilha na pia da fonte, e correu de novo ao poço, começando a puxar a água para eles, até que ficassem saciados. 21-22O mordomo entretanto não disse mais nada; limitava-se a observá-la, por um lado admirado, por outro cuidadoso em verificar se ela ia até ao fim da sua acção, de forma a não ficar com dúvida sobre se era ou não a indicada por YÁOHUH ULHÍM. Por fim, quando os camelos acabaram de beber, ofereceu-lhe uns brincos de 7 gramas de ouro e duas pulseiras de 140 gramas de ouro. 23"De quem és tu filha?", perguntou-lhe. "Haverá na casa do teu pai
lugar para descansarmos?" 24-25"Meu pai é Betu-Úl, filho de Milca e de Naor. Sim. Temos lugar para ficares, assim como palha e comida em abundância para os animais." 26-27O homem ficou ali um momento de pé, com a cabeça inclinada, adorande YÁOHUH ULHÍM. Depois disse em voz alta: "Eu te agradeço, YÁOHUH ULHÍM o Criador Eterno do meu patrão Ab’ruham! Porque continuas a ser bom e exacto no cumprimento das tuas promessas para com ele! E a mim, conduziste-me precisamente à família dos parentes do meu patrão!" 28-30A rapariga correu a casa para contar tudo à mãe e à família. Quando o seu irmão Laván lhe viu os brincos e as pulseiras nas mãos, e ao ouvir o relato que ela fez do encontro que tinha tido, correu por sua vez à fonte onde o homem ainda lá estava junto aos camelos, e disse-lhe: 31"Vem, fica connosco, amigo; YÁOHUH ULHÍM está certamento contigo. Porque havias de ficar aqui quando temos um quarto pronto para te receber e lugar para recolher os camelos!" 32Assim foi para casa de Laván. Desataram os camelos, puseram palha para que se deitassem, e água para os lavar, e ainda para que os condutores dos camelos também se lavassem. 33E depois prepararam-se para jantar. Mas o
administrador de Ab’ruham disse: "Eu não queria começar a comer sem vos dizer a razão por que vim até aqui.""Pois sim", respondeu-lhe Laván. "Diz o que tens a dizer." 34-36"Eu sou o administrador da casa de Ab’ruham", explicou. " YÁOHUH ULHÍM tem enriquecido o meu patrão com toda a espécie de coisas boas, de tal forma que se tornou um grande chefe na terra em que vive. YÁOHUH ULHÍM tem-lhe dado rebanhos de ovelhas, manadas de vacas, uma fortuna em prata e ouro, muita gente ao seu serviço, e ainda camelos e jumentos. Soroáh, mulher do meu patrão, deu-lhe um filho, aliás quando já estava numa idade avançada. E o moço agora vai herdar tudo quanto o pai tem. 37-41Ora, o meu patrão fez-me prometer solenemente que não deixaria que YÁOHUtz-kaq casasse com uma cananita, com uma das raparigas da terra em que  habitamos, mas que viria buscar aqui a esta terra distante, a terra dos seus parentes, à família do seu irmão, uma moça com quem seu filho casasse. 'Mas supondo que não encontro uma rapariga que queira vir comigo?', perguntei-lhe. 'Há-de querer com certeza! Porque o meu YÁOHUH ULHÍM, em cuja presença sempre tenho andado, enviará o seu anjo contigo para que sejas bem sucedido na tua missão. Sim, procura uma moça entre os meus parentes, na família do meu irmão. Fizeste um juramento. Contudo, se eles não quiserem mandar alguém, então ficarás livre da promessa solene que fizeste.' 42-44Pois bem. Esta tarde quando me aproximava da fonte à entrada da localidade, fiz esta oração a YÁOHUH ULHÍM: 'Ó YÁOHUH ULHÍM, o Criador Eterno do meu patrão Ab’ruham, se tens a intenção de me fazer bem sucedido nesta missão, peço-te que me guies da seguinte maneira: Eu fico aqui junto da fonte, e direi a uma das raparigas que vier buscar água: 'Dá-me a beber um pouco de água do teu cântaro'. Se ela responder: 'Com certeza! E até poderei tirar também água para os teus camelos!', então por essa resposta verei que é essa rapariga que tu escolheste para casar com o filho do meu patrão! 45-46Pois ainda estava eu a dizer a YÁOHUH ULHÍM estas palavras quando Ro-évka se aproximou com o cântaro de água sobre o ombro. Desceu à fonte, tirou água, encheu a vazilha e eu disse-lhe: 'Por favor, dá-me de beber'. Imediatamente baixou o cântaro e eu bebi. Depois acrescentou : 'Não só te dou a beber a ti como também poderei tirar água para os teus camelos!' E assim o fez! 47Nessa altura perguntei-lhe: 'Quem é a tua família?' 'Sou filha de Betu-Úl, o qual é filho de Naor e de Milca'. E dei-lhe os brincos e as pulseiras. 48Então inclinei a cabeça, e adorei e louvei YÁOHUH ULHÍM, o Criador Eterno do meu patrão Abrahão, por me ter conduzido pelo caminho exacto de forma a encontrar logo a rapariga que era da família do irmão do meu patrão. 49Sendo assim, digam-me então se sim ou não. Se  uerem ou não fazer este bem ao meu patrão, que aliás é uma coisa justa. Conforme a vossa resposta, assim saberei o que fazer a seguir, se devo ou não ir para outro sítio." 5051Então Laván e Betu-Úl responderam: "Sem dúvida alguma que foi YÁOHUH ULHÍM que te conduziu até aqui. Por isso, que queres tu que digamos mais? Pega na moça e parte! E que ela case com o filho do teu patrão, conforme YÁOHUH ULHÍM planeou." 52-53Perante esta resposta, o mordomo de Ab’ruham caiu de
joelhos perante YÁOHUH ULHÍM. Depois foi buscar várias peças de joalharia, em prata e ouro, assim como belas e ricas peças de vestuário para as dar a Ro-évka. E também à mãe e ao irmão ofereceu valiosos presentes. 54Só então se sentaram para jantar. E o mordomo de Ab’ruham, com aqueles que o acompanhavam, passaram ali a noite. Logo pela manhã do dia seguinte, levantou-se e disse aos da casa: "Deixem-me regressar, para prestar contas ao meu patrão!" 55"Mas nós queríamos que a pequena ficasse aqui connosco ainda uns dias, pelo menos aí uns dez dias! Depois então sim, partiria contigo!" 56Contudo
ele insistiu: "Não retenham o meu regresso! YÁOHUH ULHÍM fez com que a minha missão fosse bem sucedida. Por isso deixem-me ir dar já conta de tudo ao meu patrão." 57-58"Bom, então chamemos a moça, para saber o que ela pensa." Chamaram Ro-évka: "Queres partir agora com este chefe?""Sim, quero!" 5960Fizeram as despedidas de Ro-évka, e mandaram com ela a sua ama. E abençoaram-na desta forma: "Ó nossa irmã, que tu te tornes mãe de muitos milhões de pessoas! E que os teus descendentes sejam vitoriosos sobre os seus inimigos!" 61Por fim Ro-évka, mais as suas criadas, subiram para os camelos e
partiram todos. 62-64Entretanto YÁOHUtz-kaq, que morava para os lados do sul, do Négev, tinha  regressado ao poço de Laai-roi. Tinha saído ao entardecer a dar uma volta no campo para orar e reparou nos camelos que se aproximavam. Por sua vez Ro-évka também viu YÁOHUtz-kaq que se aproximava e desmontou depressa do camelo em que vinha. 65"Quem é aquele homem que vem ali pelos campos em nossa direcção?", perguntou ao mordomo."É o filho do meu patrão." Então cobriu o rosto com um véu. 6667O  mordomo contou a YÁOHUtz-kaq tudo o que acontecera. YÁOHUtz-kaq trouxe Ro-évka para a tenda da sua mãe, e ela tornou-se a sua mulher. E amou-a muito. Ela foi para ele um conforto muito especial, após ter perdido sua mãe Soroáh.

Bereshít 25
A morte de Ab’ruham

1-2Ab’ruham casou outra vez, com uma mulher chamada Quetura, e teve vários filhos: Zimrã, Yocsã, Medã,Midiã, Yisbaque e Suá. 3Os filhos de Yocsã foram Sebá e Dedan. E os filhos de Dedan: Assurim, Letusim e  Leumim. 4Os filhos de Midiã foram Efá, Efer, Kanóch, Abida e Uldaa. 5-6Ab’ruham deixou tudo quanto tinha a YÁOHUtz-kaq. No entanto deu dádivas aos filhos das concubinas, e mandou-os embora para as regiões orientais, longe de YÁOHUtz-kaq. 7-10E morreu com 175 anos; foi sepultado junto dos outros membros da sua família. Os seus filhos YÁOHUtz-kaq e Ishmaúl depositaram-no na cova de Macpela, perto de Mamre, no campo que comprara a Efrom, filho de Zoar, o heteu, onde já estava o corpo de Soroáh. 11Depois da morte de Ab’ruham, YÁOHUH ULHÍM abençoou muito YÁOHUtz-kaq, que habitava junto do oásis de Laai-roi.

Os filhos de Ishmaú

12Segue-se um relato dos descendentes de Ishmaúl, filho de Abrahão e de Hagár, a egípcia, criada da sua mulher Soroáh: 13-15Nabaiote era o mais velho; depois Quedar, Adbeel, Mibsão, Misma, Dumá, Massá, Hadar, Tema, Yetur, Nafis, Quedmá. 16Estes doze deram os seus nomes às comunidades segundo as quais as famílias deles se organizaram; ou seja, em acampamentos e em aldeamentos. 17-18Ishmaúl viveu 137 anos e foi sepultado junto dos corpos dos outros membros da família. Os seus descendentes espalharam-se desde Havila até Sur, que fica a noroeste do Terra de MITZRAIM, na direcção da Assíria. E estavam constantemente em guerra uns com os outros.

Yáohucov e Esaú

19E agora, o relato dos descendentes de YÁOHUtz-kaq, filho de Abruhan: 20 YÁOHUtz-kaq tinha 40 anos quando casou com Ro-évka, filha de Betu-Úl, o arameu de Padan-Aram, e irmã de Laván. 21-22 YÁOHUtzkaq orou insistentemente para que Ro-évka lhe desse um filho, pois que era estéril. YÁOHUH ULHÍM ouvia as suas orações, e por fim ficou grávida. Dois bebés como que lutavam dentro dela."Mas porque sou assim?", exclamava. E pediu a YÁOHUH ULHÍM que a esclarecesse. 23E YÁOHUH ULHÍM disse-lhe: "Os filhos que tens no teu seio tornar-se-ão dois grandes povos rivais. Um deles será mais forte. E o mais velho terá de submeter-se ao mais novo." 24-26E quando se cumpriu o seu tempo teve dois gémeos. O primeiro ao nascer vinha tão cabeludo no corpo todo que até parecia estar envolvido numa manta de pele de animal. Então chamaram-lhe Esaú. O outro, ao nascer, vinha agarrado ao calcanhar do irmão. Por isso lhe puseram o Shúam (Nome) de Yáohucov. Tinha YÁOHUtzaq 60 anos quando lhe nasceram estes dois gémeos.
27Entretanto os meninos cresceram e tornaram-se homens, e Esaú fez-se um hábil caçador, enquanto que Yáohucov tinha um feitio sossegado, e preferia ficar em casa. 28 YÁOHUtz-kaq gostava muito de Esaú,porque a caça também era muito do seu gosto. Ro-évka tinha uma predilecção especial por Yáohucov. 29 Um dia Yáohucov estava a preparar um guisado quando chegou Esaú, exausto de correr pelos campos à caça. 30"Deixa-me comer desse teu guisado apetitoso e vermelho que aí tens!" Até foi por isso que lhe ficou a alcunha de Edom. 31"Está bem", disse Yáohucov. "Mas em troca, dás-me o teu direito de filho mais velho." 32"De acordo. Porque, no fundo, para que me há-de servir isso se estou a desfalecer, quase a morrer!" 33"Então jura-me diante de YÁOHUH ULHÍM que esse direito há-de ser meu!"E Esaú jurou, vendendo assim o seu direito de filho primogénito ao irmão mais novo. 34-35 Yáohucov deu-lhe o guisado de lentilhas que estava a preparar, mais o acompanhamento. Esaú comeu, bebeu e foi-se embora indiferente à perda dos seus direitos de filho mais velho.

Bereshít 26
YÁOHUtz-kaq e Abimeleque

1Houve uma grande fome naquela terra, aliás tal como já tinha acontecido nos tempos de Ab’ruham. Por isso YÁOHUtz-kaq resolveu mudar-se para a cidade de Gerar, onde reinava Abimeleque, rei dos Palestinos.
2-5E YÁOHUH ULHÍM apareceu-lhe e disse-lhe: "Não desças ao Terra de MITZRAIM. Faz o que eu te disser e fica nesta terra. Assim serei contigo e abençoar-te-ei. Hei-de dar-te toda esta terra a ti e aos teus descendentes tal como prometi a Ab’ruham teu pai. Farei com que os teus descendentes sejam tão numerosos como as 'cocavím' (est-elas). E não só hão-de vir a possuir todas essas terras, como também se tornarão um meio de bênção para todos os outros povos da terra. Faço isto porque Ab’ruham obedeceu à minha voz, aos meus preceitos e às minhas leis." 6Assim ficou YÁOHUtzaq em Gerar. E quando os homens dali lhe
perguntavam quem era Ro-évka, respondia: "É a minha irmã!" Porque tinha receio pela sua própria vida se dissesse que era a sua mulher. Temia que o matassem por causa dela, visto que era muito atraente. 78Mas algum tempo mais tarde, Abimeleque, rei dos Palestinos, aproximando-se de uma janela do seu palácio, viu que YÁOHUtzaq brincava afectuosamente com Ro-évka. 9Então mandou chamar YÁOHUtzaq e exclamou: "Mas afinal ela é a tua mulher! Porque é que disseste que era a tua irmã?""Porque tinha medo que me matassem para ficarem com ela!" 10-11"Como é que foste capaz de nos tratar desta maneira? Podia muito bem ter acontecido que alguém tentasse violá-la, e todos nos teríamos tornado  culpados de um grave delito por tua causa." Assim Abimeleque mandou publicar um comunicado em que dizia: "Seja quem for que tocar neste homem ou na sua mulher morrerá." 12-15Nesse mesmo ano, a colheita de YÁOHUtz-kaq foi enorme -100 vezes o que tinha semeado! Isto porque YÁOHUH ULHÍM o abençoava. E tornou-se um homem de grande posição, e cada vez mais rico. Tinha grandes rebanhos de ovelhas e vastas manadas de vacas, assim como muita gente ao seu serviço, de tal forma que os Palestinos começaram a invejá-lo. E foi assim que começaram a encher de terra os seus poços, que tinham sido todos abertos pelos criados do seu pai Ab’ruham. 16Por fim o rei Abimeleque resolveu pedir-lhe que deixasse o país: "É melhor que nos deixes, porque te tornaste muito mais rico e poderoso do que nós próprios." 17-19 YÁOHUtz-kaq mudou-se para o vale de Gerar, e ficou ali a viver. E tornou a abrir os poços que tinham sido cavados pelo seu pai, e que os Palestinos tinham enchido de terra, dando-lhes os mesmos nomes que tinham antes. Além disso os seus anciãos abriram um novo poço no vale de Gerar, e encontraram uma fonte subterrânea jorrando águas vivas. 20-22Os anciãos do sítio vieram reclamá-lo: "Esta terra é nossa -o poço é nosso!" E insistiram, levantando discussão sobre o assunto. Por isso YÁOHUtz-kaq lhe chamou o Poço da Discussão. Os homens de YÁOHUtz-kaq cavaram outro poço, mas houve de novo contenda por causa da posse da água. E assim pôs a este poço o nome de Poço da Desavença. Foram-se dali e abriram ainda um terceiro poço, mas desta feita não houve luta nenhuma pela sua posse por parte dos habitantes da terra. Daí que lhe tivesse chamado o Poço da Largueza, "Porque agora enfim", justificou ele, " YÁOHUH ULHÍM nos deu espaço bastante para vivermos; e temos prosperado."
23-24Depois subiu até Beer-Shéva. E YÁOHUH ULHÍM na noite da sua chegada disse-lhe: "Eu sou YÁOHUH ULHÍM do teu pai Ab’ruham. Nada receies porque estou contigo e te abençoarei, e farei que os teus descendentes venham a formar uma enorme nação, em consequência do que prometi a Ab’ruham, que me serviu e obedeceu." 25Então levantou ali um altar a YÁOHUH ULHÍM, e adorou-o. E estabeleceu-se ali, tendo os seus homens aberto outro poço. 26Aconteceu um dia que YÁOHUtz-kaq teve a visita do rei Abimeleque,vindo de Gerar, e acompanhado do seu conselheiro e amigo Auzate e do comandante do seu exército,
Ficol. 27"Que pretendem de mim?", perguntou-lhes YÁOHUtz-kaq, "porque é bem evidente que não é com intuitos amigáveis que me vêm visitar, visto que as vossas atitudes têm sido muito pouco cordiais!" 2829" Pois bem", disseram, "temos visto que na verdade YÁOHUH ULHÍM tem sido contigo e te tem abençoado. Por isso decidimos vir pedir-te que façamos um tratado. Tu prometes-nos que não nos farás mal, tal como nós nunca te prejudicámos, por nossa parte só te temos feito é bem, e te deixámos partir em paz quando estiveste connosco. Desejamos-te a bênção de YÁOHU UL." 30-31 YÁOHUtz-kaq fez-lhes uma grande  celebração; comeram e beberam. No dia seguinte, de manhã cedo, logo que se levantaram, juraram solenemente um ao outro um pacto de não agressão. E despediram-se em paz. 32-33Nesse mesmo dia os homens de YÁOHUtz-kaq vieram dizer-lhe que tinham achado água no poço que tinham estado a cavar. Por essa razão pôs-lhe o nome de Poço do Juramento. E a povoação que se formou ali ficou sendo chamada Beer-Shéva, até hoje. 34-35Esaú, aos 40 anos, casou com uma rapariga chamada Judite, filha de Beeri, heteu. Casou ainda com Basemate, filha de Elon, heteu também. Mas estas duas mulheres foram para YÁOHUtz-kaq e Ro-évka uma ocasião de amargura.

Bereshít 27
Yáohucov recebe a bênção de YÁOHUtz-kaq

1Um dia quando YÁOHUtz-kaq já estava bastante idoso e meio cego, chamou pelo filho mais velho. "Que é, meu pai?"
2-4"Escuta. Eu já estou muito velho; e conto com a morte quase em cada dia. Por isso pega na tua arma de caça, vai ver se me apanhas algum animal e prepara-mo daquela maneira que tu sabes – como eu gosto, saborosa -depois traz-mo cá para que coma, e para que te dê a bênção que te pertence como filho mais velho; após isso estarei mais à vontade para morrer quando for o momento disso." 5-7Ora Roévka ouviu essa conversa. Por isso quando Esaú saiu para caçar, chamou Yáohucov e contou-lhe o que o pai tinha pedido a Esaú. E acrescentou: 8-10"Agora vais fazer exactamente o que eu te disser: Vais ao rebanho, trazes-me de lá dois bons cabritos ainda pequenos, e eu própria os prepararei da forma que o teu pai gosta. Depois leva-lhos para que os coma, e por fim te abençoará em lugar de Esaú!" 11-12"Mas, mãe!", retorquiu Yáohucov, "bem sabes que Esaú é muito cabeludo, e que eu tenho pele lisa; o pai vai querer tocar-me, para se certificar! E vai ver que eu quis enganá-lo, o que trará sobre mim antes maldição e não bênção!" 13"Se te amaldiçoar, que isso caia sobre mim, meu filho. Faz o que eu te digo. Vá, vai já buscar os dois cabritinhos como te pedi." 14-18 Yáohucov assim fez. Foi buscar os animais que a mãe preparou conforme o pai gostava. Ro-évka em seguida trouxe os melhores fatos de Esaú, os fatos de dias de celebração que estavam ali na casa, e mandou que Yáohucov os vestisse. Depois com as próprias peles dos cabritos fez duas luvas para as mãos do filho, assim como uma faixa que lhe pôs à volta do pescoço; por fim deu-lhe o guisado, que estava muito saboroso e que cheirava muito bem, juntamente com pãezinhos frescos feitos para aquela altura. Yáohucov levou o tabuleiro com a comida ao quarto onde o pai estava deitado: " YÁOHU ABí?""Sim, meu filho. Mas quem és, Esaú ou Yáohucov?" 19"Sou Esaú, o mais velho. Fiz o que me pediste. Aqui está a caça preparada como tu gostas. Levanta-te, come e abençoa-me segundo tudo o que sentes no coração." 20"Como foi que conseguiste apanhar caça assim tão depressa, meu filho?""Foi YÁOHUH ULHÍM que a pôs no meu caminho!" 21"Chega-te aqui. Quero sentir-te, para ver se és realmente Esaú." 22 Yáohucov aproximou-se do pai, que lhe tocou no corpo. "A voz é a de Yáohucov; mas as mãos são realmente as de Esaú!" 23E não conseguiu reconhecê-lo porque o disfarce que Yáohucov trazia o enganou. 24"És mesmo Esaú?""Sou, sim ABI!" 25"Bem, então chega-me aí a comida; depois de comer abençoar-te-ei conforme tudo o que sinto no coração." Yáohucov chegou-lhe a travessa; ele comeu, acompanhado com o vinho que o filho também lhe trouxera. 26"Vem cá e dá-me um beijo, meu filho!" Yáohucov chegou-se e deu-lhe um beijo no rosto. YÁOHUtz-kaq cheirou os fatos que ele tinha vestido; finalmente pareceu convencido e abençoou-o. 27-29"Este cheiro do meu fiho é o bom cheiro da terra e dos campos que YÁOHUH ULHÍM abençoou! Que YÁOHUH ULHÍM te dê sempre abundância de chuvas para as tuas searas, colheitas ricas e vinho novo. Que muitos povos te venham a servir e te honrem. Que sejas chefe dos teus irmãos e que te respeitem. Malditos sejam os que te amaldiçoarem e benditos sejam os que te abençoarem."
 30-31 YÁOHUtzaq tinha acabado de abençoar Yáohucov, e este apenas tinha saído do quarto onde se encontrava o pai quando Esaú chegou da caça. Foi também preparar o prato favorito do seu pai e trouxe-lho: "Pronto, aqui estou eu, meu pai, com a caça que me pediste. Senta-te e come, para que me possas dar então a tua melhor benção!" 32"Mas, quem és tu?""Sou eu, Esaú, teu filho mais velho!" 33 YÁOHUtz-kaq começou a tremer todo. "Então quem foi que esteve aqui agora mesmo, e que me deu a comer da caça que eu pedira, e a quem eu já abençoei, sem poder voltar atrás?!" 34Esaú, ao ouvir aquilo, começou a clamar de desespero profundamente amargurado. "Ó meu pai, abençoa-me, abençoa-me também!" 35"Foi o teu irmão quem esteve aqui e me enganou, e conseguiu tomar de mim a tua bênção!" 36E Esaú comentou decepcionado: "Não é de admirar que se chame Suplantador! Primeiro ficou-me com o meu direito de filho mais velho, e agora arrebata-me a bênção. YÁOHU ABí, então não tens ainda alguma bênção para me dar?" 37"Eu pu-lo por teu chefe; os seus parentes e tu próprio o servirão; garanti-lhe abundância de trigo e de vinho. O que é que há-de ter ficado para ti?" 38"Mas, nem uma só pequena bênção ficou para mim? YÁOHU ABí, abençoa-me também!" E Esaú chorou de desespero. 39-40"Não terás uma vida fácil, nem confortável - a terra não te dará o melhor que tem, nem o céu as suas chuvas. Mas pela espada conseguirás abrir-te um caminho na vida. Por um tempo servirás o teu irmão, mas por fim sacudirás o seu domínio e ficarás livre."

Yáohucov foge para Laban

41-42Por isso Esaú ficou a odiar Yáohucov, por causa disto que lhe fez. E disse para consigo: "Meu pai partirá em breve desta vida. Então hei-de matar Yáohucov." Mas alguém foi pôr Ro-évka ao corrente disso. Esta mandou logo chamar Yáohucov para o avisar que a sua vida estava em perigo devido à ameaça do irmão. 43-45"O que há a fazer", disse ela, "é isto: foge já para casa de teu tio Laván, em Harán. Fica lá uns tempos até que passe esta fúria ao teu irmão, e que esqueça o que lhe fizeste. Nessa altura mandarei chamar-te. Porque é que vos havia de perder aos dois no mesmo dia?" 46Ro-évka disse depois a YÁOHUtzaq: "Estou cansada e aborrecida por causa das moças deste sítio. Preferia morrer do que ver Yáohucov casado com uma delas!"

Bereshít 28

1-2Assim YÁOHUtz-kaq chamou Yáohucov, abençoou-o e disse-lhe: "Não cases com uma destas raparigas cananitas. Vai antes para Padan-Aram, para a casa do teu avô Betu-Úl, e casa com uma das tuas primas, as filhas do teu tio Laván. 3-4Que YÁOHUH ULHÍM, ilimitadamente poderoso, te abençoe e te conceda muitos filhos; e que possas tornar-te uma grande nação, com milhões de descendentes! Que YÁOHUH ULHÍM te dê, a ti e aos teus descendentes, as ricas bênçãos que prometeu a Ab’ruham. Que venhas a possuir esta terra em que agora somos estrangeiros, pois que também já a tinha prometido a Ab’ruham." 5Desta forma foi Yáohucov mandado pelo pai a Padan-Aram, à casa do seu tio Laván, irmão da sua mãe e filho de Betu-Úl, o arameu. 6-9Esaú deu-se conta de que seu pai não tinha em boa conta as raparigas da região, e de que por isso tinham, o pai e a mãe, mandade Yáohucov a Padan-Aram, com a bênção do pai, procurar lá uma moça para casar, com o aviso severo de que nunca procurasse, em nenhum caso, uma cananita. E constatou assim que Yáohucov tinha estado de acordo e tinha partido para Padan- Aram. Então Esaú foi-se à terra do seu tio Ishmaúl, e casou lá com mais duas mulheres, além das que já tinha. Uma dessas novas mulheres foi Maalate, irmã de Nabaiote, filha mesmo de Ishmaúl, o filho de Ab’ruham.

O sonho da escada  em Bohay-Úl

10-11 Yáohucov partira pois de Beer-Shéva a caminho de Harán. Ao anoitecer, procurou um sítio onde passar a noite; procurou uma pedra que lhe servisse de cabeceira para descançar a cabeça, e adormeceu. 12-14A dormir, sonhou com uma escada que ia da terra até ao céu, e os anjos de YÁOHUH ULHÍM subiam e desciam por ela. No cimo das escadas estava YÁOHUH ULHÍM, que lhe disse: "Eu sou YÁOHUH ULHÍM, o Criador Eterno de Ab’ruham e do teu pai YÁOHUtz-kaq. Essa terra em que estás deitado é tua. Dar-ta-ei a ti e aos teus descendentes. Porque terás tantos descendentes como o pó d  terra; hão-de cobrir a terra do Oriente ao Ocidente, e do Norte ao Sul. E todas as nações da terra serão abençoadas por intermédio de ti e deles. 15E mais ainda, eu estou contigo e te protegerei onde quer que fores; hei-de tornar a trazer-te com segurança a esta terra. Serei contigo a todo o momento, a fim de te dar tudo quanto te estou a prometer."16-17 Yáohucov acordou: " YÁOHUH ULHÍM vive aqui, e eu não sabia!", exclamou. E teve medo. "Quelugar tremendo! Isto é mesmo a própria entrada no céu!" 18-22Na manhã seguinte levantou-se cedo, pegou na pedra sobre a qual tinha dormido, ergueu-a e colocou-a em forma de pilar, em sinal comemorativo,derramando azeite sobre ela. E chamou àquele sítio Bohay-Úl, ainda que o nome da localidade próxima dali fosse Luz. E formulou assim este voto: "Se YÁOHUH ULHÍM me ajudar e me proteger nesta viagem, se me der comida e roupa, e me trouxer em segurança de novo para os meus pais, então YÁOHUH ULHÍM será o meu YÁOHUH ULHÍM. E este pilar tornar-se-á um local de adoração, compromentendo-me a dar-lhe a décima parte de tudo quanto ele me der."

Bereshít 29
Yáohucov chega a Padan-Aram

1-2 Yáohucov continuou a viagem e chegou finalmente ao seu destino, na terra oriental. Ainda longe viu três rebanhos descançando junto dum poço no meio do campo, esperando a altura de irem beber. E uma pesada pedra cobria a boca do poço. 3(O hábito era que a pedra só fosse removida quando os rebanhos todos estivessem ali. Depois de se tirar água para todos os animais, então tornava-se a pôr a pedra no seu lugar.) 4 Yáohucov foi ter com os anciãos e perguntou-lhes onde viviam: "Em Harán", disseram. 5"Portanto conhecem um homem chamado Laván, filho de Naor?""Com certeza!" 6"Quem é ele? É uma pessoa que vive bem?""Sim, é um homem rico. Olha, vem ali a filha Roqaúl com um rebanho." 7"Mas porque é que não tiram água para os animais, para que possam voltar às pastagens?", perguntou Yáohucov. "Vão ficar com fome se param assim tão cedo antes de lhes dar de comer!" 8"É que nós só afastamos a pedra e tiramos água depois dos rebanhos estarem todos juntos". 9-11E enquanto falavam, chegou-se Roqaúl com o rebanho do pai, porque também era apacentadora. E como era a sua prima, e o rebanho era o do seu tio, Yáohucov foi ao poço, afastou a pedra e tirou água para o rebanho. Depois beijou Roqaúl, e não se
conteve, começando a chorar. 12-13Explicou então que era primo dela, filho da sua tia Ro-évka. A moça foi logo a correr contar tudo ao pai, e Laván, assim que viu que era Yáohucov que chegava, precipitou-se ao seu encontro, recebendo-o com muita afeição, trazendo-o para casa, ouvindo do sobrinho tudo o que este lhe contou da sua vida. 14-15"Tu és realmente da mesma carne, do mesmo sangue que eu!", exclamou Laván comovido. Depois de Yáohucov ter estado ali com eles um mês inteiro, Laván disse-lhe: "Não é por sermos parentes que vais ficar aqui a trabalhar sem salário. Diz-me quanto queres ganhar."

Yáohucov casa com Leáh e Roqaúl

16-18Laván tinha duas filhas, Leáh a mais velha, e a segunda, Roqaúl. Leáh tinha uns olhos muito bonitos, mas Roqaúl era formosa e tinha encanto. Ora como Yáohucov amava Roqaúl, disse: "Trabalho para ti durante sete anos, e depois deixas-me casar com Roqaúl". 19"De acordo! Prefiro dar-ta a ti do que a um outro qualquer fora da família!" 20-21Dessa forma trabalhou Yáohucov sete anos por Roqaúl; e pareceu-lhe pouco tempo, pelo muito que a amava. Chegou por fim a altura de casar com ela. "Cumpri o contrato. Agora dá-me Roqaúl, para que seja minha mulher", disse a Laván. 22-23Laván juntou os homens todos do sítio para fazer uma celebração celebrando o acontecimento. E quando a noite já ia avançada, Laván, aproveitando-se do escuro, trouxe Leáh aos aposentos de Yáohucov, o qual veio a tomá-la por mulher. 24(Laván deu a Leáh, para ser a sua criada, uma empregada da casa, Zilpa.) 25Aconteceu portanto que na manhã seguinte Yáohucov veio ter todo indignado com Laván: "Mas que foi isto? Porque é que me enganaste? Não trabalhei eu sete anos para ter Roqaúl?" 26-27"Mas é que não é costume fazer assim nesta terra", respondeu o sogro. "Nunca se dá a filha mais nova em casamento antes da outra! Deixa passar a semana habitual de núpcias, e terás então Roqaúl também, mas se prometeres trabalhar para mim mais sete anos!" 28E Yáohucov concordou em trabalhar outros sete anos, ficando com Roqaúl igualmente. 29-30A criada que o pai deu a Roqaúl, por sua vez, foi Bila. Roqaúl tornou-se mulher de Yáohucov, o qual a amou mais do que a Leáh, não se importando de ficar assim a trabalhar por ela mais sete anos ainda.

Os filhos de Yáohucov

31-32 YÁOHUH ULHÍM, vendo que Yáohucov dava pouca atenção a Leáh, deu a esta um filho, enquanto que Roqaúl se manteve estéril. Leáh ficou grávida e teve um filho a quem chamou Ro-ibén,('aqui meu filho'.) porque disse: " YÁOHUH ULHÍM reparou na minha humilhação. Agora o meu marido passará a amar-me." 33Depois ficou outra vez grávida e teve outro filho a quem chamou Shamiúl('O Eterno me ouviu'.). E exclamou: " YÁOHUH ULHÍM viu que eu não era amada e deu-me outro filho!" 34-35E tornou a conceber e a ter mais um filho, pondo-lhe o nome de Leví (“unido a mim”). "Com certeza que desta vez o meu marido sentirá afeição por mim, pois que já é o terceiro filho que lhe dou!", disse ela. E ainda mais uma vez ficou grávida e deu à luz outro menino chamado YAOHÚ-dah.(louvo a Yaohuh”)"Agora", exclamou ela, "só posso fazer uma coisa, é louvar YÁOHUH " E cessou de ter filhos.

Bereshít 30

1Roqaúl, vendo que era estéril, teve inveja da irmã. "Dá-me filhos, se não morro", exclamou ela para Yáohucov. 2Mas este teve de lhe responder, contrariado: "Eu não estou no lugar de YÁOHUH ULHÍM. Só ele sabe porque te impediu de ter filhos!" 3Então Roqaúl disse-lhe: "Toma a minha criada Bila. Os filhos que ela tiver serão meus." 4-8Deu-lhe pois Bila por mulher, a qual ficou grávida e lhe deu um filho. Roqaúl chamou-lhe Dayán(justiça”), "Porque", disse ela, " YÁOHUH ULHÍM fez-me justiça, ouvindo o meu pedido e dando-me um filho." Bila, criada de Roqaúl, tornou a conceber e a dar a Yáohucov outro filho. Roqaúl deu-lhe o nome de Neftali(“minha luta)"Tenho lutado com a minha irmã e ganhei!" 9-13Entretanto, quando Leáh se deu conta de que não ficava mais à espera de bebé, resolveu dar também a sua criada Zilpa, a Yáohucov. E esta deu-lhe um filho. Leáh disse afortunada! chamou-lhe Gaod('fortuna'). Zilpa tornou a dar-lhe outro filho, e Leáh pôs-lhe o nome de Oshór('feliz '): "As outras mulheres vão considerar-me feliz, com certeza!" 14-15Um dia, durante a colheita de trigo, Ro-ibén achou no campo umas mandrágoras e trouxe-as à sua mãe, Leáh. Roqaúl pediu-lhe que lhe desse algumas. Mas Leáh respondeu aborrecida: "Achas pouco o teres-me tomado o meu marido e ainda me pedes as mandrágoras do meu filho?"Roqaúl propôs-lhe então: "Ele poderá ficar contigo esta noite se me deres as mandrágoras". 16-18Ao fim do dia, quando Yáohucov regressava do campo, Leáh foi-lhe ao encontro: "Esta noite ficas comigo. Tenho esse direito em troco de uma quantas mandrágoras que o meu filho encontrou!" E assim foi. YÁOHUH ULHÍM respondeu às orações de Leáh, que ficou grávida de novo e deu à luz um quinto filho, a quem chamou Ishokhar('recompensa'): " YÁOHUH ULHÍM quis recompensar-me o sacrifício que fiz, dando ao meu marido a minha criada!" 19-20E depois ficou ainda outra vez à espera de um filho, que foi assim o seu sexto. Chamou-lhe Zabulón('exaltar'')pois exclamara, ao ter este menino: " YÁOHUH ULHÍM fez-me um belo presente! Desta vez o meu marido ter-me-á em grande consideração, porque já lhe dei seis filhos!" 21Passado um tempo teve uma filha a quem deu o nome de Dina. 22-24Nessa altura YÁOHUH ULHÍM quis responder a Roqaúl e permitiu que ela ficasse grávida. Teve pois um filho: " YÁOHUH ULHÍM tirou a vergonha que pesava sobre a minha vida!", disse ela. E chamou-lhe YÁOHU-saf('Yaohuh acrescentou'), porque fez esta oração: "Que YÁOHUH ULHÍM me acrescente outro filho!"

Os rebanhos de Yáohucov aumentam

25-26Logo após o nascimento de YÁOHU-saf, Yáohucov disse a Laván: "Vou regressar a casa. Deixa-me então levar as minhas mulheres e os meus filhos, pelos quais trabalhei para ti, para que partamos todos. Sabes bem que te paguei largamente com serviço que te prestei." 27-28"Não! Peço-te muito que não me deixes", respondeu Laván. "Eu tenho verificado que YÁOHUH ULHÍM, se me tem abençoado assim tanto, foi por amor a ti e por teres estado aqui comigo. Diz-me quanto é que queres que te pague mais e dar-te-ei o que pretenderes." 29E Yáohucov retorquiu: "Pudeste ver perfeitamente como te servi fielmente durante
todos estes anos, e como o teu gado cresceu pelos meus cuidados. 30Porque o que tinhas antes era relativamente pouco em comparação com os vastos rebanhos que agora tens. YÁOHUH ULHÍM tem-te enriquecido muito através do meu trabalho. Mas quanto a mim, quando é que começo a trabalhar para a minha própria família?" 31-33"Bom, pois diz então quanto queres."E Yáohucov: "Não te peço nenhuma quantia exacta como salário. Voltarei a trabalhar para ti se estiveres de acordo com o que vou propor-te. Passarei por entre os teus rebanhos hoje e porei de parte todas as cabras malhadas, com manchas, e todos os cordeiros de pelo escuro. Serão esses o meu salário. E assim verás por ti próprio que se houver algum animal no meu rebanho que não tenha essas marcas, é porque não me pertence." 34"Está bem. Seja assim como disseste." 35-36Nesse mesmo dia Laván foi logo separar todas as cabras e bodes que tinham manchas ou listas, e todos os cordeiros de pêlo escuro para Yáohucov. E deu-os aos filhos dele, os seus netos. E deixou três dias de caminho como intervalo entre si e os rebanhos de Yáohucov. Este continou a cuidar do gado de Laván. 37-40Mas Yáohucov pegou em ramos verdes de choupos, de amendoeiras e de castanheiros, descascou-os de forma a deixá-los às riscas brancas. Pôs esses ramos assim descascados nos sítios onde o rebanho ia beber, de maneira que os animais os vissem bem, porque era em geral nessa altura que concebiam; o que realmente aconteceu: as suas crias saiam malhadas e às riscas. E Yáohucov pô-las no seu rebanho. Depois separou no rebanho de Laván as ovelhas dos cordeiros, e só as deixou conceberem com os seus corderos de pêlo escuro. Assim foi, fazendo aumentar o seu rebanho a partir do de seu sogro. 41-42Além disso, quando eram os animais mais fortes que concebiam, tinha o cuidado de lhes pôr na frente os ramos descascados às riscas. Mas se eram ovelhas fracas, deixava-as à vontade. Dessa forma as fracas eram de Laván e as fortes ficavam para si. 43Como resultado os rebanhos de Yáohucov cresceram rapidamente e ele tornou-se rico, possuidor, além disso, de camelos, jumentos, e muita criadagem.

Bereshít 31
Yáohucov foge de Laván

1-2Mas Yáohucov começou a ouvir o que os filhos de Laván diziam: que tudo o que tinha o tirara ao pai, e que à custa deste é que enriquecera. E Yáohucov via bem o esfriamento da atitude de Laván em relação a si próprio. 3Então YÁOHUH ULHÍM falou a Yáohucov: "Volta para a terra dos teus pais e da tua família. Eu hei-de estar sempre contigo." 4Por isso um dia Yáohucov mandou chamar Roqaúl e Leáh ao campo, lá onde estava a guardar os rebanhos, para lhes falar destas coisas: 5"O vosso pai mudou muito para comigo. Mas YÁOHUH ULHÍM do meu pai falou-me. 6-10Vocês sabem como tenho trabalhado duramente para o vosso pai. Contudo ele enganou-me, alterou várias vezes o contrato de salário que fiz com ele. YÁOHUH ULHÍM, no entanto, não permitiu que eu fosse prejudicado, porque quando dizia que todos os animais malhados seriam meus, então todo o rebanho dava malhados. Mas depois, quando alterava e dizia que seriam antes os de listas os meus, o rebanho dava só listados! Foi dessa forma que YÁOHUH ULHÍM me fez enriquecer à custa do rebanho do vosso pai. Então na altura do rebanho conceber, tive um sonho em que  os bodes que fecundavam as ovelhas eram listados, sarapintados ou às manchas. 11-13E a certa altura
desse sonho o anjo de YÁOHUH ULHÍM chamou-me e disse-me que devia juntar as cabras brancas aos bodes listados, sarapintados e manchados; e acrescentou: 'Tenho visto o que Laván te fez. Eu sou YÁOHUH ULHÍM que te encontrou em Bohay-Úl, naquele lugar em que me consagraste uma pedra levantada como monumento e em que fizeste voto de me servir. Portanto deixa agora esta terra e volta para onde está a tua família'." 14-16Roqaúl e Leáh responderam-lhe: "Estamos inteiramente de acordo. Aliás não há aqui nada para nós. Nenhuma parte dos bens do nosso pai nos caberia em herança, fosse de que maneira fosse. Pelo contrário, reduziu os nossos direitos aos de meras mulheres estranhas à casa. Vendeu-nos, e até o dote a  que tínhamos direito ficou com ele! Portanto toda a fortuna que YÁOHUH ULHÍM tirou ao nosso pai agora é nossa e dos nossos filhos; por isso vai, faz tudo o que YÁOHUH ULHÍM te disse." 17-20Assim, um certo dia, enquanto Laván tinha ido tosquiar o rebanho, Yáohucov pôs as mulheres e os filhos em camelos e fugiu sem dizer nada ao sogro. Levou consigo os rebanhos todos que tinha obtido em Padan-Aram, assim como tudo o resto que adquirira ali, e partiu para regressar junto do seu pai YÁOHUtz-kaq, na terra de Canaã. 21Fugiu portanto com tudo o que possuia, e Roqaúl chegou mesmo a roubar da casa do pai os falsos criadores o estatuas, os ídolos, para os levar consigo. Atravessou o rio Eufrates, tomando a seguir a direção do território de Gaúliod.

Laván persegue Yáohucov

22-24Laván só soube dessa fuga três dias depois. Tomou consigo vários homens da sua casa e foi-se em perseguição deles, só os apanhando sete dias mais tarde, no monte Gaúliod. Nessa noite YÁOHUH ULHÍM apareceu-lhe num sonho: "Vê bem o que vais dizer a Yáohucov! Não o amaldiçoes, nem tão pouco cuides em abençoá-lo." 25Laván conseguiu finalmente apanhá-los quando acampavam no topo da montanha. Ele e os seus homens fizeram o mesmo, nas proximidades. 26-29"Que significa isto, que te esquivaste assim de mim?", perguntou-lhe Laván. "Levas-me as minhas filhas como se tivessem sido feitas prisioneiras numa batalha! Porque é que nem sequer me deste a possibilidade de fazer uma celebração de despedida em que houvesse alegria, se cantasse e se tocasse? Nem sequer me deixaste beijar os meus netos e netas. Foi muito estranho e muito insensato o que fizeste. Tinha agora possibilidade de te fazer mal, de me vingar, mas YÁOHUH ULHÍM do teu pai falou-me ontem à noite, dizendo-me que visse bem que não te amaldiçoasse nem sequer te abençoasse. 30Mas queria contudo perguntar-te uma coisa: Embora quisesses muito ir-te embora porque tinha saudades dos teus e da tua casa, por que razão havias tu de me roubar os meus ídolos?" 31-32 Yáohucov então retorquiu-lhe: "Se me esquivei foi porque tinha medo, e pensei para comigo que talvez quisesses tirar-me pela força as tuas filhas. Mas olha que quanto aos falsos criadores o estatuas da tua casa, pois que morra aquele que os tiver tirado! Seja o que for que achares aqui no meio de nós, e que seja teu, podes levá-lo sem mais problemas." Yáohucov não sabia que Roqaúl os tinha furtado. 33-34Laván foi então primeiramente à tenda de Yáohucov e procurou lá. Depois foi à de Leáh e à de ambas as criadas e não achou nada. Por fim entrou na de Roqaúl. Mas Roqaúl tinha-os escondido sob a albarda dum camelo e por isso foi-se sentar nele. Laván procurou por toda a parte na tenda e também não viu nada. 35" YÁOHU ABí, desculpa-me se eu não me levanto", disse, "mas é que estou à espera dum bebé!" 36-37Então Yáohucov ficou mesmo irritado contra Laván e perguntou-lhe: "Bom, e então? O que é que encontraste? Qual foi afinal o meu crime? Vieste em minha perseguição como se fosse um criminoso, fizeste-me uma busca completa. Agora, põe aqui diante de nós tudo o que eu tenho roubado, para que a tua gente e nós próprios o vejamos e se possa decidir quem é o culpado. 38-39Afinal, sabes bem, estive vinte anos contigo, cuidando dos teus animais que sempre deram crias saudáveis, e nunca comi sequer um carneiro do teu rebanho. Se acontecia que algum animal do rebanho era atacado por uma fera não to vinha trazer pedindo-te simplesmente para tomares nota de que havia um a menos. Antes pelo contrário, pagava- to. Aliás, qualquer animal que tivesse sido roubado, fosse quando fosse, de dia ou de noite, querias que eu to pagasse, tivesse eu ou não a responsabilidade do rebanho na altura do roubo! 40-41Trabalhei para ti tanto sob o calor ardente do dia, como durante o frio das noites geladas que até nem podia dormir. Sim, foram vinte anos: quatorze para ganhar as tuas duas filhas e mais seis para conseguir os rebanhos que tenho; e dez vezes me reduziste o salário! Se não fosse a misericórdia de YÁOHUH ULHÍM, o Criador Eterno de Ab’ruham meu avô, o grande YÁOHUH ULHÍM de YÁOHUtz-kaq meu pai, ter-me-ias mandado embora sem um centavo. 42Mas YÁOHUH ULHÍM deu atenção à situação em que me encontrava, tomou em consideração o meu duro trabalho e viu a tua crueldade, por isso te apareceu ontem à noite!" 43-44Laván respondeu-lhe por sua vez: "Estas mulheres são minhas filhas, estes moços são também filhos meus; e até esses rebanhos e tudo o que tens é, afinal, meu. Por isso como poderia eu prejudicar as minhas próprias filhas e os meus netos? Vamos fazer um tratado de paz, tu e eu, e dele ficarão dependentes as nossas relações." 45-47 Yáohucov pegou numa pedra e ergueu-a em sinal de monumento come-morando esse pacto. Depois disse aos seus homens que juntassem várias pedras de forma a formarem uma mesa grande sobre a qual todos comessem. E assim aconteceu. Chamaram-lhe a Pilha do Testemunho, ou seja, na linguagem de Laván Yeger-Saaduta, e na de Yáohucov Galeede. 48-50E Laván disse: "Que esta pilha de pedras sirva como testemunho da aliança que fizemos nós dois." Mas também ficou conhecida pela Coluna da Vigilância, ou Mizpá, porque Laván também declarou: "Que seja YÁOHUH ULHÍM mesmo a vigiar se cumprimos este tratado, quando estivermos longe um do outro. Que seja ele próprio a verificar se vieres a tratar mal as minhas filhas, ou a tomar outras mulheres além delas. Eu poderei não saber nada, mas YÁOHUH ULHÍM há-de vê-lo. 51-54Esta pilha de pedras", continuou Laván, "e esta outra levantada em padrão lembrará a toda a gente a promessa que fizemos de que nem eu passarei esta linha para ir atacar- te, nem tu a atravessarás para me combater. Que seja o próprio YÁOHUH ULHÍM de Ab’ruham, e de Naor e do seu pai, a julgar qualquer tentativa de quebra deste pacto por parte de um de nós os dois." Yáohucov jurou, perante o poderos YÁOHUH ULHÍM do seu pai YÁOHUtz-kaq, que havia de respeitar esse tratado. E apresentou a YÁOHUH ULHÍM um sacrifício ali mesmo no cimo daquela montanha, convidando os seus companheiros para uma celebração; assim comeram e passaram juntos a noite naquele monte. 55Na manhã seguinte, ainda de madrugada, Laván beijou as filhas e os netos, abençoou-os e partiu, regressando a casa.

Bereshít 32
Yáohucov prepara-se para se encontrar com Esaú

1-2Por sua vez Yáohucov, com todos os seus, também partiu para continuar a viagem. Os anjos de YÁOHUH ULHÍM vieram-lhe ao encontro. Quando os viu, Yáohucov exclamou: "Isto aqui é mesmo uma terra de YÁOHUH ULHÍM!" Por isso chamou àquele sítio Maanaim. 3-5 Yáohucov decidiu enviar mensageiros à frente ter com Esaú, o seu irmão, a Edom, na terra de Seir, com esta mensagem: "Saudações de Yáohucov. Tenho estado a viver com o nosso tio Laván até há pouco tempo, e agora tenho muitos animais -bois, jumentos, ovelhas - e muita criadagem, tanto homens como mulheres. Envio-te estes mensageiros para te informar da minha vinda, esperando poder contar com a tua amizade." 6Os mensageiros voltaram com a notícia de que Esaú estava a caminho para se encontrar com Yáohucov, acompanhado dum exército de quatrocentos homens! 7-8 Yáohucov ficou cheio de medo e angustiado. Assim, repartiu a gente toda que vinha consigo, tal como os rebanhos e os animais, em dois grupos; porque pensou que se Esaú atacasse um dos grupos talvez o outro conseguisse escapar. 9-10E orou desta maneira: "Ó YÁOHUH ULHÍM do meu avô Ab’ruham e o Criador Eterno do meu pai YÁOHUtz-kaq, ó YÁOHUH ULHÍM que me disseste tu mesmo para voltar à terra dos meus parentes e me garantiste que me farias bem, realmente eu não sou digno nem da mais pequena das bênçãos que me tens dado repetidamente, conforme aliás as tuas promessas. Porque quando deixei a minha casa e atravessei este rio Yardayán, nada tinha de meu, excepto um simples cajado! E agora tenho aqui à minha responsabilidade estes dois grandes grupos. 11-12Peço-te portanto, YÁOHUH ULHÍM, que me protejas agora das mãos destruidoras do meu irmão Esaú, pois estou com muito medo de que nos venha matar, a mim e a estas mães mais os seus filhos. Tu prometeste-me fazer-me bem e multiplicar os meus descendentes de forma a tornarem-se tão numerosos como os grãos de areia das praias, que são incontáveis!" 13-15 Yáohucov passou ali aquela noite e preparou um presente para o seu irmão Esaú, que consistia no seguinte: 200 cabras, 20 bodes, 200 ovelhas, 20 carneiros, 30 camelos de leite, com as suas crias, 40 vacas, 10 bois, 20 jumentas, 10 jumentinhos. 16E deu instruções aos criados para passarem adiante, mantendo separado cada grupo de animais, com uma certa distância entre cada um. 17-18Ao que conduzia o primeiro grupo mandou que, quando encontrasse Esaú e este lhe perguntasse: "De quem são estes animais? Para onde vais tu? Para quem estás a trabalhar?", devia responder: "Estes animais são de Yáohucov, que está às tuas ordens. São um presente que te envia a ti, Esaú, com todo o respeito e submissão. Ele próprio vem aí atrás de nós." 19-21Estas mesmas instruções deu Yáohucov a cada um dos responsáveis pelos vários grupos de animais. A estratégia de Yáohucov era de apaziguar o irmão com presentes vários, antes de se encontrar com ele cara a cara. "Talvez", esperava ele, "fique assim nosso amigo." Dessa forma os presentes foram passando à sua frente. Contudo resolveu ficar ainda aquela noite no acampamento.

Yáohucov luta com YÁOHUH ULHÍM

22-23Durante a noite levantou-se, pegou nas suas duas mulheres com as respectivas criadas, e nos onze filhos, e fê-los atravessar o rio Yardayán com todos os seus bens, num sítio por onde se podia passar a pé chamado Yaboque. 24-26Depois ficou sozinho no acampamento. E um Homem lutou com ele até pelo amanhecer. Quando esse homem viu que não ganharia o combate, tocou na anca de Yáohucov, deslocando-lhe a juntura da coxa, e disse-lhe: "Deixa-me ir embora, porque já está a amanhecer."Mas Yáohucov exigiu: "Não te deixarei enquanto não me abençoares!" 27"Qual é o teu Shúam (Nome)?",
perguntou-lhe o homem." Yáohucov". 28"Não serás mais Yáohucov, mas antes Yaoshorúl. Porque, sendo que te mostraste forte enfrentande YÁOHUH ULHÍM, assim também serás capaz de prevalecer enfrentando os homens." 29"Agora diz-me tu qual é o teu Shúam (Nome)!", perguntou Yáohucov por sua vez."Não. Não tens que saber qual é o meu Shúam (Nome)." E abençoou-o ali mesmo. 30 Yáohucov chamou àquele lugar Peniel, porque disse: "Vi YÁOHUH ULHÍM cara a cara, com os meus próprios olhos, e contudo não morri!" 31Entretanto o sol já se levantava quando partiu enfim dali. E ia coxeando. (É por isso que o povo de Yaoshorúl ainda hoje não come o nervo que faz a juntura com a coxa.)

Bereshít 33
Yáohucov encontra-se com Esaú

1-2Entretanto, a certa altura, reparou e viu à distância Esaú que se aproximava acompanhado dos seus quatrocentos homens. Dispôs então a família numa coluna de forma a ficarem à cabeça as duas criadas das suas mulheres com os filhos; a seguir Leáh e os filhos e por fim Roqaúl e o filh YÁOHU-saf. 3-4Depois Yáohucov foi para a frente e quando o irmão chegou inclinou-se numa profunda vénia sete vezes. Esaú correu ao seu encontro e abraçou-o afectuosamente, beijando-o, e ambos choraram de emoção! 5Esaú observou as mulheres com os filhos e perguntou quem eram. "São os filhos que YÁOHUH ULHÍM, na sua
bondade, me deu!" 6-7Nesse momento as duas criadas aproximaram-se com os filhos e inclinaram-se numa vénia. A seguir veio Leáh também com os filhos e fez o mesmo. Por fim foi a vez de Roqaúl, com YÁOHUsaf, virem igualmente cumprimentá-lo. 8"E para que foi que enviaste à frente todos aqueles grupos de animais e de gente que encontrei?""Eram presentes meus, com o fim de ganhar a tua benevolência!" 9"Mas, irmão, eu tenho abundância disso tudo! Guarda para ti essas riquezas que te pertencem!" 10-11"Não! Peço- te que aceites tudo!", insistiu, "porque para mim foi um grande alívio ver a forma amigável como me recebeste. No fundo eu apreendia tanto este encontro contigo como se tivesse de ir à própria presença de YÁOHUH ULHÍM! Por isso te peço que aceites este presente. YÁOHUH ULHÍM tem sido muito generoso para comigo e tenho em abundância de tudo." Finalmente Esaú aceitou. 12"Bom, então ponhamo-nos a caminho", disse Esaú. "Os meus homens e eu próprio vos faremos companhia." 13-14Mas Yáohucov replicou: "Como podes ver, alguns dos meus filhos ainda são pequeninos. Aliás os rebanhos também têm as crias. Se formos um pouco mais depressa, cansar-se-ão e podem morrer. Assim é melhor que vás à frente, e nós vamos indo conforme podemos até que nos encontramos todos de novo em Seir." 15"Pois bem, vou deixar-te, em todo o caso, alguns dos meus homens contigo, para que te ajudem e te protejam.""Não", teimou Yáohucov, "tudo nos há-de correr bem. A questão é que estejamos em paz os dois." 16E partiu Esaú nessa mesma altura para Seir. 17Entretant Yáohucov, com toda a sua gente, foi para Sukkós, e aí levantou um acampamento, fazendo cabanas para o gado. (Por isso mesmo o lugar chama-se Sukkós.) 18-19Enfim chegaram em perfeita segurança a Siquem, na terra de Canaã, acampando junto à cidade. (Comprou a terra em que levantou o acampamento à família de Hamor, o pai de Siquem, pela quantia de 100 moedas de prata.) 20Depois erigiu naquele mesmo sítio um altar a que chamou o Altar de YÁOHUH ULHÍM de Yaoshorúl.

Bereshít 34
Dina e Siquem

1Um dia Dina, a filha de Leáh, quis ir ver as outras raparigas das proximidades. 2-3Mas aconteceu que Siquem, filho de Hamor o heveu e rei daquela terra, viu-a e deitou-se com ela. E tendo ficado pro fundamente apaixonado pela moça procurou falar-lhe ao coração de forma a ganhar-lhe a afeição. 4-5Falou também com o pai, pedindo-lhe que interviesse, porque queria casar com ela. Yáohucov naturalmente veio a saber o que tinha acontecido, mas não disse nada antes que os seus filhos, que estavam a guardar o rebanho por aquelas paragens, regressassem a casa. 6-7O rei Hamor, pai de Siquem, veio então falar com Yáohucov, tendo chegado no momento em que também por sua vez os rapazes regressavam a casa. Estes ficaram tremendamente aborrecidos e tristes com esse facto, pois que o tomaram como um insulto, como um ultraje que lhes tivesse sido feito a eles próprios. 8-10Hamor disse a Yáohucov: "O meu filho está verdadeiramente apaixonado pela tua filha, e quer a todo o custo casar com ela. Peço-te então que a deixes ser a sua mulher. Além disso convidamo-vos, e à tua família, a ligarem-se connosco, a vi-verem aqui no nosso meio, e a deixarem as vossas moças casarem com os nossos rapazes, e as nossas filhas casarem com os vossos moços. Poderão instalar-se onde quiserem, e negociar como quiserem." 1112Depois foi a vez de Siquem falar ao pai e aos irmãos de Dina: "Peço-vos muito a vossa simpatia, e que a deixem ser a minha mulher", suplicou. "Poderei dar-vos tudo o que quiserem. Seja o que for que me pedirem como dote meu, pagar-vos-ei, conquanto possa tê-la por mulher." 13-17Mas os irmãos dela mentiram-lhe, enganando-o; isso por causa da acção ultrajante que Siquem tinha feito à pequena. Por isso disseram: "Não podemos autorizar porque não estás circuncidado. Seria uma desgraça para ela casar com um homem nas tuas condições. A menos que faças o que te dissermos -que todo o homem dentre vocês se circuncide. Nesse caso então sim, poderá haver casamentos entre nós, poderemos viver aqui e unirmonos a vocês de forma a tornarmo-nos um só povo. De outra forma tomaremos a pequena e vamo-nos embora." 18-20Tanto Hamor como o filho, Siquem, concordaram satisfeitos; e este não perdeu tempo em satisfazer-lhe o pedido; tudo isso pelo muito que amava Dina. Ele tinha a certeza que ninguém, dos outros homens da cidade, se oporia àquela ideia, porque era muito respeitado e muito popular no meio da sua gente. Portanto Hamor e Siquem apresentaram-se perante o conselho da cidade e expressaram o assunto: 21-23"Esta gente é nossa amiga. Convidemo-los a viverem entre nós, negociemos com eles, e que se façam casamentos livremente entre eles e nós. Mas isto só poderá fazer-se sob uma condição, que todos os homens entre nós sejam circuncidados, tal como eles. Se aceitarmos esta condição, tudo o que eles têm virá, no fundo, a ser nosso, e a nossa terra tornar-se-á mais rica. Vamos, dêmos o nosso consentimento ao que pedem e poderão estabelecer-se aqui connosco." 24-29Todos estiveram de acordo, tendo todos sido circuncidados. Contudo, três dias mais tarde, quando as suas feridas ainda estavam mal curadas, muito doridas e sensíveis, dois dos irmãos de Dina, Shamiúl e Leví, pegaram nas espadas, entraram na cidade sem encontrar oposição de ninguém, e assassinaram todos os homens da terra, incluindo Hamor e Siquem. Recuperaram Dina da casa de Siquem e regressaram ao acampamento. Depois ainda vieram os outros irmãos e saquearam a cidade; tudo por causa da desonra que tinha sido feita ali contra a sua irmã. Levaram o que encontraram tanto dentro como fora da povoação: ovelhas, gado bovino, jumentos, etc. E levaram ainda mulheres e crianças, despojando-os de tudo o que tinham em casa. 30Mas Yáohucov teve de dizer a Shamiúl e a Leví: "Vocês tornaram-me repelente para com o povo desta terra, os cananeus e os perizeus. Sendo nós tão poucos, facilmente virão contra nós para nos destruir todos." 31"Então, seria justo que ele tivesse tratado a nossa irmã como uma prostituta?", retorquiram.

Bereshít 35
Yáohucov volta a Bohay-Úl

1Após isso YÁOHUH ULHÍM disse a Yáohucov para ir até Bohay-Úl e se estabelecer lá: "e levanta lá um altar", acrescentou YÁOHUH ULHÍM, "para adorar YÁOHUH ULHÍM que te apareceu quando fugias do teu irmão Esaú." 2 Yáohucov deu também instruções a toda a sua gente para destruirem os ídolos que tivessem trazido consigo, que se purificassem e pusessem roupa limpa. 3"Porque vamos para Bohay-Úl", disse, "e tenho a intenção de construir lá um altar a YÁOHUH ULHÍM, que respondeu às minhas orações naquela altura em que atravessava por uma grande angústia e tristeza, e que sempre esteve comigo por onde tenho andado". 4-7Dessa forma deram a Yáohucov todos os ídolos que traziam, como pendentes das pulseiras, brincos nas orelhas, e enterraram tudo debaixo dum carvalho perto de Siquem. Depois partiram dali. E YÁOHUH ULHÍM semeou o terror sobre as povoações de toda aquela região de tal forma que  não houve ninguém que tivesse coragem para os perseguir. Por fim chegaram a Luz, também chamada Bohay-Úl, em Canaã. E Yáohucov erigiu um altar e chamou-lhe YÁOHUH ULHÍM de Bohay-Úl, porque tinha sido ali mesmo que YÁOHUH ULHÍM lhe aparecera quando fugia de Esaú. 8Pouco depois faleceu Débora, a velha ama de Ro-évka, tendo sido enterrada sob um carvalho num vale um pouco abaixo de Bohay-Úl e a que puseram o nome de Carvalho do Choro. 9-10Depois da passagem de Yáohucov por Bohay-Úl, a caminho de Padan-Aram, YÁOHUH ULHÍM apareceu-lhe uma vez mais e abençoou-o, tendo-lhe dito: "Não te chamarás mais Yáohucov, mas Yaoshorúl. 11-12Eu sou YÁOHUH ULHÍM cujo poder é sem limites. Farei que te multipliques e que te tornes numa grande nação, mais até -em muitas nações. Muitos reis se encontrarão entre os teus descendentes. Dar-te-ei a terra que ofereci a Ab’ruham e a YÁOHUtz-kaq; não só
a ti como aos teus descendentes." 13-15Após esse apareciment Yáohucov fez uma coluna de pedra no lugar em que YÁOHUH ULHÍM lhe aparecera, derramou vinho sobre ela, como oferta a YÁOHUH ULHÍM, e ungiu-a com óleo. Chamou a esse pilar Bohay-Úl, porque YÁOHUH ULHÍM lhe tinha falado ali.

A morte de Roqaúl e YÁOHUtz-kaq

16-18Deixando Bohay-Úl, ele e os seus continuaram em direcção a Efrata (Beth-Lékhem). Mas Roqaúl começou a ter as dores de parto quando ainda estavam a uma certa distância desse local. Após um parto muito difícil, a parteira exclamou enfim: "Que bom! Outro rapaz!" Roqaúl, antes de dar o seu último suspiro porque morreu -teve ainda tempo de chamar ao menino Ben-oni('filho da minha dor)') mas o pai preferiu chamar-lhe Benyamín('filho da minha mão direita'). 19-20Foi pois desta forma que Roqaúl faleceu. E enterraram-na junto ao caminho de Efrata (também chamada Beth-Lékhem). Yáohucov levantou um memorial de pedras sobre o seu túmulo. Ainda lá está actualmente. 21Yaoshorúl prosseguiu a sua viagem e veio a acampar para lá da torre de Eder. Foi nessa altura que Ro-ibén dormiu com Bila, concubina do seu pai. Contude Yáohucov veio a sabê-lo. 22São então estes os nome dos doze filhos de Yáohucov:
23Os filhos de Leáh: Ro-ibén, o filho mais velho de Yáohucov, Shamiúl, Leví, YAOHÚ-dah, Ishochar e Zabulón.
24Os filhos de Roqaúl: YÁOHU-saf e Benyamín. 25Os filhos de Bila, a criada de Roqaúl: Dayán e Neftali. 26E os filhos de Zilpa, a criada de Leáh: Gaóld e Oshór. Estas são pois os filhos que lhe nasceram em Padan-Aram. 27 Yáohucov chegou por fim junto de seu pai YÁOHUtz-kaq, em Mamre, em Kiryat-Arba (agora chamada Hebron), onde também tinha vivido Ab’ruham. 28-29 YÁOHUtz-kaq morreu algum tempo depois com a avançada idade de 180 anos, tendo sido sepultado pelos seus dois filhos Esaú e Yáohucov.

Bereshít 36
Os descendentes de Esaú

1Esta é a lista dos descendentes de Esaú, também chamado Edom: 2Esaú casou com três raparigas da terra em que morava, Canaã: Ada (filha de Elom o heteu), Aolibama (filha de Ana e neta de Zibeão o heveu) e 3Basemate (a sua prima, porque era filha de Ishmaúl e irmã de Nabaiote). 4-5Ada deu-lhe um filho chamado Ulifaz, e Basemate um outro de nome Roe-Úl. De Aolibama teve Yeús, Yalão e Coré. Todos estes lhe nasceram em Canaã. 6-8Em dado momento pegou nas suas mulheres e nos seus filhos, mais a gente que vivia ao seu serviço, assim como o gado e rebanhos que adquirira em Canaã, e foi-se para longe do
seu irmão Yáohucov, para o monte de Seir. Porque a terra era pequena para poderem viver juntos com todo o gado que tinham. 9E estes são os seus descendentes, os edomitas, que lhe nasceram no monte de Seir: 10-12 Por parte de Ulifaz, filho da sua mulher Ada: Temã, Omar, Zefô, Gaetã, Quenaz e ainda Ameleque, este último, filho de Ulifaz e da sua concubina Timna. 13-14 E pelo lado de Roe-Úl, filho da sua mulher Basemate, são estes os netos de Esaú: Naate, Zerá, Samá e Mizá. 15-16 Os netos de Esaú tornaram-se cabeças de clãs, segundo esta lista: Clã de Temã, clã de Omar, clã de Zefô, clã de Quenaz, clã de Coré, clã de Gaetã, e clã de Ameleque. Todos estes eram filhos de Ulifaz, o filho mais velho de Esaú e de Ada. 17Estes eram filhos de Roe-Úl, o filho de Esaú e de Basemate, nascido enquanto viviam em Canaã: Clã de Naate, clã de Zerá, clã de Samá, e clã de Mizá. 18-19 Os seguintes clãs são os correspondentes aos filhos de Esáu e da sua mulher Aolibama filha de Ana: Clã de Yeús, clã de Yalão, e clã de Coré. 20-21E a seguir temos os nomes das tribos que formaram os descendentes de Seir, o horeu, uma das famílias nativas daquela terra: A tribo de Lotã, a tribo de Sobal, a tribo de Zibeão, a tribo de Aná, a tribo de Disom, a tribo de Ozor, e a tribo de Disã. 22Os filhos de Lotã (filho de Seir) foram Hori e Homã. Aliás Lotã tinha ainda uma irmã, Timna. 23E os filhos de Sobal foram: Alvã, Manaate, Ebal, Sefô e Onã. 24Os filhos de Zibeão: Aia e Aná. (Este foi aquele que descobriu umas fontes de água quente no deserto quando fazia pastar os jumentos do seu pai.) 25Os filhos de Aná: Disom e Aolibama.  26Os filhos de Disom: Hendã, Esbã, Itrã, e Querã. 27Os filhos de Ozor: Bilã, Zaavã, e Acã. 28Os filhos de Disã: Uz e Arã. 29-30Estes eram os chefes dos horeus: Lotã, Sobal, Zibeãs, Aná, Disom, Ozor e Disã. Estes foram os chefes dos horeus, de acordo com as suas divisões, na terra de Seir.

Os chefes de Edom

31São estes os nomes dos reis de Edom (antes que Yaoshorúl tivesse tido o seu primeiro rei): 32Bela (filho de Beor) reinou em Edom, tendo escolhido como sede do reino a cidade de Dinabá. 33-39Quando morreu, sucedeu-lhe o rei Yaobab (filho de Zoro) da cidade de Bozra; depois sucedeu-lhe Husão da terra dos temanitas. Quando este faleceu sucedeu-lhe o rei Hadade (filho de Bedade) o comandante das forças que derrotaram o exército de Midiã, na guerra de Moabe. O nome da sua cidade era Avite. E sucedeu-lhe Samela, de Masreca. A este sucedeu-lhe Shaul, de Reobote do Eufrates. Ao morrer este, sucedeu-lhe Baal-
Hanã (filho de Acbor). E por fim sucedeu-lhe Hadar da cidade de Paú. E o nome da rainha, mulher deste último, era Metabel, filha de Matrede e neta de Mezaabe. 40-43Agora temos os nomes dos chefes descendentes de Esaú, segundo os seus clãs, e segundo as localidades em que se estabeleceram, e que ficaram com os seus próprios nomes: Clã de Timna, clã de Alva, clã de Yetete, clã de Aolibama, clã de Elá, clã de Pinom, clã de Quenaz, clã de Temã, clã de Mibzar, clã de Magdiul, e clã de Irã ada um destes clãs deu o seu nome à área em que habitavam, que ocupavam. São estes pois os edomitas, descendentes de Esaú.

Bereshít 37
O sonho de YÁOHU-saf

1E Yáohucov estabeleceu-se na terra de Canaã, onde o seu pai vivia. 2 YÁOHU-saf, filho de Yáohucov, tinha agora 17 anos. A sua actividade era de, na companhia dos seus irmãos, filhos de Bila e de Zilpa, apascentar os rebanhos do pai. Mas YÁOHU-saf vinha contar a este coisas más que os irmãos praticavam. 3-4Yaoshorúl preferia YÁOHU-saf aos outros filhos, porque nascera quando já não era novo. E um dia resolveu dar-lhe uma túnica de cores vivas e garridas. Os irmãos deram-se conta da parcialidade do pai em relação a YÁOHU-saf, e passaram a querer-lhe mal; eram incapazes de lhe falar com bons modos. 5Certa noite YÁOHU-saf teve um sonho, e aconteceu que o foi contar aos irmãos; estes, evidentemente, passaram a querer-lhe ainda mais mal. 6-7"Ouçam o meu sonho!", pediu-lhes. "Estávamos no campo atando molhos e o meu ficou de pé, enquanto os vossos o rodeavam e se inclinavam perante ele!" 8"Ah, sim? Então é porque queres ser o nosso rei, não é isso? Queres mandar na gente!" E odiaram-no, não só por causa do sentido do sonho, mas até pelas palavras e pela forma como contou aquilo. 9-10Mais tarde teve novo sonho e foi de novo contá-lo aos outros: "Olhem, sonhei outro sonho! Desta vez era o sol, a lua e onze 'cocavím'
(est-elas) que se inclinavam na minha frente!" Mas agora foi também contar o sonho ao pai. E este repreendeu-o: "Que é que isso quer dizer?! Não me digas que eu, a tua mãe e os teus irmãos ainda viremos a inclinarmo-nos na tua presença!" 11Os irmãos estavam furiosos; contudo o pai reflectia intimamente no sentido daquilo. YÁOHU-saf é vendido pelos irmãos 12Certa vez os irmãos de YÁOHU-saf foram levar os rebanhos a pastar para os lados de Siquem. 13-14Uns dias depois Yaoshorúl chamou YÁOHU-saf e disse-lhe: "Os teus irmãos foram com os rebanhos a Siquem. Vai lá ver como é que eles estão, se anda tudo bem com os rebanhos, e vem-me dizer.""Pois sim, vou já", respondeu. Assim partiu do vale de Hebron em direcção a Siquem. 15Um homem reparou que ele andava perdido por aquelas terras e perguntou-lhe o que é que procurava. 16"É os meus irmãos e os rebanhos. Sabes onde estão?" 17"Sim. Realmente já aqui não estão. Ouvi-lhes dizer que iam para Dotã". YÁOHU-saf
seguiu nessa direcção e encontrou-os lá. 18Mas quando eles o viram aproximar-se, tendo-o reconhecido à distância, combinaram matá-lo! 19-20"Cá vem o sonhador-mor! Vamos matá-lo. Lançamo-lo num destes poços sem água e dizemos ao pai que foi uma fera que o comeu. Agora é que vamos ver o que é feito dos seus sonhos!" 21-22Mas Ro-ibén queria poupar-lhe a vida: "Não. Não lhe tiremos a vida. Não vamos agora derramar sangue. Lancemo-lo apenas no poço e assim virá a morrer sem que lhe toquemos." (Porque tinha a intenção de ir lá depois tirá-lo e entregá-lo ao pai.) 23-25Então, quando YÁOHU-saf chegou junto deles,tiraram-lhe a túnica de cores e lançaram-no dentro do poço, que aliás não tinha água. Depois foram comer.De repente repararam numa caravana de camelos que se aproximava, vindo na sua direcção. Eram negociantes Ishmaulítas que transportavam gomas, especiarias e ervas raras, de Gaúliod para o Terra de MITZRAIM. 2628"Ouçam lá", disse YAOHÚ-dah aos outros, "e se vendêssemos YÁOHU-saf a estes Ishmaulítas. Porque é que o havíamos de matar e ficar com esse peso na consciência? É muito melhor isso do que ficarmos com a responsabilidade da sua morte; vendo bem as coisas, sempre é nosso irmão!" E os outros concordaram. Assim, quando os comerciantes Ishmaulítas (ou midianitas) chegaram, foram tirar YÁOHU-saf do poço e
venderam-no por vinte peças de prata, tendo sido levado dessa forma para o Terra de MITZRAIM. 29Entretanto Ro-ibén, que não se encontrava presente quando o irmão foi vendido, veio ao poço para tirar de lá YÁOHU-saf. E quando verificou que já ali não estava, rasgou as roupas que vestia. 30-33"Desapareceu o moço! E agora, o que é que eu faço?", lamentavase junto dos irmãos. Estes mataram um cabrito, sujaram com o sangue a túnica de YÁOHU-saf, e mandaram-na para o pai, pedindo-lhe que a identificasse."Encontrámos esta túnica. Não será a de YÁOHU-saf?" O pai reconheceu-a imediatamente."Sim, é a túnica do meu filho. Foi certamente um animal feroz que o desfez em pedaços e que o tragou." 34-35Então Yaoshorúl rasgou as suas vestimentas, envolveu o corpo num saco, lamentou e chorou a morte do filho durante muitas semanas. A família bem tentava consolá-lo mas era em vão."Hei-de morrer chorando o meu filho!", dizia ele a chorar. 36Enquanto isto, no Terra de MITZRAIM os negociantes venderam YÁOHU-saf a Potifar, alta individualidade da corte de Faraóh, chefe militar da sua casa e responsável pelo palácio real.

Bereshít 38
YAOHÚ-dah e Tamar

1Por esta altura YAOHÚ-dah deixou a sua casa e foi viver em Adulão, com um homem chamado Hira. 2-5Aí encontrou uma rapariga cananita, com quem casou, e que era filha de um indivíduo de nome Suá. Foram viver para Quezibe e tiveram três filhos, Er, Onã e Sela. O primeiro foi o pai quem lhe deu o nome, os outros dois foi a mãe. 6-7Quando Er, o mais velho, se tornou grande YAOHÚ-dah arranjou-lhe casamento com uma moça de nome Tamar. Mas Er tinha uma conduta muito censurável aos olhos de YÁOHUH ULHÍM, o qual, por isso, teve de lhe tirar a vida. 8Então YAOHÚ-dah disse a Onã, o irmão a seguir de Er: "Deves casar com Tamar, pois é o que a nossa lei exige do irmão de um homem que tenha morrido, de forma a que o primeiro filho que tiveres dela seja herdeiro do teu irmão." 9Mas Onã não estava de acordo em ter filhos que não viessem a ser considerados como seus, por isso, embora tendo aceitado esse casamento, quando se deitava com ela deixava a sua semente desperdiçar-se fora dela, a fim de evitar ter filhos que se tornassem descendentes do irmão. 10Isto que ele fazia era reprovado pelo YÁOHUH ULHÍM; por isso  ambém lhe tirou a vida. 11Então YAOHÚ-dah disse a Tamar, a sua nora, que não se casasse mas que voltasse para a casa do pai e ali ficasse, no estado de viúva, até que Sela, o filho mais novo de YAOHÚdah,crescesse e tivesse idade bastante para casar com ela. Contudo ao dizer isto a Tamar ele tinha receio que YÁOHUH ULHÍM também viesse a matar-lhe este filho, tal como os outros dois. E Tamar foi para casa dos seus pais. 12-14Com o decorrer do tempo, veio também a morrer a mulher de YAOHÚ-dah. Este, depois de passar o tempo do luto, foi, com seu amigo Hira, o adulamita, vigiar o trabalho dos tosquiadores dos seus rebanhos, em Timna. E disseram a Tamar que o sogro ia a Timna ver os trabalhos da tosquia. Ela, constatando que YAOHÚ-dah não tinha nenhuma intenção de deixar que o filho mais novo casasse com ela, apesar do moço já ser grande, tirou os vestidos de viúva, cobriu o rosto com um véu, arranjou-se de forma a que não a reconhecessem e foi sentar-se à beira do caminho, à entrada da localidade de Enaim, na estrada para Timna. 15-16YAOHÚ-dah reparou nela quando passava por aquele sítio e tomou-a por uma  mulher que se quisesse vender visto que não a reconheceu por ter o rosto encoberto. Por isso parou, foi ter com ela e convidou-a a vir deitar-se com ele; não sabendo portanto que se tratava da nora."Quanto me dás?", perguntou-lhe ela. 17"Mando-te um cabrito do meu rebanho.""E que penhor me dás tu como garantia do que prometes?" 18-19"Bom, que queres tu que te dê?""Quero o teu selo identificador e a vara que tens na mão", respondeu-lhe. Ele aceitou; ela foi com YAOHÚ-dah, e ficou grávida. Depois tornou a pôr os vestidos de viúva que trazia de costume. 20-22YAOHÚ-dah pediu ao seu amigo Hira que levasse à mulher o cabrito prometido e trouxesse os penhores que lhe deixara. Contudo quando aquele foi à procura dela, não podia encontrá-la. E andou a perguntar aos homens do sítio se sabiam da prostituta que se punha junto ao caminho, ali à entrada de Enaim. "Nós aqui nunca tivemos uma mulher dessas", responderam-lhe. Sendo assim voltou para YAOHÚ-dah, dizendo-lhe que não a tinha encontrado e contando-lhe o que os homens de lá tinham dito. 23"Paciência. Que fique então com o que já lá tem, conquanto não venhamos a cair em ridículo. Fizemos o que devíamos; mandei-lhe o cabrito, mas tu não a achaste." 24Uns três meses mais tarde vieram avisar YAOHÚ-dah de que Tamar, a sua nora, estava grávida, evidentemente, por ter cometido
adultério com alguém."Tragam-na, para que seja queimada!", gritou ele. 25Quando a foram buscar ela mandou um recado ao sogro: "O homem que é dono deste selo identificador e desta vara é o pai do filho de que estou à espera. Reconhece-os?" 26YAOHÚ-dah admitiu que realmente as coisas eram dele e disse: "Ela é mais justa do que eu, porque não cumpri a minha promessa de lhe dar o meu filho Sela." No entanto não casou com ela. 27-30No devido tempo Tamar deu à luz dois gêmeos. E quando estavam a nascer, aconteceu que a mão de um deles apareceu de fora, e a parteira pôs-lhe um fio vermelho à volta do pulso, assinalando-o como tendo sido o primeiro a aparecer; mas depois tornou a meter a mão dentro, e foi o outro quem veio a nascer primeiro. "Como é isso, que conseguiste aparecer primeiro?", disse ela. E ficou a ser chamado Perez. Logo depois apareceu o irmão com o fio no pulso e chamaram-lhe Zoro.

Bereshít 39
YÁOHU-saf e a mulher de Potifar

1Quando YÁOHU-saf chegou ao Terra de MITZRAIM, cativo dos negociantes Ishmaulítas, foi comprado a eles por Potifar, membro da corte de Faraóh. Potifar era chefe da casa militar do rei, e responsável pelo palácio real. 2-3 YÁOHUH ULHÍM abençoou grandemente YÁOHU-saf na casa do seu chefe de tal forma que tudo o que fazia resultava bem. O próprio Potifar reparou nisso e deu-se conta de que YÁOHUH ULHÍM estava com YÁOHU-saf de uma forma especial. 4Dessa maneira YÁOHU-saf tornou-se o seu favorito e depressa ficou com a responsabilidade da administração da casa de Potifar e dos seus negócios pessoais. 5-6E logo YÁOHUH ULHÍM começou a abençoar o próprio Potifar por causa de YÁOHU-saf. Todos os seus assuntos corriam optimamente e floresciam-lha as propriedades no campo, assim como os rebanhos que tinha, de tal maneira que Potifar acabou por deixar sobre YÁOHU-saf a responsabilidade total de tudo o que era seu. Não se preocupava fosse com o que fosse a não ser com o que queria comer cada dia ra YÁOHU-saf era um belo moço, com uma apresentação muito agradável. 7Por esse tempo a mulher de Potifar começou a reparar nele e acabou por convidá-lo a dormir consigo. 8Mas ele recusou: "O meu patrão confia-me tudo o que tem. 9Ele próprio não tem mais autoridade do que eu aqui em casa! Não me privou de coisa nenhuma a não ser de ti, porque és a sua mulher. Como é que eu ia agora fazer uma coisa dessas assim tão grave? Seria um grande pecado contra YÁOHUH ULHÍM!" 10Mas ela continuava dia a dia a convidá-lo apesar dele sempre recusar. 11-12Um dia, quando estava na casa cumprindo os serviços habituais, aconteceu que ninguém mais se encontrava ali. Então ela veio e puxou-lhe pela camisa, incitando-o a vir com ela. Mas ele preferiu deixar-lhe a camisa nas mãos e afastar-se rapidamente para fora de casa. 13-15Quando ela viu que lhe tinha ficado com a camisa, começou a gritar de tal forma que as pessoas dali perto, à volta da casa,
acorreram. "O meu marido trouxe para casa este escravo hebreu para nos ofender!", exclamava. "Tentou violentar-me, e quando comecei a gritar, fugiu mas ainda deixou aqui a camisa." 16-18E pôs a roupa perto dela. Quando o marido chegou contou-lhe a sua história: "Esse escravo hebreu que trouxeste cá para casa veio ter comigo e tentou violentar-me. Salvei-me porque comecei a gritar com toda a força. Ele fugiu mas ainda deixou aqui a camisa." 19-21Ao ouvir aquilo o marido ficou furioso. Pôs YÁOHU-saf na prisão, onde se encontravam outros presos do rei. Mas também ali YÁOHUH ULHÍM continuava ao lado de YÁOHU-saf, beneficiando-o com a sua bondade; e fez com que caisse nas simpatias do chefe carcereiro. 22-23Dessa forma este último depressa lhe confiou toda a responsabilidade da administração da prisão, e até todos os outros prisioneiros estavam ao seu cuidado. O carcereiro não se ocupava de mais nada, porque YÁOHU-saf tomava conta de tudo, e como YÁOHUH ULHÍM estava com ele tudo corria per-feitamente.

Bereshít 40
O chefe de vinhos e o padeiro

1-2Passado algum tempo aconteceu que o rei do Terra de MITZRAIM teve de castigar o seu padeiro-chefe, assim como o chefe de vinhos, e furioso, 3meteu-os ambos na mesma prisão em que estava YÁOHU-saf, na fortaleza da guarda de Potifar, seu chefe +militar. 4Ali ficaram por bastante tempo. E o carcereiro pô-los sobl vigilância de YÁOHU-saf. 5-6Certa noite cada um deles teve um sonho. Na manhã seguinte YÁOHU-saf reparou que estavam perturbados com qualquer coisa e perguntou-lhes: 7"O que é que se passa com vocês?" 8"É que tivemos, cada um de nós, um sonho e não há aqui ninguém que nos explique o seu significado.""Bem, isso de interpretar sonhos é com YÁOHUH ULHÍM. Mas contem-me lá o que sonharam." 9-11O chefe de vinhos foi o primeiro a contar: "Eu sonhei com uma vinha que tinha três ramos com rebentos e que florescia; e logo apareceram cachos maduros. Como tinha na mão a taça de Faraóh, peguei nos cachos, espremi-os e dei- lha a beber." 12-15"Eu sei o significado do teu sonho", disse YÁOHU-saf. "Os três ramos são três dias. Dentro de três dias Faraóh vai tirar-te da prisão e colocar-te de novo na função que tinhas antes, de chefe de vinhos. Mas peço-te que tenhas pena de mim quando isso acontecer e retomares os favores do rei. Fala-lhe de mim para que me tire daqui, porque fui roubado da minha terra, dos Hebreus, e agora aqui estou preso sem nada ter feito para o merecer." 16-17Quando o padeiro-chefe viu que o sonho do colega tinha uma explicação tão favorável, quis tambo YÁOHUH ULHÍM contar o seu. "Eu, quanto a mim, no meu sonho tinha três cestos à cabeça. E no cesto de cima havia toda a espécie de doçarias e de bolos ao gosto de Faraóh, mas as aves vieram e comeram tudo." 18-19"Esses três cestos também são três dias", disse-lhe YÁOHU-saf. "Daqui a três dias mandará cortar-te a cabeça, pendurar-te o corpo num poste e as aves virão
comer-te a carne." 20-22Três dias depois Faraóh festejou o seu aniversário e convidou para um banquete toda a gente da sua corte. Mandou chamar o seu chefe de vinhos, assim como o padeiro-chefe, e foram buscá-los à prisão. Ao primeiro repô-lo no seu cargo anterior; mas ao segundo mandou-o enforcar, tal como YÁOHU-saf tinha previsto. 23No entanto o chefe de vinhos de Faraóh depressa esqueceu do que se passara entre YÁOHU-saf e ele.

Bereshít 41
O sonho de Faraóh

1-2Certa noite, dois anos inteiros depois disto, Faraóh sonhou que estava em pé, à beira do rio Nilo, numa das suas margens, quando de repente começaram a subir do rio sete vacas gordas, de belíssimo aspecto, e que começaram a pastar por ali. 3-4Logo a seguir sete outras vacas vieram também do rio, mas eram muito magras, de aspecto miserável e percebiam-se-lhes os ossos todos. Chegaram-se então e puseram-se ao lado das outras ali na margem do rio; até que começaram a comer as vacas gordas! Nesse ponto, Faraóh acordou. 5-7Passado pouco tempo tornou a adormecer e teve um segundo sonho. Desta vez viu sete espigas cheias e do melhor aspecto, brotando do mesmo pé. Logo a seguir apareceram, saindo igualmente desse pé, outras sete espigas. Mas estas últimas, definhadas e queimadas pelos ventos orientais, as quais se puseram então a devorar as outras que eram cheias e belas. Nisto, acordou Faraóh: era um sonho! 813Na manhã seguinte, relembrando os sonhos que tivera, ficou muito preocupado, cismando no significado daquilo. Chamou os mágicos e os sábios do Terra de MITZRAIM e contou-lhes tudo. No entanto nenhum foi capaz de dar sugestão alguma sobre o sentido das imagens com que sonhara. Só nessa altura é que o chefe de vinhos se lembrou de falar ao rei e disse-lhe: "Tenho de confessar neste momento a minha culpa! Há uns tempos atrás, quando o rei estava muito indignado contra dois de nós e nos pôs, a mim e ao padeiro-chefe, na prisão, na fortaleza do chefe da casa militar do rei, o padeiro-chefe e eu também tivemos um sonho cada um, uma certa noite. E contámos os nossos sonhos a um moço hebreu que ali estava que era escravo do chefe da casa militar de Faraóh; ele deu-nos a explicação dos sonhos. A verdade é que tudo aconteceu como ele disse: Eu, quanto a mim, fui reposto nas minhas funções de chefe de vinhos, e o padeiro foi executado e pendurado num poste." 14Faraóh mandou logo chamar YÁOHU-saf. Fizeram-no sair do  cárcere e depois de se barbear e de mudar de roupa, veio à presença de Faraóh. 15"Tive um sonho a noite passada", disse-lhe Faraóh, "e ninguém conseguiu explicá-lo. Mas ouvi dizer que consegues interpretar sonhos, e por isso te chamei." 16"Por mim nada posso fazer", disse YÁOHU-saf, "mas YÁOHUH ULHÍM poderá dar-te uma resposta que te tranquilize." 17-21Então Faraóh contou-lhe o sonho: "Eu estava de pé numa das margens do rio Nilo quando de repente sete vacas gordas e de óptimo aspecto vieram do rio e começaram a pastar por ali. Depois outras sete vacas subiram também do rio até à margem, mas eram magras e de ar miserável, percebendo-se-lhes os ossos todos; na realidade nunca tinha visto antes animais de aspecto tão pobre e enfraquecido. E estas últimas começaram a comer as gordas. Mas a verdade é que mesmo depois de as terem comido, continuavam magras como dantes. Nessa altura acordei. 22-24Pouco tempo depois, nessa mesma noite, tive novo sonho. Desta vez eram sete espigas, saindo do mesmo pé. As
sete espigas eram todas de belo aspecto e cheias de grão. A seguir, ainda do mesmo pé, sairam mais sete espigas, mas finas e ressequidas. Estas últimas engoliram as cheias. Contei tudo isto aos meus mágicos, mas nenhum deles me soube dar uma explicação." 25-27"Ambos os sonhos têm o mesmo significado", disse YÁOHU-saf a Faraóh. " YÁOHUH ULHÍM quis dar-te a conhecer o que vai acontecer. As sete vacas gordas, tal como as sete espigas cheias, significam que vão haver sete anos de prosperidade. As outras sete vacas magras, assim como as sete espigas definhadas, indicam que vão haver sete anos de fome logo após os sete anos de riqueza. 28-32Dessa forma YÁOHUH ULHÍM te revela o que vai fazer. Os próximos sete anos serão um período de alta prosperidade em toda a terra do Terra de MITZRAIM. Mas os sete anos seguintes serão de tanta fome que até ninguém se lembrará da prosperidade passada. A fome consumirá a terra. Será tão terrível que toda a fartura dos bons anos passará da memória das gentes. O facto do sonho ter sido duplicado dá uma força especial ao seu significado, confirmando que o que eu te disse certamente virá a dar-se em breve. 33-36A minha sugestão é que procures um homem entendido e sábio e que o ponhas
como responsável de toda uma política agrícola a nível nacional; que Faraóh institua governadores sobre todo o país com a missão de recolher um imposto de um quinto de todas as colheitas, durante os próximos sete anos. E assim haverá comida suficiente nos outros sete anos de fome que hão-de vir depois. Se não, será inevitável um grave desastre!" 37-40Estas sugestões de YÁOHU-saf foram muito bem recebidas pelo Faraóh e pelos seus conselheiros. E enquanto discutiam quem seria designado para tal tarefa, Faraóh disse: "Quem melhor do que o próprio YÁOHU-saf poderia desempenhar esse cargo? É uma pessoa em quem existe claramente o RÚKHA-YÁOHU." E voltando-se para YÁOHU-saf: "Visto que YÁOHUH ULHÍM te revelou a ti o significado destes sonhos, és sem dúvida o homem mais entendido do país. Portanto nomeio-te como responsável por todo esse projecto. Tudo o que dissseres terá validade em toda a terra do Terra de MITZRAIM.Só eu estarei acima de ti em autoridade."

YÁOHU-saf, governador do Terra de MITZRAIM


41-42Então Faraóh colocou o seu próprio anel de selar no dedo de YÁOHU-saf como sinal de autoridade,deu-lhe umas belas roupas de linho da melhor qualidade para que as usasse, pôs-lhe ainda um colar de ouro ao pescoço, e declarou: "Fica sabendo que te nomeio responsável sobre toda a terra do Terra de MITZRAIM." 43Além disso Faraóh deu-lhe o carro destinado ao seu ajudante principal, e por toda a parte por onde passava gritava-se "Ajoelhem-se!" 44Faraóh fez esta declaração a YÁOHU-saf: "Eu o rei do Terra de MITZRAIM declaro que tens a responsabilidade da administração de toda a terra deste país." 45-46E ainda lhe deu o título oficial de Aquele que tem como YÁOHUH ULHÍM o poder de vida e de morte. E deu-lhe por mulher Asenate, filha de Potífera, um intermediário de alta dignidade em Om, Heliópolis. Assim YÁOHU-saf se tornou famoso em toda aquela terra. Tinha 30 anos de idade quando entrou ao serviço do rei. Despediu-se então deste e começou a visitar toda a nação. 47-49Na verdade, nos sete anos que se seguiram, a terra produziu fartura a mãos-cheias! Durante todo esse temp YÁOHU-saf requisitou para o governo parte de tudo o que se produzia, armazenando nas cidades o alimento produzido nos campos dos arredores. No fim dos sete anos os celeiros estavam repletos, e era tanto o abastecimento que nem havia preocupação de contar e registar. 50Por este tempo, antes que viessem os sete anos de fome, nasceram dois filhos a YÁOHU-saf e Asenate, sua mulher, a filha de Potífera, intermediário do idolo sol Re de Heliópolis. 51-52 YÁOHU-saf chamou ao mais velho Menashé, querendo dizer com isso que YÁOHUH ULHÍM lhe tinha feito esquecer todas as angústias do passado, assim como a tristeza da perda da família. Ao segundo chamou Efroím,"Porque YÁOHUH ULHÍM me fez prosperar na terra em que fui escravo", disse. 53Por fim os sete anos de abundância terminaram. 54-55E iniciaram-se os sete anos de fome tal como YÁOHU-saf previra. Começou a haver falta de alimentos em todas as terras circunvizinhas, mas no Terra de MITZRAIM mesmo havia em suficiência. O povo começou a sentir a falta de provisões e vieram pedir a Faraóh que lhas fornecesse; Faraóh mandava as gentes a YÁOHU-saf: "Vão ter com ele e façam o que vos disser." 56-57Dessa forma, ainda que por todo o mundo a fome apertasse as populações, YÁOHU-saf pôde abrir os postos de armazenamento e vender tudo o que havia de mantimento aos egípcios, e até mesmo aos que das terras próximas vinham ao Terra de MITZRAIM comprar provisões.

Bereshít 42
Os irmãos de YÁOHU-saf vão ao Terra de MITZRAIM

1-2 Yáohucov, ao ouvir que havia alimento no Terra de MITZRAIM, disse aos filhos: "Para que é que estão aí todos a olharem-se uns para os outros? Eu ouvi que havia alimentos disponíveis no Terra de MITZRAIM. Vão já e comprem o que puderem, para não morrermos de fome!" 3-5Assim desceram os dez irmãos mais velhos de YÁOHU-saf ao Terra de MITZRAIM para comprar comida. Mas Yáohucov não quis que o mais novo, Benyamín, fosse com eles com medo que lhe viesse a acontecer algum acidente. E chegaram os filhos de Yaoshorúl ao Terra de MITZRAIM juntamente, aliás, com muita outra gente das terras vizinhas, na intenção de comprar trigo, porque a fome apertava
duramente tanto em Canaã como nos outros sítios. 6-7Ora, visto que YÁOHU-saf era o governador geral de todo o Terra de MITZRAIM, responsável pela venda das provisões, foi a ele que os seus irmãos se chegaram, inclinandose-lhe na frente, profundamente, com o rosto em terra. YÁOHU-saf reconheceu-os logo, mas não se manifestou."Donde é que vêm?", interpelou-os ele asperamente."De Canaã. Viemos em busca de trigo." 8 9E YÁOHU-saf lembrou-se dos sonhos que tinha tido havia já tanto tempo. Mas continuou: "Vocês são mas é espias! Vieram cá para ver como é que a terra ficou enfraquecida com a fome." 10-11"Não, não chefe!", exclamaram. "Viemos unicamente à procura de alimentos. Somos todos irmãos e gente honesta. Não
somos espias, de maneira nenhuma!" 12"Isso é que são!", retorquiu-lhes, insistindo. "Vieram para espiar a nossa fraqueza." 13" YÁOHUH ULHÍM Governador, nós garantimos-lhe que somos apenas uma família de doze irmãos; o nosso pai está lá em Canaã; o nosso irmão mais novo ficou com ele, e um de nós já morreu." 14-16"Ah, sim? E afinal, o que é que isso me garante que não são espias? Bom. Vamos verificar se tudo isso que me dizem é verdade. Garanto-vos, pela vida do próprio Faraóh, que não deixarão o Terra de MITZRAIM enquanto o vosso irmão mais novo não vier aqui. Que um de vocês vá lá e o traga. Os outros ficarão aqui presos. Assim havemos de verificar a verdade de tudo isso. Se se chegar à conclusão de que não têm nenhum irmão mais novo é porque são realmente espias." 17-21E pô-los sob a vigilância de um guarda, todos juntos, durante três dias. Ao terceiro dia disse-lhes: "Eu sou uma pessoa que respeita YÁOHUH ULHÍM, por isso vou dar-vos uma oportunidade de se defenderem a si próprios desta acusação. Terão assim ocasião de mostrar se são gente honrada. Portanto ficará apenas um em detenção, e os outros poderão ir-se embora e levar o trigo às famílias; mas na condição de me trazerem aqui o vosso irmão mais novo. Dessa forma saberei se me dizem ou não a verdade. Se assim for, poupar-vos-ei."Eles concordaram. E falando uns com os outros diziam: "Isto tudo aconteceu-nos por causa do que fizemos a YÁOHU-saf. Víamos bem o terror e angústia em que ele estava, como nos pedia aflitivamente que não lhe fizéssemos mal, e não nos importámos com isso!" 22"Eu não vos dizia?", intervinha Ro-ibén. "Insisti para que não lhe fizessem nada, e não me ligaram. Agora vamos ter de dar contas pela sua vida!" 23-24Evidentemente que não pensavam sequer que YÁOHU-saf, que continuava ali perto deles, os entendia. Aliás para comunicarem com ele, utilizavam um intérprete. Mas YÁOHU-saf teve de retirar-se, porque precisava de chorar sem que o vissem. Depois voltou outra vez e ele próprio escolheu Shamiúl de entre os outros e aprisionou-o na frente dos irmãos. 25Em seguida deu ordens aos criados para lhes encherem os sacos de trigo, mas que lhes pusessem também o dinheiro do pagamento dentro de cada saco, logo ao de cima; e além disso que lhes fossem fornecidas provisões para a viagem. 26-27Carregaram então os animais e partiram para casa com os sacos de trigo. Quando pararam de noite, um deles abriu o saco para tirar uma porção de grão para dar aos jumentos, e viu o dinheiro logo à entrada do saco! 28"Olhem!", disse para os outros. "Devolveram-me o dinheiro. Está aqui!" Ficaram cheios de medo, e foi a tremer de susto que disseram uns para os outros: "Mas que é isto que YÁOHUH ULHÍM nos tem estado a fazer?" 29Chegaram assim até à casa do seu pai, na terra de Canaã, e contaramlhe tudo. 30-32"O governador, ministro do rei, falou-nos muito asperamente e tomou-nos por espias. Nós bem lhe dissemos que não, que não o éramos de maneira nenhuma, que éramos gente de bem e nunca espiões. Que éramos doze irmãos, filhos do mesmo pai, que um deles tinha morrido, e que o mais novo tinha ficado em casa com o pai. 33-34Então o homem disse-nos que havia uma maneira de saber se o que lhe contávamos era certo: que deixássemos lá um dos nossos irmãos enquanto trazíamos para casa o alimento, mas que devíamos levar-lhe lá depois o irmão mais novo. Que assim é que havia de ver se éramos espiões ou gente honesta; e se provássemos que falávamos verdade então que nos devolveria o irmão retido lá e que poderíamos ir lá quantas vezes quiséssemos comprar o que fosse preciso." 35Ao esvaziarem cada um o seu saco, depararam então com o respectivo dinheiro de paga, dentro das bolsinhas, logo ao de cima. E ficaram todos, o pai e eles, transidos de susto! 36 Yáohucov exclamou: "Vocês querem-me desfilhar! YÁOHU-saf já não existe. Shamiúl, já não o vejo. Querem-me levar agora Benyamín. É de mais! Tudo contra mim!" 37E Ro-ibén respondeu ao pai: "Fica com os meus dois filhos, e tira-lhes a vida se eu não te trouxer Benyamín de volta. Fico responsável por ele." 38Mas Yáohucov replicou: "Não. O meu filho não irá convosco, porque YÁOHU-saf já morreu, e dos filhos da sua mãe só ele ficou. Se lhe acontecesse alguma coisa a minha vida não resistiria."

Bereshít 43
A segunda viagem ao Terra de MITZRAIM

1-2 Mas a fome era gravíssima naquela terra. E quando o alimento que tinham trazido do Terra de MITZRAIM se acabou, o pai disse-lhes: "Vão lá outra vez e tornem a comprar algum trigo mais para a gente." 3-5YAOHÚ-dah respondeu-lhe: "Mas aquele homem claramente nos disse que não voltássemos lá sem o nosso irmão. Bem vês que não podemos voltar sem levar Benyamín connosco." 6"E porque é que haviam vocês de lhe ter dito que tinham mais um irmão?", resmungou Yaoshorúl. "Fizeram-me com isso um mal que vocês nem sabem!" 7"É que o homem perguntou-nos exactamente sobre a nossa família", explicaram. "E quis saber se o nosso pai ainda vivia, se tínhamos mais algum irmão, e tivemos que lhe dizer tudo. Não podíamos adivinhar que nos ia exigir que lhe levássemos o mais novo!" 8-10YAOHÚ-dah retomou a palavra: "Manda o moço comigo para podermos partir e não morrer à fome, não só nós mas tu também e os nossos filhos. Eu serei responsável por ele. Se não to trouxer então tornar-me-ei culpado de crime para contigo e para sempre. Até já tinha havido tempo de ter ido e regressado se nos tivesses deixado levá-lo connosco." 11-13O pai por fim concordou: "Pois então se não puder ser doutra forma levem-no lá. Mas façam o seguinte: carreguem os animais com o que de melhor houver aqui da terra e levem a esse homem -bálsamo, mel, especiarias, mirra, pistachio e amêndoas. Tomem também o dinheiro a dobrar, para pagarem o primeiro fornecimento; pode muito bem ter havido um engano de alguém. Levem-lhe lá o vosso irmão e vão-se embora. 14Que YÁOHUH ULHÍM, que tem todo o poder, vos conceda que esse homem tenha misericórdia para convosco, que vos liberte Shamiúl e deixe regressar Benyamín. E paciência; se tiver de os perder que os perca; não há outro remédio!" 15Assim fizeram. Prepararam os presentes, dinheiro a dobrar, desceram ao Terra de MITZRAIM e apresentaram-se perante YÁOHU-saf. 16Quando YÁOHU-saf viu que Benyamín estava entre eles disse ao ecónomo da sua casa: "Estes homens hoje almoçam comigo, leva-os para casa e prepara-lhes um banquete". 17-18Ele assim fez. Levou-os para o palácio d YÁOHU-saf. E eles ficaram gelados de medo quando viram para onde iam. "É por causa do dinheiro que vinha nos sacos, com certeza", diziam entre si. "Vai pretender que o roubámos e fica com a gente como escravos, com os animais e tudo!" 19-22Ao chegar à entrada do palácio foram ter com o ecónomo e disseram-lhe: " YÁOHUH ULHÍM, quando da nossa primeira viagem ao Terra de MITZRAIM para comprar alimento, ao regressar a casa, parando de noite abrimos os sacos e deparámos ao de cima com o dinheiro da paga do trigo. Mas aqui está ele. Trazemo-lo de novo com mais o necessário para comprar nova provisão. Aliás não fazemos a menor ideia de como o dinheiro nos foi parar aos sacos." 23-24"Não se preocupem com isso. O vosso Criador Eterno, o Criador Eterno dos vossos pais, foi certamente ele mesmo que vos pôs o dinheiro lá. De qualquer maneira o vosso pagamento foi feito e está em ordem." Depois trouxe-lhes Shamiúl. Fê-los entrar no palácio, deu-lhes água para que se refrescassem e lavassem os pés. E mandou também dar alimento aos animais. 25-26Eles, por sua vez, prepararam os presentes para quando YÁOHU-saf chegasse ao meio dia, porque já lhes tinham dito que haviam de almoçar ali. E quando YÁOHU-saf chegou apresentaram-lhe o que lhe traziam, inclinando-se profundamente na sua frente. 27Ele perguntou-lhe como é que tinham passado e como estava o pai: "Esse homem idoso de quem me falaram ainda está vivo?" 28-31"Sim, está vivo e de boa saúde." E tornaram a inclinar-se respeitosamente na frente dele. Atentando então melhor para o seu irmão Benyamín, filho da sua própria mãe, perguntou: "É então esse o vosso irmão mais novo, aquele de quem me falaram?" E dirigindo- se a ele directamente: "Que YÁOHUH ULHÍM te abençoe, meu filho". E teve de se retirar por um momento porque estava profundamente comovido com a presença do irmão, e teve de ir chorar para o seu quarto. Depois passou água pela cara e tornou a vir ter com eles, procurando conter-se e controlar-se: "Vamos  comer." 32-34 YÁOHU-saf pôs-se à parte numa mesa só para si. Os irmãos foram servidos noutra e os egípcios ainda numa outra separada; porque estes consideram indignos os Hebreus e nunca comem com eles. YÁOHU-saf disse-lhes onde deviam sentar-se, e colocou-os segundo as suas idades, do mais novo ao mais velho, para grande admiração deles! O alimento que lhes era servido vinha da sua própria mesa. Mas a Benyamín dava sempre cinco vezes mais do que aos outros. Assim comeram e beberam, regalando-se todos juntos.

Bereshít 44
A taça de prata no saco

1-2No fim YÁOHU-saf mandou ao mordomo que lhes enchesse o saco com tanto quanto pudessem levar e que pusesse em cada saco, logo ao de cima, o dinheiro do pagamento. Também mandou que fosse posta no saco de Benyamín a sua própria taça de prata, também logo à entrada do saco juntamente com a bolsa contendo o seu pagamento pessoal. E o ecónomo fez tudo como lhe tinha sido dito. 3Na manhã seguinte, assim que amanheceu, carregaram os animais e puseram-se todos a caminho. 4-6E mal tinham saído da cidade quando YÁOHU-saf disse ao seu mordomo que fosse atrás deles, os detivesse e lhes dissesse: "Porque é que me pagam o bem com o mal? Qual a razão que vos levou a roubarem a taça de prata do meu patrão pela qual só ele bebia, e que até é a que usa para praticar adivinhação. Foi muito mau o que fizeram." Então assim fez; encontrou-os e falou-lhes segundo as instruções recebidas. 7-9"Mas de que é que estás tu a falar?", perguntaram admirados. "Quem pensas tu que somos para nos vires acusar de uma coisa tão grave como essa? Não fomos nós mesmos que devolvemos o dinheiro que tinha sido posto nos sacos da primeira vez? Porque é que agora íamos roubar a taça do teu patrão? Se encontrares essa taça na bagagem de algum de nós, que esse morra. E todos os outros nos tornaremos escravos do teu chefe." 10-12"Está muito bem", replicou. "Aliás bastará que aquele que tiver a taça fique cá como escravo. Os outros poderão ficar livres. Então rapidamente desceram os sacos de cima dos animais e abriram-nos. Ele começou a procurar, começando no do mais velho e acabando no do mais novo. E foi precisamente no saco de Benyamín que se achou a taça." 13-14Nun gesto de desespero rasgaram os fatos, tornaram a carregar os jumentos e voltaram para a cidade. YÁOHU-saf estava ainda em casa quando os irmãos, com YAOHÚdah à frente, lhe apareceram e se lançaram por terra na sua frente. 15"Porque é que fizeram uma coisa destas? Vocês sabem que um homem como eu pode adivinhar!" 16E YAOHÚ-dah respondeu-lhe: "Nós nada temos a alegar em nossa defesa! Que desculpa haveríamos de dar? Não temos forma de mostrar a nossa inocência! YÁOHUH ULHÍM está a castigar-nos pelos nossos pecados. Por isso, chefe, regressamos todos e aqui estamos para sermos teus escravos, tanto aquele em cujo saco foi encon-trada a taça como nós próprios." 17"Não, não é preciso", esclareceu YÁOHU-saf. "Basta que fique como escravo o que ficou com a taça. Os outros podem regressar descansados a casa." 18Então YAOHÚ-dah aproximou-se mais dele e disse: "Oh, meu chefe! Deixa-me explicar-te só mais isto. Tem paciência, só por mais um momento. Nós bem sabemos que tens tanto poder como o próprio Faraóh. 19-20Perguntaste-nos da outra vez se tínhamos um pai ou um irmão, além de nós. E nós respondemos que sim, que tínhamos um pai já muito idoso, e um irmão rapazinho ainda, que nasceu quando o pai já era velho, e cujo irmão, filho da mesma mãe que ele, já morreu. O pai tem por ele um grande amor. 21-23Tu, chefe, pediste-nos que o trouxéssemos cá para que o conhecesses. E nós até te dissemos que se o moço deixasse o pai este acabaria por morrer. Mas tu insististe, afirmando que se assim não fosse não poderíamos tornar a vir cá. 24-29Ao regressarmos contámos ao nosso pai tudo o que tinhas exigido. Por isso quando ele voltou a mandar-nos cá buscar trigo, nós replicámos-lhe que só o faríamos se o mais novo viesse connosco. O pai disse então: 'Vocês sabem bem que a mãe deste mocinho só teve dois filhos e que o outro foi-se e nunca mais o vi, penso que por ter sido despedaçado por algum animal feroz. De tal forma que se me tiram desta vez o mais novo, e se lhe acontece alguma coisa, morrerei de aflição.' 30-31Eis a razão porque se voltarmos sem o moço, sendo que a vida do pai está assim tão ligada à dele, ao ver que não vem connosco, é capaz de morrer, e seremos responsáveis de ter carregado de tristeza os seus cabelos brancos e de o ter conduzido à sepultura. 32 34Acontece além disso que eu me dei a mim mesmo perante o nosso pai como garantia de que o moço regressaria, e em como, se não o tornasse a levar para casa, me tornaria pessoalmente, e até à morte,
culpado da gravidade de tal fatalidade. Por isso te peço insistentemente que me deixes ficar a mim como escravo aqui e que deixes o moço regressar com os irmãos. Porque eu não serei capaz de chegar junto do meu pai sem a presença do moço. Não posso de maneira nenhuma assistir ao que inevitavelmente lhe acontecerá quando isso se der".

Bereshít 45
YÁOHU-saf dá-se a conhecer

1-2Então YÁOHU-saf não se pôde conter mais e mandou: "Saiam todos!" As pessoas que estavam ali a ver a cena retiraram-se, ficando ele sozinho com os irmãos. Depois começou a chorar, mas com tal emoção e intensidade que todos no palácio se deram conta disso, tendo a notícia chegado depressa aos ouvi-dos de Faraóh. 3"Eu sou YÁOHU-saf! Então meu pai ainda está vivo?" Os irmãos, apanhados de surpresa, estavam de tal maneira espantados que não podiam proferir uma palavra! 4-8"Cheguem-se cá!" Os outros aproximaram-se. E ele repetiu: "Eu sou YÁOHU-saf, o vosso irmão, que vocês venderam para o Terra de MITZRAIM. Mas não se aflijam por causa disso que me fizeram, porque afinal foi YÁOHUH ULHÍM quem o planeou para que vocês todos pudessem continuar com vida. Esta fome, que já dura há dois anos, vai prolongar-se ainda por mais cinco, durante os quais não servirá de nada lavrar a terra; não haverá colheitas de espécie alguma. E YÁOHUH ULHÍM mandou-me para aqui para vos conservar com vida, assim como à vossa descendência. É uma grande salvação que ele vos dá. Sim, com efeito foi YÁOHUH ULHÍM mesmo quem me mandou para cá, e não vocês. Por isso me pôs como conselheiro de Faraóh, governador de toda esta nação, chefe sobre toda a terra do Terra de MITZRAIM. 9-11E agora vão, vão depressa ter com meu pai. Comuniquem-lhe que o seu filho YÁOHU-saf lhe manda dizer que é governador de toda a terra do Terra de MITZRAIM e que lhe pede que venha depressa ter com ele! Ficará a viver na fértil terra de Góshen e viverá assim perto de mim com os seus filhos, os seus netos, com os rebanhos, o gado e tudo o que tem. Tomarei ao meu cuidado o seu sustento durante os cinco anos que ainda restam de fome. Doutra forma morrerão na miséria, ele e todos os seus. 12-13Vocês são testemunhas de todas estas promessas que acabo de fazer; vocês e o meu irmão Benyamín bem ouviram tudo o que eu disse. Contem igualmente ao meu pai a alta posição que aqui tenho no Terra de MITZRAIM, como tudo e todos dependem de mim, e tragam-no para cá depressa." 14-15Então chorando de alegria abraçou-se a Benyamín e este chorou também com ele. E fez o mesmo com os outros irmãos, ficando ali a falar com eles. 16Faraóh rapidamente teve conhecimento do que se passava: "Chegaram os irmãos de YÁOHU-saf", foram-lhe dizer. E toda a gente ficou muito satisfeita com aquilo, tanto o rei como os seus súbditos. 17-20Faraóh mandou dizer a YÁOHU-saf: "Diz aos teus irmãos que carreguem os animais, que regressem à tua terra, que tragam o pai assim como as suas famílias e que venham viver para cá". E frisou: "O rei vos dará o melhor solo do território do Terra de MITZRAIM e comereis o que há de melhor no país. Diz igualmente aos teus irmãos que levem já daqui carros do Terra de MITZRAIM para poderem transportar para cá as mulheres, os filhos e o vosso pai. Não se preocupem quanto àquilo que tenham de deixar na vossa terra porque o melhor que há por cá será vosso." 21-24Assim YÁOHU-saf deu-lhes carros, tal como o rei mandara, e provisões para a viagem; deu-lhes também roupas novas. Mas a Benyamín, em especial, deu- lhe cinco mudas de roupa e trezentas peças de prata. Ao pai mandou jumentos carregados de belos presentes do Terra de MITZRAIM, e de toda a espécie de alimentos para terem durante a viagem. E mandou-os embora. "Sobretudo não discutam durante o caminho!", avisou-os à despedida. 25E chegaram, vindos do Terra de MITZRAIM, à erra de Canaã, à casa do seu pai Yáohucov. 26-28" YÁOHU-saf está vivo!", gritaram-lhe logo à chegada. "É ele que é o governador de toda a terra do Terra de MITZRAIM!" Mas Yáohucov não reagiu, porque já não acreditava neles; o seu coração tinha perdido a sensibilidade. Mas quando começaram a dar-lhe conta de tudo o que YÁOHU-saf lhe mandava dizer, quando viu os carros e todos os carregamentos com os alimentos e com o que YÁOHU-saf lhe enviava, o seu espírito reviveu e disse: "Ah, sim. Agora acredito. O meu filh YÁOHU-saf está vivo, e poderei vê-lo ainda antes de morrer!"

Bereshít 46
Yáohucov vai para o Terra de MITZRAIM

1-2Yaoshorúl partiu com tudo o que tinha, veio a Beer-Shéva e ofereceu aí sacrifícios a YÁOHUH ULHÍM, o Criador Eterno do seu pai YÁOHUtz-kaq. Durante essa noite YÁOHUH ULHÍM falou-lhe numa visão: " Yáohucov! Yáohucov!""Sim, YÁOHUH ULHÍM, aqui estou." 3-4"Eu sou YÁOHUH ULHÍM, o Criador Eterno do teu pai. Não receies coisa alguma pelo facto de desceres até ao Terra de MITZRAIM, porque é dessa forma que farei com que lá te tornes numa grande nação. Eu irei contigo e com certeza que um dia te farei regressar, embora quanto a ti venhas a morrer lá, com YÁOHU-saf ao teu lado até aos teus últimos momentos de vida." 5-7Deixou então Beer-Shéva e os filhos trouxeram-no até ao Terra de MITZRAIM, assim como todas as suas famílias, mulheres e meninos, transportando-os nos carros que o Faraóh lhes tinha fornecido. Trouxeram igualmente todo o gado que possuiam, e os haveres que tinham acumulado na terra de Canaã. Foi pois desta maneira que Yáohucov veio para o Terra de MITZRAIM acompanhado de todos os seus descendentes, de todos aqueles que ele amava. 8Aqui estão os nomes dos filhos e netos que o acompanharam até ao Terra de MITZRAIM:
9-10 Ro-ibén, o mais velho, e os seus filhos: Kanóch, Palu, Hezron e Carmi. Shamiúl e os seus filhos: Yamu-Úl, Yamin, Oade, Yaquim, Zoar e Shaúl, este último filho de uma mulher de Canaã. 11Leví cujos filhos eram: Gerson, Coate e Merari.
12YAOHÚ-dah mais os seus filhos: Sela, Perez e Zoro. Havia ainda Er, que era o mais velho, e Onã, o segundo, mas estes morreram-lhe na terra de Canaã. Os filhos de Perez eram: Hezron e Hamul. 13Ishochar e os seus filhos: Tola, Puva, Yaoháv e Simrom. 14Zabulón, com os seus filhos: Serede, Elom e Yaleel. 15Estes eram os filhos da sua mulher Leáh, não incluindo a filha Dina, que lhe nasceu em Padan-Aram. Ao todo eram 33 descendentes. 16Os outros foram: Gaóld e os seus filhos: Zifiom, Hagi, Suni, Ezbom, Eri, Arodi e Areli. 17Oshór com os filhos: Imna, Isva, Isvi, Beria e Sera, irmã deles; Beria tinha também os seguintes filhos: Heber e Molkhiúl. 18Estas dezasseis pessoas eram filhos de Yáohucov e de Zilpa, a criada de Leáh, que lhe tinha dado o seu pai Laván. 19Da parte de Roqaúl, a outra mulher de Yáohucov, contavam-se também estes catorze descendentes:
YÁOHU-saf e Benyamín, os dois únicos filhos que Roqaúl lhe deu. 20 YÁOHU-saf teve dois filhos que lhe nasceram no Terra de MITZRAIM: Menashé e Efroím, cuja mãe era Asenate, filha de Potífera, intermediário em Heliópolis (Om). 21Benyamín teve os seguintes filhos: Bela, Bequer, Asbel, Gera, Naamã, Ei, Rôs, Mupim, Hupim e Arde. 22-25Por fim havia ainda este grupo de sete pessoas descendentes de Yáohucov por parte de Bila, a criada dada por Laván à sua filha Roqaúl: Dayán que teve um filho: Husim. Neftali cujos filhos eram: Yazeel, Guni, Yezer e Silem. 26-27Portanto, na totalidade, todas as pessoas descendentes de Yáohucov vieram para o Terra de MITZRAIM, e sem contar com as mulheres dos seus filhos, foram sessenta e seis. No conjunto, com a família de YÁOHU-saf cujos filhos tinham já nascido no Terra de MITZRAIM, toda a casa de Yáohucov formava 70 indivíduos. 28-30 Yáohucov enviou
YAOHÚ-dah adiante avisar YÁOHU-saf de que estavam a caminho e de que chegariam em breve à terra de Góshen. E assim aconteceu. YÁOHU-saf mandou aprontar o seu carro e correu-lhe ao encontro, a Góshen. Quando se viram, caíram nos braços um do outro e choraram longamente de emoção. Então Yaoshorúl disse: "Agora posso morrer, porque te vejo de novo e sei que estás vivo!" 31-34E YÁOHU-saf, dirigindo-se aos irmãos e a toda aquela família, disse: "Vou avisar Faraóh de que já cá estão, de que já vieram da terra de Canaã para viverem comigo. E dir-lhe-ei também que vocês são anciãos e criadores de gado, e que trouxeram convosco os rebanhos, os animais e tudo o que têm, de forma que quando Faraóh vos chamar e vos perguntar o que fazem poderão dizer-lhe: 'Sempre temos sido anciãos, desde pequenos, aliás tal como os nossos pais e antepassados.' Se responderem assim, com certeza que ele vos deixará ficar a viver aqui nesta terra de Góshen." Porque em todo o resto do Terra de MITZRAIM os anciãos eram desprezados e considerados como gente indigna.

Bereshít 47

1 YÁOHU-saf veio à presença de Faraóh e anunciou-lhe: "Meu pai e meus irmãos chegaram de Canaã com os rebanhos, o gado e tudo quanto têm. Encontram-se, para já, instalados na terra de Góshen." 2-4E tinha trazido consigo cinco dos seus irmãos, que apresentou a Faraóh. Este perguntou-lhes: "Qual é a vossa actividade?""Somos anciãos, tal como os nossos antepassados. Viemos viver aqui para o Terra de MITZRAIM porque lá em Canaã não há pastagens para os rebanhos; a fome é muito maior do que cá. Nós queríamos pedir-te que nos deixasses viver na terra de Góshen." 5-6Faraóh disse a YÁOHU-saf: "Escolhe tu onde queres que eles vivam. Dá-lhes mesmo a melhor terra do Terra de MITZRAIM. Se querem a terra de Góshen está muito bem. E se houver dentre eles alguns que sejam bastante capazes, põe-nos como responsáveis dos meus rebanhos." 7-8Então YÁOHU-saf trouxe o seu pai Yáohucov para o apresentar ao Faraóh. E Yáohucov abençoou o rei. "Qual é a tua idade?", perguntou-lhe o Faraóh. 9-10"Tenho 130 anos, anos difíceis e de labutas, e não são tantos quantos os meus antepassados viveram." Antes de sair da presença do rei, Yáohucov abençoou-o de novo. 11-12E assim YÁOHU-saf reservou a melhor terra do Terra de MITZRAIM -a terra de Ramses para o seu pai e os irmãos viverem lá, tal como Faraóh tinha indicado. E forneceu-lhes alimentos, de acordo com os seus agregados familiares.

YÁOHU-saf e a fome

13-15A fome era cada vez maior. As pessoas morriam de miséria, tanto na terra de Canaã como no Terra de MITZRAIM. YÁOHU-saf conseguiu arrecadar todo o dinheiro tanto do Terra de MITZRAIM como de Canaã, em troca de trigo, e fê-lo depositar nos cofres reais. E quando já não havia mais moeda de troca, a população veio ter com YÁOHUsaf, chorando outra vez por mais comida."Já não temos dinheiro. Arranja-nos contudo maneira de termos de comer. Porque é que haveríamos de morrer?" 16"Bom, então dêem-me o vosso gado. Recebê-lo-ei em troca de comida." 17Trouxeram assim o gado a YÁOHU-saf para terem com que se alimentarem. E depressa toda a espécie de animais -cavalos, ovelhas, bois, jumentos, etc. -que havia no Terra de MITZRAIM tornaram-
se propriedade de Faraóh. 18-19No ano seguinte vieram de novo: "Não temos dinheiro, os animais já são todos teus, só temos as nossas vidas e as terras. Não queremos morrer! Compra-nos a nós e às nossas terras para servirmos o rei. Se nos vendermos por alimento ao menos não morreremos e nem as terras ficarão abandonadas." 20-22Dessa sorte YÁOHU-saf comprou toda a terra do Terra de MITZRAIM para Faraóh, e os egípcios venderam-se para o seu serviço. As únicas terras que ele não comprou foram as que pertenciam aos intermediários porque estes recebiam a alimentação de Faraóh e não necessitaram de vender coisa nenhuma.
23-24 YÁOHU-saf disse ao povo: "Comprei-vos, vocês e as vossas terras, para Faraóh. Portanto aqui está o trigo. Agora vão e semeiem a terra. Quando fizerem as colheitas, um quinto de tudo o que obtiverem pertencerá a Faraóh. Das quatro partes que ficam, terão de pôr de lado um tanto para semearem de novo em vistas do ano seguinte, e o resto é para se alimentarem -vocês, as vossas famílias, os vossos meninos." 25"Salvaste-nos a vida", disseram. "De bom grado seremos servos do rei." 26Foi dessa forma que YÁOHU-saf fez a lei, válida para todo o território do Terra de MITZRAIM e que ainda hoje está em vigor, em como deve ser paga ao Faraóh um imposto de um quinto de todos os cereais, excepto quanto ao que for produzido nas terras pertencentes aos Templos. 27E viveu Yaoshorúl na terra de Góshen, no Terra de MITZRAIM, tomando posse da terra e trabalhando-a, começando a prosperar e multiplicando-se muito. 28 Yáohucov viveu ainda dezassete anos depois que veio para o Terra de MITZRAIM. Ao todo foram 147 os anos da sua vida. 2931Quando sentiu que se aproximava o fim, chamou YÁOHU-saf e disse-lhe: "Quero pedir-te que dês solenemente a garantia em como respeitarás este último pedido que te vou fazer, e que mostrarás assim a tua afeição para comigo: quero que me enterres, não aqui no Terra de MITZRAIM, mas que me leves daqui e que ponhas o meu corpo, depois de eu morrer, junto com os meus pais." YÁOHU-saf garantiu-lhe que faria assim. E Yáohucov insistiu: "Mas jura-me". E ele jurou-lhe srael adorou, inclinando a cabeça sobre a cabeceira da cama.

Bereshít 48
Menashé e Efroím
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1Algum tempo depois disto vieram dizer a YÁOHU-saf que o pai estava doente. Então pegou nos seus dois filhos, Menashé e Efroím, e foram vê-lo. 2Quando Yáohucov ouviu que YÁOHU-saf ia chegar, juntou as poucas forças que ainda tinha e sentou-se na cama; saudou-o assim que ele chegou: 3-4" YÁOHUH ULHÍM, que tem todo o poder, apareceu-me em Luz, na terra de Canaã, e abençoou-me, prometendo-me: 'Farei com que te tornes numa grande nação, e darei esta terra de Canaã a ti e aos teus descendentes para sempre'. 5-7E agora, com respeito a estes teus dois filhos que te nasceram aqui no Terra de MITZRAIM antes que eu para cá viesse, adoptá-los-ei como se tivessem sido gerados por mim mesmo e herdarão com o mesmo direito que, por exemplo, Ro-ibén e Shamiúl. Mas outros filhos que possas ainda vir a ter, esses então sim serão teus e herdarão o que tiver cabido em herança a Efroím e Menashé. Nunca me esquecerei de que a tua mãe Roqaúl me morreu quando vinha ainda de Padan-Aram, a pouca distância de Efrata (ou Beth- Lékhem), e que tive de a sepultar ali, perto do caminho." 8Então atentou para os dois rapazes: "São estes os teus dois filhos?" 9"Sim, são os dois filhos que YÁOHUH ULHÍM me deu aqui no Terra de MITZRAIM.""Aproxima-os de mim para que os abençoe." 10-11Yaoshorúl já via mal por causa da sua muita idade. YÁOHU-saf trouxe-os junto do pai, que os beijou e os abraçou. E disse comovido: "Eu, que já nem pensava tornar a ver-te sequer a ti, agora YÁOHUH ULHÍM dá-me esta grande alegria de ver até os teus dois filhos!" 12-14Então YÁOHU-saf pegou nos moços pela mão, inclinou-se profundamente diante do pai e pô-los junto aos seus joelhos - Efroím à esquerda dele e Menashé à direita. Mas Yaoshorúl, ao estender os braços para eles, cruzou-os, pondo assim as mãos sobre as cabeças dos rapazes de forma que a direita ficou sobre Efroím e a esquerda sobre Menashé, o mais velho. Sabia portanto o que fazia. 15-16E abençoou YÁOHU-saf: "Que YÁOHUH ULHÍM, o Criador Eterno dos meus pais Ab’ruham e YÁOHUtz-kaq, YÁOHUH ULHÍM que me sustentou e me amparou durante toda a vida, abençoe ricamente estes moços. Ele é o anjo que me guardou de todo o mal. Que estes rapazes possam honrar o meu Shúam (Nome) e dos meus pais Ab’ruham e YÁOHUtz-kaq, e que se tornem uma poderosa nação." 17Mas YÁOHU-saf ficou contrariado quando viu que o pai punha a mão
direita sobre Efroím. E pegou na mão do pai para a colocar em cima da cabeça de Menashé: 18"Não, pai. Não é na cabeça desse que deves pôr a mão direita. Este é que é o mais velho, por isso é sobre ele que deves pô-la." 19Mas o pai recusou: "Eu sei o que estou a fazer, meu filho. Menashé também se há-de tornar numa grande nação, mas o mais novo será maior do que ele." 20-22E abençoou os rapazes assim: "Que Yaoshorúl se habitue a abençoar o seu companheiro dizendo: 'Que YÁOHUH ULHÍM te faça tão próspero como Efroím e como Menashé'". E acrescentou: "Estou a ponto de morrer, mas YÁOHUH ULHÍM estará contigo e levar-te-á de novo a Canaã, a terra dos teus antepassados. Eu dei-te em herança a belíssima terra de Siquem que é muito melhor do que a que caberá aos teus irmãos, e que eu tomei com a minha espada aos amorreus."

Bereshít 49
Yáohucov abençoa os filhos e conta as coisas futuras
1Então Yáohucov chamou todos os seus filhos e disse-lhes: "Juntem-se aqui, perto de mim e dir-vos-ei o que será de vocês no futuro. 2Ouçam-me, ó filhos de Yáohucov, escutem Yaoshorúl, o vosso pai!
3-4Ro-ibén, tu és o mais velho, o filho que eu tive na maturidade do meu vigor; és o primeiro em categoria e em honra. Mas inconstante como és, semelhante às vagas do mar, deixarás de ser o mais excelente porque me desonraste, deitando-te com uma das minhas mulheres, profanando o meu leito.
5-7Shamiúl e Leví são dois da mesma espécie. São homens de violência e injustiça. A minha alma manteve-se afastada deles, não quis participar nos seus intentos secretos. Que eu nunca participe nas suas iniciativas perversas; porque no seu ódio mataram homens, na sua excitação mutilaram o gado. Maldita seja a sua fúria, pois foi feroz e cruel. Por isso espalharei os seus descendentes por todo o Yaoshorúl.
8-12 YAOHÚ-dah, os teus irmãos te louvarão. Destruirás os teus inimigos. Os filhos do teu pai se inclinarão perante ti. És como um pequeno leão que acabou de tragar a sua presa. Deita-se, tal como um leão velho, e quem ousará despertá-lo? O cetro real não deixará de lhe pertencer, até que venha Sheló, a quem todo o mundo obedecerá. Ele amarrou o seu jumentinho à melhor vide, e lavou os seus fatos no vinho. Seus olhos são mais escuros do que o vinho, seus dentes mais brancos que o leite.
 13Zabulón habitará à beira do mar e terá os portos de que se servirão os navios. Os seus limites estender-se-ão até Sidon.
14-15 Ishochar é um possante animal de carga que repousa no meio dos fardos. Quando viu que a terra era boa e agradável para se viver, de boa vontade se entregou ao trabalho e aceitou a tarefa que lhe era imposta. Dayán governará o seu povo tal como qualquer outra tribo de Yaoshorúl. Ele será como uma serpente no caminho, como uma víbora à beira da estrada que morde as patas do cavalo, o qual lança o cavaleiro ao chão. Eu confio na tua salvação, YÁOHUH ULHÍM!
19Gaóld será atacado por um bando de guerrilheiros, mas ele os atacará pelos calcanhares. 20Oshór produzirá alimento abundante e de finíssima qualidade, próprio de reis.21Neftali é como uma corsa à solta, produzindo lindas crias.
22-26YÁOHU-saf é como uma árvore frutífera, produzindo frutos junto duma fonte. Os seus ramos passam acima do muro. Foi seriamente ferido por aqueles que se atiraram sobre ele e que o perseguiram. Mas as armas deles foram inutilizadas pelo poderoso de Yáohucov, o seu apacentador, o rochedo de Yaoshorúl.
Que YÁOHUH ULHÍM dos teus pais, aquele que tem todo o poder, te abençoe com as bênçãos dos shuaólmayao (ceus) e também com as da terra, as bênçãos dos seios, assim como as da madre, as bênçãos do trigo e a das flores, bênçãos que cheguem até aos altos cimos das colinas eternas. Estas serão as bênçãos que descerão sobre a cabeça de YÁOHU-saf, que teve de se separar dos irmãos.
27Benyamín é um lobo que despedaça. Devora os seus inimigos logo de manhã e pela tarde reparte os despojos."

A morte de Yáohucov

28-32Estas são as bênçãos que Yaoshorúl deu aos doze filhos. Depois disse-lhes: "Vou morrer em breve. Vocês deverão pôr-me junto dos meus pais na terra de Canaã, na gruta que está no campo de Macpela, diante de Mamre, o campo que Ab’ruham comprou a Efrom, o heteu, como terreno para sepultura. Foi lá que sepultaram Ab’ruham e Soroáh, a sua mulher; e ainda YÁOHUtz-kaq mais a sua mulher Ro-évka; eu próprio lá pus o corpo de Leáh. Essa gruta mais o campo foram comprados pelo meu avô Ab’ruham aos filhos de Hete." 33Tendo acabado de dar aquelas profecias mais estas indicações aos filhos, deitou-se, acomodou-se na cama, deu um último suspiro e aleceu.


Bereshít 50

1-3 YÁOHU-saf lançou-se sobre o rosto do pai e chorou sobre ele, beijando-o. Depois ordenou aos criados que mandassem embalsamar o corpo, o que foi feito pelos especialistas. O processo de embalsamento levou quarenta dias e o luto nacional durou setenta. 4Passado esse períod YÁOHU-saf foi ter com a corte de Faraóh e disse-lhes que intercedessem junto do rei a favor dele: 5"Digam a Faraóh que o meu pai me fez jurar que levaria o seu corpo para a terra de Canaã para lá o sepultar. Digam-lhe que prometo regressar  sem demora." 6Faraóh concordou: "Vai e sepulta o teu pai tal como ele te pediu." 7-9 YÁOHU-saf foi e
acompanharam-no o conjunto dos conselheiros de Faraóh, assim como o dos seus assistentes e todos os anciãos da terra. Além disso foi também toda a família de YÁOHU-saf, assim como os seus irmãos e as respectivas famílias, deixando ficar apenas os meninos, os rebanhos e o gado. Constituiu-se dessa forma um desfile extremamente concorrido, com carros e com cavaleiros. 10-11Quando chegaram à Eira do Espinhal, do outro lado do Yardayán, fizeram um grande e solene funeral com um período de sete dias de pesar pelo pai de YÁOHU-saf. A gente daquela terra, os cananeus, vendo aquilo chamaram ao sítio Abúl-Mizraim, porque diziam: "Isto deve ter sido um grande luto e uma grande perda para os egípcios!" 12-13E assim fizeram os filhos de Yaoshorúl conforme ele lhes tinha mandado; levaram o corpo para a terra de Canaã, sepultaram-no na gruta de Macpela que Ab’ruham tinha comprado com o campo em que ela se encontrava, a Efrom o heteu, em frente de Mamre. 14-15Depois YÁOHU-saf voltou para o Terra de MITZRAIM, assim como os irmãos e todos aqueles que os acompanharam no funeral do pai. Mas agora que este falecera os
irmãos de YÁOHU-saf começaram a ter receios: "A partir de agora", diziam entre si, " YÁOHU-saf é capaz de querer vingar-se do mal que lhe fizemos." 16-17Por isso mandaram-lhe uma mensagem: "O teu pai antes de morrer deixou instruções pedindo-te que perdoasses aos teus irmãos as transgressões e o pecado que cometeram. Nós, que servimos YÁOHUH ULHÍM do teu pai, rogamos-te pois que nos perdoes." Quando YÁOHU-saf tomou conhecimento disto que lhe mandaram dizer, não se conteve e chorou. 18Mais tarde vieram os irmãos, que se inclinaram diante dele e disseram: "Somos teus servos". 19-21Mas YÁOHU-saf respondeu: "Não tenham receio de mim. Sou eu YÁOHUH ULHÍM para poder julgar e castigar-vos? A verdade é que aquilo que vocês reconhecem como o mal que me fizeram, YÁOHUH ULHÍM o mudou em bem, e me elevou até este alto cargo que agora ocupo, de forma a salvar a vida de muita gente. Não, não tenham medo. Podem estar certos de que tomarei conta de vocês e das vossas famílias." E assim lhes falou afectuosamente, retransmitindo-lhes confiança.

A morte de YÁOHU-saf

22-23 YÁOHU-saf, os irmãos e suas respectivas famílias continuaram a viver no Terra de MITZRAIM. YÁOHU-saf tinha 110 anos quando morreu. Mas viveu o bastante para poder ver os filhos do seu filho Efroím e os filhos de Maquir, que era filho de Menashé, os quais teve a alegria de ter nos seus joelhos. 24-25"Vou morrer em breve", disse YÁOHU-saf aos irmãos, "mas YÁOHUH ULHÍM virá com certeza buscar-vos para vos tirar desta terra do Terra de MITZRAIM e vos levar para aquela que prometeu a Ab’ruham, a YÁOHUtz-kaq e a Yáohucov." E fez que os irmãos lhe prometessem solenemente, com juramento, que levariam o seu corpo para Canaã.
26Assim morreu YÁOHU-saf com 110 anos. Embalsamaram-no e puseram-no num caixão, na Terra de MITZRAIM.