quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Bamidbár

Bamidbár

Bamidbár 1

Recenseamento dos Yaoshorulítas

1No dia quinze de Abril do segundo ano depois dos Yaoshorulítas terem deixado o Egipto, YÁOHU ULHÍM deu as seguintes instruções a Mehushúa, que se encontrava nessa ocasião no tabernáculo enquanto Yaoshorúl estava acampado na península de Sinai: 2-15"Faz um recenseamento de todos os homens Yaoshorulítas, a partir da idade de vinte anos, que sejam aptos para combater; indica também a tribo e a família de cada um. Tu e Aharón ficarão responsáveis por essa iniciativa, e serão assistidos pelos chefes de cada tribo. Deste modo: Ro-ibén --Ulitzur, filho de Sedeur; Shamiúl --Salumiul, filho de Tzuri-shuaodai; YAOHÚ-dah --Naoshon, filho de Aminaodab; Ishoachar --Naokhan-Úl, filho de Zuar; Zabulón --Uliab, filho de Helom; Dos filhos de YÁOHU-saf: Efroím --Ulishama, filho de Amiude; Menashé --Gamaliel, filho de Pedazur; Benyamín -- Abidã, filho de Gideoni; Dayán --Alezer, filho de Amishua-odái; Oshór --Pagiel, filho de Ocrã; Gaóld -- Uliyafe, filho de Deu-Úl; Neftali --Airá, filho de Enã. " 16Foram estes os nomeados para a tarefa indicada. 17-19Nesse mesmo dia Mehushúa e Aharón, com os chefes acima indicados, convocaram todos os homens de Yaoshorúl com idade a partir de vinte anos para virem registrar-se e indicar a sua tribo e família, tal como YÁOHU ULHÍM mandara a Mehushúa: 20-46Foi esta a contagem final: Ro-ibén, o filho mais velho de YÁOHU-caf --46.500 Shamiúl --59.300 Gaóld --45.650 YAOHÚ-dah - 74.600 Ishoachar --54.400 Zabulón --57.400 YÁOHU-saf: Efroím --40.500 YÁOHU-saf: Menashé --32.200 Benyamín --35.400 Dayán --62.700 Oshór --41.500 Neftali --53.400 Total: --603.550 47-53Esta relação não inclui os Levítas porque YÁOHU ULHÍM tinha dito a Mehushúa que isentasse os Levítas dessa obrigação e não os incluísse no recenseamento; pois a sua actividade está relacionada com o tabernáculo e o seu transporte. O dever deles já é viver junto dele, e assim, quando tiver de ser deslocado, os Levitas terão de o desmontar para tornar a armá-lo onde for preciso. Outra pessoa, quem quer que seja, que venha a tocar nele morrerá. Cada tribo levantará o seu acampamento em áreas separadas, com a sua bandeira própria. Mas os Levítas agrupar-se-ão à volta do tabernáculo como uma parede entre o povo e a severidade de YÁOHU ULHÍM santo -para os proteger da ira celestial contra os pecados deles." 54Todas estas instruções de YÁOHU UL a Mehushúa foram postas em execução.

Bamidbár 2

Disposição das tribos quando acampadas

1 YÁOHU ULHÍM deu mais as seguintes ordens a Mehushúa e a Aharón: 2"Cada tribo deverá ter o seu próprio espaço para instalar as tendas, cada uma sob o respectivo pendão, e cada família com a respectiva insígnia; e hão-de dispor-se de forma a que fique no meio o tabernáculo." 3-31Será assim a sua localização relativa: YAOHÚ-dah Nassom, filhoA oriente do74.600"de Aminaodab tabernáculo Ishochar Naokhan-Úl, filhoJunto a YAOHÚ-dah 54.400"de Zuar ZabulónUliab, filhoJunto de Ishochar57.400"de Helom Portanto o total de todos aqueles que acampavam do lado de YAOHÚ-dah era de 186.400. Estas três tribos eram as que seguiam à frente quando todo o povo tinha de se deslocar para se instalar noutro sítio. Ro-ibén Ulitzur, filhoA sul do46.500"de Sedeur Tabernáculo Shamiúl Salumiul, filho Junto de Roibén59.300" de Tzuri-shuaodai Gaoldul-yafe, filho Junto de Shamiúl 45.650"de Deu-Úl O total dos que ficavam do lado de Ro-ibén foi pois de 151.450. E iam após o grupo anterior quando tinham que viajar. Só então vinha o tabernáculo, com os Levítas. Sempre que se deslocavam cada tribo mantinha-se sob a sua própria bandeira, tal como quando estavam acampados, separados umas das outras. EfroímUlishama, filhoA ocidente do40.500"de Amiudetabernáculo MenashéGamaliel, filhoJunto de Efroím32.200"de Pedazur BenyamínAbidã, filhoJunto de Menashé35.400"de Gideoni .O total dos que faziam este conjunto com Efroím foi assim de 108.100; seguiam após os outros na linha de marcha. DanAlezer, filhoA norte do62.700"de Amishua-odáitabernáculo AserPagiel, filhoJunto de Dan41.500"de Ocrã Neftali Airá, filho Junto de Aser 53.400 "de Enã Era pois o total dos que estavam do lado de Dayán 157.600, e fechavam a coluna de marcha nas deslocações do povo. 32-33Os exércitos de Yaoshorúl totalizavam 603.550 indivíduos -não incluindo os Levítas que não eram tidos nessa contagem, conforme a indicação de YÁOHU ULHÍM a Mehushúa. 34Estabelecia assim o povo de Yaoshorúl os seus acampamentos; cada tribo sob o seu estandarte, no local que YÁOHU ULHÍM mostrava a Mehushúa.


Bamidbár 3

A tribo de Leví

1-2No tempo em que YÁOHU ULHÍM falou a Mehushúa no Monte Sinai, eram os seguintes os filhos de Aharón: Naodáb, o mais velho, Abiú, Úlozor e Itamar. 3Eram todos ungidos como intermediários e separados para administrar as coisas sagradas no tabernáculo. 4Contudo Naodáb e Abiú morreram perante YÁOHU ULHÍM no deserto de Sinai quando lhe ofereceram fogo estranho que não era sagrado. E como não tinham filhos, ficaram apenas Úlozor e Itamar para assistirem a seu pai, Aharón. 5Então YÁOHU ULHÍM disse a Mehushúa: 6-10"Convoca a tribo de Leví e apresenta-os a Aharón e seus assistentes. Eles deverão seguir as suas instruções e cumprir com os deveres sagrados no tabernáculo a favor do povo de Yaoshorúl. Ficam a seu cargo todo o material e mobiliário, assim como a manutenção do tabernáculo. Contudo apenas Aharón e seus filhos poderão desempenhar as funções de intermediário. Outra pessoa, seja quem for, que tentar executar essas funções deverá morrer." 11E disse-lhe mais YÁOHU ULHÍM: 12-13"Separei para mim os Levítas em lugar dos filhos mais velhos do povo de Yaoshorúl. Portanto os Levítas são meus em troca de todos os primogénitos. Desde o dia em que matei os filhos mais velhos das famílias do Egipto, separei para mim os primeiros filhos a nascer aos casais Yaoshorulítas, assim como também aos próprios animais! São meus. Eu sou YÁOHU ULHÍM." 14-20 YÁOHU ULHÍM falou-lhe de novo na península de Sinai, dizendo: "Recenseia a tribo de Leví, indicando o número de pessoas em cada família. Conta cada indivíduo, de sexo masculino, a partir da idade de um mês". Foi o que Mehushúa fez, sendo estes os nomes dos filhos de Leví e dos seus filhos. 21-26 Filho de Leví: Gerson"Netos de Leví (e nomes das famílias): Libni e Simei"Resultado do censo: 7.500"Chefe da clã: Uliyafe, filho de Lael"Localização do acampamento: A oriente do tabernáculo. Responsabilidade: Estas duas famílias de Levítas têm a responsabilidade de cuidar da manutenção do tabernáculo: das suas cobertas, das cortinas da entrada, das que rodeiam o pátio das portas do pátio, do altar, e das cordas para atar todo o tabernáculo, sempre que preciso. 27-32 Filho de Leví: Coate"Netos de Leví (e nomes das famílias): Amram, Izar, Hebron, Uzul"Resultado do censo: 8.600"Chefe do clã: Elzafã, filho de Uzul"Localização do acampamento: A sul do tabernáculo. Responsabilidades: As responsabilidades destas quatro famílias incidem sobre a arca, a mesa, o candelabro, os altares, os vários utensílios usados no tabernáculo, o véu, e todas as reparações que for necessário fazer em cada uma dessas coisas ota: Úlozor, filho de Aharón, será o administrador responsável sobre os chefes dos Levítas, com a especial responsabilidade da superintendência geral do Templo. 33-37 Filho de Leví: Merari"Netos de Leví (e nomes das famílias): Mali e Musi"Resultado do censo: 6.200"Chefe do clã: Tzuriul, filho de Abiya-Úl"Localização do acampamento: A norte do tabernáculo Responsabilidades: Têm de cuidar de toda a estrutura do tabernáculo, das tábuas, das varas, das colinas, das bases, e também de todos os recipientes, assim como de equipamento necessário para o seu uso; e mais ainda das estacas e cordas." 38A área oriental em relação ao tabernáculo foi reservada para as tendas de Mehushúa, de Aharón e dos filhos, que tinham a responsabilidade superior do tabernáculo, a favor do Yaoshorúl. Quem não fosse intermediário nem levita e tentasse aproximar-se do tabernáculo teria de ser executado. 39Assim, o total dos Levítas, segundo a contagem de Mehushúa e de Aharón, de acordo com a ordem de YÁOHU UL, foi de 22.000 indivíduos do sexo masculino, a partir de um mês de idade. 40-41Então YÁOHU ULHÍM disse a Mehushúa: Recenseia agora os filhos primogénitos dos Yaoshorulítas a partir de um mês de idade, e faz o registo de cada nome. Quanto aos Levítas, esses serão meus -Eu sou YÁOHU ULHÍM - como substitutos dos primogénitos dos Yaoshorulítas; também me pertencem as primeiras crias do gado do povo." 42-43Assim fez Mehushúa. Tomou o censo dos filhos mais velhos do povo de Yaoshorúl, tal como YÁOHU ULHÍM lhe mandara, achando o total de 22.273. 44Disse YÁOHU ULHÍM a Mehushúa: 4548" Dá-me os Levítas em lugar dos primeiros filhos que nascerem aos Yaoshorulítas, e também o gado dos Levítas em lugar dos primeiros nascidos do gado de Yaoshorúl. Sim, os Levítas serão meus. Eu sou YÁOHU ULHÍM. Quanto aos 273 indivíduos que ultrapassam o número equivalente dos Levítas (22.000) hão-de ser resgatados, dando a Aharón e aos seus filhos a quantia de cinco moedas por cabeça. Cada moeda tem o valor de dez gramas de prata; conforme o peso do Templo." 49-51Dessa forma recebeu Mehushúa o dinheiro em resgate dos primogénitos Yaoshorulítas que estavam em excesso relativamente ao número dos Levítas. O dinheiro assim colectado atingiu um montante de 13,65 quilos de prata, que Mehushúa deu a Aharón e a seus filhos como YÁOHU ULHÍM lhe mandara.

Bamidbár 4

1Então YÁOHU ULHÍM disse a Mehushúa e a Aharón: 2-3"Tomem a soma do grupo familiar de Coate, da tribo de Leví. Serão contados todos os do sexo masculino, entre trinta e cinquenta anos, capazes de trabalharem no tabernáculo. 4Estes são os seus deveres quanto às coisas santas: 5-6Quando o acampamento for chamado a deslocar-se, Aharón e os filhos entrarão primeiramente no tabernáculo e descerão o véu, cobrindo a arca com ele. Seguidamente cobrirão o próprio véu com a coberta de peles de texugo, e sobre esta, um pano azul. Porão ainda os varais na arca. 7-8Depois deverão estender igualmente um pano azul sobre a mesa, na qual está exposto o pão da presença, e colocarão os pratos, as colheres, as taças, as tijelas e também o pão sobre esse tecido. Porão em cima disso tudo um pano carmezim e finalmente ainda uma coberta de pele de texugo. Então enfiarão os varais de transporte nos lados da mesa. 9-10Após isso cobrirão o castiçal com um pano azul, assim como as lâmpadas, os apagadores, os espevitadores e o reservatório de azeite. Todo este conjunto de objectos será depois coberto duma pele de texugo, e feito o seu acondicionamento colocado sobre uma armação, para ser transportado. 11Deverão depois estender um pano azul sobre o altar de ouro, cobri-lo com uma pele de texugo e pôr as varas nos seus cantos. 12Todos os outros utensílios do tabernáculo deverão ser acondicionados num tecido azul, cobertos com pele de texugo e postos numa armação de transporte. 13Hão-de ser tiradas as cinzas do altar, e este coberto com um pano de púrpura azul. 14Todos os utensílios do altar devem ficar sobre ele braseiros, garfos, pás, bacias e outros recipientes -e uma coberta de peles de texugo estendida sobre eles. Finalmente, as varas de transporte enfiadas lateralmente, nos seus lugares. 15Quando Aharón e os seus filhos tiverem terminado esta tarefa, os homens de Coate chegar-se-ão e carregarão os embrulhos, levando-os para onde o acampamento se deslocar. Mas não deverão tocar nos objectos sagrados, se não morrerão.Esta é portanto a sagrada tarefa dos descendentes de Coate. 16Úlozor, filho de Aharón, terá a responsabilidade do azeite para a iluminação, do incenso aromático, da oferta diária de cereais, do azeite da unção; na realidade, terá até a supervisão de todo o tabernáculo -tudo ali estará à sua responsabilidade." 17-20Então YÁOHU ULHÍM disse a Mehushúa e a Aharón: "Atenção que as famílias dos coatitas não se destruam a si mesmas! Para que eles não morram quando transportam as coisas santas, farás o seguinte: Aharón e os seus filhos entrarão e indicarão a cada um o que deve transportar. No entanto, eles nunca deverão entrar no Templo, nem sequer por um momento, nem olhar para os objectos sagrados; se não morrerão."

Os gersonitas

21-24Disse mais YÁOHU ULHÍM a Mehushúa: "Toma o número dos gersonitas da tribo de Leví, todos os homens entre trinta e cinquenta anos, capazes para o trabalho sagrado com o tabernáculo. Serão estas as suas funções: 25-28Levarão as cortinas do tabernáculo, e propriamente o conjunto do tabernáculo, com as cobertas, as peles de texugo, a cortina da porta; e ainda as cortinas do pátio e as da entrada deste; também deverão transportar as suas cordas e todos os acessórios respectivos. São plenamente responsáveis por tudo isto que foi referido. Aharón ou os seus filhos deverão indicar-lhe as tarefas; mas os gersonistas serão directamente responsáveis perante Itamar, intermediário, filho de Aharón.

Os meraritas

29-33Agora, conta os homens do grupo das famílias descendentes de Merari, da tribo de Leví, entre trinta e cinquenta anos, capazes para o serviço do tabernáculo. Quando o tabernáculo tiver de ser deslocado, deverão transportar toda a armação, as bases, as tábuas, assim como a estrutura envolvente do pátio, com as suas bases, estacas, cordas, e tudo o resto que esteja relacionado com isso e que sirva para a sua conservação. Distribui as tarefas por cada homem, notando o seu nome. A divisão de Merari será igualmente responsável perante Itamar, filho de Aharón."

As divisões de Levítas são contadas

34-49Assim Mehushúa, Aharón e os outros chefes tomaram o número dos homens da divisão de Coate, dos que tinham entre trinta e cinquenta anos, capazes para o serviço do tabernáculo, e acharam que havia um total de 2.750. Tudo isto foi feito para dar cumprimento às instruções de YÁOHU UL a Mehushúa. Idêntica contagem foi feita à divisão de Gerson, totalizando 2.630 indivíduos. E quanto à de Merari, contaram-se 3.200. Assim Mehushúa, Aharón e os chefes de Yaoshorúl acharam que todos os Levítas entre trinta e cinquenta anos, aptos para o serviço do tabernáculo e para o seu transporte, constituíam um total de 8.580 pessoas. Este censo foi realizado respondendo às ordens de YÁOHU UL a Mehushúa.

Bamidbár 5

A pureza do acampamento

1São mais estas as instruções de YÁOHU UL a Mehushúa: 2-3"Informa o povo de Yaoshorúl de que deverão pôr fora do seu acampamento todos os leprosos, todos os que tiveram um corrimento, ou que se tenham tornado impuros por terem tocado num morto. Isto aplica-se tanto a homens como a mulheres. Afastem-nos pois para que não contaminem o acampamento onde vivo no meio de vocês." 4A estas instruções foi portanto dado cumprimento. 5Então YÁOHU ULHÍM disse a Mehushúa: 6-10"Diz ao povo de Yaoshorúl que quando alguém, homem ou mulher, transgredir contra YÁOHU ULHÍM, faltando a um compromisso financeiro que tiver tomado, isso é um pecado. Terá de confessar o seu pecado e pagar à pessoa lesada a totalidade daquilo que defraudou, juntando ainda mais vinte por cento. E se esta última já tiver morrido, e não houver parentes próximos a quem a dívida seja paga, deverá entregar esse montante ao intermediário, juntamente com o cordeiro para a expiação da culpa. Aliás, sempre que o povo de Yaoshorúl trouxer um donativo a YÁOHU ULHÍM, este deverá ser sempre apresentado aos intermediários."

O teste da culpa de uma mulher infiel

11Falou mais YÁOHU ULHÍM a Mehushúa: 12-15"Diz ao povo de Yaoshorúl que se uma mulher cometer adultério, mas se não houver provas nem testemunhas, e o seu marido tiver ciúmes e suspeitas dela, trará a sua mulher ao intermediário com uma oferta, por ela, de três litros de farinha de cevada sem azeite nem incenso misturado -porque se trata de uma oferta de suspeitas - a fim de trazer à luz a verdade, e ver se ela é realmente culpada ou não. 16-22O intermediário deverá trazê-la diante de YÁOHU UL, porá água santa num jarro, misturando-lhe pó apanhado de chão do tabernáculo. Depois desliga-lhe os cabelos e põe-lhe a oferta nas mãos a fim de verificar se as suspeitas do marido são ou não justificadas. O intermediário ficará na frente dela, segurando no jarro de água amarga que traz consigo maldição. Mandá-la-á jurar que está inocente, e dir-lhe-á: 'Se mais nenhum homem dormiu contigo além do teu marido, ficarás livre dos efeitos desta água amarga que te trará maldição. Mas se na verdade cometeste adultério, então YÁOHU ULHÍM fará de ti uma maldição entre o teu povo, porque o teu interior se estragará, e o teu corpo inchará.' A mulher terá então de responder, 'Sim, que assim seja.' 23-24O intermediário escreverá estas maldições num livro e as apagará com aquela àgua; água essa que, quando a mulher vier a bebê-la, lhe provocará amargos no interior (no caso de estar culpada). 25-28O intermediário tomará a oferta de suspeitas das mãos dela e movê-la-á na presença de YÁOHU UL, levando-a depois para o altar. Tomará um punhado dessa farinha, fazendo queimar essa porção no altar, e nessa altura então dará a água a beber à mulher. Se esta se tiver manchado, cometendo adultério contra o seu marido, a água lhe fará amargos no interior, ficará com o corpo inchado e ficará estéril; tornar-se-á uma maldição no meio do povo. Mas se pelo contrário ela estiver isenta de culpa e não tiver cometido adultério nenhum contra o seu esposo, não sofrerá incómodo algum e poderá ficar a ter filhos. 29-31Esta é pois a lei respeitante a um marido que tenha suspeitas que a sua mulher se tenha eventualmente conduzido levianamente, para determinar se ela lhe tem sido ou não infiel. Ele a trará diante de YÁOHU UL e o intermediário fará aquilo que foi descrito acima. O seu marido nunca deverá ser julgado por causa da doença com que ela tiver sido amaldiçoada, porque só ela é responsável de tal coisa."

Bamidbár 6

Os nazireus

1 YÁOHU ULHÍM deu mais estas instruções para o povo de Yaoshorúl: 2-4"Quando alguém, homem ou mulher, fizer o voto especial de nazireu, consagrando-se a si mesmo a YÁOHU ULHÍM de uma forma especial, nunca mais em todo o tempo da sua especial consagração beberá bebida forte alcoolizada, ou vinho, ou vinagre de vinho, nem sequer vinho fresco ou sumo de uvas; nem até comer bagos de uvas, mesmo secas. Não deverá comer nada que venha de vinha, nem as grainhas nem as peles dos bagos! 5Em todo esse tempo não deverá cortar o cabelo porque é santo, consagrado a YÁOHU ULHÍM; por isso terá de deixar crescer o cabelo. 6-7Nunca se aproximará dum corpo morto em todo o tempo do seu voto, ainda mesmo que seja o corpo do seu pai, mãe, irmão ou irmã; porque se não, o seu voto ficará sem efeito. 812Ele é pois consagrado a YÁOHU ULHÍM em todo esse período. Se se tiver tornado impuro inadvertidamente, pelo facto de alguém cair morto na sua frente, ou perto de si, então sete dias mais tarde rapará a cabeça que se tornou impura; e ficará limpo dessa contaminação resultante de alguém morrer perto de sí subitamente, sem ele ter podido prevenir-se. No dia seguinte, no oitavo dia, trará duas rolas ou dois pombos ao intermediário, à entrada do tabernáculo. O intermediário oferecerá uma como expiação de pecado, e a outra como oferta queimada, fazendo expiação por esse pecado. E a pessoa deverá renovar o seu voto nesse dia, tornando a deixar crescer o cabelo. Os dias anteriores a essa contaminação serão perdidos, não contarão. Deverá recomeçar com um novo voto; terá de trazer um cordeiro macho, de um ano, como oferta de culpa. 13-17Na conclusão do período do seu voto de separação para YÁOHU ULHÍM, irá até à entrada do tabernáculo e oferecerá uma oferta queimada a YÁOHU ULHÍM, um cordeiro de um ano, sem defeito algum. Oferecerá igualmente uma oferta pelo pecado uma cordeira de um ano também sem defeito, e uma oferta de paz, que será um carneiro sem defeito; e ainda um cesto de pão sem fermento, bolos de farinha fina amassados com azeite, bolachas sem fermento untadas de azeite, e a respectiva oferta de cereais com as ofertas de vinho. O intermediário apresentará isto perante YÁOHU ULHÍM: primeiro a oferta pelo pecado e a oferta a queimar; depois o carneiro em sacrifício de paz, com o cesto do pão sem fermento; e finalmente os cereais com a oferta de vinho. 18-20Então o nazireu rapará o cabelo que lhe cresceu, e que era o sinal do seu voto de separação. Isto será feito à entrada do tabernáculo; depois do que o cabelo será queimado no fogo, debaixo do sacrifício de paz. Após a cabeça da pessoa ter sido rapada, o intermediário tomará a espádua assada do cordeiro, um dos bolos feitos sem fermento, uma das bolachas também sem fermento, e porá tudo nas mãos da pessoa. O intermediário balançará isso, dum lado para o outro, perante YÁOHU ULHÍM, com o gesto próprio da oferta; essas coisas todas constituem a porção santa reservada ao intermediário, juntamente com o peito e com a espádua oferecidos na presença de YÁOHU UL. Só então, depois disso, poderá de novo o narizeu beber vinho, porque está desligado do seu voto. 21Estes são os preceitos respeitantes aos nazireus e aos seus sacrifícios na conclusão do período da sua consagração especial. Aliás, além destes sacrifícios ele deverá trazer ainda qualquer outro sacrifício que tiver prometido durante o tempo em que fez o voto de se tornar nazireu."

A bênção sacerdotal

22-26Então YÁOHU ULHÍM falou assim a Mehushúa: "Diz a Aharón e aos seus filhos que será esta a bênção especial que darão ao povo de Yaoshorúl: 'Que YÁOHU ULHÍM vos abençoe e vos proteja; que a face de YÁOHU UL brilhe de alegria por vossa causa, que ele tenha misericórdia de vocês; que vos revele toda a sua boa vontade,"e vos dê a paz.' 27É Assim porão o meu nome sobre os filhos de YAOSHORUL, e eu os abençoarei.

Bamidbár 7

As ofertas de consagração do tabernáculo

1Mehushúa ungiu e santificou cada parte do tabernáculo, incluindo o altar e os seus utensílios, no dia em que acabou de o montar. 2-3Então os chefes de Yaoshorúl-os chefes das tribos, os homens que tinham organizado o recenseamentoma- trouxeram as suas ofertas. Consistiram elas em seis carros cobertos, cada um deles puxado por dois bois-um carro por cada dois chefes e um boi por cada um. Apresentaram-nos a YÁOHU ULHÍM diante do tabernáculo. 4-5"Aceita esses donativos", disse YÁOHU ULHÍM a Mehushúa, "e usa os carros para o serviço do tabernáculo. Dá-os aos Levítas para aquilo de que tiverem necessidade." 69Mehushúa deu os carros e os bois aos Levítas. Dois carros e quatro bois foram dados ao grupo de Gerson, para o serviço deles; para o de Merari, sob a chefia de Itamar, filho de Aharón, foram dados quatro carros e oito bois. Ao grupo de Coate não foi dado nenhum carro, nem nenhuma parelha de bois, porque esses foram designados para transportarem sobre os ombros o que lhe competia do tabernáculo. 10-11Os chefes também apresentaram ofertas de consagração no dia em que o altar foi ungido, e colocaram-nas perante o altar. YÁOHU ULHÍM disse a Mehushúa: "Que cada um deles traga os seus donativos para a consagração do altar, em dias diferentes." 12-17Assim Naoshon, filho de Aminaodab, da tribo de YAOHÚ-dah, trouxe a sua oferta no primeiro dia. Consistia ela numa salva de prata pesando um quilo e uma taça de prata de 500 gramas, ambas cheias de ofertas de farinha fina, amassada com azeite, como sacrifício de cereais. Trouxe também uma pequena caixa de ouro cheia de incenso, pesando cerca de 170 gramas. Além disso veio com um novilho, um carneiro, um cordeiro de um ano para holocausto e ainda um bode para a expiação de pecado. Para o sacrifício de paz: dois bois, cinco carneiros, cinco bodes e cinco cordeiros de um ano. 1823No dia seguinte foi a vez de Naokhan-Úl, filho de Zuar, chefe de tribo de Ishochar; este trouxe, como dons e ofertas, exactamente o mesmo que o precedente, Naoshon, que viera no dia anterior. 24-29No terceiro dia Uliab, filho de Helom, chefe da tribo de Zabulón, veio igualmente com as suas ofertas, e que eram também as mesmas que as dos outros. 30-35Seguiu-se Ulitzur, filho de Sedeur, chefe da tribo de Ro-ibén; era o quarto dia, e ofereceu a mesma coisa. 36-41No dia seguinte, o quinto, foi a vez de Salumiul, filho de Tzurishuaodai, chefe da tribo de Shamiúl, que se apresentou também com os mesmos dons. 42-47No dia seguinte veio Uliyafe, filho de Deu-Úl, chefe da tribo de Gaóld. Também este trouxe o mesmo que os outros anteriores. 48-53No sétimo dia foi Ulishama, filho de Amiude, chefe da tribo de Efroím, que veio com idênticas ofertas. 54-59Gamaliel, filho de Pedazur, chefe da tribo de Menashé, veio no oitavo dia com as mesmas dádivas. 60-65Seguidamente chegou-se -era o nono dia -Abidã, filho de Gideoni, chefe da tribo de Benyamín. Vinha com ofertas iguais às dos outros. 66-71Alezer, filho de Amishua-odái, chefe da tribo de Dayán, trouxe os seus presentes -sempre os mesmos -no décimo dia. 72-77Foi depois a vez de Pagiel, filho de Ocrã, chefe da tribo de Oshór, e trouxe, no décimo primeiro dia, as suas dádivas iguais às dos outros. 78-83E por fim, tendo chegado o décimo segundo dia, apresentou-se Airá, filho de Enã, chefe da tribo de Neftali, trazendo consigo as ofertas de sempre. 84-86E assim, no começo do dia em que o altar foi ungido, fez-se a sua consagração com estes dons dos chefes das tribos de Yaoshorúl. Portanto, no seu conjunto, as suas ofertas foram as seguintes: 12 salvas de prata, cada um pesando um quilo; 12 taças de prata, pesando cada 500 gramas; 12 caixas de ouro, sendo de aproximadamente 112 gramas o peso de cada peça; o peso total de ouro foi pois de cerca de 1,5 quilo. 87-88Para os holocaustos trouxeram: 12 novilhos, 12 carneiros, 12 cordeiros de um ano, com a sua oferta de cereais, e 12 bodes, para o sacrifício de expiação do pecado. Para o sacrifício de paz foram: 24 bois, 60 carneiros, 60 bodes, 60 cordeiros de um ano. 89Quando Mehushúa entrava no interior do tabernáculo para falar com YÁOHU ULHÍM, ouvia a voz dirigindo-se-lhe entre os dois querubins por cima do propiciatório que estava sobre a arca.

Bamidbár 8

A montagem das lâmpadas

1Disse YÁOHU ULHÍM a Mehushúa: 2"Diz a Aharón que quando acender as sete lâmpadas do candelabro, deverá fazê-lo de forma a que iluminem para a frente." 3-4E foi assim que fez Aharón. O candelabro, incluindo a decoração de flores sob as suas lâmpadas, era feito inteiramente de ouro batido, construído de acordo exactamente com o modelo que YÁOHU ULHÍM mostrar a Mehushúa.

A consagração dos Levitas

5Disse mais YÁOHU ULHÍM a Mehushúa: 6-8"Agora separarás os Levítas de entre o resto do povo de Yaoshorúl. Fá-lo espargindo sobre eles água de purificação, e fazendo-os raparem todo o pêlo do corpo e lavarem-se eles próprios assim como toda a sua roupa. E que tragam um novilho mais uma oferta de cereais feita de fina farinha misturada com azeite, e ainda mais outro novilho para sacrifício pelo pecado. 911Seguidamente traz os Levítas para a frente da porta do tabernáculo, e manda que todo o resto do povo venha assistir. Aí os chefes das tribos porão as mãos sobre eles, e Aharón, com o gesto próprio do oferecimento, apresentá-los-á a YÁOHU ULHÍM como uma dádiva feita por toda a nação de Yaoshorúl. Os Levítas representam todo o povo ao serviço de YÁOHU UL. 12-13Seguidamente, os chefes Levítas deverão pôr as mãos sobre as cabeças dos novilhos e oferecê-los a YÁOHU ULHÍM; um deles será por oferta pelo pecado e o outro como holocausto, para fazer expiação pelos Levítas. Então os Levítas serão apresentados a Aharón e aos seus filhos, com o gesto próprio de oferecimento, como qualquer outra oferta que é dada a YÁOHU ULHÍM através dos intermediários. 14-15Será então desta maneira que serão dedicados os Levítas, de entre o resto do povo de Yaoshorúl, e os Levítas serão meus. Depois de terem sido assim santificados e oferecidos, entrarão e sairão do tabernáculo conforme precisarem para a realização do seu trabalho normal. 16-19Eles são meus, de entre todo o povo de Yaoshorúl, e aceitei-os em lugar de todos os filhos primogénitos dos Yaoshorulítas -tomei-os pois por seus substitutos. Porque todo o primeiro filho que uma mãe tiver, no meio do povo de Yaoshorúl, será meu, tanto entre os homens como entre os animais. Reclamei isso para mim na noite em que fiz morrer os filhos mais velhos no Egipto. Por isso aceitei os Levítas em lugar dos primeiros filhos dos Yaoshorulítas. E dá-los-ei a Aharón e aos filhos. Os Levitas cumprirão todos os sagrados deveres requeridos do povo de Yaoshorúl no tabernáculo, e oferecerão os sacrifícios do povo, fazendo expiação por eles. Dessa forma não haverá mortandade entre os Yaoshorulítas, como haveria se o povo comum se aproximasse do tabernáculo." 20-22Mehushúa, Aharón e todo o povo de Yaoshorúl dedicaram então os Levítas, seguindo cuidadosamente as instruções dadas por YÁOHU ULHÍM a Mehushúa. Os Levítas purificaram-se, lavaram as suas roupas e Aharón apresentou-os a YÁOHU ULHÍM com o gesto próprio de oferta. E depois cumpriu o rito de expiação sobre eles, para os purificar. Seguidamente entraram no interior do tabernáculo, como assistentes de Aharón e dos seus filhos. Tudo foi feito conforme o que YÁOHU ULHÍM ordenara a Mehushúa. 23-24 YÁOHU ULHÍM deu mais estas instruções a Mehushúa: "Os Levítas deverão começar o serviço no tabernáculo com a idade de vinte e cinco anos, e deverão retirar-se aos cinquenta. Após essa idade poderão ainda executar serviços leves, mas não terão responsabilidades regulares."

Bamidbár 9

Celebração da Pósqayao

1 YÁOHU ULHÍM deu estas instruções a Mehushúa quando ele e todo o povo estavam na península de Sinai, durante o primeiro mês do segundo ano, depois da saída do Egipto: 2-3"O povo de Yaoshorúl deverá celebrar a Pósqayao anualmente no dia catorze deste primeiro mês, começando ao princípio da noite. Procurem seguir estritamente todas as minhas instruções respeitantes a esta celebração." 4-5E Mehushúa anunciou que a celebração da Pósqayao começaria na noite do dia catorze, ali na península do Sinai, e a celebração fez-se tal como YÁOHU ULHÍM mandara. 6-7Mas aconteceu que algumas pessoas que tinham tocado num morto se encontravam ritualmente impuras, pelo facto de terem tocado num corpo morto; por essa razão não podiam comer o cordeiro da Pósqayao nessa noite. Vieram então ter com Mehushúa e com Aharón, e explicaram-lhes o seu problema, queixando-se pelo facto de serem impedidos assim de oferecer os seus sacrifícios a YÁOHU ULHÍM na ocasião ordenada por ele. 8-9Mehushúa disse que perguntaria a YÁOHU ULHÍM acerca desse assunto, e foi esta a resposta de YÁOHU ULHÍM: 10-12"Se alguém do povo de Yaoshorúl, agora ou nas gerações futuras, se tornar impuro na altura da Pósqayao por ter tocado num corpo morto, ou se estiver a viajar e não puder estar presente, pode mesmo assim celebrar a Pósqayao, mas fá-lo-á um mês mais tarde; ou seja: no dia catorze, mas do segundo mês, começando sempre à noite. Comerão pois o cordeiro nessa altura, com pão sem fermento e com ervas amargas. E nada deixarão disso para o dia seguinte; tão pouco quebrarão nenhum osso do animal; deverão seguir todas as instruções acerca da Pósqayao. 13Contudo, se aparecer alguém que não esteja impuro, nem de viagem, e que mesmo assim recuse celebrar a Pósqayao no seu tempo próprio, deverá ser expulso do povo de Yaoshorúl por se negar a sacrificar a YÁOHU ULHÍM na ocasião devida. Deverá pois carregar com a sua culpa. 14Por outro lado, se um estrangeiro, que viva no vosso meio, desejar celebrar a Pósqayao a YÁOHU ULHÍM, terá de seguir todas estas mesmas indicações. Há só uma lei para toda a gente."

A nuvem por cima do tabernáculo

15-20E nessa noite a nuvem mudou de aparência e tornou-se em fogo, assim permanecendo através da noite. Aliás ficou a ser sempre assim -de dia era uma nuvem, e de noite mudava o seu aspecto para um fogo. Quando a nuvem se levantava e se movia, o povo de Yaoshorúl deslocava-se até onde ela parasse, e aí acampavam. Desta maneira caminhavam sempre na direcção em que YÁOHU ULHÍM os mandava, e estacionavam onde ele quisesse, permanecendo nesse local tanto tempo quanto a nuvem ali se demorasse. Se ela se mantivesse muito tempo, assim lá ficavam; se apenas se demorasse uns dias, era pois só por esses dias que o acampamento lá estava. Tinha sido expressamente essa a ordem de YÁOHU UL. 2123Por vezes a nuvem-fogo parava só por uma noite, e logo continuava a mover-se pela manhã seguinte. Contudo, fosse como fosse, de dia ou de noite, sempre que ela se movia, o povo levantava o acampamento e seguia-a. Ficasse a nuvem sobre o tabernáculo, dois dias, um mês, um ano que fosse, esse era o espaço de tempo em que o povo estacionava. Logo que se movia, eles seguiam-na. Desta forma, acampavam ou viajavam sempre sob o mandado de YÁOHU UL. E tudo o que YÁOHU ULHÍM dizia a Mehushúa para eles fazerem, faziam.

Bamidbár 10

As duas trombetas de prata

1Então YÁOHU ULHÍM disse a Mehushúa: 2-4"Faz duas trombetas de prata batida, para com elas convocares o povo para uma reunião, ou para levantarem o acampamento. Quando ambas as trombetas tocarem ao mesmo tempo, o povo ficará a saber que deverá juntar-se à entrada do tabernáculo. Se for uma só a tocar, então é porque são só convocados os chefes das tribos para virem ter contigo. 5-8Serão também precisos toques diferentes para distinguir entre a convocação de toda a assembleia do povo e o sinal de levantar o acampamento e continuar a marcha. Então, quando se tratar do sinal de prosseguir a deslocação, as tribos que estão a oriente do tabernáculo serão as primeiras a partir; ao segundo sinal, ir-se-ão as que estão ao sul. Só aos intermediários é permitido tocar as trombetas. É uma ordem permanente, a ser seguida por toda as gerações vindouras. 9-10Quando chegarem à terra prometida e tiverem de combater, YÁOHU ULHÍM vos ouvirá e vos salvará dos vossos inimigos quando tocarem em sinal de alarme, com estas duas trombetas. Usem-nas pois, igualmente em tempos de alegria como por exemplo nas vossas festividades anuais, assim como no início de cada mês, para se alegrarem com os vossos holocaustos e sacrifícios de paz, como memorial para o povo de Yaoshorúl da aliança que YÁOHU ULHÍM fez convosco. Eu sou YÁOHU ULHÍM, o vosso Criador Eterno."




Os Yaoshorulítas deixam o Sinai

11-13A nuvem ergueu-se então sobre o tabernáculo no dia 20 do segundo mês do segundo ano após a saída de Yaoshorúl do Egipto; e foi assim que os Yaoshorúlitas deixaram o deserto do Sinai, seguindo a nuvem até ela se deter sobre o deserto de Parã. Esta foi então a sua primeira deslocação após terem recebido as instruções que YÁOHU ULHÍM deu a Mehushúa respeitantes às viagens que teriam de realizar. 14-16À cabeça da coluna ia a tribo de YAOHÚ-dah, agrupada atrás do seu pendão, e conduzida por Naoshon, o filho de Aminaodab. Logo a seguir vinha a tribo de Ishochar, chefiada por Naokhan-Úl, filho de Zuar, e após eles, a tribo de Zabulón, com Uliab (filho de Helom) à frente. 17O tabernáculo fora pois desarmado; e os homens dos grupos de Gerson e de Merari, da tribo de Leví, vinham logo a seguir na linha de marcha, transportando o tabernáculo aos ombros. 18-20Vinha a seguir a bandeira do campo de Ro-ibén, com Ulitzur, filho de Sedeur, conduzindo o povo. E depois era a tribo de Shamiúl, trazendo à cabeça Salumiul, filho de Tzuri-shuaodai; e após eles, a tribo de Gaóld, com Uliyafe, filho de Deu-Úl. 21Seguiam-se lhes os coatitas, carregando com os objectos que lhes competiam, do interior do Templo. Quando estes chegavam ao novo local, já os outros tinham montado a estrutura do tabernáculo. 22-27A seguir, na ordem da coluna, vinha a tribo de Efroím, sob a sua bandeira, conduzindo por Ulishama, filho de Amiude; e depois a tribo de Menashé, com Gamaliel (filho de Pedazur) à frente, e a tribo de Benyamín, levados por Abidã, filho de Gideoni. A coluna fechava com as seguinte três tribos, ordenadas assim: Dayán sob a chefia de Alezer, filho de Amishua-odái; Oshór, com Pagiel, filho de Ocrã, como chefe; e Neftali, conduzidos por Airá, filho de Enã. 28Esta era a ordem pela qual se deslocavam as tribos. 29Um dia Mehushúa disse para o seu cunhado Hobabe, filho de Roe-Úl, midianita, sogro de Mehushúa: "Estamos, enfim, a caminhar para a terra prometida! Vem connosco e te faremos bem. Olha que YÁOHU ULHÍM fez promessas maravilhosas a Yaoshorúl!" 30Mas ele respondeu-lhe: "Não, eu tenho de regressar à minha terra e à minha família." 3132" Fica connosco", insistiu Mehushúa, "porque, sendo que conheces bem todos os caminhos do deserto, seria uma grande ajuda para nós. Já sabes, se vieres, partilharás connosco de todas as boas coisas que YÁOHU ULHÍM nos der e nos fizer." 33E assim viajaram durante três dias, após terem deixado o monte de YÁOHU UL, levando a arca à cabeça da coluna, para lhes mostrar o local onde deviam parar. 34Era de dia quando iniciaram a marcha, com a nuvem deslocando-se à frente deles. 35E quando a arca partia, Mehushúa dizia: "Levanta-te, YÁOHU ULHÍM, e dispersa os teus inimigos! Que fujam diante de ti!" 36Assim também, quando a arca tornava a ser posta no chão, dizia: "Volta, YÁOHU ULHÍM, para os milhares de Yaoshorúl!"

Bamidbár 11

Fogo de YÁOHU UL

1Em breve o povo começou a lamentar-se devido a vários contratempos; e YÁOHU ULHÍM ouviu isso. A sua ira acendeu-se contra eles por causa dessas queixas, e uma extremidade do acampamento começou a ser destruída por fogo divino. 2Então gritaram a Mehushúa por socorro; quando este orou por eles, o fogo apagou-se. 3Daí em diante, aquela área ficou sendo conhecida pelo Local Ardente, porque ali ardera o fogo de YÁOHU UL. YÁOHU ULHÍM envia codornizes 4-6Ora aquela gente que tinha vindo do Egipto com eles começou a ter grandes saudades das coisas que lá tinham. Isto aumentou o descontentamento do povo de Yaoshorúl, de tal forma que começaram a chorar dizendo: "Quem nos dera comer carne! Ah! Se tivéssemos daquele peixe do Egipto que comíamos de graça, assim como os pepinos, os melões, os alhos porros, as cebolas, os alhos! Aqui as nossas energias gastam-se e somos coagidos a aceitar dia a dia este maná!" 7-9O maná era mais ou menos do tamanho de uma semente de coentro, e parecia-se com as gotas de resina que escorrem pelo tronco de uma árvore. O povo recolhia-o do chão, moía-o em moinhos para o transformar em farinha, ou pisava-o num almofariz, cozia-o e fazia bolos; sabia como qualquer bolo frito em azeite. O maná caía com o orvalho, durante a noite. 10-11Mehushúa ouviu aquelas famílias todas a lamentarem-se e a chorar à porta das tendas. Então a ira de YÁOHU UL acendeu-se. Mehushúa igualmente ficou indignado, e disse a YÁOHU ULHÍM: "Porque é que me deste este castigo de ter de carregar com um povo de tal natureza? 12-15São eles por acaso meus filhos? Serei eu pai deles? Por que razão tenho de cuidar zelosamente por eles, como se fossem criancinhas, até que cheguem à terra que prometeste aos seus antepassados? Onde vou eu arranjar agora carne para toda esta gente que está para aí a chorar por ela? Não posso levar sozinha esta nação! É um fardo demasiado pesado para mim! Se é isso que tencionas fazer-me, então será melhor tirares-me a vida já; é um favor que te peço! Tira-me desta situação impossível!" 16-17Então YÁOHU ULHÍM respondeu-lhe: "Convoca à minha presença setenta anciãos de Yaoshorúl. Trá-los até ao tabernáculo, e que ali fiquem contigo. Descerei, falarei ali contigo, tirarei do RÚKHA que está sobre ti e pô-lo-ei também sobre eles; levarão assim também o fardo do povo contigo, para que não esteja só sobre ti essa tarefa. 18-20E diz ao povo que se purifique, pois que amanhã terão carne para comer. Diz-lhes assim: 'YÁOHU ULHÍM ouviu as vossas chorosas lamúrias a respeito de tudo o que deixaram lá no Egipto, e vai dar-vos carne. Comê-la-ão então; mas não será só por um dia ou dois, ou cinco ou dez, ou mesmo vinte dias! Será durante todo o mês que hão-de comer carne, até que a vomitem de nojo, até que a deitem pelo nariz e pelos olhos. Porque rejeitaram YÁOHU ULHÍM, que está aqui no vosso meio, e lamentaram ter saído do Egipto!'" 21-22"Mas, YÁOHU ULHÍM", retorquiu Mehushúa, "são pelo menos 600.000 homens válidos, além das mulheres e das crianças, e tu lhes prometes carne para um mês inteiro! Nem que matássemos todos os rebanhos, todo o gado, isso chegaria! Teríamos de pescar todo o peixe do oceano para poder cumprir tal promessa!" 23"Desde quando se tornou mais curto o meu braço? Em breve verás se as minhas palavras se concretizam ou não." Foi a resposta de YÁOHU UL. 24Mehushúa saiu do tabernáculo e veio relatar as palavras de YÁOHU ULHÍM ao povo. Juntou então os setenta anciãos e pô-los à roda do tabernáculo. 25 YÁOHU ULHÍM desceu na nuvem, falou com Mehushúa, tirou do RÚKHA que estava sobre ele e pô-lo sobre os setenta anciãos, os quais, nessa altura começaram a profetizar por algum tempo apenas. 26Contudo, dois desse grupo de setenta -Uldaod e Meydaod -tinham ficado no acampamento. O RÚKHA desceu na mesma sobre eles e começaram também a profetizar, no sítio onde estavam ainda. 27-28Então um rapaz veio correndo dizer a Mehushúa o que estava a acontecer. Yaohúshua, filho de Nun, servo de Mehushúa, um dos jovens escolhidos como assistente pessoal de Mehushúa, protestou: " YÁOHU ULHÍM, proíbe-lhes!" 29-30Mehushúa respondeu-lhe: "Isso são ciúmes por mim? Oxalá todo o povo de YÁOHU UL fosse profeta, e que YÁOHU ULHÍM pusesse o seu RÚKHA sobre eles todos!" Mehushúa regressou ao acampamento com os anciãos. 31-32Após isso YÁOHU ULHÍM enviou um vento que trouxe codornizes do mar, e fê-las descer sobre o acampamento e seus arredores, até à distância de um dia de marcha; em toda aquela zona havia codornizes voando muito baixo, à altura de um metro acima do solo. Dessa forma o povo apanhou-as e matou-as, durante esse dia, pela noite fora, e até por todo o dia seguinte. O mínimo que alguém recolheu foi, mesmo assim, o equivalente a uma medida de uns 3,5 metros cúbicos de volume! Havia pois codornizes por toda a parte no acampamento. 33-34Contudo quando aquela gente toda começou a comer a carne, a ira de YÁOHU UL tornou a acender-se contra eles e matou um grande número de pessoas com uma praga. O nome daquele lugar ficou sendo Lugar dos Sepulcros por causa da Concupiscência, visto que tiverm de enterrar muita gente dos que cobiçaram carne e desejaram as coisas do Egipto. 35Dali partiram para Hazerote onde permaneceram certo tempo.

Bamidbár 12

Maoro-ém e Aharón opõem-se a Mehushúa

1-2Um dia Maoro-ém e Aharón começaram a criticar Mehushúa por causa da sua mulher ser uma cuchita; e disseram: "Mas afinal, foi só através de Mehushúa que YÁOHU ULHÍM falou? Não foi também por nosso meio?"E YÁOHU ULHÍM ouviu isso. 3-4Imediatamente convocou Mehushúa, Aharón e Maoro-ém para o tabernáculo: "Venham vocês três." Eles ficaram na presença de YÁOHU UL. (Acontecia que Mehushúa era o homem mais humilde da terra.) 5 YÁOHU ULHÍM desceu na nuvem e ficou à entrada do tabernáculo: "Aharón e Maoro-ém, cheguem-se à frente." Eles obedeceram. 6 YÁOHU ULHÍM disse-lhes: "Com um profeta eu falaria por meio de sonhos e de visões. 7Mas com o meu servo Mehushúa não é assim. Ele está perfeitamente à vontade na minha casa. 8Com ele falo face a face! Ele vê mesmo a semelhança de YÁOHU ULHÍM! Então porque não tiveram receio de o criticar?" 9-12A cólera de YÁOHU UL inflamou-se contra eles; depois partiu. A nuvem subiu sobre o tabernáculo, e Maoro-ém ficou toda branca com a lepra. Quando Aharón viu o que acontecera, exclamou para Mehushúa: "Oh, meu chefe, não nos castigues por causa deste pecado. Fomos loucos ao proceder de tal maneira. Não deixes que ela fique assim como uma morta, ou como um bebé nado-morto, que ao nascer já tem o seu corpo quase todo consumido!" 13E Mehushúa clamou a YÁOHU ULHÍM: "Cura-a, ó YÁOHU ULHÍM, rogo-te!" 14 YÁOHU ULHÍM disse a Mehushúa: "Se o seu pai lhe tivesse cuspido na cara, seria impura durante sete dias. Que fique então excluída, fora do acampamento durante sete dias, e depois que a recolham." 15Foi o que fizeram; Maoro-ém foi posta fora do acampamento por sete dias, e o povo esperou até que pudesse ser trazida para dentro; só depois continuaram a viagem. 16Partindo dali, de Hazerote, vieram a acampar de novo no deserto de Parã.

Bamidbár 13

Envio de exploradores a Canaã

1 YÁOHU ULHÍM deu a Mehushúa as seguintes instruções: 2"Manda homens que espreitem e observem escondidamente a terra de Canaã, a terra que vou dar a Yaoshorúl; manda um dos chefes de cada tribo." 315Os Yaoshorulítas estavam pois nessa altura acampados no deserto de Parã; Mehushúa fez assim como YÁOHU ULHÍM lhe ordenara e mandou doze líderes de tribos:Samua, filho de Zacur, da tribo de Roibén;" Shuafát, filho de Hori, da tribo de Shamiúl;"Caleb, filho de Yefoné, da tribo de YAOHÚ-dah;"Igal, filho de YÁOHU-saf, da tribo de Ishochar;"Hoshúa, filho de Nun, da tribo de Efroím;"Palti, filho de Rafu, da tribo de Benyamín;"Gabiel, filho de Soni, da tribo de Zabulón;"Gabi, filho de Susi, da tribo de YÁOHU-saf, ou seja, da meia-tribo de Menashé;"Amiul, filho de Gemali, da tribo de Dayán;"Setur, filho de Mikhaúl, da tribo de Oshór;"Nabi, filho de Vofsi, da tribo de Neftali;"Geuel, filho de Maqui, da tribo de Gaóld. 16Foi nessa altura que Mehushúa mudou o nome de Hoshúa, da tribo de Efroím, em Yaohúshua. 17-20Mehushúa deu-lhe estas instruções: "Vão na direcção do norte, até à região das colinas do Négev, e vejam como é a terra; observem como é a gente que lá vive, se são fortes ou fracos, se são muitos ou poucos; se a terra é fértil ou pobre; como são as cidades, se são fortificadas ou abertas; se a terra é rica ou pobre, se há muitas árvores. Não tenham medo; tragam algumas amostras dos frutos da terra que encontrarem". Aquele tempo aliás era o das primeiras vindimas. 21-22E foi assim que eles partiram para espiar a terra, desde o deserto de Zim, até perto de Hamate. Indo na direcção do norte, passaram primeiro pelo Négev e chegaram a Hebron. Ali viram os aimanitas, os sesaitas, os talmaitas, tudo famílias descendentes de Anaque. Aliás Hebron era muito antiga, tendo sido fundada sete anos antes de Tanis (Zoã) do Egipto. 23-24Então vieram até um sítio que agora é conhecido pelo vale de Eshkól, e onde cortaram um cacho de uvas apenas, mas que era tão grande que foram precisos dois homens para o transportar numa vara ao ombro de cada um! Levaram também romãs e figos. Os Yaoshorúlitas chamaram aquele lugar o vale de Eshkól (que quer dizer cacho) por causa daquele cacho de uvas que de lá trouxeram. O relatório da expedição 25-26Quarenta dias mais tarde regressaram. Fizeram então um relatório a Mehushúa, a Aharón e a todo o povo de Yaoshorúl, ali no deserto de Parã, em Cades, e mostraram a fruta que tinham trazido. 27-29Foi este o relato que fizeram: "Chegámos lá, à terra que nos mandaram observar, e verificámos que é realmente uma terra magnífica, uma terra na verdade jorrando leite e mel. Esta fruta que de lá trouxemos é prova disso. Mas o povo que lá vive é muito forte, tem cidades fortificadas e muito grandes; mais ainda,vimos ali os gigantes de Anaque! Os amalequitas vivem no sul, enquanto nas colinas estão os heteus, os jebuseus e os amorreus; ao longo da costa do Mar Mediterrâneo e no vale do Yardayán estão os cananeus." 30Então Caleb tratou de tranquilizar o povo enquanto estavam todos ainda na presença de Mehushúa: "Vamos e tomemos imediatamente posse da terra, com toda a confiança, porque seremos bem capazes de a conquistar!" 31"Não, nunca o poderemos!", diziam por sua vez os outros espias. "É gente muito mais forte do que nós. Esmagavam-nos num hora!" 32-33Era pois negativo o relatório dos espias: "A terra está cheia de gente guerreira, fortemente defendida. Além disso até lá vimos alguns dos descendentes do Anaque, a antiga raça de gigantes. Nós parecíamos gafanhotos ao lado deles, tão altos e fortes eles eram!"

Bamidbár 14

Os Yaoshorulítas querem voltar para o Egipto

1-2Então todo o povo começou a chorar, em altos clamores; assim ficaram até durante a noite toda. E levantaram um grande coro de queixa contra Mehushúa e Aharón: "Mais valia que tivéssemos morrido no Egipto, ou até mesmo aqui no deserto, 3em vez de sermos levados para essa terra que aí está. YÁOHU ULHÍM irá matar-nos lá; as nossas mulheres e os nossos filhos ficarão cativos como escravos. Saiamos mas é daqui e voltemos para o Egipto!" 4Esta ideia arrastou todo o campo. "Vamos eleger um chefe para nos levar outra vez para o Egipto!", gritavam. 5Então Mehushúa e Aharón caíram com os rostos em terra na frente do povo de Yaoshorúl. 6-9Contudo, dois dos que tinham sido enviados a espreitar a terra -Yaohúshua filho de Nun e Caleb filho de Yefoné -tiveram outra atitude. Rasgaram a roupa que vestiam em sinal de indignação e disseram ao povo: "Olhem que essa terra que fomos ver, que temos diante de nós, é uma região maravilhosa! Não se esqueçam de que YÁOHU ULHÍM ama-nos! Ele nos levará com toda a segurança para lá e a terra será nossa. É extremamente fértil; pode dizer-se realmente que produz leite e mel. Oh! Não se revoltem contra YÁOHU ULHÍM; não tenham medo daquele povo. Eles são, afinal, o pão de que precisamos. YÁOHU ULHÍM está connosco e por isso retira-lhes todo o apoio. Sobretudo não tenham medo deles!" 10-12Mas a única resposta do povo foi pensar em apedrejá-los. Nessa altura apareceu a glória de YÁOHU UL, o qual disse a Mehushúa: "Até quando me desprezará este povo? Será que nunca chegarão a acreditar em mim, mesmo depois de todos os milagres que fiz no meio deles? Vou rejeitá-los e castigá-los com uma praga. Quanto a ti, farei que te tornes uma nação ainda mais numerosa e mais poderosa do que eles!" 13-16" YÁOHU ULHÍM", suplicou Mehushúa, "mas que hão-de dizer os egípcios quando ouvirem isso? Eles constataram bem todo o poder que revelaste quando resgataste o teu povo de lá. Entretanto já contaram isso tudo aos habitantes da terra, os quais se dão perfeitamente conta de que estás com Yaoshorúl, e que lhes falas face a face. Vêem até a coluna de nuvem e de fogo que se mantém por cima de nós e sabem que nos guias e nos proteges de dia e de noite. Portanto se matares todo o teu povo, as nações que ouviram a tua fama dirão: 'YÁOHU ULHÍM matou-os porque não podia cuidar deles no deserto. Não foi capaz de os trazer até à terra que jurou dar-lhes!' 17-19Oh! peço-te, manifesta o teu grande poder, perdoando os nossos pecados e fazendo prova do teu profundo amor para connosco. Perdoa-nos ainda que tenhas dito que não deixarás o pecado por castigar, mas que punirás a culpa dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração. Rogo-te pois que perdoes os pecados deste povo, de acordo com a tua grandeza e o teu amor autêntico, e tal como lhe tens perdoado sempre desde que deixaram o Egipto até agora." 20-23Então YÁOHU ULHÍM respondeu-lhe: "Pois sim, perdoo-lhes conforme me pediste. Mas prometo solenemente pelo meu próprio nome que, tão certo como a terra vir a encher-se com a minha glória, nenhum deste indivíduos que viram a minha grandeza e os milagres que fiz, tanto no Egipto como no deserto -e dez vezes recusaram confiar em mim e obedecer-me -nenhum deles portanto verá sequer a terra que prometi aos seus antepassados. 24-25No entanto meu servo Caleb portou-se diferentemente obedeceu-me inteiramente; houve nele uma atitude diferente. A ele, levá-lo-ei até à terra que foi observar, e os seus descendentes possui-la-ão inteiramente. Agora pois, visto que o povo de Yaoshorúl está assim com tanto medo dos amalequitas e dos cananeus que vivem nos vales, regressarão ao deserto amanhã na direcção do Mar Vermelho." 26 YÁOHU ULHÍM ainda acrescentou o seguinte a Mehushúa e a Aharón: 27"Até quando continuará este povo mau a queixar-se de mim? Porque ouvi tudo o que têm dito. Digamlhes então: 28-30'YÁOHU ULHÍM prometeu-vos efectivamente aquilo que mais receiam: morrerão aqui neste deserto! Nem um só de vocês, que se têm queixado de mim e que têm mais de vinte anos, entrará na terra prometida. Apenas a Caleb filho de Yefoné e a Yaohúshua filho de Nun será permitido lá entrarem. 3133Dizem que os vossos filhos se haviam de tornar escravos do povo da terra. Pois a eles sim, levarei com segurança para a terra e possuirão aquilo que vocês recusaram. Os vossos corpos portanto hão-de vir a cair no deserto. E até lá, vaguearão por aí, como nómadas, durante quarenta anos. Será dessa forma que pagarão pela vossa falta de confiança, até que o último caia morto nessa terra desabitada. 34Sendo então que os espias estiveram quarenta dias na terra que vos ia dar, levarão por isso quarenta anos a vaguear no deserto -levarão um ano por cada dia o peso de culpa dos vossos pecados. Assim vos ensinarei o que significa rejeitar-me. 35Eu, YÁOHU ULHÍM, falei. Cada um de vocês que conspirou contra mim morrerá nesta terra deserta.'" 36-39Os dez outros espias, que tinham iniciado a rebelião contra YÁOHU ULHÍM, lançando o medo nos corações do povo, desacreditando a terra, foram feridos de morte perante YÁOHU ULHÍM. De todos os espias ficaram vivos apenas Yaohúshua e Caleb. E quando Mehushúa veio relatar ao povo as palavras de YÁOHU ULHÍM, espalhou-se uma grande tristeza por todo o acampamento! 40Na manhã seguinte levantaram-se muito cedo e começaram a preparar-se para ir para a terra prometida. "Aqui estamos!", diziam, "confessamos que pecámos; mas estamos prontos agora para entrar na terra que YÁOHU ULHÍM nos prometeu." 41-43Mas Mehushúa respondeu-lhes: "Agora estão a desobedecer à ordem de YÁOHU UL de voltarem para o deserto. Não prossigam com o vosso plano, porque então é que seriam mesmo esmagados pelos vossos inimigos, visto que YÁOHU ULHÍM já não vos apoia nisso. Presentemente têm de se lembrar mesmo que estão lá os amalequitas e os cananeus que vos chacinariam! Desviaram-se de YÁOHU UL -ele desviar-se-á de vocês!" 44-45Apesar destas palavras, continuaram a subir à zona das colinas, mesmo sem que a arca nem Mehushúa tivessem deixado o acampamento. Então os amalequitas que viviam nessas colinas desceram e atacaram-nos, ferindo-os e perseguindo-os até Horma.

Bamidbár 15

Ofertas suplementares

1 YÁOHU ULHÍM disse a Mehushúa que desse as seguintes instruções ao povo de Yaoshorúl: 2-5"Quando os vossos filhos vierem a viver finalmente na terra que vou dar-lhes, e quiserem agradar a YÁOHU ULHÍM, oferecendo-lhe um holocausto ou qualquer outra oferta pelo fogo, se os seus sacrifícios forem um animal, tomá-lo-ão dos seus rebanhos de ovelhas e de carneiros ou das suas manadas de gado. Cada sacrifício seja ele um sacrifício vulgar, ou então cumprimento de um voto, uma oferta voluntária, ou um sacrifício especial na ocasião das solenidades anuais -será acompanhado de uma oferta de cereais. Se uma ovelha for sacrificada, usem 3 litros de farinha fina misturadas com 1,5 litros de azeite, acompanhados de 1,5 litros de vinho como oferta. 6-7Se o sacrifício for um carneiro, usem 6 litros de farinha fina misturada com 2 litros de azeite, e 2 litros de vinho como oferta. Isto será um sacrifício de cheiro agradável a YÁOHU ULHÍM. 810Se o sacrifício for um novilho, então a oferta de cereais a acompanhar deverá consistir em 9 litros de farinha fina misturados com 3 litros de azeite, mais 3 litros de vinho como oferta. Isto será oferecido pelo fogo como cheiro agradável a YÁOHU ULHÍM. 11-16Estas são as instruções quanto ao que deve acompanhar cada animal de sacrifício -boi, carneiro, cordeiro ou bode novo. Estas instruções aplicam-se tanto aos que nasceram Yaoshorulítas como aos estrangeiros que vivam no vosso meio e que queiram agradar a YÁOHU ULHÍM com sacrifícios passados pelo fogo. Porque há uma só lei para todos, naturais e estrangeiros, e isto deverá ser assim por todas as gerações futuras. São todos iguais perante YÁOHU ULHÍM. Sim, uma só lei para todos!" 17-21 YÁOHU ULHÍM disse ainda mais a Mehushúa nesta mesma ocasião: "Dá ordens ao povo de Yaoshorúl de que, quando chegarem à terra que vou dar-lhes, deverão apresentar a YÁOHU ULHÍM uma amostra de cada nova colheita anual, fazendo um bolo de farinha dos primeiros grãos da colheita do ano. Este bolo deverá ser oferecido com um movimento baloiçante perante o altar, com o gesto de oferta a YÁOHU ULHÍM. É uma oferta anual feita da vossa eira, e deverá ser respeitada por todas as gerações futuras.

Sacrifícios por culpa involuntária

22-24Se por engano, vocês ou os vossos vindouros, falharem no cumprimento dos regulamentos que YÁOHU ULHÍM vos tem dado durante estes anos através de Mehushúa, então, quando se derem conta do seu erro, deverão oferecer um novilho por holocausto. Será de cheiro agradável a YÁOHU ULHÍM, e deverá ser oferecido com a usual oferta de cereais e de vinho, e ainda um bode como oferta pelo pecado. 25-26º intermediário fará expiação por todo o povo de Yaoshorúl e serão perdoados; visto que foi um engano e procuraram corrigi-lo, oferecendo um sacrifício pelo fogo perante YÁOHU ULHÍM e um sacrifício pelo pecado. Todo o povo será perdoado, incluindo os estrangeiros que vivem no vosso meio, pois que toda a população foi igualmente envolvida no mesmo erro e esquecimento. 27-29Se se tratar de um só indivíduo que errou, então deverá sacrificar uma cabra de um ano como oferta pelo pecado; o intermediário fará expiação por ele perante YÁOHU ULHÍM e será perdoado. Esta mesma lei se aplica também aos indivíduos estrangeiros que vivem entre vocês. 30-31Mas se acontecer que alguém deliberadamente desobedecer a um mandamento, seja ele natural ou estrangeiro, isso é uma blasfémia a YÁOHU ULHÍM e deverá então ser expulso de entre o seu povo. Porque desrespeitou o mandamento de YÁOHU UL e deliberadamente transgrediu a sua lei. Deverá ser expulso do seu povo; será responsável pela sua culpa."

Desrespeito à lei do Shábbos leva à morte

32-34Um dia, enquanto o povo de Yaoshorúl estava no deserto, um deles foi achado a apanhar lenha num dia de Shábbos. Foi preso e trazido à presença de Mehushúa, de Aharón e de todo o povo. Puseram-no sob guarda pois que não estava ainda declarado o que se deveria fazer. 35Então YÁOHU ULHÍM disse a Mehushúa: "O homem deve morrer -todo o povo o apedrejará fora do acampamento, até que morra." 36Eles assim fizeram; levaram-no para fora do acampamento e mataram-no como YÁOHU ULHÍM mandara.

As borlas nas roupas

37Disse YÁOHU ULHÍM a Mehushúa: 38"Diz ao povo de Yaoshorúl que faça borlas para as bainhas das
suas roupas -isto deverá tornar-se um regulamento permanente por todas as gerações vindouras -e que
prenda essas borlas à roupa com cordões azuis. 39-40A finalidade deste regulamento é: sempre que
repararem nas borlas, lembrar-vos os mandamentos de YÁOHU UL e que devem obedecer às suas leis, em
vez de seguirem os vossos próprios desejos de andarem nos vossos próprios caminhos, tal como tinham o
hábito de fazer quando adoravam outros falsos criadores o estatuas. Isso lembrar-vos-á de serem santos
para o vosso Criador Eterno. 41Porque Eu sou YÁOHU ULHÍM o vosso Criador Eterno que vos trouxe da
terra do Egipto. Sim, Eu sou YÁOHU ULHÍM vosso Criador Eterno."

Bamidbár 16

A revolta de Coré

1-2Um dia Coré (filho de Izar, neto de Coate e descendente de Leví) foi ter com Datã e Abirão (filhos de Uliab) e ainda com Om (filho de Pelete), estes três últimos da tribo de Ro-ibén, e conspiraram juntos, incitando uma certa quantidade de gente à revolta contra Mehushúa. Estiveram envolvidos nisso duzentos e cinquenta homens, com responsabilidades na chefia do povo. 3Foram ter com Mehushúa e com Aharón e disseram-lhes: "Já chega da vossa presunção. Vocês não são melhores do que qualquer outro. Cada um em Yaoshorúl foi escolhido pelo YÁOHU ULHÍM, e ele está com cada um de nós. Que direito têm vocês de se porem em evidência, clamando que devemos obedecer-vos, e fazer tudo como se fossem maiores do que qualquer um de entre todo este povo de YÁOHU UL?" 4Quando Mehushúa ouviu isto caiu com o rosto em terra. 5E disse a Coré e aos que estavam com ele: "Pela manhã YÁOHU ULHÍM vos mostrará quem é seu, quem é santo e quem é que ele escolheu para se aproximar dele. 6-7Façam isto: Tu, Coré, e os que estão contigo, tomem incensários; acendam-nos e deitem-lhes incenso perante YÁOHU ULHÍM amanhã de manhã; veremos quem YÁOHU ULHÍM escolheu. E que isso abata o vosso orgulho, filhos de Leví!" 8Mehushúa disse ainda mais isto a Coré: 9-11"Parece-vos então pouca coisa que YÁOHU ULHÍM de Yaoshorúl vos tenha escolhido de entre todo o povo de Yaoshorúl para estarem junto dele, trabalhando no tabernáculo, apresentando-se perante o povo para os servir no culto? Será que de nada vale que vos tenha dado esta tarefa só a vocês, os Levítas? E agora pretendem também o sacerdócio? Porque é isto afinal que vocês realmente procuram! É por isso que se revoltam contra YÁOHU ULHÍM. Que vos fez Aharón para não estarem satisfeitos com ele?" 12Mehushúa mandou ainda chamar Datã e Abirão, os filhos de Uliab, mas eles recusaram vir. 13-14"E tu também achas pouco", retorquiram com azedume, "que nos tenhas tirado duma terra tão boa como é o Egipto para nos matares aqui neste deserto terrível, e que queiras agora tornares-te nosso rei? E para além disso nunca chegaste a levar-nos para a tal bela terra que nos prometeras, com campos e vinhas para a gente. Quem queres tu enganar? Não, não vamos ter contigo." 15Mehushúa estava extremamente indignado e disse a YÁOHU ULHÍM: "Não aceites os seus sacrifícios! Tu sabes que nunca tirei um só jumento que fosse deles, que nunca os prejudiquei." 16-17E disse a Coré: "Vem aqui amanhã à presença de YÁOHU UL com os que te acompanham. Aharón estará também aqui. Não se esqueçam de trazer os vossos incensários, mais o incenso -portanto um incensário para cada um, ou seja, duzentos e cinquenta ao todo. Aharón trará também o seu." 18Eles assim fizeram. Vieram com os incensários, acenderam-nos, puseram-lhes o incenso, e colocaram-se à entrada do tabernáculo, com Mehushúa e com Aharón. 19-20Entretanto, Coré já tinha sublevado toda a nação contra Mehushúa e Aharón, pelo que toda a gente se juntou para ver. Então a glória de YÁOHU ULHÍM apareceu a todo o povo, e YÁOHU ULHÍM disse a Mehushúa e a Aharón: 21"Afasta-te dessa multidão, para que possa destruí-los num hora." 22Mas Mehushúa e Aharón cairam com os seus rostos em terra perante YÁOHU ULHÍM: "Ó YÁOHU ULHÍM, o Criador Eterno de toda a humanidade", rogaram, "deverá a tua cólera cair sobre eles todos, quando afinal o pecado foi de um só?" 23-24"Então diz ao povo", respondeu-lhe YÁOHU ULHÍM, "que se afaste das tendas de Coré, de Datã e de Abirão." 25Mehushúa correu para as tendas deles, seguido de perto pelos anciãos de Yaoshorúl. 26"Depressa", gritou para o povo, "afastam-se das tendas destes homens malvados, e nem sequer toquem seja no que for que lhes pertença, para que não se identifiquem com os seus pecados e sejam destruídos com eles." 27O povo afastou-se das tendas dos três homens indicados. Datã e Abirão sairam das suas tendas e ficaram de pé, à entrada, juntamente com as mulheres, os filhos e as criancinhas. 28-29Mehushúa disse: "Agora hão-de ver que foi YÁOHU ULHÍM quem me mandou fazer tudo o que fiz; que não foi por minha própria vontade. Se estas pessoas morrerem de morte natural, ou por algum mero acidente ou por doença, então YÁOHU ULHÍM não me enviou. 30Mas se YÁOHU ULHÍM fizer um milagre, e se o chão se abrir e os tragar, a eles assim como a tudo o que lhes pertence, e descerem vivos para o Seol, então ficarão a saber dessa forma que estes homens rejeitaram YÁOHU ULHÍM." 31-34Mal tinha acabado de dizer isto quando o chão se abriu de repente debaixo deles, e uma grande fenda se formou que os tragou juntamente com as tendas, as suas famílias e os seus amigos que estavam com eles, além de todas as coisas que eram deles. Foram sepultados vivos, e a terra se fechou de novo sobre eles. Morreram portanto dessa forma. Todo o povo de Yaoshorúl aliás fugira com os gritos deles, temendo serem também tragados pela terra. 35Veio a seguir fogo do céu, da parte de YÁOHU ULHÍM, e queimou os duzentos e cinquenta homens que ofereciam incenso. 36-38 YÁOHU ULHÍM disse a Mehushúa: "Diz a Úlozor, filho de Aharón, o intermediário, que tire esses incensários do fogo; porque são santos, foram dedicados a YÁOHU ULHÍM. Deverá também espalhar o incenso que arde nos incensários daqueles homens que pecaram, e que por isso perderam as vidas. Com os incensários façam chapas que estendam sobre o altar, visto que os incensários são santos por terem sido usados perante YÁOHU ULHÍM. Essas chapas no altar servirão de lembrança ao povo de Yaoshorúl." 39-40Úlozor o intermediário pegou então nos 250 incensários de bronze e fez deles folhas de metal para cobrir o altar, para que o povo de Yaoshorúl não se esquecesse mais de que ninguém está autorizado -ninguém que não seja descendente de Aharón -a vir perante YÁOHU ULHÍM queimar incenso, sob o risco de lhe acontecer a mesma coisa que a Coré e aos seus acólitos. Assim foram cumpridas as direcções dadas a Mehushúa pelo YÁOHU ULHÍM. 41-42Mas logo na manhã seguinte todo o povo começou de novo a murmurar contra Mehushúa e Aharón dizendo: "Mataram o povo de YÁOHU UL." Em breve começou a formar-se um grande levantamento. A certa altura dirigiram-se contra o tabernáculo e logo apareceu a nuvem; e toda a gente viu a tremenda glória de YÁOHU UL. 43-44Mehushúa e Aharón chegaram-se, puseram-se à entrada do tabernáculo, e YÁOHU ULHÍM disse a Mehushúa: 45"Afasta-te desse povo, para que possa destruí-los já." Mas ambos caíram com os rostos em terra na frente de YÁOHU UL. 46E Mehushúa disse a Aharón: "Depressa, traz um incensário, acende-o com fogo do altar, põe nele incenso e leva-o rapidamente através do povo para fazer expiação por eles; porque já a cólera de YÁOHU UL está a actuar -a praga já começou a atingi-los!" 47-49Aharón fez como Mehushúa lhe dissera; correu por entre o povo, visto que se estava a espalhar a praga, e com o incenso posto no incensário fez expiação por eles. Colocou-se entre os mortos e os vivos, e a praga cessou; contudo ainda morreram 14.700 pessoas, além das que tinham perecido antes aquando da rebelião de Coré. 50Então Aharón regressou até junto de Mehushúa à entrada do tabernáculo. Foi pois assim que a praga terminou.

Bamidbár 17

A vara de Aharón floresce

1Então YÁOHU ULHÍM falou o seguinte a Mehushúa: 2-5"Diz ao povo de Yaoshorúl que cada chefe de tribo deverá trazer uma vara de madeira com o seu próprio nome escrito nela. Na vara da tribo de Leví escrever-se-á o nome de Aharón. Ponham estas varas na divisão interior da tenda do tabernáculo, para além do véu, onde eu me encontro contigo, em frente da arca. Servir-me-ei destas varas para identificar o homem que eu escolhi, pois a sua vara dará rebentos e florescerão! Para que parem enfim as murmurações e as lamentações contra mim e contra vocês." 6-11Mehushúa transmitiu estas indicações ao povo e cada um dos doze chefes, incluindo Aharón, trouxe a sua vara. Pô-las perante YÁOHU ULHÍM, na divisão interior onde estava a arca, e quando no dia seguinte tornou a lá entrar verificou que a vara de Aharón, representando a tribo de Leví, tinha dado rebentos, produzira flores e até amêndoas. Mehushúa trouxe para for as varas e mostrou-lhas. Cada um tornou a pegar na sua, com excepção de Aharón. YÁOHU ULHÍM disse a Mehushúa que colocasse a vara de Aharón permanentemente junto da arca, como lembrança daquela rebelião. Ele deveria trazê-la de novo para fora e mostrá-la ao povo, no caso de haver mais qualquer movimento contra a autoridade de Aharón; isto evitaria outra catástrofe entre o povo. Mehushúa fez conforme a ordem de YÁOHU UL. 12-13Mas o povo ainda continuou resmungando: "Mas nós aqui acabaremos todos por ser liquidados!", gemiam eles. "Seja quem for que tente aproximar-se do tabernáculo morre. Iremos todos ser consumidos?"

Bamidbár 18

Deveres dos intermediários e Levítas

1-2Por isso YÁOHU ULHÍM disse mais o seguinte a Aharón: "Tu, teus filhos e a tua família são responsáveis por qualquer profanação que se faça no Templo, assim como por toda a incorrecção no exercício do vosso serviço sacerdotal. Os teus irmãos, da tribo de Leví, serão os teus assistentes; mas só tu e os teus filhos poderão cumprir com os deveres sagrados dentro do tabernáculo mesmo. 3Os Levítas terão de ter cuidado em não tocar em nenhum dos objectos sagrados, nem no altar, se não destruir-vos-ei, a eles e a ti. 4Ninguém que não seja membro da tribo de Leví poderá coadjuvar-te seja no que for. 5Não te esqueças de que apenas os sacerdortes deverão cumprir com as tarefas sagradas dentro do Templo e em relação com o altar. Se seguires estas ordens, nunca o juízo de YÁOHU UL cairá outra vez sobre seja quem for do povo de Yaoshorúl, e a minha lei não será violada. 6Só os teus parentes Levítas podem ajudar-te no serviço do tabernáculo. São para ti como um dom que YÁOHU ULHÍM te faz. 7Mas tu e os teus filhos, os intermediários, executarão pessoalmente o serviço sagrado, incluindo o altar e tudo o que diz respeito ao interior do véu; o sacerdócio é o vosso serviço especial. Um estranho qualquer que tentar realizar essas tarefas deverá morrer."

As ofertas para os intermediários e Levítas

8-11 YÁOHU ULHÍM ainda lhe acrescentou as seguintes instruções: "Dei aos intermediários todas as dádivas que foram trazidas a YÁOHU ULHÍM pelo povo; todas estas ofertas apresentadas a YÁOHU ULHÍM, num gesto balanceado perante o altar, pertencem-vos a ti e aos teus filhos; é uma lei para sempre. As ofertas de cereais, as ofertas por causa do pecado, assim como as de culpa, são vossas, com excepção do que é apresentado a YÁOHU ULHÍM queimando no altar; isso é que deve ser comido só no lugar santíssimo, e unicamente por homens. Todos os outros presentes que me forem trazidos, por meio de movimentos baloiçantes perante o altar, são para vocês, para os vossos filhos e famílias, de ambos os sexos. Porque todos os membros das vossas famílias podem comer disso, a menos que alguém se encontre ritualmente impuro nessa ocasião. 12-16Também são para vocês os primeiros frutos que o povo vier oferecer a YÁOHU ULHÍM -o melhor do azeite, do vinho, do grão, e de todas as outras colheitas. As vossas famílias poderão comer disso, a não ser, claro, que se encontrem cerimonialmente manchados nessa altura. Assim, tudo o que for dedicado a YÁOHU ULHÍM será vosso, incluindo os primogénitos dos casais do povo de Yaoshorúl, e ainda as primeiras crias dos animais. Todavia os primogénitos dos casais do povo de Yaoshorúl, e também dos animais que eu não vos permito comer, desses nunca aceitarão os primeiros nascidos, esses serão redimidos. Em vez deles, haverá um pagamento de 55 gramas de prata, que deverá ser trazido quando já tiverem um mês. 17-19No entanto, os primeiros nascidos das vacas das ovelhas ou das cabras não deverão ser resgatados, mas antes sacrificados a YÁOHU ULHÍM. O seu sangue será espargido sobre o altar, e a gordura ardida como oferta queimada. É algo muito agradável a YÁOHU ULHÍM. A carne destes animais será vossa, incluindo o peito e a coxa direita, que são apresentados a YÁOHU ULHÍM com um movimento em frente do altar. Sim, dei-te todas estas ofertas de movimento baloiçante, que o povo de Yaoshorúl traz a YÁOHU ULHÍM; são para ti, e para os teus, como alimento. Isto é um contrato que faz YÁOHU ULHÍM contigo e com os teus descendentes. 20-21Vocês, os intermediários, não possuirão qualquer propriedade, nem qualquer outro rendimento, porque eu constituo tudo aquilo de que precisam. Quanto à tribo de Leví, vossos familiares receberão em troca dos seus serviços os dízimos de toda a terra de Yaoshorúl. 22-24Daqui em diante, mais nenhum outro Yaoshorulíta, além dos intermediários e dos Levítas, entrará no Templo, sob pena de se tornarem culpados e terem de morrer. Somente os Levítas poderão exercer ali a sua actividade, e tornar-se-ão eles também culpados, por sua vez, se não a cumprirem. Portanto os Levítas não possuirão propriedades algumas em Yaoshorúl; isto é uma lei a vigorar permanentemente entre vós, porque os dízimos do povo, oferecidos a YÁOHU ULHÍM com movimento de balanço perante o altar, pertencer-lhes-ão; será isso a parte a que têm direito; é por essa razão que não necessitarão de ter posse de qualquer propriedade." 25-31Disse YÁOHU ULHÍM a Mehushúa: "Diz aos Levítas que dêem a YÁOHU ULHÍM a décima parte dos dízimos que recebem; esse dízimo dos dízimos deverá ser apresentado a YÁOHU ULHÍM num gesto de movimento perante o altar. YÁOHU ULHÍM considerará isso como a vossa oferta dos primeiros frutos, das primeiras colheitas de cereais e de vinho que lhe fazem, como se tivessem as vossas próprias terras. Este dízimo será seleccionado entre o que de melhor receberam dos dízimos do povo, pois que é a porção de YÁOHU UL, e será dada a Aharón, o intermediário. Será considerada como se viesse de terras vossas, dos vossos próprios lagares. Aharón, seus filhos e famílias podem comer isso nas suas casas ou onde desejarem, porque é a compensação que recebem pelo serviço executado no tabernáculo. 32Vocês os Levítas não serão tidos por culpados ao aceitarem os dízimos para YÁOHU ULHÍM se deles derem também o dízimo aos intermediários. Mas tenham cuidado em não tratar esses donativos sagrados do povo de Yaoshorúl como se se tratasse de coisas vulgares; porque se assim acontecer, morrerão."

Bamidbár 19

Preceitos de purificação cerimonial

1 YÁOHU ULHÍM disse a Mehushúa e a Aharón: 2"Diz ao povo de Yaoshorúl que tragam uma bezerra ruiva, sem defeito, que nunca tenha recebido jugo. 3Dêem-na a Úlozor, o intermediário, que a levará para fora do acampamento; aí alguém a matará na frente dele. 4Úlozor tomará do seu sangue com os dedos, e o espargirá sete vezes para a frente do tabernáculo. 5Depois alguém queimará a bezerra, à vista dele também. 6Úlozor pegará num pau de cedro, num ramo de hissopo, num fio de carmezim, e lançará tudo nesse fogo. 7-10Depois deverá lavar a roupa que veste, lavar-se e voltar para o acampamento, considerando-se impuro até ao fim da tarde. Aquele que queimou o animal também deve lavar a roupa, tomar banho e considerar-se impuro até à tarde. Outra pessoa que não esteja impura juntará as cinzas da bezerra e pô-las-á num lugar limpo fora do acampamento, onde serão conservadas como reservas de preparação das águas para as celebração de purificação, para tirar o pecado. Aquele que tiver juntado as cinzas da bezerra terá de lavar a sua roupa e ter-se por impuro até ao fim do dia. Isto é um regulamento permanente para benefício do povo de Yaoshorúl, assim como também dos estrangeiros que vivam no meio deles. 11-13Alguém que tocar num morto será impuro por sete dias, e deverá purificar-se ao terceiro e ao sétimo dia com a água referida anteriormente ; e só então ficará limpo. Se não fizer isto ao terceiro dia, continuará impuro até depois do sétimo. Portanto alguém que tocar num morto e não se purificar da forma indicada estará a manchar o próprio tabernáculo de YÁOHU UL, e terá de ser excomungado de Yaoshorúl. A água de purificação não foi espargida sobre ele, por isso continua a ser imundo. 14-15Quando uma pessoa morrer na sua tenda, há vários regulamentos a observar. Se alguém estiver lá dentro, ou lá entrar nessa altura, será impuro durante sete dias. Também todo o recipiente que ali se encontrar que não esteja tapado será imundo. 16-19Se um indivíduo fora no campo tocar no cadáver de alguém que tenha morrido combatendo ou doutra maneira qualquer, ou mesmo que tenha tocado apenas no osso dum esqueleto ou numa sepultura será impuro por sete dias. Para tornar a purificar-se, terá de juntar, num vaso em que esteja água duma fonte natural, as cinzas da bezerra ruiva oferecidas por expiação do pecado. Depois alguém que esteja puro tomará ramos de hissopo, mergulhá-los-á na água e salpicará a tenda, os recipientes, e as pessoas que se tornaram imundas por lá terem entrado na ocasião da morte, ou por terem tocado emalguém que foi morto ou que morreu de qualquer outra maneira, ou que tenha tocado num sepulcro. Isto terá lugar no terceiro e no sétimo dia; então a pessoa impura terá de lavar a roupa que veste e tomar banho; nessa tarde estará então livre da impureza. 20-22Mas se alguém que se tornou impuro nada fizer para se purificar, será expulso porque manchou o Templo de YÁOHU UL; não deu ocasião a que a água da purificação fosse aspergida sobre si, por isso permanece imundo. Isto é uma lei para sempre. O homem que salpicar com essa água deverá posteriormente lavar a sua roupa; e quem tocar nessa água também ficará impuro até à tarde. Tudo em que uma pessoa impura tocar será igualmente impuro até ao fim da tarde.

Bamidbár 20

Mehushúa faz sair água do rochedo

1O povo de Yaoshorúl chegou ao deserto do Zim no dia 1 de Abril e acampou em Cades. E aconteceu que Maoro-ém morreu ali e ali foi sepultada. 2-4Ora não havia água bastante para beberem naquele lugar, por isso o povo novamente se rebelou contra Mehushúa e Aharón, juntando-se em protesto. "Teria valido muito mais que tivéssemos perecido com os nossos irmãos castigados pelo YÁOHU ULHÍM!", gritaram eles para Mehushúa. "Vocês trouxeram-nos aqui deliberadamente para este deserto para se verem livres de nós e do nosso gado. 5Por que razão nos tiraram do Egipto e fizeram vir para aqui, para este sítio horrível? Onde está essa tal terra tão fértil, de frutos maravilhosos - com aqueles figos, vinhas e romãs de que nos falaram? Aqui nem sequer há água bastante para matarmos a sede!" 6-7Mehushúa e Aharón afastaram-se e foram até à entrada do tabernáculo, onde se inclinaram por terra perante YÁOHU ULHÍM. A glória de YÁOHU ULHÍM apareceu-lhes, e ele disse a Mehushúa: 8"Vai buscar a vara. Convoquem, vocês dois, o povo. E à vista deles falem à rocha que ali está e digam para deixar jorrar água. Eles beberão dessa rocha que será suficiente para os saciar a eles e ao gado!" 9-10Mehushúa obedeceu. Foi buscar a vara ao seu lugar, onde estava guardada na presença de YÁOHU UL. Depois convocaram o povo e juntaram-no perto da rocha, dizendo: "Ouçam, vocês, rebeldes! Iremos nós tirar água desta rocha?" 11Mehushúa levantou depois a vara e bateu duas vezes na rocha, tendo a água imediatamente jorrado. O povo e o gado puderam beber à vontade. 12Mas YÁOHU ULHÍM disse a Mehushúa e a Aharón: "Visto que não creram totalmente em mim e que por isso não me santificaram aos olhos do povo de Yaoshorúl, não serão vocês a introduzi-los na terra que lhes prometi!" 13Este lugar passou a chamar-se Meribá, visto ter sido ali que o povo de Yaoshorúl combateu contra YÁOHU ULHÍM e onde lhes mostrou ser santo.

O rei de Edom nega passagem aos Yaoshorulítas

14Enquanto se encontrava em Cades, Mehushúa enviou mensageiros ao rei de Edom com esta declaração: "Somos descendentes do teu irmão Yaoshorúl. Sabes já a nossa atribulada história. 15-17Os nossos antepassados desceram para o Egipto e lá ficaram muito tempo, tornando-se escravos lá. No entanto, quando clamámos a YÁOHU ULHÍM, ele ouviu-nos e mandou o seu anjo que nos tirou do Egipto; agora aqui estamos em Cades, acampados perto das fronteiras da tua terra. Pedimos-te assim que nos deixes atravessar o teu país. Seremos cuidadosos, não pisaremos terra cultivada, nem iremos pelas vinhas; nem sequer pretendemos beber a água das tuas fontes. Limitar-nos-emos ao caminho principal, e não o deixaremos até que tenhamos atravessado a fronteira do outro lado." 18Contudo, a resposta do rei de Edom foi: "Não autorizo! Se tentarem entrar na minha terra irei ao vosso encontro com o meu exército." 19"Mas, YÁOHU ULHÍM", protestaram os embaixadores de Yaoshorúl, "nós apenas pretendemos passar pela entrada principal, e nem da água dos poços queremos beber, a não ser pagando aquilo que nos pedirem. Só queremos passar para o outro lado da fronteira, mais nada." 20-21Mas o rei foi intransigente."Mantenham-se afastados!", avisou ele. E fazendo mobilizar o exército, deslocou para a fronteira uma grande força militar. 22Por causa dessa recusa de Edom em deixar Yaoshorúl passar pela sua terra, foram obrigados a voltar para trás, indo de Cades até ao monte Hor.

A morte de Aharón

23Então YÁOHU ULHÍM disse a Mehushúa e a Aharón, perto ainda da terra de Edom: 24"Chegou o tempo de Aharón morrer, pois que não deverá entrar na terra que dei ao povo de Yaoshorúl, em consequência de vocês dois terem alterado as minhas ordens quanto à água em Meribá. 25-26Tu, Mehushúa, levarás Aharón e o seu filho Úlozor até ao cimo do monte Hor, e lá tirarás as vestes sacerdotais a Aharón e as vestirás aÚlozor, o seu filho. Aharón será recolhido e morrerá ali." 27-29Mehushúa fez conforme YÁOHU ULHÍM lhemandara. Os três foram junt ao monte Hor, à vista de toda a gente. Quando chegaram ao cimo, Mehushúa tirou as vestes sagradas a Aharón, vestiu-as a Úlozor, o seu filho, e Aharón morreu sobre o monte. Mehushúa e Úlozor regressaram. O povo, ao ser informado da morte de Aharón, chorou-o por trinta dias.

Bamidbár 21

Vitória sobre os cananeus

1-2Quando o rei cananeu de Arade ouviu que os Yaoshorúlitas se estavam a aproximar e que estavam a seguir o caminho dos espias, mobilizou as suas forças militares e atacou Yaoshorúl, fazendo alguns prisioneiros. Então o povo prometeu a YÁOHU ULHÍM que, se ele os ajudasse a vencer o rei de Arade e o seu povo, haveriam de aniquilar completamente todas as cidades daquela área. 3 YÁOHU ULHÍM atendeu ao seu pedido; os cananeus foram derrotados completamente e as suas cidades destruídas. O nome da região ficou sendo Horma.

A serpente de bronze

4-5O povo de Yaoshorúl voltou para o monte Hor e dali continuaram para o sul, pelo caminho do Mar Vermelho, em vistas de contornar a terra de Edom. O povo estava muito desencorajado, e começaram a lamentar-se contra YÁOHU ULHÍM e a murmurar contra Mehushúa: "Porque é que nos tiraram do Egipto para virmos morrer aqui neste deserto? Não há nada que comer aqui, nada para beber, e já aborrecemos este insípido maná." 6Então YÁOHU ULHÍM mandou serpentes venenosas por entre eles para os castigar; muitos foram mordidos e morreram. 7O povo chegou-se a Mehushúa e exclamou: "Pecámos porque falámos contra YÁOHU ULHÍM e contra ti. Ora a YÁOHU ULHÍM para que afaste estas serpentes." Mehushúa orou pelo povo. 8 YÁOHU ULHÍM disse-lhe: "Faz uma imitação em bronze de uma dessas serpentes e põe-na no alto duma vara; quem quer que tenha sido mordido ficará vivo se simplesmente olhar para ela!" 9Mehushúa assim fez, e todos os que eram mordidos olhavam para a serpente de metal e salvaram-se.

A jornada para Moabe

10-15Yaoshorúl deslocou-se a seguir para Obote e acampou ali. Depois continuaram para Abarim, no deserto, a curta distância de Moabe, do lado nascente. Dali foram para o vale do ribeiro de Zerede, e acamparam. Seguidamente moveram-se para a outra banda do rio Arnom, que faz a fronteira entre os moabitas e os amorreus. Este facto está mencionado no Livro das Guerras de YÁOHU ULHÍM, onde se lê que o vale do rio Arnom, e a cidade de Vaeb, ficam entre os amorreus e o povo de Moabe. 16-20ª deslocação seguinte foi para Beer. Este é o sítio onde YÁOHU ULHÍM disse a Mehushúa. "Convoca o povo e dar-lhe-ei água." Esse acontecimento está descrito nesta canção que o povo canta: "Yorra, ó poço! Cantem a canção da água! Este é o poço que abriram os chefes. Foi escavado pelos nobres, e pelos legisladores com as suas varas." Depois deixaram o deserto e continuaram para Mataná; e daí para Naaliel e em seguida para Bamote. Daqui foram para o vale do planalto de Moabe, sobranceiro ao deserto, e donde se avista à distância o monte de Pisgáh.

A derrota dos reis Siom e Ogue

21Yaoshorúl mandou daí embaixadores a Siom, rei dos amorreus: 22"Deixa que nos desloquemos através da tua terra", pediram eles. "Não nos desviaremos do caminho principal até que tenhamos atingido a fronteira oposta. Não pisaremos os teus campos, nem tocaremos nas tuas vinhas, nem sequer da água provaremos." 23-24Mas o rei Siom recusou. Mandou mesmo mobilizar o seu exército, veio ao encontro de Yaoshorúl no deserto e atacou-o em Yaza. Yaoshorúl derrotou-os passando-os ao fio da espada e ocupando-lhes as terras, desde o rio Arnom até ao rio Yaboque, mesmo até às fronteiras dos amonitas; e pararam aí porque a fronteira era fortificada. 25-26Foi assim que Yaoshorúl capturou todas as cidades dos amorreus e viveu nelas, incluindo a cidade de Hesbom, que tinha sido a capital do rei Siom. 27-30 Os antigos poetas referiram-se ao rei Siom neste poema: "Venham até Hesbom, capital do rei Siom, Reedifiquem-na, e estabeleçam-na de novo. Porque fogo saiu dali e devorou a cidade de Ar, de Moabe,"nos altos do rio Arnom. Ai de ti, Moabe! Está perdido, o povo de Quemós. Os seus filhos fugiram,"e as suas filhas foram capturadas"pelo rei Siom dos amorreus. Ele destruiu as criancinhas, e homens, e mulheres,"até chegar a Dibom, a Nofá e a Medeba." 31-32Enquanto Yaoshorúl ali esteve a viver na terra dos amorreus, Mehushúa enviou espias para observar a área de Yazer. E conquistaram todas as cidades, expulsando os
amorreus. 33Após isso voltaram a atenção contra a cidade de Basã. Mas o rei Ogue, dessa cidade, mais o seu exército saiu contra eles em Edrei. 34 YÁOHU ULHÍM disse a Mehushúa para não os temer, porque lhes garantia praticamente já a vitória sobre esses inimigos: "Acontecerá ao rei Ogue a mesma coisa que se deu com o rei Siom em Hesbom." 35E assim foi precisamente, de tal maneira que não ficou vivo um só dos inimigos. E Yaoshorúl ocupou aquela terra.

Bamidbár 22

Balaque chama Balaam

1O povo de Yaoshorúl depois passou pelas planícies de Moabe e veio acampar a oriente do rio Yardayán, em frente de Yáricho. 2-4Quando o rei Balaque de Moabe, filho de Zípor, verificou como eles eram numerosos, e quando soube o que tinham feito aos amorreus, ele e o seu povo ficaram aterrorizados; foram depressa consultar os conselheiros de Midiã. "Esta multidão vai tragar-nos tal como os bois comem a erva!", exclamavam eles. 5-6O rei Balaque enviou mensageiros a Balaam, filho de Beor, que vivia na sua terra natal, em Petor, perto do rio Eufrates, para lhe pedir que viesse ajudá-lo."É uma gente guerreira que chegou do Egipto. Cobrem toda a face da terra, e preparam-se para me atacar. O rei pede-te que venhas e que os amaldiçoes por nós, para que os vejamos desviarem-se da terra; porque sabemos bem como caem bênçãos sobre aqueles que tu abençoas, e também sabemos que aqueles que amaldiçoas ficam condenados." 7Os mensageiros eram alguns dos líderes mais eminentes de Moabe e de Midiã; tinham ido ter com Balaam com o dinheiro na mão, explicando-lhe o que Balaque pretendia. 8"Passem aqui a noite", disse Balaam, "e pela manhã vos direi aquilo que YÁOHU ULHÍM me mandar responder-vos." E assim fizeram. 9Naquela noite YÁOHU ULHÍM veio até Balaam e perguntou-lhe: "Quem são estes homens?" 1011" Vieram da parte do rei Balaque, de Moabe", respondeu. "O rei diz que uma vasta horda de povo do Egipto se chegou até junto da sua fronteira, e agora quer que eu vá e os amaldiçoe, na esperança de poder travar batalha com aquela gente e expulsá-los." 12"Tu não farás isso", disse-lhe YÁOHU ULHÍM. "Não irás amaldiçoá-los porque sou eu quem os abençoa a eles." 13Na manhã seguinte Balaam disse-lhes: "Podem regressar. YÁOHU ULHÍM não me deixa ir." 14Os delegados do rei Balaque retornaram e comunicaram o recado que traziam. 15-17Mas Balaque tentou novamente. Desta vez mandou um número maior de embaixadores, todos de mais alta categoria social do que o primeiro grupo. Vieram até Balaam com esta mensagem: "O rei Balaque pede-te que venhas. Promete-te grandes honras e mais ainda todo o dinheiro que quiseres pedir-lhe. É só dizeres quanto queres! A questão é que venhas e nos amaldiçoes esta gente." 18-19Mas Balaam retorquiu-lhes: "Nem mesmo que me desse um palácio todo cheio de prata e ouro eu poderia coisa alguma contra o mandamento de YÁOHU UL meu YÁOHU ULHÍM. Contudo, fiquem aqui esta noite, para que possa saber se YÁOHU ULHÍM acrescentará ou não alguma coisa àquilo que já me disse antes." 20Nessa noite YÁOHU ULHÍM falou a Balaam: "Levanta-te então e vai com eles, mas tem cuidado em dizer unicamente o que eu te mandar."

A jumenta de Balaam

21Dessa forma, na manhã seguinte, albardou a sua jumenta e partiu com aqueles homens. 22-23Mas YÁOHU ULHÍM estava zangado contra Balaam, por isso mandou um anjo para se pôr no meio do seu caminho e matá-lo. Enquanto Balaam e os dois criados seguiam cavalgando pela estrada, a jumenta de Balaam viu o anjo de YÁOHU UL em pé no caminho com a espada desembainhada. Então saiu do caminho e foi-se pelo campo. Balaam bateu-lhe e trouxe-a de novo para o caminho. 24-25Mas o anjo de YÁOHU UL pôs-se mais adiante num sítio onde se passava entre duas paredes de campos de vinhas. Quando a jumenta o viu de novo ali procurou passar muito rente a um dos muros, apertando de tal maneira o pé de Balaam que ele tornou a bater-lhe. 26-27Ora o anjo de YÁOHU UL foi pôr-se ainda mais à frente num lugar tão estreito que a jumenta ali é que não podia passar mesmo. Por isso baixou-se e ali ficou. Balaam furioso espancou-a com o bordão. 28Então YÁOHU ULHÍM fez com que a jumenta falasse, assim: "O que é que te fiz para que me espanques já por três vezes?" 29"Porque tens estado a brincar comigo!" gritou-lhe Balaam. "Só queria ter aqui uma espada, que te matava já." 30"Já alguma vez fiz isto assim contigo, anteriormente?", perguntou a jumenta."Não", admitiu ele. 31Então YÁOHU ULHÍM deixou que os olhos se lhe abrissem e viu o anjo no meio do caminho com a espada desembainhada; logo se inclinou até ao chão perante ele. 32-33"Porque é que já por três vezes bateste na tua jumenta?", perguntou-lhe o anjo. "Eu vim aqui para te deter, porque o teu caminho é perverso diante de mim. A jumenta por três vezes me viu e procurou desviar-se, e aliás, se assim não tivesse sido, certamente te teria morto; e ela teria sido poupada." 34Então Balaam confessou: "Pequei. Não me dei conta que estavas aí. Se não queres que vá lá, volto agora mesmo para casa." 35-36Mas o anjo disse-lhe: "Não, vai então com esses homens, mas dirás apenas o que eu te disser." Assim Balaam continuou o caminho com os outros. Quando o rei Balaque ouviu que Balaam vinha a caminho, deixou a capital e saiu a encontrar-se com ele junto ao rio Arnom na fronteira da sua terra. 37"Porque te demoraste tanto em vir?", perguntou-lhe o rei. "Não acreditaste em mim quando te prometi grandes honrarias?" 38-41Balaam repondeu-lhe: "Eu vim, sim, mas não tenho poder para dizer senão exclusivamente o que YÁOHU ULHÍM me mandar proferir. Só isso falarei." Balaam acompanhou o rei até Kiryat-Huzote, onde este sacrificou bois e cordeiros, tendo dado também animais para Balaam e os embaixadores sacrificarem por sua vez. Na manhã seguinte Balaque levou Balaam até ao cimo do monte Bamote-Baal, do qual se podia ver todo o povo de Yaoshorúl espalhado lá em baixo.

Bamidbár 23

A primeira profecia de Balaam

1Balaam disse para o rei: "Levanta sete altares aqui, e prepara sete bezerros e sete carneiros para serem sacrificados." 2Balaque fez como o outro lhe dissera e foi sacrificado em cada altar um bezerro e um carneiro. 3-4Então Balaam disse para o rei: "Fica aqui junto do holocausto e verei se YÁOHU ULHÍM vem ao meu encontro. O que ele me disser, comunicar-to-ei." Depois, foi a um sítio mais elevado e disse a YÁOHU ULHÍM: "Preparei sete altares, e sacrifiquei um bezerro e um carneiro em cada um". 5E YÁOHU ULHÍM comunicou-lhe a mensagem que deveria transmitir a Balaque. 6Quando Balaam regressou, o rei estava de pé ao lado dos holocaustos, com todos os altos conselheiros de Moabe. 7-10Esta foi a mensagem que Balaam lhe trouxe: "O rei Balaque, rei de Moabe, trouxe-me aqui desde a terra de Arã, desde as montanhas lá do oriente. 'Vem', disse, 'amaldiçoa-me YÁOHU-caf!' Como poderei eu amaldiçoar o que YÁOHU ULHÍM não amaldiçoou? Como detestarei um povo que YÁOHU ULHÍM não condena? Estou a vê-lo do alto do monte, observo-os do cimo da montanha. Este povo é separado das outras gentes; quer viver sem se misturar com outros, com outras nações. São tão numerosos como os grãos de pó da terra! São incontáveis. Se ao menos eu pudesse morrer tão feliz como morre um justo! Se o meu fim pudesse ser como o deles!" 11"Mas o que é que me fizeste?", exclamou o rei Balaque. "Disse-te para amaldiçoares os meus inimigos, e acabaste por abençoá-los!" 12Mas Balaam replicou: "Posso eu falar seja o que for que YÁOHU ULHÍM não me mande dizer?"

A segunda profecia de Balaam

13Então Balaque tentou novamente: "Vem comigo a outro lugar; dali verás apenas uma parte de Yaoshorúl: amaldiçoa ao menos só esses que vires!" 14Então Balaque trouxe Balaam até aos campos de Zofim, subiu ao monte de Pisgáh, levantou sete altares, e ofereceu um bezerro e um carneiro em cada um. 15Balaam tornou a dizer ao rei: "Fica aqui, junto dos sacrifícios queimados, enquanto vou ali encontrar-me com YÁOHU ULHÍM". 16E de nov YÁOHU ULHÍM veio ter com Balaam e lhe disse o que devia proferir. Por isso regressou até onde estava o rei e os conselheiros moabitas, ao lado dos holocaustos. 17-24"Que foi que te disse YÁOHU ULHÍM?", perguntou o rei ancioso. E a sua resposta foi: "Levanta-te Balaque e ouve. Escuta-me tu, filho de Zípor. YÁOHU ULHÍM não é um homem para que possa mentir. Ele não muda de intenções como fazem os seres humanos. Alguma vez ele prometeu uma coisa sem que tenha cumprido o que disse? Ouve! Recebi ordem para os abençoar, porque é YÁOHU ULHÍM mesmo quem abençoa, e não seria eu quem poderia alterar tal coisa! Ele não vê maldade em YÁOHU-caf; por isso não pertubará Yaoshorúl. YÁOHU ULHÍM, o seu YÁOHU ULHÍM, está com eles. Ele é o seu rei! YÁOHU ULHÍM o tirou do Egipto. Yaoshorúl tem a força de um touro. Não há maldição que possa ser lançada sobre YÁOHU-caf. Não há encantamento que consiga virar-se contra Yaoshorúl. Porque desde agora será dito de YÁOHU-caf e de Yaoshorúl: 'Quantas maravilhas YÁOHU ULHÍM fez por eles!' Este povo levanta-se com o impulso de um leão. Não descansarão enquanto não tiverem devorado a presa toda, "e enquanto não tiverem bebido todo o sangue!" 25"Ao menos, já que não os amaldiçoas, não os abençoes!", exclamou o rei. 26Mas ele replicou-lhe: "Não te disse eu que havia de falar apenas o que YÁOHU ULHÍM me dissesse?"

A terceira profecia de Balaam

27Então Balaque insistiu: "Vou levar-te ainda para outro lugar. Talvez YÁOHU ULHÍM te deixe amaldiçoálos de lá." 28-30Balaque levou Balaam para o cimo do monte Peor, sobranceiro ao deserto. Balaam disse novamente ao rei para construir os sete altares das outras vezes, e para sacrificar os mesmos sete bezerros e sete carneiros. Ele fez conforme essa indicação, e ofereceu os animais nos altares como anteriormente.

Bamidbár 24

1Balaam viu bem que os planos de YÁOHU ULHÍM eram de abençoar Yaoshorúl. Por isso nem sequer foi desta vez procurar adivinhar, como fizera antes. Em vez disso voltou-se logo em direcção a Yaoshorúl, 29que se encontrava lá em baixo, distribuído pelas suas áreas tribais. E o RÚKHA-YÁOHU veio sobre ele, declarando esta profecia a respeito do povo: "Balaam, filho de Beor, o homem que tem os olhos abertos, diz assim:"'Eu ouvi a palavra de YÁOHU ULHÍM, "atentei no que YÁOHU ULHÍM poderoso me mostrou. "Caí por terra, e os meus olhos foram abertos: "Oh! que alegrias esperam por Yaoshorúl, "que contentamentos haverá nos lares de YÁOHU-caf. "Vejo-os espalhados diante de mim como vales verdes, "como jardins verdejantes à beira de rios,"como árvores de sândalos plantadas pelo próprio YÁOHU ULHÍM, "como cedros junto à fonte de água. "Serão abençoados com abundantes torrentes, "viverão em muitos lugares. "O seu YÁOHU ULHÍM revelar-se-á como sendo bem maior do que Agague. "O seu reino será exaltado. " YÁOHU ULHÍM os tirou do Egipto. "Yaoshorúl tem o poder de um jovem touro. "Devorará as nações que se lhe opuserem, "esmigalhará os seus ossos em pó, "crivá-los-á de setas. "Ali está Yaoshorúl descansando como um leão, como uma leoa -"Quem ousará perturbá-lo? "Abençoado será quem te abençoar, ó Yaoshorúl, "e maldito quem te amaldiçoar.'" 10-11O rei Balaque estava cheio de cólera. Brandindo os punhos cerrados, de fúria, gritou: "Eu chamei-te para amaldiçoares os meus inimigos e afinal acabas por mos abençoares já por três vezes! Fora daqui! Vai lá para donde vieste! Tinha planeado elevar-te a um cargo de grande honra, mas YÁOHU ULHÍM privou-te desse privilégio!" 12-13Balaam replicou: "Mas não disse eu aos teus delegados que mesmo que me dessem um palácio cheio de ouro e prata, não poderia ir além das palavras de YÁOHU ULHÍM? Não poderia dizer uma só palavra da minha lavra? 14Sim, vou com certeza regressar para donde vim, para a minha terra. Mas primeiro deixa-me dizer-te o que os Yaoshorulítas vão fazer ao teu povo."

A quarta profecia de Balaam

15-19E disse-lhe mais esta profecia: "Balaam, o filho de Beor, "é o homem cujos olhos estão abertos, "que ouve as palavras de YÁOHU ULHÍM, "que tem conhecimento do Altíssimo, "que vê que YÁOHU ULHÍM poderoso lhe quer mostrar. "Inclina-se por terra; mas tem os olhos abertos: "-Vejo o futuro de Yaoshorúl, "vejo bem longe o seu trilho. "Há-de aparecer uma 'cocáv' (est-ela) vinda de YÁOHU-caf! "O governante de Yaoshorúl esmigalhará o povo de Moabe, "e destruirá os filhos de Soth. "Yaoshorúl virá a possuir todo o Edom e Seir. "Eles vencerão os seus inimigos. "De YÁOHU-caf erguer-se-á um que na sua força "destruirá muitas cidades."

A profecia final de Balaam

20Em seguida Balaam virou-se para as casas do povo de Amaleque e profetizou ainda isto: "Amaleque foi o primeiro das nações, "Mas o seu destino será a destruição!" 21-22Depois, referindo-se aos queneus disse:"Sim, estás situada num sítio de toda a segurança, "O teu ninho está posto sobre as rochas! "Mas os queneus serão também destruídos "e o poderoso exército do rei da Assíria "te levará para longe desta terra!" 23-24E concluiu assim estas profecias:"Oy de nós! Quem poderá viver "quando é YÁOHU ULHÍM quem faz estas coisas?"Virão até barcos dascostas de Cyprus, "que oprimirão tanto Eber como a Assíria. "Também eles hão-de ser destruídos." 25Desta forma se separaram Balaam e Balaque e regressaram cada um ao seu lugar.

Bamidbár 25

Moabe seduz Yaoshorúl

1-2Enquanto Yaoshorúl estava acampado em Sitim alguns dos homens do povo começaram a juntar-se com as raparigas moabitas. Estas por sua vez também os convidavam para os sacrifícios aos seus falsos criadores o estatuas, e em breve os homens não só assistiam aos festejos como até já se inclinavam em adoração perante aqueles ídolos. 3Portanto Yaoshorúl tornou-se ligado a Baal, o idolo de Moabe. E a cólera de YÁOHU UL acendeu-se contra o seu povo. 4Por isso deu a seguinte ordem a Mehushúa: "Executa todos os chefes de tribo, de Yaoshorúl. Enforca-os em plena luz do dia, para que a cólera do seu YÁOHU ULHÍM se retire deles. 5E assim Mehushúa ordenou aos juízes que executassem todos os que tinham adorado Baal. 6Contudo, um dos homens Yaoshorulítas trouxe uma rapariga midianita para o acampamento, ali mesmo diante dos olhos de Mehushúa e de todo o povo, enquanto choravam à porta do tabernáculo. 79Pinkhós, filho de Úlozor e neto de Aharón, perante isto, avançou do sítio em que se encontrava, pegou numa lança, correu para a tenda daquele homem, para onde já tinha levado entretanto a rapariga, e atravessou-os a ambos com a lança, a qual perfurando o homem, veio enterrar-se no estômago da moabita. Com isso parou uma praga que entretanto se alastrara, mas não sem que vinte e quatro mil pessoas tivessem já morrido. 10Então YÁOHU ULHÍM disse a Mehushúa: 11"Pinkhós, o filho de Úlozor e neto de Aharón, o intermediário, conseguiu afastar a minha cólera, porque estava tão indignado como eu, com zelo pela minha honra; e dessa maneira suspendi a destruição de todo Yaoshorúl, como era minha intenção. 1213Por isso, em consequência do que ele fez, do zelo que demonstrou pelo seu YÁOHU ULHÍM, e porque dessa forma fez resgate pelo povo de Yaoshorúl, prometo que tanto ele como os seus descendentes serão intermediários para sempre." 14-15O nome do homem que foi morto com a rapariga midianita era Zimri, filho de Salu, chefe da tribo de Shamiúl. O da rapariga era Cozbi, filha de Zur, príncipe midianita. 16-17 YÁOHU ULHÍM disse a Mehushúa: "Destrói os midianitas, porque eles perturbaram-vos com os seus enganos, levaram-vos até a adorar Baal, e seduziram-vos, como foi com esse caso de Cozbi, a midianita.

Bamidbár 26

O segundo recenseamento

1Depois de ter passado a praga, YÁOHU ULHÍM disse a Mehushúa e a Úlozor, o filho de Aharón, intermediário: 2"Recenseia todos os homens de Yaoshorúl, de vinte anos para cima, para se saber com quanta gente de cada tribo e família se poderá contar para a guerra." 3-4Mehushúa e Úlozor instruiram os chefes de Yaoshorúl nesse sentido. Toda a nação estava acampada nas planícies de Moabe, nas margens do rio Yardayán, em frente de Yáricho oram estes os resultados do recenseamento: 5-11 Tribo de Ro-ibén: 43.730 -"Ro-ibén era o filho mais velho de Yaoshorúl. Nesta tribo integravam-se as seguintes famílias cujas designações correspondiam aos filhos de Ro-ibén: Os descendentes de Kanóch; "os descendentes de Palu. Dentro destes, havia o sub-grupo familiar de Uliab -que era um dos filhos de Palu-que se dividia"ainda nos agregados familiares de Nemuul, Datã e Abirão. Estes últimos foram aqueles dois chefes que apoiaram Coré na conspiração contra Mehushúa e contra Aharón num desafio à autoridade de YÁOHU ULHÍM. Mas a terra abriu-se e engoliu-os vivos. Foram nessa altura destruídos igualmente pelo fogo de YÁOHU ULHÍM duzentos e cinquenta homens, como aviso a toda a nação. Contudo os filhos de Coré não morreram. Os descendentes de Herzom, e os descendentes de Carmi. 12-14 Tribo de Shamiúl: 22.200 -"Nesta tribo havia as seguintes famílias, segundo os filhos de Shamiúl: de Nemuul, Yamin, Yaquim, Zerá e de Shaúl. 15-18 Tribo de Gaóld: 40.500 -"Eram as seguintes, as famílias de Gaóld, de acordo com os seus descendentes: de Zefom, Hagi, Suni, de Ozni, Eri, Arodi e de Areli. 19-22 Tribo de YAOHÚ-dah: 76.500 -"As famílias dos descendentes de YAOHÚ-dah eram estas, não incluindo nem Er nem Onã, os quais morreram na terra de Canaã: as de Sela, de Perez e de Zoro. Este recenseamento inclui também os seguintes sub-grupos descendentes de Perez: os descendentes de Hezron e de Hamul. 23-25 Tribo de Ishochar: 64.300 -"As famílias de Ishochar eram estas: os descendentes de Tola, de Puva, de Yaoshav e de Simrom. 26-27 Tribo de Zabulón: 60.500 -"As famílias desta tribo designavam-se assim: Serede, Elom e Yaleel. 28-37 Tribo de YÁOHU-saf: 32.500 da meia-tribo de Efroím; e 52.700 da meia-tribo de Menashé. Na meia-tribo de Menashé, havia as famílias de: Maquir, filho de Menashé. Da mesma meia-tribo contaram-se ainda: Os descendentes de Gaúliod, filho de Maquir, neto de Menashé: Os descendentes de Iezer, de Heleque, de Asriel, de Siquem, de Semita e de Hefer; este ultimo teve um filho, Zelofeade, o qual não teve descendentes do sexo masculino; teve cinco filhas, cujos nomes foram: Macla, Noa, Hogla, Milca e Tirza. Constituíam as famílias da meia-tribo de Efroím: Os descendentes de Sutela, de Bequer e de Taã; havia ainda a família de os eranitas, descendentes de Erã, filho de Sutela, neto de Efroím. 38-41 Tribo de Benyamín: 45.600 -"Nesta tribo eram as seguintes, as famílias de: Bela, Asbel, Airão, Sufão e Hufão. Os filhos de Bela vieram a formar ainda estas famílias, incluídas na tribo de Benyamín: Arde e
Naamã. 42-43 Tribo de Dayán: 64.400 -"Só uma família constituía esta tribo: os descendentes de Suão. 44-47 Tribo de Oshór: 53.400 -"As famílias desta tribo foram: os descendentes de Imna, de Isvi, de Beria; os filhos deste constituíram mais duas famílias: Heber e Molkhiúl. Oshór teve ainda uma filha Sera. 48-50 A tribo de Neftali: 45.400 -"Nesta tribo havia as seguintes famílias: Yazeel, Guni, Yezer e Silem. 51Portanto, o total dos homens aptos para o serviço militar foi de 601.730. 52-54Então YÁOHU ULHÍM disse a Mehushúa que dividisse a terra por cada tribo proporcionalmente à população de cada uma, conforme os dados do recenseamento; desta forma, as tribos maiores deveriam ter mais terra do que as mais pequenas. 55-56"Que os representantes das tribos sorteiem entre si as diversas zonas da terra, mas em duas vezes: as tribos maiores sortearão as zonas maiores, e as outras as zonas mais pequenas." Foram assim as instruções de YÁOHU UL. 57São estas as famílias da tribo de Leví, conforme o recenseamento: "os descendentes de Gerson, de Coate e os de Merari. 58Constavam-se nela ainda os seguintes agregados familiares: "os libnitas, os hebronitas, os malitas, os musitas e os coraitas. 59-61Quando Leví estava no Egipto nasceu-lhe uma filha, chamada Yoquebede, que veio a casar com Amrão, filho de Coate. Foram estes os pais de Aharón, de Mehushúa e de Maoro-ém. Depois, a Aharón, nasceram-lhe Naodáb, Abiú, Úlozor e Itamar. Naodáb e Abiú morreram quando pretendiam oferecer fogo profano a YÁOHU ULHÍM. 62O resultado do recenseamento revelou haverem 23.000 Levítas do sexo masculino, com mais de um mês de idade. Mas estes não foram incluídos nos resultados finais, porque não lhes foi dada a terra, quando da repartição por entre as tribos. 63-65Tais são, pois, os numeros relativos à contagem feita por Mehushúa e por Úlozor nas planícies do Moabe, nas margens do Yardayán, em frente de Yáricho. Nem um só indivíduo de toda este alistamento tinha sido contado no anterior recenseamento feito no deserto de Sinai. Todos os que naquela altura tinham sido alistados estavam agora mortos, de acordo aliás com que YÁOHU ULHÍM dissera, que haviam de morrer no deserto; as únicas duas excepções foram Caleb filho de Yefoné e Yaohúshua filho de Nun.

Bamidbár 27

As filhas de Zelofeade

1-2Um dia as filhas de Zelofeade, da tribo de Menashé, vieram até à entrada do tabernáculo apresentar uma petição a Mehushúa, a Úlozor o intermediário, a outros líderes de tribo e mais pessoas que ali estavam. Zelofeade, o pai destas mulheres da meia-tribo de Menashé, um dos filhos de YÁOHU-saf, pertencia ao agregado dos herefitas, descendentes de Gaúliod o qual era filho de Maquir e neto de Menashé. 3-4"Nosso pai morreu no deserto", disseram elas. "Mas não foi daqueles que se juntaram na revolta de Coré contra YÁOHU ULHÍM; morreu antes no seu próprio pecado. E não deixou filhos rapazes. Por que razão haveria de desaparecer o nome dele, só porque não deixou herdeiros do sexo masculino? Por isso sentimos que devíamos também receber uma terra tal como os outros membros da nossa família." 5Mehushúa trouxe o caso até à presença de YÁOHU UL. 6-11A resposta de YÁOHU ULHÍM foi esta: "As filhas de Zelofeade têm razão. Dá-lhes também uma parte, na repartição das terras, tal como é dada aos seus tios. Ficarão pois com a parte que teria sido dada ao pai, se ainda vivesse. E isto passará a ser uma lei no vosso meio, que, se um homem morrer sem descendentes do sexo masculino, então a sua herança passará às filhas. E se não tiver tido filhas, serão os seus irmãos a herdar. Se por acaso até tiver sido filho único herdarão os tios dele. E se ainda isto não puder ser, passará a herança para o parente mais próximo."

Yaohúshua sucessor de Mehushúa

12-14Certo dia YÁOHU ULHÍM disse a Mehushúa: "Sobe ao monte de Abarim e vê a terra que dei ao povo de Yaoshorúl. Depois de a contemplares, morrerás, tal como aconteceu com o teu irmão Aharón, porque vocês rebelaram-se contra as minhas instruções no deserto de Zim. Quando o povo de Yaoshorúl se revoltou, vocês não me honraram perante eles seguindo exactamente as minhas instruções de dizer à água para jorrar da rocha." YÁOHU ULHÍM estava-se a referir ao incidente das águas de Meribá, em Cades, no deserto de Zim. 15Então Mehushúa disse a YÁOHU ULHÍM: 16-17"Ó YÁOHU ULHÍM, o Criador Eterno espíritos da toda a humanidade, peço-te que indiques um novo chefe para o povo, um homem que os dirija nos combates e que também cuide deles, para que não sejam como ovelhas sem apacentador." 18-21 YÁOHU ULHÍM respondeu-lhe: "Vai buscar Yaohúshua, filho de Nun, que tem o espírito, e leva-o a Úlozor o intermediário; na presença de toda a gente transmite-lhe a responsabilidade de conduzir o povo. Dá-lhe assim publicamente a tua autoridade para que toda a nação lhe obedeça, através de Úlozor, as directivas de YÁOHU UL. YÁOHU ULHÍM falará a Úlozor através do urim, e este comunicará a Yaohúshua e ao povo as instruções necessárias. Desta forma YÁOHU ULHÍM continuará a conduzi-los." 22-23Mehushúa assim fez, conforme o mandado de YÁOHU UL; tomou Yaohúshua, levou-o a Úlozor o intermediário, e, aos olhos de toda a gente, pôs a mão sobre a cabeça dele e consagrou-o às suas novas responsabilidades, tal como YÁOHU ULHÍM ordenara.

Bamidbár 28

Ofertas diárias

1 YÁOHU ULHÍM disse a Mehushúa que transmitisse ao povo estas ordens: 2"As ofertas que me queimaram no altar são como um alimento, são como um cheiro delicioso para mim. Portanto tanto tenham cuidado para que sejam trazidas regularmente e de acordo com as instruções que receberam. 3-8Quando fizerem ofertas pelo fogo, empregarão cordeiros, machos de um ano, sempre sem defeito. Dois deles serão oferecidos em cada dia, como uma oferta queimada regular. Um cordeiro será sacrificado em cada manhã, outro todas as noites. Com eles será apresentada uma oferta de cereais, de três litros de farinha finamente moída, misturada com 1,5 litros de azeite. Esta é a oferta queimada, ordenada no Monte Sinai, que deve ser oferecida regularmente como cheiro suave, como holocausto a YÁOHU ULHÍM. Com ela será trazida a oferta de vinho, derramada no Templo perante YÁOHU ULHÍM, e consistindo em 1,5 litros de vinho a acompanhar cada cordeiro. Ofereçam o segundo cordeiro e a sua oferta de vinho ao fim do dia. Trata-se igualmente de um bom cheiro para YÁOHU ULHÍM, de uma oferta queimada.

Ofertas no Shábbos

9-10Ao Shábbos sacrifiquem dois cordeirinhos de um ano, ambos sem defeito algum, além das ofertas regulares. Deverão ser acompanhadas de uma oferta de cereais de 6 litros de farinha fina misturada com azeite, mais a oferta usual de vinho.

Ofertas mensais

11-14Também no primeiro dia de cada mês haverá uma oferta queimada extra, apresentado a YÁOHU ULHÍM, consistindo em dois bezerros, um carneiro e sete cordeirinhos de um ano; todos estes animais terão de ser sem defeito. Acompanhem-nos de 9 litros de farinha finamente moída, misturada com azeite, como oferta de cereais juntamente com cada bezerro; e 6 litros de fina farinha moída, com azeite, para o carneiro; para cada cordeirinho dêem 3 litros da mesma farinha misturada com azeite. Este holocausto será apresentado pelo fogo, e dará grande prazer a YÁOHU ULHÍM. Acompanhando cada um destes sacrifícios haverá uma oferta de vinho -3 litros para cada bezerro, 2 para o carneiro e 1,5 para cada cordeirinho. Isto será então a vossa oferta de holocausto em cada mês, durante todo o ano. 15Também no primeiro dia de cada mês oferecerão um bode para oferta de expiação do pecado, perante YÁOHU ULHÍM. Isto, para além do vosso holocausto regular diário e das suas libações.

A Pósqayao

16-25No fim do mês de Março celebrarão a Pósqayao. No dia seguinte começará uma grande e alegre festividade que durará sete dias; mas não será servido pão com fermento. No primeiro dia da celebração chamar-se-á todo o povo a reunir-se numa santa assembleia, e não se executará nenhum trabalho pesado nesse dia. Oferecerão holocaustos a YÁOHU ULHÍM, consistindo em dois bezerros, um carneiro e sete cordeirinhos de um ano, todos sem defeito. Para cada bezerro oferecerão também uma oferta de cereais de 9 litros de fina farinha misturada com azeite; com o carneiro ela será de 6 litros, e para cada um dos sete cordeiros, 3 litros de fina farinha. Devem também oferecer um bode como oferta pelo pecado, para fazer expiação por vocês. Estas ofertas serão feitas para além das que apresentam regularmente, todos os dias. Este mesmo sacrifício que acabei de referir-vos será apresentado em cada um dos sete dias da festividade. Será de grande prazer para YÁOHU ULHÍM. No sétimo dia haverá de novo uma santa e solene assembléia de todo o povo, e durante esse dia não se fará qualquer espécie de trabalho pesado.

A celebração dos primeiros frutos

26-30No dia dos primeiros frutos haverá uma assembleia solene especial de todo o povo para celebrar as novas colheitas. Nesse dia deverão apresentar as vossas primeiras colheitas de cereais, como oferta de cereais a YÁOHU ULHÍM; não se fará qualquer trabalho nesse dia. Um holocausto especial que dará grande prazer a YÁOHU ULHÍM será oferecido nesse dia. Consistirá em dois bezerros, um carneiro e sete cordeirinhos de um ano. Serão acompanhados da vossa oferta de cereais de 9 litros de fina farinha misturada com azeite para cada bezerro, de 6 litros para o carneiro e de 3 para cada um dos cordeiros. Ofereçam igualmente um bode para fazer expiação por vocês. 31Estas ofertas especiais são para além dos holocaustos regulares diários, das ofertas de cereais e das de vinho. Dêem atenção que cada animal oferecido seja sem mancha ou defeito.

Bamidbár 29

A celebração das trombetas

1-2No dia 15 de Setembro de cada ano realizar-se-á a celebração das trombetas. Haverá um solene ajuntamento do povo nesse dia, e não será feito qualquer trabalho. Oferecerão nesse dia um holocausto constituído por um bezerro, um carneiro e sete cordeiros de um ano, todos sem defeito. Serão sacrifícios que YÁOHU ULHÍM muito apreciará. 3Uma oferta de cereais de 9 litros de farinha fina misturada com azeite será apresentada com os bezerros, mais outra de 6 litros com o carneiro 4e outra ainda de 3 litros para cada um dos sete cordeiros. 5Para além disto oferecerão um bode para vos fazer expiação pelo pecado. 6Estas ofertas especiais são para além do holocausto regular mensal que é apresentado naquele dia, e também dos holocaustos regulares diários oferecidos com a respectiva oferta de cereais e de vinho, tal como especificado nas instruções que as regulamentam.

O dia da expiação

7-11Dez dias mais tarde realizar-se-á outra assembleia de todo o povo. Será um dia de solene humilhação perante YÁOHU ULHÍM, e nenhum trabalho, de espécie alguma, será feito. Oferecerão nesse dia um sacrifício queimado a YÁOHU ULHÍM -ser-lhe-á de muito agrado -tomarão para isso um bezerro, um carneiro e sete cordeiros de um ano, todos sem defeito algum; serão acompanhados das respectivas ofertas de cereais: 9 litros de fina farinha misturada com azeite com o bezerro, 6 litros com o carneiro e 3 com cada cordeiro. Deverão igualmente sacrificar um bode para vos fazer expiação pelo pecado. Isto é para além da oferta pelo pecado do dia de resgate, para além igualmente das ofertas queimadas regulares diárias, e das de cereais e de vinho.

A celebração de tabernáculos

12-16Cinco dias depois haverá ainda outra santa assembleia de todo o povo, e não se fará então nenhum trabalho duro; será o começo de uma festividade de sete dias a celebrar perante YÁOHU ULHÍM. O vosso holocausto especial então será de treze bezerros, dois carneiros e catorze cordeiros de um ano, todos eles sem defeito, acompanhados das habituais ofertas: 9 litros da fina farinha misturada com azeite, isto para cada um dos bezerros, 6 litros de farinha para cada carneiro e 3 para cada cordeiro. Deverá haver um bode como oferta pelo pecado, tudo isto para além das ofertas diárias, acompanhadas das de cereais e de vinho. 17-19No segundo dia desta festividade de sete dias, sacrificarão doze bezerros, dois carneiros e catorze cordeiros de um ano, todos eles sem defeito, acompanhados da habitual oferta de cereais e da de vinho. Também para além do holocausto regular diário, devem sacrificar um bode com a sua oferta de cereais e de vinho para oferta pelo pecado. 20-22No terceiro dia dessa festividade oferecerão onze bezerros, dois carneiros, catorze cordeiros de um ano; todos estes animais sem defeito algum, mais as usuais ofertas de cereais e de vinho. Para além dos sacrifícios diários regulamentares, oferecerão um bode para oferta pelo pecado, acompanhado da sua oferta de cereais e de vinho. 23-25No quarto dia de celebração oferecerão dez bezerros, dois carneiros e catorze cordeirinhos de um ano; todos eles sem defeito. Cada um com o seu acompanhamento de oferta de cereais e de vinho; e ainda oferecerão o bode, juntamente com as usuais ofertas de cereais e de vinho, para oferta pelo pecado, para além dos sacrifícios diários regulares. 26-28No quinto dia sacrificarão nove bezerros, dois carneiros e catorze cordeiros de um ano, sempre sem defeito em nenhum deles, e acompanhado pelas costumadas ofertas de cereais e de vinho; também sacrificarão um bode com as ofertas usuais de cereais e de vinho, como uma oferta especial pelo pecado, para além dos sacrifícios diários. 29-31No sexto dia deverão sacrificar oito bezerros, dois carneiros e catorze cordeiros de um ano -todos estes animais sem defeito -juntamente com as respectivas ofertas de cereais e de vinho. Farão mais o sacrifício do bode, como oferta pelo pecado, com as suas ofertas de cereais e de vinho, para além dos sacrifícios diários. 32-34No sétimo dia serão sete os bezerros a sacrificar, mais dois carneiros e catorze cordeiros de um ano, todos eles sem defeito, com as referidas ofertas de cereais e de vinho. Sacrifiquem mais um bode, com a sua correspondente oferta de cereais e de vinho, como oferta especial pelo pecado, para além das outras ofertas regulares diárias. 35-39No oitavo dia convoquem o povo para outra solene assembleia, e não farão nenhum trabalho duro nesse dia. Sacrifiquem uma oferta queimada, que será de grande agrado a YÁOHU ULHÍM; será constituída por um bezerro, um carneiro e sete cordeiros de um ano -todos sem defeito -e mais as habituais ofertas de cereais e de vinho. Sacrifiquem igualmente um bode, com a costumada oferta de cereais e de vinho, como oferta pelo pecado, para além dos sacrifícios diários regulares. Estas ofertas são obrigatórias nas alturas das vossas celebrações anuais, e deverão ser feitas para além dos sacrifícios e ofertas que apresentam na consequência de votos feitos, e para além das ofertas voluntárias, ou dos holocaustos, ofertas de cereais, vinho e de paz." 40Mehushúa transmitiu todos estes regulamentos ao povo de Yaoshorúl.

Bamidbár 30

As promessas a YÁOHU ULHÍM

1-2Então Mehushúa convocou os chefes de tribos e disse-lhes: " YÁOHU ULHÍM ordenou que quando alguém fizer uma promessa a YÁOHU ULHÍM, seja ela de realizar algo, ou então de, por exemplo, deixar de praticar determinada acção, esse voto deverá ser cumprido, não se violará a palavra dada; terá de se cumprir exactamente aquilo que se prometeu. 3-5Se uma mulher prometer a YÁOHU ULHÍM fazer, ou não fazer, qualquer coisa, e se ela for jovem e viver ainda com os seus pais, e se o pai ouvir que ela fez uma promessa a que se ligou com obrigações e não lhe disser nada, então esse voto será válido. Mas se o seu pai recusar deixá-la fazer esse voto, ou se sentir que as penalidades a que se obrigou são demasiado duras, então esse voto automaticamente é inválido. O pai deverá declarar a sua desaprovação no primeiro dia em que ouvir falar disso. YÁOHU ULHÍM perdoará à rapariga visto que o seu pai não o permitiu. 6-8Se uma mulher fizer um voto ou uma promessa proferida irreflectidamente, e se depois vier a casar, quando o marido tomar conhecimento desse voto, se não disser nada no próprio dia em que ouviu isso, então o voto manter-se-á válido. Mas se o marido se opuser, se recusar aceitar esse voto ou promessa leviana, a sua recusa a tornará sem valor, e YÁOHU ULHÍM lha perdoará. 9Contudo uma mulher se for viúva ou divorciada deverá sempre cumprir o seu voto. 10-15Se ela for casada, vivendo com o marido na altura em que fez o voto, quando o marido o ouvir, se não disser nada o voto manter-se-á. Mas se ele recusar, se não lho consentir no próprio dia em que o ouviu, o voto fica anulado e YÁOHU ULHÍM a perdoará. Assim o marido poderá tanto confirmar como anular o voto dela, mas se não disser nada durante o dia inteiro, então é porque concorda. Se se passar mais do que um dia e depois pretender recusar permissão para que o voto se cumpra, todas as obrigações a que esteja ligada cairão sobre ele e ele será igualmente responsável por elas." 16Estas são pois as ordens que YÁOHU ULHÍM deu a Mehushúa respeitantes a relações entre uma mulher e seu marido, e entre o pai e as filhas que vivem com ele.

Bamidbár 31

A vingança contra os midianitas

1Então YÁOHU ULHÍM falou assim a Mehushúa: 2"Castiga os midianitas por terem levado à idolatria o povo de Yaoshorúl. Depois disso terás de morrer -serás recolhido para junto dos teus." 3-6Mehushúa disse ao povo: "Armem-se alguns de vocês e preparem-se para travar uma guerra de YÁOHU ULHÍM contra os midianitas para os castigar. Mobilizem mil homens de cada tribo." E assim foi feito. Foram alistadas doze mil soldados de Yaoshorúl, os quais Mehushúa mandou para a batalha. Pinkhós, filho de Úlozor o intermediário, foi quem conduziu esse exército; e os objectos sagrados acompanharam-nos, ao mesmo tempo que iam tocando as trombetas. 7-8E o resultado foi que todos os homens midianitas foram mortos nesse combate. Entre eles estavam os cinco reis midianitas: Evi, Requem, Zur, Hur e Reba. Também Balaam, filho de Beor, foi morto. 9-14Yaoshorúl trouxe como cativos as mulheres e as crianças, e apoderou-se do gado e dos rebanhos deles, assim como de muita coisa variada que saquearam. Todas as povoações, cidades e aldeias foram incendiadas. Os cativos e a presa tomada foram trazidos a Mehushúa e a Úlozor, intermediário, à vista de todo o povo de Yaoshorúl, que estava acampado nas margens do Yardayán nas planícies de Moabe, em frente a Yáricho. Mehushúa e o intermediário Úlozor, acompanhados de todos os chefes do povo, vieram fora do arraial ao encontro daquela tropa vitoriosa; mas aconteceu que Mehushúa ficou muito irado contra os oficiais do exército e os comandantes dos batalhões. 15-20"Porque é que deixaram vivas as mulheres?", perguntou. "Estas são precisamente as que, seguindo as indicações de Balaam, fizeram com que o povo de Yaoshorúl adorasse os ídolos, no monte Peor, e provocaram assim aquela praga que nos destruíu! Então, matem agora todos os rapazes, e também todas as mulheres que já alguma vez se tenham deitado com um homem; as restantes deixem-nas em vida e podem levá-las convosco. Todos os que mataram alguém ou que tenham tocado num corpo morto deverão ficar fora do acampamento durante sete dias, purificando-se a si e às cativas no terceiro e no sétimo dia. Lembrem-se também de purificar as vossas roupas e tudo o que seja feito de pele de animal ou de pêlo de cabra, assim como os recipientes de madeira." 21-23Úlozor, intermediário, disse para os homens que tinham combatido: "Este é o regulamento que YÁOHU ULHÍM deu a Mehushúa: tudo o que possa suportar o fogo, tal como ouro, prata, bronze, estanho ou chumbo, deverá ser passado pelo lume, a fim de ficar ritualmente puro; além disso deve ser purificado pela água de purificação. No entanto aquilo que não suportar o calor passará apenas pela água. 24No sétimo dia lavarão os seus fatos e purificar-se-ão; só depois poderão regressar ao acampamento."


Repartição dos despojos

25 YÁOHU ULHÍM disse a Mehushúa: 26-27"Tu e o intermediário Úlozor, mais os líderes das tribos, deverão fazer uma lista de tudo o que foi saqueado, incluindo gente e animais; depois repartam em duas partes. Metade ficará para os homens que combateram e a outra metade será dada ao povo de Yaoshorúl. 28-30Da metade que pertence aos homens que combateram terão de dar um tributo a YÁOHU ULHÍM; consistirá de um em cada quinhentos, tanto dos cativos, como dos bois, dos burros e dos rebanhos capturados pelo exército. Dêem este tributo a Úlozor, o intermediário, para que apresente a YÁOHU ULHÍM com um gesto próprio de oferta em frente do altar. Levantem igualmente um tributo, da metade que pertence ao povo, de um em cada cinquenta também dos prisioneiros, dos rebanhos e do resto do gado, que for dado ao povo de Yaoshorúl, e apresentem-no aos Levítas, que têm o cargo do tabernáculo. Será a parte que lhes pertence." 31Mehushúa e Úlozor fizeram conforme YÁOHU ULHÍM lhes mandou. 32-35O total da presa tomada aos midianitas -além da parte dada aos que combateram -foi de 675.000 ovelhas, 72.000 bois, 61.000 burros; as raparigas cativas foram 32.000. 36-40A metade com que o exército ficou totalizou: 337.500 ovelhas (das quais 675 foram dadas a YÁOHU ULHÍM); 36.000 bois (dos quais 72 foram dados a YÁOHU ULHÍM); 30.500 burros (dos quais 61 foram dados a YÁOHU ULHÍM); e ainda 16.000 raparigas (das quais 32 foram dadas a YÁOHU ULHÍM para os Levítas). 41Tudo o que era para YÁOHU ULHÍM foi dado a Úlozor o intermediário, tal como YÁOHU ULHÍM mandara. 42-46A metade da presa destinada ao povo de Yaoshorúl, que Mehushúa separou da outra parte pertencente aos soldados, deu os seguintes números:337.500 ovelhas; 36.000 bois; 30.500 burros, e 16.000 raparigas. 47De acordo com a vontade de YÁOHU UL, Mehushúa entregou um por cada cinquenta destes aos Levítas. 48-50Os oficiais e o comandantes de batalhão vieram até Mehushúa e disseram-lhe: "Fizemos a chamada de todos os que tinham partido a combater e verificámos que não se perdeu um só deles! Por isso trouxemos aqui uma oferta especial de gratidão a YÁOHU ULHÍM, tomada do que recebemos -ouro, jóias, pulseiras, colares, anéis, brincos, arrecadas. Isto é para fazer expiação pelas nossas almas perante YÁOHU ULHÍM." 51-54Mehushúa e Úlozor o intermediário receberam esta oferta especial, da parte dos oficiais e comandantes, tendo estimado o valor total de tudo aquilo em 190 quilos de ouro. Os soldados tinham ficado também com parte do saque para eles. A oferta foi levada para o tabernáculo e conservada perante YÁOHU ULHÍM como memorial para o povo de Yaoshorúl.

Bamidbár 32

Ro-ibén e Gaóld ficam aquém do Yardayán

1-2Quando Yaoshorúl chegou à terra de Yazer e à terra de Gaúliod, as tribos de Ro-ibén e de Gaóld, que tinham grandes rebanhos de ovelhas, deram-se conta de como aquela região era óptima para o gado. Por isso vieram ter com Mehushúa, com o intermediário Úlozor e com os chefes das outras tribos e disseramlhes 3-5" YÁOHU ULHÍM usou-nos para destruir as populações de toda esta zona -Atarote, Dibom, Yazer, Ninra, Hesbom, Eleale, Sabã, Nebo e Beom. E estamos todos a ver que se trata de uma região belíssima para criar gado e para os rebanhos pastarem. Pedimos pois que nos deixem ficar aqui com esta terra como a parte que nos caberia na partilha geral, e não passaremos para além do Yardayán." 6-12"Ficariam vocês aqui descansados, enquanto os vossos irmãos continuavam a lutar no outro lado do rio?", perguntou Mehushúa. "Vocês assim estão a desencorajar o resto do povo a passar para a margem de lá, para a terra que YÁOHU ULHÍM lhes deu! Isso é o mesmo que fizeram vossos pais, quando os mandei de Cades-Barneia para observarem escondidamente a terra; quando regressaram, depois de terem passado pelo vale de Eshkól, desanimaram o povo, levando-o a desistirem de entrar na terra prometida. A ira de YÁOHU UL ardeu contra eles, e jurou então que todos os que tinham sido tirados do Egipto, com mais de vinte anos, nunca haviam de ver a terra que ele prometera a Abruhám, a YÁOHUtz-kaq e a YÁOHU-caf, visto que recusaram obedecer-lhe. As únicas excepções foram Caleb (filho de Yefoné, o quenezeu) e Yaohúshua (filho de Nun), porque persistiram em seguir YÁOHU ULHÍM com todo o seu coração. 13-15Assim foi que YÁOHU ULHÍM nos fez vaguear dum lado para o outro no deserto durante quarenta anos, até que toda aquela geração morresse. Agora aqui estão vocês, uma cambada de pecadores, fazendo exactamente a mesma coisa! Somente vocês são ainda mais numerosos; por isso a ira de YÁOHU UL será ainda mais terrível. Se recusarem dessa forma seguir YÁOHU ULHÍM, isso fará ficar todo o povo ainda por mais tempo no deserto, e serão vocês os responsáveis pela destruição do seu povo e por terem trazido tamanha catástrofe sobre esta nação inteira!" 16-19"De maneira nenhuma!", esclareceram eles. "A nossa intenção é construir currais e estábulos para o nosso gado, cidades para as nossas crianças, mas quanto a nós mesmos, estamos decididos a ir combater, à frente do povo de Yaoshorúl, até que os tenhamos estabelecido definitivamente na terra que vão receber. Mas primeiro precisávamos de edificar cidades fortificadas aqui para as nossas famílias, para os deixar em segurança na eventualidade de algum ataque das populações locais. E não voltaremos à nossa possessão até que o povo tenha ocupado aquilo que é a sua herança. Além disso não precisamos de ter terra do outro lado do rio; basta-nos pois aquela com que ficamos aqui nesta zona oriental." 20-24Mehushúa respondeu-lhes: "Pois sim, está bem, se fizerem tudo o que disseram, e se se armarem para a guerra de YÁOHU ULHÍM, levando as vossas tropas a atravessar o Yardayán até que YÁOHU ULHÍM tenha expulso os seus inimigos; quando a terra estiver enfim subjugada na sua presença, não serão culpados perante YÁOHU ULHÍM. Terão assim cumprido o vosso dever para com YÁOHU ULHÍM e todo o resto do povo de Yaoshorúl. Então a terra que está neste lado oriental será domínio que YÁOHU ULHÍM vos dá. Mas se não fizerem como prometeram, terão pecado contra YÁOHU ULHÍM, e podem ter a certeza de que virão a receber o devido castigo. Vão então e construam as cidades de que precisam para as vossas famílias e os estábulos para os vossos rebanhos; façam pois tudo o que disseram." 25-27"Faremos precisamente conforme nos mandas", replicaram as gentes de Gaóld e de Roibén. "Os nossos filhos, mulheres, rebanhos e gado ficarão aqui nas cidades de Gaúliod. Mas todos os que nos alistarmos iremos lutar pelo YÁOHU ULHÍM, tal como mandaste." 28Mehushúa deu assim a sua aprovação à pretensão deles, dizendo a Úlozor, a Yaohúshua e os líderes de Yaoshorúl: 29-30"Se todos os homens das tribos de Gaóld e de Ro-ibén, que estão recrutados para as guerras de YÁOHU UL, forem convosco para além do Yardayán, então quando a terra for conquistada, deverão dar-lhe o território de Gaúliod; mas se recusarem, eles terão de aceitar aquela que lhes for distribuída, entre todos, no país de Canaã." 31-32As tribos de Gaóld e de Ro-ibén disseram de novo: "Estamos dispostos a fazer conforme o mandamento de YÁOHU UL -seguiremos todo o exército de YÁOHU UL até Canaã, mas depois a nossa terra será esta aqui deste lado do Yardayán."

Meia-tribo de Menashé fica a oriente do Yardayán

33Sendo assim, Mehushúa distribuiu o território do rei Siom dos amorreus e do rei Ogue de Basã – incluindo toda a terra e as cidades -às tribos de Gaóld e de Ro-ibén, assim como à meia-tribo de Menashé, filho de YÁOHU-saf. 34-36O povo de Gaóld construiu as seguintes cidades: Dibom, Atarote, Aroer, Atarote-Sofã, Yazer, Yogbeá, Beth-Nimra, Beth-Harán; todas elas cidades fortificadas e com currais. 37-38O povo de Roibén edificou: Hesbom, Eleale, Quiriataim, Nebo, Baal-Meom e Sibma. Os Yaoshorulítas mais tarde mudaram o nome de algumas cidades que tinham conquistado e reconstruído. 39-41Os descendentes de Maquir filho de Menashé foi à terra de Gaúliod e expulsou os amorreus na zona que conquistaram. Por isso Mehushúa deu também aos maquiritas terra em Gaúliod e passaram a viver ali. Os homens de Yao-éyr, outro agregado da tribo de Menashé, ocuparam igualmente muitas cidades de Gaúliod, e alterou o nome da sua área para Havote-Yao-éyr. 42Entretanto um homem chamado Noba, à frente dum destacamento militar, foi a Quenate e conquistou-a, assim como às aldeias dos arredores, ocupando-as e dando àquele sítio o seu próprio nome.

Bamidbár 33

O percurso do povo no deserto

1-2Este foi o itinerário da nação de Yaoshorúl, desde a altura em que Mehushúa e Aharón os tiraram para fora do Egipto. Mehushúa tinha escrito todas essas deslocações, conforme as instruções dadas pelo YÁOHU ULHÍM. 3-4Deixaram a cidade de Ramessés, no Egipto, no primeiro dia de Abril, no dia a seguir à noite da Pósqayao. Partiram com toda a dignidade, incitados até pelos próprios egípcios, que estavam entretanto a enterrar os filhos mais velhos de cada família, mortos pelo YÁOHU ULHÍM na noite anterior. Foi uma grande derrota para os falsos criadores o estatuas dos egípcios nessa noite! 5-7Depois de sairem de Ramessés, ficaram em Sukkós, depois em Etã, à beira do deserto, e a seguir em Pi-Hairote, perto de Baal Zefom, onde acamparam no sopé do monte Migdol. 8Dali, passaram pelo meio do Mar Vermelho e caminharam por três dias no deserto de Etã, tendo acampado em Mara. 9Depois de deixarem Mara, vieram até Elim, onde há doze fontes e setenta palmeiras, tendo ali permanecido bastante tempo. 10-14Após terem deixado Elim vieram acampar junto do Mar Vermelho, e depois no deserto de Sim; e seguidamente em Dofca, e em Alus, e em Refidim, onde lhes faltou água. 15-37De Refidim foram até ao deserto de Sinai. A partir do deserto de Sinai foram estas as etapas que pecorreram: Quibrote-Hataavã, Hazerote, Ritma, Rimon, Perez, Libna, Rissa, Queelata, Sefer, Harada, Maquelote, Taate, Túrok, Mitca, Hasmona, Moserote, Bene-Yaacã, Hor-Hagidgade, Yotbata, Abrona, Eziom-Geber, Cades no deserto de Zim e monte de Hor no fim da terra de Edom. 38-39Enquanto se encontravam junto do monte de Hor, Aharón o intermediário foi mandado pelo YÁOHU ULHÍM subir à montanha e morrer lá. Isto ocorreu quarenta anos depois do povo de Yaoshorúl ter deixado o Egipto. Ele morreu pois no dia 15 de Julho quando tinha 123 anos de idade. 4046Foi então que o rei cananeu de Arade, que vivia no Négev, ao sul de Canaã, ouviu que o povo de Yaoshorúl se aproximava da sua terra. Depois de terem tratado com ele, os Yaoshorulítas partiram do monte de Hor e foram acampar em Zaloma, e depois, em Punom, e em Obote, e a zona dos pequenos outeiros de Abarim, perto da fronteira de Moabe. Dali foram para Dibom-Gaóld, e depois para Almon-Diblataim. 47-49Vindo a acampar nas montanhas de Abarim, perto do monte Nebo; finalmente chegaram às planícies de Moabe, nas margens do rio Yardayán defronte de Yáricho. Enquanto estiverem nessa área, acamparam em diversos sítios ao longo do Yardayán, desde Bete Yesimonte até Abúl-Sitim, nas campinas moabitas. 50-54Foi durante o tempo que ali estiveram que YÁOHU ULHÍM disse a Mehushúa para transmitir ao povo de Yaoshorúl o seguinte: "Quando passarem para o outro lado do Yardayán, para a terra de Canaã, deverão expulsar toda a gente que lá viver e destruir os seus ídolos, imagens feitas de pedra e de metal, assim como os Templos que eles têm sobre as colinas e onde adoram os seus falsos criadores o estatuas. Dei-vos a vocês essa terra. Tomem-na e vivam lá. Reparti-la-ão proporcionalmente ao tamanho das vossas tribos. Portanto as tribos maiores terão naturalmente partes maiores; as áreas mais pequenas irão para as tribos menores. 55-56Se se negarem a lançar fora o povo que aí vive, os que lá ficarem vos farão arder os olhos, ser-vos-ão como espinhos na carne. E destruir-vos-ei a vocês tal como planeei destrui-los a eles."

Bamidbár 34

Os limites de Canaã

1 YÁOHU ULHÍM mandou Mehushúa dizer assim ao povo: 2-5"Quando entrarem na terra de Canaã –que eu vos dou toda, como vossa pátria -terão a sul, por limite, o deserto de Zim junto á fronteira de Edom. A fronteira do sul começará com o Mar Morto, e continuará pela subida de Acrabim, na direcção de Zim. O ponto mais ao sul será Cades-Barneia, donde seguirá para Hazar-Adar e para Amom. Depois a linha de fronteira seguirá o Wadi-el-Arish, descendo até ao Mar Mediterrâneo. 6Este mar constituirá ele próprio a vossa fronteira a ocidente. 7-9A norte, a linha fronteiriça começará no Mar Mediterrâneo e prosseguirá para o nascente até ao monte Hor, seguindo sobre a entrada de Hamate, através de Zedade e Zifrom, até Hazar-Enã. 10-12Quanto à fronteira oriental, começará em Hazar-Enã, descendo até Sefã, e depois até Ribla a oriente de Aim. Dali descreverá um largo semi-círculo, indo primeiro para o sul e depois para o poente até passar a ponta sul do Mar da Galileia, seguindo ao longe do rio Yardayán, terminando de novo no Mar Morto. 13-15Este é pois o território que deverão repartir entre si. Será partilhado por nove tribos e meia, porque as tribos de Ro-ibén, de Gaóld e a meia-tribo de Menashé já receberam terra no lado nascente do Yardayán, diante de Yáricho." 16-28Disse mais YÁOHU ULHÍM a Mehushúa: "Serão os seguintes, os homens encarregados de proceder à repartição da terra:Úlozor o intermediário, Yaohúshua filho de Nun, e um chefe de cada tribo, conforme a seguinte lista: de YAOHÚ-dah -Caleb, filho de Yefoné;"de Shamiúl -Shamu-Úl, filho de Amiude;"de Benyamín -Uldaod, filho de Quislom; "de Dayán -Buqui, filho de Yogli;"de Menashé -Khan-Úl, filho de Efode;"de Efroím -Quemel, filho de Siftã. (Estas duas tribos descendem de YÁOHU-saf.); de Zabulón -Ulisafan, filho de Parnaque;"de Isaacar -Paltiul, filho de Oza;"de Oshór -Aiude, filho de Selomi;"de Neftali -Pedaul, filho de Amiude. 29São estes pois os nomes dos que eu designei para supervisar a divisão do território pelas tribos."

Bamidbár 35

As cidades para os Levítas

1Enquanto Yaoshorúl estava acampado nas planícies de Moabe, em frente de Yáricho, YÁOHU ULHÍM disse a Mehushúa: 2-5"Dá instruções ao povo de Yaoshorúl para que dê aos Levítas como possessão certas cidades com as respectivas terras dos arrebaldes para pastagens. Essas cidades servir-lhes-ão para habitação e as terras vizinhas serão para o gado, os rebanhos e outros animais deles. Os arrebaldes estender-se-ão num círculo à volta da cidade até à distância de 594 metros para além dos muros. Assim haverá 1.188 metros entre os limites extremos desses arredores, com a cidade no centro.

As cidades de refúgio

6-8Darão aos Levítas seis cidades de refúgio, para onde uma pessoa que tenha por acidente morto alguém possa correr para se refugiar e ficar em segurança; além dessas, dar-lhes-ão mais quarenta e duas outras cidades. Ao todo serão quarenta e oito as cidades, mais os seus subúrbios, concedidos aos Levítas. Serão distribuídas pelas diversas partes da nação. As tribos maiores, que ficarão com maior número de povoações, darão mais cidades aos Levítas, enquanto que as outras dar-lhes-ão menos." 9-15 YÁOHU ULHÍM disse a Mehushúa: "Diz ao povo que quando entrarem na terra, terão de escolher cidades de refúgio para que nelas se acolham os que por acidente tiverem morto alguém. Serão lugares para proteger essa pessoa da vingança que sobre ela queiram exercer os parentes do morto. Pois que o causador dessa morte não deverá ser executado antes de ser considerado culpado num julgamento legal. Três dessas seis cidades de refúgio deverão ser localizadas na terra de Canaã e outras três na banda oriental do Yardayán. Servirão para a protecção não só dos Yaoshorulítas mas também dos estrangeiros e viajantes que se encontrarem no vosso meio. 16-18Contudo, se alguém tiver sido abatido por meio de uma peça de ferro, presumir-se-á que foi assassinado e o assassino terá de ser executado. Também se for com uma grande pedra que o tiver morto, será considerado assassino e deverá morrer. A mesma coisa se passará no caso de o instrumento de morte ter sido um objecto de madeira. 19O vingador do sangue do morto será ele pessoalmente a matar o assassino, quando o encontrar. 20-21Portanto, se alguém matar outra pessoa num gesto de ódio, atirando contra ele qualquer coisa, ou empurrando-o, ou batendo-lhe com o punho, ou armando-lhe uma cilada, será tomada por assassino e deverá ser morto pelo vingador do sangue. 22-25Mas se tiver sido por acidente -um caso em que um indivíduo lançou um objecto que foi ferir mortalmente outra pessoa, mas sem que tivesse sido com intenção, com zanga, e sem ter pensado que isso podia ir tirar a vida a alguém, sem a mínima intenção de ferir um seu inimigo qualquer -no caso do ferido vir a falecer, a comunidade julgará se foi ou não por acidente e se deverá ou não levar-se o causador da morte ao vingador do sangue do morto. Se se concluir que foi acidental, então o povo livrará o indivíduo do vingador do sangue. O que matou terá autorização para ficar na cidade de refúgio; e lá ficará a viver até à morte do supremo intermediário. 26-29No caso do homicida abandonar a cidade, se o vingador do sangue o encontrar no exterior, se o matar, não será considerado ele próprio culpado do sangue, porque o outro é que deveria ter ficado sempre no interior da cidade, até que o supremo intermediário morresse. Só depois do falecimento deste, o homem pode voltar para a sua própria terra, para a sua casa. Isto são leis permanentes para todo Yaoshorúl, por todas as gerações. 30-34Todos os assassinos devem ser executados, mas só se houver desse acto mais do que uma testemunha; ninguém poderá ser condenado e morto só pelo testemunho de uma única pessoa. Quando alguém for considerado culpado de assassínio, deverá morrer sem que qualquer resgate seja dado por ele. Tão pouco será aceite pagamento algum da parte de um refugiado numa cidade de refúgio, para poder voltar para casa antes do supremo intermediário falecer. Dessa maneira se evitará que a terra seja poluída, porque o sangue polue uma terra, e nenhuma outra expiação existe para o sangue do que o sangue daquele que o derramou. Não hão-de pois sujar a terra para onde vão viver, porque eu, YÁOHU ULHÍM, ali viverei no vosso meio."

Bamidbár 36

A herança das filhas de Zelofeade

1Então os principais responsáveis de agregado de Gaúliod, do sub-grupo de Maquir, da tribo de Menashé, um dos filhos de YÁOHU-saf, veio ter com Mehushúa e os demais chefes de Yaoshorúl, com esta petição: 2-4" YÁOHU ULHÍM deu-vos instruções para repartirem a terra (por sorteio) pelo povo de Yaoshorúl e para dar a parte do nosso familiar Zelofeade às suas filhas. Mas se elas casarem dentro de outra tribo, a terra delas irá com elas para ser incorporada na tribo dentro da qual casarem, incorporação essa que ficará definitiva com o ano de jubileu. Desta forma a área total da nossa tribo ficará reduzida." 5-7Então Mehushúa respondeu diante de toda a gente, e deu as seguintes instruções da parte de YÁOHU UL: "Os homens da tribo de YÁOHU-saf apresentam um requerimento justo. Isto é portanto o que YÁOHU ULHÍM disse mais, quanto ao caso das filhas de Zelofeade: que elas casem com quem quiserem, mas que seja sempre dentro da sua própria tribo. Desta forma nenhuma fracção de terra de uma tribo passará para outra tribo, visto que a herança recebida por cada tribo deverá ficar inalterável, tal como foi originalmente distribuído. 8-9Portanto toda a rapariga, sendo ela a herdeira, deverá casar na sua própria tribo, para que a terra que lhe pertence não venha a agragar-se a outra tribo. E assim quinhão algum passará dum lado para o outro." 10-12As filhas de Zelofeade fizeram tal como YÁOHU ULHÍM mandara a Mehushúa. Estas raparigas -Macla, Tirza, Hogla, Micla e Noa -casaram com homens da sua própria tribo de Menashé, filho de YÁOHU-saf, de tal forma que a herança dessa tribo não foi alterada. 13Estes são os mandamentos e os regulamentos que YÁOHU ULHÍM deu ao povo de Yaoshorúl através de Mehushúa, enquanto estavam acampados nas campinas de Moabe, nas margens do rio Yardayán, em frente de Yáricho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário